Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Arquivo - Geral

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
A Encarnação do Filho de Deus e a Mãe de Deus
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 05 de January de 2003 01:58


Nestes tempos em que se assiste a uma globalização e aplicação utilitária da religião, cabe perguntarmo-nos se existe alguma fé que seja superior, por ser mais verdadeira, que as outras. Quero dizer, qual é realmente a doutrina que expressa por inteiro e autenticamente as verdades naturais e transcendentes. Imediatamente, ao ser levantada esta questão, certas consciências mais niilistas e "tolerantes" tendem a exigir que se encare tal interrogação como algo de ridículo; porque, para eles, vai tudo dar ao mesmo.

Mas as religiões não dizem todas o mesmo nem da mesma forma. Distintamente, os cristãos acreditam (ou devem acreditar...) que Jesus Cristo é o Filho de Deus. E o que quer isso dizer? Quer dizer que a pessoa de Jesus Cristo, circunscrita no tempo e no espaço, é a Encarnação, a unidade de Deus e um ser humano, na qual Deus assume também uma natureza humana, "fazendo-Se carne". Ou seja, Jesus Cristo foi ao mesmo tempo completamente Homem e completamente Deus. Isto, revelando-nos existir Deus como Três Pessoas Divinas, a saber, o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Jesus Cristo é a Encarnação do Filho, ou seja, da segunda pessoa da Santíssima Trindade. Nele se deu o acontecimento do Filho de Deus Se fazer Homem.

Posto isto, Deus revelou-Se a si mesmo em Jesus Cristo. Como nos diz a Carta aos Hebreus: "Muitas vezes e de muitos modos, falou Deus aos nossos pais, nos tempos antigos, por meio dos profetas. Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por meio de quem fez o mundo." (Hebreus 1, 1-2)

É certo que numa sociedade pluralista ninguém deveria, em nome da tolerância, "conceder" aos outros que pratiquem livremente a sua religião: isso seria tomar alguém (instituição, religião, filosofia, ideologia, etc.) como superior, o que não é suposto acontecer em estados de direito democrático. Mas dizer que tudo é igual para o estado não supõe, de forma nenhuma, que as filosofias, religiões e ideologias defendam todas a mesma verdade, de modos diferentes. De facto, não o fazem. Mas as tradições culturais e religiosas têm todas um valor de grande estima para a Humanidade. No entanto, não há que defender a necessidade da promoção da diversidade para que haja verdadeira "liberdade". Muitas vezes, isso é feito para anestesiar as consciências e desacreditar a autoridade da Igreja Católica. Jesus chegou a orar pela unidade entre todos, para que dessa forma o mundo acreditasse que o Pai o tinha enviado. (cf. João 17, 20-25)

Em relação a esta Encarnação de Deus, o que dizer da mulher em que tal ocorreu? Em verdade, que é também Mãe da sua divindade, por superabundante, extraordinária e irrepetível graça de Deus. Assim, e por causa disso, se chama a Maria, com toda a justiça, Mãe de Deus. É de especial devoção nossa tão grande graça que nela teve lugar. De notar também a extraordinária preponderância do Apóstolo Pedro na confissão de fé cristã, acrescentando à confissão messiânica a inesperada filiação divina do Cristo.

Deixo aqui algumas citações do Catecismo Universal da Igreja Católica. Estão carregadinhas de citações bíblicas, o que certamente agradará a todos aqueles que acham mais importante a Escritura que a Tradição ou o Magistério...



- A Boa-Nova: Deus enviou o seu Filho

422 «Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei, para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar seus filhos adoptivos» (Gl 4, 4-5). Esta é a «Boa-Nova de Jesus Cristo, Filho de Deus» (cf. Mc 1, 1): Deus visitou o seu povo (cf. Lc 1, 68) e cumpriu as promessas feitas a Abraão e à sua descendência (cf. Lc 1, 55); fê-lo para além de toda a expectativa: enviou o seu «Filho muito-amado» (cf. Mc 1, 11).

