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Avalanche publicitária esmaga a dignidade das pessoas
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 12 de December de 2002 21:48

O que acham?????
Boa Caminhada,
Susete


In: Ecclesia
Autor:Octávio Carmo

Avalanche publicitária esmaga a dignidade das pessoas

O Arcebispo John Foley, presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, criticou duramente a publicidade que é apresentada nos meios de comunicação, destacando a “a frequência com que os anúncios tratam os indivíduos – principalmente as mulheres – como objectos”.

Discursando num encontro no Mónaco sobre “Responsabilidade social e corporativa, a dignidade e os direitos humanos”, D. Foley referiu que a publicidade “não tem como objectivo contribuir positivamente para o bem-estar das pessoas”, acusando os publicitários de “entenderem os indivíduos como números e não como seres humanos.”
Explicando o seu pensamento, o presidente do Dicastério para as comunicações sociais afirmou que “a pessoa e a comunidade humana são o fim e os que avaliam o uso correcto dos meios de comunicação. Os indivíduos têm uma dignidade irredutível e uma importância que não podem ser sacrificadas em favor de interesses privados.”

O Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais já publicara, nos últimos anos, vários documentos sobre a ética na publicidade, nos quais se colocam em destaque os “três princípios fundamentais que valem para qualquer tipo de comunicação: verdade, bem comum e dignidade da pessoa humana”.

Re: Avalanche publicitária esmaga a dignidade das pessoas
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 13 de December de 2002 13:15

Vivemos num mundo saturado de estímulos.
No meio de tanta poluição verbal e visual, há que escolher o que é realmente bom.
Pergunto-me se teremos necessidade de ter tudo aquilo que temos.
Será que é necessário haver dois carros para um casal?
Será que é necessário haver uma máquina de lavar loiça, quando a família é mínima?
Será que é necessário as crianças terem tantos brinquedos como têm? Ou que é necessário contrair empréstimos para se irem passar férias ao estrangeiro?
Com tudo isto, é verdade que nos desumanizamos, na medida em que damos muito mais importância ao "ter" do que ao "ser".
Penso que nesta época é gritante: trocam-se prendas num jantar de família, mas, muitas vezes, infelizmente, esse é o momento alto do jantar.


Anna

Re: Avalanche publicitária esmaga a dignidade das pessoas
Escrito por: Celia (IP registado)
Data: 13 de December de 2002 13:30

Penso que o problema da publicidade não é tanto o facto de ser uma avalanche, mas de ser pouco educativa no sentido de valorizar valores morais. A publicidade valoriza o facto de 'ter', 'possuir aquilo' para ser mais feliz, fazendo passar a mensagem de que era exactamente 'aquilo' que faltava para a pessoa se sentir mais realizada. Acho sinceramente que os publicitarios fazem o papel deles (e alguns por sinal fazem-no muito bem...).

No entanto, o problema não está tanto em quem faz, mas mais em quem vê, porque ao longo do tempo vai assimilando que aqueles são os valores correctos da sociedade, pelos quais todos se regem. E aqui sim está o problema.

O problema fica tanto maior quando diz respeito ás crianças. Por exemplo, o Natal.
Quantas crianças conhecem a verdadeira essencia do Natal, do nascimento do Menino ???
E quantas crianças sabem qual a ultima versão da do jogo X, ou do carro telecomandado da marca Y ???
Quantos pais explicam aos filhos a origem de dar presentes, o porquê deste acto? Será que eles próprios sabem ????
Que publicidade passa a mensagem de que o acto de dar presentes é complementar á festa do nascimento de Jesus, que também recebeu presentes pela sua vinda ao mundo?

Crianças que recebam em casa uma boa orientação para valores espirituais e morais em detrimento de valores materiais, conseguirá distinguir a publicidade e colocá-la no seu devido lugar, de mero veículo de informação, e não de sedução.

Por isso, acho que compete aos olhos de quem vê, estar preparado para interpretar a mensagem, e passar esses valores aos mais novos. Mudar as regras de um mundo altamente concorrencial como é o da publicidade, não está nas mãos de cada um de nós (infelizmente).

Re: Avalanche publicitária esmaga a dignidade das pessoas
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 13 de December de 2002 22:47

Obviamente que o fim da publicidade não é o de contribuir directamente para o bem estar das pessoas mas o de vender produtos.
Quando consumimos um produto não estamos apenas a consumir um bem que eventualmente satisfaz uma necessidade básica - estamos a consumir uma ideologia, uma tendência estética, uma modo de vida..... Se estivermos conscientes das nossas escolhas não estamos a ser manipulados...
Penso que a publicidade não atenta contra a dignidade humana. Alguns spots publicitários, sobretudo quando usam pessoas como objectos (particularmente mulheres ou crianças) podem ser abusivos...
Mas Acho outras coisas muito mais violentas.....

ana

Re: Avalanche publicitária esmaga a dignidade das pessoas
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 16 de December de 2002 21:02


Concordo inteiramente com a Célia.

Posso acrescentar que os meios de comunicação são detentores de um poder para o qual eles próprios não foram preparados, e que, realmente, nem deveria ser deles.

Especialmente a TV: quantos pais consideram que deixar uma criança à frente da TV é suficiente para a entreter enquanto "vão à sua vida"?

Quantos não sabem educar os seus filhos? Quantos não fazem ideia do que é ou deveria ser uma família?

Parece-me que a sociedade se foi habituando ao estilo de vida consumista devido à constante repetição (e aceitação) de propagandas nesse sentido.

Com o Goebells foi o nazismo.

É realmente urgente uma voz exigente e crítica da sociedade para com o que se lhe quer vender ou ensinar. Quando a sociedade não é educada para o discernimento do consumo (quando não se faz ideia de como o fazer, ou sequer que seja necessário - máxima evidência de quão convencidos e dependentes da propaganda já estão), perde-se não só a qualidade de vida, mas a liberdade de cada um.

Hoje em dia estamos a deixarmo-nos viciar pelas modas e suas actualizações. Até as "alternativas" se tornaram objecto de exploração capitalista.

O que não entra nesse ciclo de consumismo, é descridibilizado, precisamente porque não rende e é um obstáculo ao lucro.

Aqui se enquadra o Catolicismo (despido de todas as influências modernas negativas que também sofre).

João



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