A 27 de janeiro de 1945 as tropas aliadas libertaram Auschwitz
Comemora-se hoje 61 anos .
Neste campo de extermínio foram assassinados milhões de seres humanos, num
holocausto sem precedentes.
Hoje, as imagens e memórias desse lugar de horror, onde o rosto de bondade de deus empalidece , merece-nos uma oração especial.
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www.dw-world.de]
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www.remember.org]
Perante estas imagens, as palavras do papa Bento XVI na Sua encíclica:
"Muitas vezes não nos é concedido saber o motivo pelo qual Deus retém o seu braço, em vez de intervir. Aliás Ele não nos impede sequer de gritar, como Jesus na cruz: « Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste? » (Mt 27, 46). Num diálogo orante, havemos de lançar-Lhe em rosto esta pergunta: « Até quando esperarás, Senhor, Tu que és santo e verdadeiro? » (Ap 6, 10). Santo Agostinho dá a este nosso sofrimento a resposta da fé: « Si comprehendis, non est Deus – se O compreendesses, não seria Deus ». [35] O nosso protesto não quer desafiar a Deus, nem insinuar n'Ele a presença de erro, fraqueza ou indiferença. Para o crente, não é possível pensar que Ele seja impotente, ou então que « esteja a dormir » (cf. 1 Re 18, 27). Antes, a verdade é que até mesmo o nosso clamor constitui, como na boca de Jesus na cruz, o modo extremo e mais profundo de afirmar a nossa fé no seu poder soberano. Na realidade, os cristãos continuam a crer, não obstante todas as incompreensões e confusões do mundo circunstante, « na bondade de Deus e no seu amor pelos homens » (Tt 3, 4). Apesar de estarem imersos como os outros homens na complexidade dramática das vicissitudes da história, eles permanecem inabaláveis na certeza de que Deus é Pai e nos ama, ainda que o seu silêncio seja incompreensível para nós.."
Para os que ousam afirmar-se católicos e por ingenuidade ou complacência se atrevem a
desculpabilizar, exprimir tolerância, simpatia ou mesmo negação desta realidade histórica, ditada apenas pelo
ódio e pelo
racismo, aqui fica a memória.
E as nossas orações, para que a sombra do nazismo, do anti-semitismo, do ódio racial e
de todas as formas da violência sem nome, não regressem nunca. Nunca mais…
Mas, não bastam as nossas orações.
A Democracia é
frágil e não é um
bem gratuito.