423 Nós cremos e confessamos que Jesus de Nazaré, judeu nascido duma filha de Israel, em Belém, no tempo do rei Herodes o Grande e do imperador César Augusto, carpinteiro de profissão, morto crucificado em Jerusalém sob o procurador Pôncio Pilatos no reinado do imperador Tibério, é o Filho eterno de Deus feito homem; que Ele «saiu de Deus» (Jo 13, 3), «desceu do céu» (Jo 3, 13; 6, 33) e «veio na carne» (cf. 1 Jo 4, 2), porque «o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade [...] Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos, graça sobre graça» (Jo 1, 14.16).

424 Movidos pela graça do Espírito Santo e atraídos pelo Pai, nós cremos e confessamos a respeito de Jesus: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt 16, 16). Foi sobre o rochedo desta fé, confessada por Pedro, que Cristo edificou a sua Igreja (cf. Mt 16, 18).

(...)

- Jesus Cristo: Filho único de Deus

440 Jesus aceitou a profissão de fé de Pedro, que O reconhecia como o Messias, anunciando a paixão próxima do Filho do Homem (cf. Mt 16, 16-23). Revelou o conteúdo autêntico da sua realeza messiânica, ao mesmo tempo na identidade transcendente do Filho do Homem «que desceu do céu» (Jo 3, 13; cf. Jo 6, 62; Dn 7, 13) e na sua missão redentora como Servo sofredor: «O Filho do Homem [...] não veio para ser servido, veio para servir e dar a vida como resgate pela multidão» (Mt 20, 28; cf. Is 53, 10-12). Foi por isso que o verdadeiro sentido da sua realeza só se manifestou do cimo da cruz (cf. Jo 19, 19-22; Lc 23, 39-43). E só depois da ressurreição, a sua realeza messiânica poderá ser proclamada por Pedro perante o Povo de Deus: «Saiba, com absoluta certeza, toda a casa de Israel, que Deus fez Senhor e Messias esse Jesus que vós crucificastes» (Act 2, 36).

441 Filho de Deus, no Antigo Testamento, é um título dado aos anjos (cf. Dt - LXX - 32, 8; Job 1, 6), ao povo eleito (cf. Ex 4, 22; Os 11, 1; Jer 3, 19; Sir 36, 14; Sb 18, 13), aos filhos de Israel (cf. Dt 14, 1; Os 2, 1) e aos seus reis (cf. 2 Sm 7, 14; Sl 82, 6). Nestes casos, significa uma filiação adoptiva, que estabelece entre Deus e a sua criatura relações de particular intimidade. Quando o Rei-Messias prometido é chamado «filho de Deus» (cf. 1 Cr 17, 13; Sl 2, 7), isso não implica necessariamente, segundo o sentido literal de tais textos, que Ele seja mais que um simples ser humano. Os que assim designaram Jesus, enquanto Messias de Israel (cf. Mt 27, 54), talvez não tenham querido dizer mais (cf. Lc 23, 47).

442 Mas não é este o caso de Pedro, quando confessa Jesus como «Cristo, o Filho de Deus vivo» (cf. Mt 16, 16), porque Jesus responde-lhe solenemente: «não foram a carne nem o sangue que to revelaram, mas sim o meu Pai que está nos céus» (Mt. 16, 17). De igual modo, Paulo dirá, a propósito da sua conversão no caminho de Damasco: «Quando aprouve a Deus -- que me escolheu desde o seio de minha mãe e me chamou pela sua graça -- revelar o seu Filho em mim, para que O anuncie como Evangelho aos gentios...» (Gl 1, 15-16). «E logo começou a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus» (Act 9, 20). Será este, desde o princípio (cf. 1 Ts 1, 10), o núcleo da fé apostólica (cf. Jo 20, 31), primeiramente professada por Pedro como fundamento da Igreja (cf. Mt 16, 18).

