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Até que ponto é aceitavel que os gestores da ONG sejam pagos?
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 06 de February de 2006 02:01

Provavelmente ninguem me vai responder mas vi esta noticia:

[diariodigital.sapo.pt]

IGT denuncia má gestão e violação da lei na Abraço

A Inspecção-Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (IGT) detectou várias falhas no funcionamento da associação de apoio a doentes com HIV/SIDA Abraço, as quais vão desde a má gestão à violação da lei e dos estatutos da organização.



Segundo a edição desta quinta-feira do jornal Público, a Abraço, que há vários anos apresenta prejuízos financeiros (em 2003, o passivo foi de 421 mil euros, mais 118 mil do que em 2002), já respondeu à IGT garantindo que as situações foram entretanto regularizadas.
Segundo o documento a que o Público terá tido acesso, «a Abraço violou a lei» em 2003, quando criou uma direcção executiva paralela à existente, estabelecendo com os seus três membros contratos de trabalho por tempo indefinido, numa medida que visou manter os mesmos dirigentes à frente da associação, uma vez que não podiam concorrer a mais de dois mandatos seguidos e porque não havia candidatos.

Esta segunda direcção incluía Margarida Martins e Maria José Campos, a quem foi atribuído o vencimento-base de 3250 euros por mês, e Paulo Nuno Santos (2900 euros). Acresciam ainda 3,70 euros por dia útil de trabalho para refeições, com direito a despesas de transportes, alojamento e refeições, sendo que as duas directoras executivas tinham ainda direito a um cartão de crédito com um plafond que ronda os 1000 euros e o uso de telemóvel a custas da Abraço.

Para a inspecção, os custos remuneratórios são «elevados» para a associação, «que é uma instituição particular de solidariedade social e vive essencialmente de verbas comparticipadas pelo Estado».

28-07-2005 9:32:33


na direcção da abraço 3 directores ganham cerca de 600 a 700 contos mensais, com mais algumas regalias pelo meio.

É certo que quando as instituições atingema lguma complexidade têm de ter gestores pagos a tempo inteiro. Mas também é certo que existem muitas instituições que perderam o rumo e em lugar de usarem os seus recursos para tentarem resolver os problemas para que foram criadas usam-nos para manter um elevado nivel de vida dos seus dirigentes.

O que nos leva à pergunta inicial.

Re: Até que ponto é aceitavel que os gestores da ONG sejam pagos?
Escrito por: (IP registado)
Data: 06 de February de 2006 09:46

Acho que é uma questão de bom senso. Se uma ONG funcionar melhor com um gestor pago, acho bem que o tenha. Aliás, estará assim a dar emprego a alguém, o que também é positivo. Aqui, acho que os limites são o bom senso.

Re: Até que ponto é aceitavel que os gestores da ONG sejam pagos?
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 06 de February de 2006 10:35

Concordo com o Ze. Há ONGs que lidam com montantes elevados eprojectossocais d eenorme rsponsabilidae, pelo que devem ter um a gestão profissionalizada.. Amadorismos conduzem a adelapidação do património ou taé fraudes..
Já agora, acho que certas instituições caritativas da Igreja , que gerem montantes elevados deviam seguir este princípio.
Amadorismos...

Re: Até que ponto é aceitavel que os gestores da ONG sejam pagos?
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 10 de March de 2006 22:43

Parece-me natural que tenham um ordenado pago pela ONG pois as pessoas precisam de sobreviver. Mas cuidado... há ordenados e ordenados...
Os ordenados são para viverem com dignidade, como qualquer cidadão.

Mas o que vemos?
Gestores de ONG que tiveram a sorte de arranjar "um tacho" .
Dizem-se defensores disto e daquilo... mas, às vezes, parece que ... dá jeito que o tacho continue. Estão agarrados a ele...
Um gestor de uma ONG deve ser competente, deve ser alguém de grande sensibilidade e responsabilidade... Mas isso nada tem a ver com o ordenado que recebe

Pergunto: se o ordenado fosse muito baixo estariam lá a trabalhar? Então, atenção, cuidado com o que apregoam....

Por natureza essas organizações são para benefício de outros. Às vezes parece que é para benefício dos gestores... e de quem aí trabalha...

E fazem-se campanhas, para quê? Para pagar aos senhores da ONG???
Duvido da real finalidade da ONG quando esta paga balúrdios de dinheiro aos seus gestores...

Duvido dos motivos que levam as pessoas a estarem ligadas a essas ONG... Para mim, o que dizem não tem credibilidade.

Se não houver "dinheirinho" como é?

Esse dinheiro não é para ser utilizado em favor daquilo que a ONG se propõe?


Que vergonha existirem ordenados de ricalhaços para os tais gestores e companhia...

Isto faz-me lembrar aquelas senhoras que "organizaram um chá", cujo produto revertia a favor dos pobres. O chá deu prejuízo. Foram ter com os pobres para eles pagarem esse prejuízo. Era a favor deles...


Re: Até que ponto é aceitavel que os gestores da ONG sejam pagos?
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 10 de March de 2006 23:19

Concordo com o Zé e a CP.
Dinheiro+amadorismo sai caro.
Mas aquilo de que a notícia fala é pouco menos do que uma fraude, pelo menos da forma como vem apresentada.
A gestão destas instituições deve ser transparente.

João (JMA)

Re: Até que ponto é aceitavel que os gestores da ONG sejam pagos?
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 20 de March de 2006 01:37

suponho que o amadorismo saia muito caro, não conheço assim tantos casos para me poder pronunciar.

Mas o profissionalismo de algumas ONG que absorvem 70, 80% e por vezes mais das suas verbas a pagar aos dirigentes e funcionarios não sobrando quase nada para as pessoas que supostamente deviam beneficiar do apoio dessas ONG não me parece melhor.

Talvez só casuisticamente se possa avaliar.

Re: Até que ponto é aceitavel que os gestores da ONG sejam pagos?
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 21 de March de 2006 23:49

Creio que está contemplado na lei a percentagem máxima referente aos custos de gestão das ONG e afins. Tanto quanto sei ronda os 20-30%.

Pessoalmente, não daria nenhum donativo para uma ONG ou Fundação que não soubesse de forma transparente para onde iria o meu donativo, por exemplo, lendo o relatório e contas da instituição. Penso que todas estas instituições partilham o relatório e contas, pelo menos com aqueles que fazem donativos.

O valor dos salários que a notícia refere não me chocam em si. Depende da trabalho que esses gestores façam e dos resultados que obtenham. Se fazem um bom trabalho e não só atingem os objectivos previamente traçados como os superam, pode até acontecer que sejam mal pagos. Não conheço a instituição (para além do que passa na comunicação social) pelo que não posso fazer qualquer juízo de valor qualitativo e quantitativo do trabalho deles.

Conheço e creio que todos conhecemos gestores que têm salários muito superiores e nem por isso as pessoas se importam com isso. A Igreja na sua Doutrina Social defende o salário justo para cada trabalhador. Compete a quem gere este tipo de instituições avalie a justiça dos mesmos.

Luís Gonzaga



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