Porque é que neste site óptimo não existem horários das missas? é incrivel, não existe um site com horários missas nacionais ou distritais :(

abc:

Para já, não deixes de ver este tópico: «Horários das missas», no fórum aqui ao lado, «Evangelização e Internet». Creio que no futuro se poderá progredir neste assunto, também neste site.

Alef

abc

Se quiseres horários de missas internacionais eu também posso dar:)

No domingo passado ouvi dizer, pela voz do Padre que presidia à celebração da Eucaristia, que é pecado grave faltar à missa ao domingo.
Concordam? E porquê?
Pessoalmente penso que isto é inventar pecados.

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Ana, onde posso arranjar os horários das missas na Holanda, sabes? (suponho que não, mas não custa perguntar!)

Vê aqui. Francamente, o meu holandês é nenhum. Mas a mim parece-me que tem os horários das celebrações de Domingo de cada uma das paróquias listadas.



Editado 1 vezes. Última edição em 12/05/2006 12:45 por rmcf.

Ui, o meu holandês também não chega para mais. Enfim, continuo a ir à do costume.

Mas clica nas paróquias: lá está mesmo o horário da celebração de domingo: zondagsviering quer dizer certamente isso.

Caro Albino:

Escreveste:

Citação:

«No domingo passado ouvi dizer, pela voz do Padre que presidia à celebração da Eucaristia, que é pecado grave faltar à missa ao domingo.
Concordam? E porquê?
Pessoalmente penso que isto é inventar pecados.

Sim, a Igreja considera uma falta grave não participar na Eucaristia dominical sem um motivo grave (um motivo grave pode ser, por exemplo, atender a um doente).

Perguntar se concordo ou não com isto leva-me a responder meio «desconversadamente» que uma pergunta mal feita não merece resposta. ;-) A ver se me explico.

Quando se pergunta se isto ou aquilo é pecado envereda-se quase sempre por uma linha de pensamento de tipo legalista e eu creio que isso desvirtua algo de central. Será normal que um rapaz que namora me pergunte se é obrigatório telefonar ou escrever à namorada? Pois bem, que eu saiba não existe tal lei, mas pede a coerência interna das coisas que um namorado comunique com a sua namorada. Não será preciso que lhe diga o que deve fazer, porque fará sempre muito. Embora esta seja uma analogia, não estamos em âmbitos totalmente diferentes. Uma religião vivida sob uma estrita ordem juridicista ou legalista é muito pobre, quase tanto quanto a ridícula atitude de um tal rapaz que quisesse um «amor de mínimos».

Às vezes sinto a «tentação» de responder a quem coloca a pergunta se é obrigatório ir à Eucaristia dominical: «Se isso para ti é um fardo legal, não vás».

É, com efeito, mau sinal colocar a questão em termos de ser obrigatório...

Pode ajudar a entender a questão (ou o que quero dizer) considerar o seguinte, mesmo que em termos algo simplórios. Os primeiros cristãos não eram obrigados a ir à Eucaristia. Naturalmente reuniam-se, sobretudo no «Dia do Senhor», e celebravam a Eucaristia nas casas uns dos outros. Celebrar a Eucaristia era algo distintivo e central nas suas vidas... Pouco a pouco muitas pessoas foram aderindo ao Cristianismo e começaram a aparecer estruturas mais «fixas». As «codificações» apareceram depois, a partir da prática dos cristãos e não ao contrário. Claro, hoje muitas pessoas deparam-se imediatamente com as «codificações» e assustam-se, às vezes porque não lidam bem com «preceitos», «leis» externas... Mas, se revíssemos o modo como as coisas começaram, entenderíamos certamente muito melhor do essencial do Cristianismo e evitávamos cair em discussões vãs sobre «inventar pecados»...

Tendo isto em conta (!), devo dizer que me parece realmente imprescindível que um cristão participe na Eucaristia dominical (mas não numa linha meramente legalista, como já expliquei). Na Eucaristia celebramos aquilo que de mais importante temos na vida e temos que voltar uma e outra vez às fontes que nos fazem ser. Uma fé que não celebra, que não pratica, que não se renova, apaga-se mais depressa do que se imagina. Por outro lado, a nossa fé não é meramente intimista, mas leva consigo uma dimensão comunitária. Daí a importância de celebrarmos a nossa fé em comunidade. E nesse celebrar está incluído o darmo-nos conta das necessidades das outras pessoas. O Cristianismo bem vivido nada tem de alienante. Muito pelo contrário!

Alef

Obrigado, Miguel!

Alef, fiquei a pensar na tua frase "uma fé que não celebra, que não pratica, que não se renova, apaga-se mais depressa do que se imagina."

Concordo inteiramente contigo Alef. Gostei do teu texto. Mas não será a própria Igreja a dar muitas vezes às coisas um cariz legalista? Como tu próprio escreveste num outro tópico (sublinhados meus): "prescrevem aos Católicos a obrigação de «Confessar os pecados ao menos uma vez cada ano» e «Comungar o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa». Eu percebo, claro, o que queres dizer, e a catequese que acabaste de fazer é fundamental. Mas, é por vezes a própria linguagem legalista da Igreja que não ajuda à profunda compreensão das coisas. Quando se fala em prescrição ou obrigação da missa dominical e se agita com a condenação do pecado sem mais, não se está, julgo eu, a catequizar, mas a fazer durar uma visão legalista do Cristianismo.

Abraço fraterno

Miguel



Editado 1 vezes. Última edição em 12/05/2006 14:02 por rmcf.

Inteiramente de acordo, Miguel.

Há uma enorme dificuldade em termos de linguagem na Igreja. Ao legalismo segue-se o «tique caceteiro»... :-S

E há um enorme desafio de «tradução». Foi o que tentei fazer no «post» anterior e acho que este é um aspecto pelo qual vale a pena apostar num espaço como este fórum.

Alef

Caro Alef,
Os meus filhos, frequentaram a catequese. Nenhum gosta de ir à missa. Talvez sejam daqueles que pensam que "Deus gosta de Política, mas não de Religião". Há até quem arrisque a dizer que os actos litúrgicos são muitas vezes atestado de menoridade passado aos leigos pelos clérigos. E foi um pouco por esta sensação que uma das minhas filhas deixou de ir à missa. Pessoalmente assumo que não ir à Missa é simplesmente faltar aos deveres de membro da Igreja. Chamar-lhe pecado grave é que me parece um exagero umbiguista ou jogar no terrorismo psicológico.

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Pois, Albino, na avaliação pessoal já entram muitos elementos em cuja consideração não quero entrar. É o campo das atitudes e motivações.

E esse é já o âmbito da vivência espiritual de cada um, onde entra o discernimento, o dinamismo da conversão, etc.

Creio que tens razão ao referires o perigo de se fazer «terrorismo psicológico» com a figura do pecado (e o correlativo castigo). É um tema mais complicado do que parece, porque facilmente se pode resvalar para o julgamento do outro e ninguém gosta de se ver julgado no domínio das suas motivações mais profundas.

E também é verdade que ninguém deve ter a pretensão de se substituir ao Espírito Santo.

De qualquer forma, que bom seria se víssemos as coisas «desde dentro», sem ter que estar à espera dos rótulos classificadores de pecados, novos e antigos...

Às vezes parece-me que ainda não percebemos nada e já andamos nisto há dois milénios...

Alef