443 Se Pedro pôde reconhecer o carácter transcendente da filiação divina de Jesus-Messias, foi porque Este lha deixou perceber nitidamente. Diante do Sinédrio, à pergunta dos seus acusadores: «Então, tu és o Filho de Deus?» Jesus respondeu: «É como dizeis, sou» (Lc 22, 70; cf. Mt 26, 64; Mc 14, 62). Já muito antes, Ele Se designara como «o Filho» que conhece o Pai (cf. Mt 11, 27; 21, 37-38), diferente dos «servos» que Deus anteriormente enviara ao seu povo (cf. Mt 21, 34-36), superior aos próprios anjos (cf. Mt 24, 36). Ele distinguiu a sua filiação da dos Seus discípulos, nunca dizendo «Pai nosso» (cf. Mt 5, 48; 6, 8; 7, 21; Lc 11, 13), a não ser para lhes ordenar: «vós, quando rezardes, dizei assim: Pai nosso» (Mt 6, 9); e sublinhou esta distinção: «o meu Pai e vosso Pai» (Jo 20, 17).

444 Os evangelhos referem, em dois momentos solenes, no baptismo e na transfiguração de Cristo, a voz do Pai, que O designa como seu «Filho muito-amado» (cf. Mt 3, 17; 17, 5). Jesus designa-Se a Si próprio como «o Filho único de Deus» (Jo 3, 16), afirmando por este título a sua preexistência eterna (cf. Jo 10, 36). E exige a fé «no nome do Filho único de Deus» (Jo 3, 18). Esta profissão de fé cristã aparece já na exclamação do centurião diante de Jesus crucificado: «Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus!» (Mc 15, 39); porque somente no Mistério Pascal o crente pode dar pleno significado ao título de «Filho de Deus».

445 É depois da ressurreição que a filiação divina de Jesus aparece no poder da sua humanidade glorificada: «Segundo o Espírito santificante, pela sua ressurreição de entre os mortos, Ele foi estabelecido como Filho de Deus em poder» (Rm 1, 4; cf. Act 13, 33). E os Apóstolos poderão confessar: «Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como a Filho único, cheio de graça e de verdade» (Jo 1, 14).

(...)

461 Retomando a expressão de São João («o Verbo fez-Se carne»: Jo 1, 14), a Igreja chama «Encarnação» ao facto de o Filho de Deus ter assumido uma natureza humana, para nela levar a efeito a nossa salvação. Num hino que nos foi conservado por São Paulo, a Igreja canta este mistério:

Citação:
«Tende em vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus. Ele, que era de condição divina, não se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio, assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte, e morte de Cruz» (Fl 2, 5-8 -- Cântico nas I Vésperas de Domingo, Liturgia das Horas).

462 A Epístola aos Hebreus fala do mesmo mistério:

Citação:
«É por isso que, ao entrar neste mundo, Cristo diz: "Não quiseste sacrifícios e oferendas, mas formaste-Me um corpo. Holocaustos e imolações pelo pecado não Te foram agradáveis. Então Eu disse: Eis-Me aqui [...] para fazer a tua vontade"» (Heb 10, 5-7, citando o Sl 40, 7-9, segundo os LXX).

463 A fé na verdadeira Encarnação do Filho de Deus é o sinal distintivo da fé cristã: «Nisto haveis de reconhecer o Espírito de Deus: todo o espírito que confessa a Jesus Cristo encarnado é de Deus» (1 Jo 4, 2). É esta a alegre convicção da Igreja desde o seu princípio, ao cantar «o grande mistério da piedade»: «Ele manifestou-Se na carne» (1 Tm 3, 16).

- Jesus Cristo: verdadeiro Deus e verdadeiro homem (as heresias e a defesa do Magistério da Igreja)

464 O acontecimento único e absolutamente singular da Encarnação do Filho de Deus não significa que Jesus Cristo seja em parte Deus e em parte homem, nem que seja o resultado de uma mistura confusa do divino com o humano. Ele fez-Se verdadeiro homem, permanecendo verdadeiro Deus. Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Esta verdade da fé, teve a Igreja de a defender e clarificar no decurso dos primeiros séculos, perante heresias que a falsificavam.

