Genesis, capitulo 9

Noé e seus filhos

18Os filhos de Noé, que saíram da arca, eram: Sem, Cam e Jafet. Cam era o pai de Canaã. 19São estes os três filhos de Noé, e por eles foi povoada a Terra inteira.
20*Noé, que era agricultor, foi o primeiro a plantar a vinha. 21Tendo bebido vinho, embriagou-se e despiu-se dentro da sua tenda. 22Cam, o pai de Canaã, ao ver a nudez do pai, saiu a contar o sucedido aos seus dois irmãos. 23Então Sem e Jafet agarraram uma capa, colocaram-na sobre os ombros e, andando de costas, cobriram a nudez do pai, sem a terem visto, porque não voltaram o rosto para trás. 24Quando despertou da sua embriaguez, Noé soube o que tinha feito o seu filho mais novo 25e disse:
«Maldito seja Canaã!
Que ele seja o último dos servos dos seus irmãos.»
26E acrescentou:
«Bendito seja o SENHOR, Deus de Sem,
e que Canaã seja seu servo.
27Que Deus aumente as posses de Jafet
e que Ele resida nas tendas de Sem,
e que Canaã seja o seu servo.»


Segundo dizia e bem São Francisco de Sales os homens tendem a seguir o exemplo de Cam e não os exemplos de Sem e Jefet.
Se vêm um irmão em Cristo a fazer má figura logo se riem e espalham a noticia da ridicula proeza.
Se a Igreja ou alguem a ela consagrado, seja padre ou religiosa, faz asneira logo esta é propagada e ridicularizada sem qualquer caridade, a mais das vezes sem a menor necessidade, sem a menor utilidade.

Raramente alguem tapa a nudez dos nossos pais, irmãos, até da mãe igreja.
Nota-se mesmo um fio de contentamento quando detectam algum erro em outrem, de preferencia quando essa pessoa está mais ligada à religião catolica.

As palavras de Deus não aplicam apenas a longinquos casos passados. Aplicam-se hoje, aqui e agora, a todos os Cam's... por vezes também a mim.

Vemos alguem fazer o bem... e não propalamos o seu exemplo para que outros possam edificar-se e aprender. Mas vemos alguém a errar, ou uma instituição, muitas vezes apenas por ignorancia... e logo se espalha como fogo na pradaria a irrisão, muitas vezes os maiores inimigos da Igreja são os seus proprios filhos com este tipo de comportamentos.

Como silenciam o bem e propagam o mal parece que o mal é muito maior do que aquilo que realmente é.

Parece que a Noé era um bebado escandaloso... apenas porque um dia desconhecendo o efeito do vinho bebeu excessivamente e perdeu o controle sobre os seus actos.

Também os filhos da Igreja muitas vezes ao propalar apenas os seus erros fazem com que esta pareça ridicula. Propalassem aquilo que ela faz de bem com a ligeireza com que apregou os seus erros...

Claro que na base de tudo isto está uma grande falta de amor ao Corpo Mistico de Cristo. Não é usual ver uma mãe ou um filho a apregoar, entre risotas, achincalhando, que o seu filho ou a sua mãe se embriagou e andou nu/a pelo jardim. Porque lhes têm amor não os querem ridicularizar.

A Igreja, como Corpo Mistico de Cristo, os sacerdotes, os cristãos empenhados, são testemunhas de Cristo, ridicularizando-os, quantas vezes com leviandade acabamos por prejudicar a fé em Cristo.

Quando criticamos alguém, e por maioria de razão alguém que para os outros devia ser sinal de Cristo, ou até a propria Igreja, deviamos ter a mesma medida que usamos quando criticamos um filho ou uma mãe nossa.

É preciso estar na onda...não interessa qual é a onda... Não se pensa.... Não se toma consciência da importância dos nossos actos...

A superficialidade invade-nos. Penso que é por superficialidade, por ligeireza, que nos damos ao luxo de tomar determinadas atitudes.

Muitas pessoas querem estar sempre com o "politicamente correcto" e o politicamente correcto nada tem a ver com a verdade.

Está na moda dizer mal de certos grupos, de pessoas que exercem determinadas funções...

E o que é que acontece? Fica "bem" dizer mal e embarca-se.

Fica "bem" dizer mal do que a Igreja Católica ensina...
E cá está: se não digo como os outros, se não alinho então dirão que sou retrógada, fundamentalista e por aí adiante...

Nota-se, muitas vezes, um desrespeito pelos outros... O respeito não é um valor a preservar?

E toca de criticar, de arranjar razões e mais razões para dizer mal da Igreja, ou daquele que é católico pois tinha obrigação de...e propaga-se a notícia aos sete ventos, mesmo que deformada... e fala-se dos outros... de que modos...não se dizem palavras que ofendam directamente, mas o veneno existe nessas frases ditas a propósito de outros.
Um veneno que por estar escondido é muito mais mortífero.

As pessoas até enaltecem quem tem a "coragem" de dizer mal dos seus... Fica tão bem dizer mal da Igreja, do Papa, do padre da nossa paróquia. Normalmente são alvos preferenciais de pessoas que são "clericalistas" no mau sentido da palavra... e por isso disfarçam...
Mas essas mesmas pessoas se lhe tocam na roupinha estrebucham... Mas passam a vida a tocar na dos outros.

Acho que está na hora de reflectirmos sobre a razão do nosso actuar.

Venham achegas...
Vamos pensar em conjunto...
Acho que vale a pena.

Citação:

"Se a Igreja ou alguem a ela consagrado, seja padre ou religiosa, faz asneira logo esta é propagada e ridicularizada sem qualquer caridade, a mais das vezes sem a menor necessidade, sem a menor utilidade. "

O que se passa é o contrário. Quantas vezes as asneiras são "abafadas" caladas e camufladas, pelo simples condição religiosa dessas pessoas, ou instituições que lhe conferem um estatuto social de alguma protecção e uma certa impunidade???

A ideia de que não se deve criticar as asneiras dos consagrados e das instituições religiosas é uma ideia superficial, perigosa e antidemocrática.

Basta pensar nos casos da pedofilia dentro da igreja, e noutras situações igualmente graves ou nas dificuldades e problemas que devem ser enfrentados e não desculpados ou omitidos.

Considero que há assuntos que devem ser desmacarados e rapidamente.
O caso da pedofilia é desses.
Pena foi, pena é que as pessoas envolvidas nãO SEJAM LEVADAS, RAPIDAMENTE, A TRIBUNAL, AFASTADAS DAS SUAS FUNÇÕES e que o castigo tenha em conta a influência que têm sobre os jovens, por causa das funções que desempenham. O mesmo se deve passa com professores, médicos...

Não me refiro a esses casos refiro-me sim à crítica que, em minha opinião, resulta de um complexo de inferioridade e que é aquela dos mexericos... que é a de não aceitar aquilo que a Igreja ensina no campo da fé e dos costumes....

No entanto, o que se verifica é que de coisas que tanto dá que seja assim ou assado as pessoas e que alguns acham que a sua opinião é a correcta e vai de "entrar no bota-abaixo"

[www.paroquias.org]

ler as intervenções do confessionario