Ao ler a notícia
Espanhóis preferem pedir presentes aos Reis Magos e não ao Pai Natal, fico com a sensação que os nossos irmãos espanhóis tem alguma razão nesta tradição de troca de prendas. Preferem os Reis Magos, respeitando a tradição religiosa cristã, em detrimento do Pai Natal (sabe-se lá de onde ele veio... talvez de S. Nicolau, embora a sua festa seja a 5 de Dezembro e não a 25).
Os Reis Magos têm a sua presença assegurada desde há muitos anos em qualquer presépio com mais de cinco personagens. O Pai Natal não é muito dado a presépios. Mas com tanta publicidade que nos entra porta dentro pela TV e não só, com um leque enorme de patrocinadores, a começar pela Coca-Cola, como é possível o Pai Natal, não ter mais sucesso que três Reis Magos, ainda para mais com nomes tão pouco comuns: Gaspar, Melchior e Baltasar...
O que podemos fazer para inverter esta tendência?
Assisto na televisão a um programa onde crianças pequenas mostram os seus desenhos sobre o Natal, e vejo que algumas delas não incluem nenhum Menino a nascer. Para estas crianças, o Natal são as prendas, as renas, e o Pai Natal! Ouh! Ouh! Ouh!
Ainda não tenho filhos, e não sei o que farei quando os tiver. Por isso, pergunto a quem já é pai ou mãe: como conjugamos a nossa fé de cristãos com esta quadra natalícia? Alimentamos a tendência comercial do Pai Natal, ou optamos por um Menino Jesus "prendado" que ao nascer já distribui prendas aos meninos e meninas que se portaram bem durante o ano que passou? Ou conseguimos seguir a tradição dos
nuestros hermanos, pouco vista no nosso país e adiar o entregar das prendas para o dia de Reis, deixando espaço para que o Natal seja a verdadeira festa de família, e onde o verdadeiro Espírito de Natal não seja ultrapassado pela euforia desenfriada do comércio.
Votos de um Santo Natal, juntos dos que vos são mais queridos.
Luis Gonzaga