[b}465[/b] As primeiras heresias negaram menos a divindade de Cristo que a sua verdadeira humanidade (docetismo gnóstico). Desde os tempos apostólicos que a fé cristã insistiu sobre a verdadeira Encarnação do Filho de Deus «vindo na carne» (cf. 1 Jo 4, 2-3; 2 Jo 7). Mas, a partir do século III, a Igreja teve de afirmar, contra Paulo de Samossata, num concílio reunido em Antioquia, que Jesus Cristo é Filho de Deus por natureza e não por adopção. O primeiro Concílio ecuménico de Niceia, em 325, confessou no seu Credo que o Filho de Deus é «gerado, não criado, consubstancial ('homoúsios') ao Pai»; e condenou Ario, o qual afirmava que «o Filho de Deus saiu do nada» e devia ser «duma substância diferente da do Pai».

466 A heresia nestoriana via em Cristo uma pessoa humana unida à pessoa divina do Filho de Deus. Perante esta heresia, São Cirilo de Alexandria e o terceiro Concílio ecuménico, reunido em Éfeso em 431, confessaram que «o Verbo, unindo na sua pessoa uma carne animada por uma alma racional, Se fez homem». A humanidade de Cristo não tem outro sujeito senão a pessoa divina do Filho de Deus, que a assumiu e a fez sua desde que foi concebida. Por isso, o Concílio de Éfeso proclamou, em 431, que Maria se tornou, com toda a verdade, Mãe de Deus, por ter concebido humanamente o Filho de Deus em seu seio: «Mãe de Deus, não porque o Verbo de Deus dela tenha recebido a natureza divina, mas porque dela recebeu o corpo sagrado, dotado duma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne».

467 Os monofisitas afirmavam que a natureza humana tinha deixado de existir, como tal, em Cristo, sendo assumida pela sua pessoa divina de Filho de Deus. Confrontando-se com esta heresia, o quarto Concílio ecuménico, em Calcedónia, no ano de 451, confessou:

Citação:
«Na sequência dos santos Padres, ensinamos unanimemente que se confesse um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, igualmente perfeito na divindade e perfeito na humanidade, sendo o mesmo verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, composto duma alma racional e dum corpo, consubstancial ao Pai pela sua divindade, consubstancial a nós pela sua humanidade, «semelhante a nós em tudo, menos no pecado» (cf. Heb 4, 15): gerado do Pai antes de todos os séculos segundo a divindade, e nestes últimos dias, por nós e pela nossa salvação, nascido da Virgem Mãe de Deus segundo a humanidade.
Um só e mesmo Cristo, Senhor, Filho Único, que devemos reconhecer em duas naturezas, sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação. A diferença das naturezas não é abolida pela sua união; antes, as propriedades de cada uma são salvaguardadas e reunidas numa só pessoa e numa só hipóstase».

468 Depois do Concílio de Calcedónia, alguns fizeram da natureza humana de Cristo uma espécie de sujeito pessoal. Contra eles, o quinto Concílio ecuménico, reunido em Constantinopla em 553, confessou a propósito de Cristo: «não há n'Ele senão uma só hipóstase (ou pessoa), que é nosso Senhor Jesus Cristo, um da santa Trindade». Tudo na humanidade de Cristo deve, portanto, ser atribuído à sua pessoa divina como seu sujeito próprio; não só os milagres, mas também os sofrimentos e a própria morte: «Aquele que foi crucificado na carne, nosso Senhor Jesus Cristo, é verdadeiro Deus, Senhor da glória e um da Santíssima Trindade».

469 Assim, a Igreja confessa que Jesus é inseparavelmente verdadeiro Deus e verdadeiro homem. É verdadeiramente o Filho de Deus feito homem, nosso irmão, e isso sem deixar de ser Deus, nosso Senhor:

Citação:
«Id quod fuit remansit, et quod non fuit assumpsit» -- «Continuou a ser o que era e assumiu o que não era», como canta a Liturgia Romana. E a Liturgia de São João Crisóstomo proclama e canta: «Ó Filho único e Verbo de Deus, sendo imortal, Vos dignastes, para nossa salvação, encarnar no seio da Santa Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, e sem mudança Vos fizestes homem e fostes crucificado! Ó Cristo Deus, que por Vossa morte esmagastes a morte, que sois um da Santíssima Trindade, glorificado com o Pai e o Espírito Santo, salvai-nos!».

- Como é que o Filho de Deus é homem

470 Uma vez que, na união misteriosa da Encarnação, «a natureza humana foi assumida, não absorvida», a Igreja, no decorrer dos séculos, foi levada a confessar a plena realidade da alma humana, com as suas operações de inteligência e vontade, e do corpo humano de Cristo. Mas, paralelamente, a mesma Igreja teve de lembrar repetidamente que a natureza humana de Cristo pertence, como própria, à pessoa divina do Filho de Deus que a assumiu. Tudo o que Ele fez e faz nela, depende de «um da Trindade». Portanto, o Filho de Deus comunica à sua humanidade o seu próprio modo de existir pessoal na Santíssima Trindade. E assim, tanto na sua alma como no seu corpo, Cristo exprime humanamente os costumes divinos da Trindade (cf. Jo 14, 9-10):

Citação:
«O Filho de Deus trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, excepto no pecado».

495 Chamada nos evangelhos «a Mãe de Jesus» (Jo 2, 1; 19, 25; cf. Mt 13, 55), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito Santo e desde antes do nascimento do seu Filho, como «a Mãe do meu Senhor» (Lc 1, 43). Com efeito, Aquele que Ela concebeu como homem por obra do Espírito Santo, e que Se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne, não é outro senão o Filho eterno do Pai, a segunda pessoa de Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é, verdadeiramente, Mãe de Deus («Theotokos»).

509 Maria é verdadeiramente «Mãe de Deus», pois é a Mãe do Filho eterno de Deus feito homem que, Ele próprio, é Deus.


João

Re: A Encarnação do Filho de Deus e a Mãe de Deus
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 28 de January de 2003 22:12


Queria que pegássemos neste assunto para a compreensão da Encarnação e da Mãe de Deus.

João

Re: A Encarnação do Filho de Deus e a Mãe de Deus
Escrito por: ana paula (IP registado)
Data: 30 de January de 2003 12:04

Maria mãe de Deus??????
que silogismo tão rebuscado... Ou uma verdadeira heresia, como dirão muitos...........

São estas incongruências que tornam a doutrina tão frágil... e a minha fé tão pequena...
Vou dar a minha perspectiva, sempre no pressuposto da minha ignorância sobre estas questões teológicas.
Não há dúvida que, se Jesus é filho de Maria, Deus precisou de Maria para cumprir os seus planos.... deus precisa do homem - ou melhor, de uma mulher - para colaborar com ele no seu plano de salvação...
Assim, o grande mistério é este - o amor de deus é tão intenso, o seu respeito pela liberdade humana tão absoluto, que fez depender a sua existência do sim de uma mulher! Deus precisa do Homem ( enquanto espécie humana) ... para se humanizar ! precisa porque quiz precisar!








ana

Re: A Encarnação do Filho de Deus e a Mãe de Deus
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 31 de January de 2003 01:19


Para quê tanta surpresa? Até parece que é a primeira vez o ouves...

Tens razão no que disseste. Deus quis cumular Maria de graça e esta, movida pelo Espírito, não sem falta de entendimento daquele mistério, aceitou-o completamente.

É tão "silogismo" quanto o que disse Sta. Isabel, cheia do Espírito Santo: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?" (Lc 1,42-42)

O teu Senhor não é o teu Deus?

E ainda: "Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor" (Lc 1,45)

Um bom exemplo para todos nós, Ana. Felizes os que acreditam...

João



Desculpe, não tem permissão para escrever ou responder neste fórum.

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.