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Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 23 de September de 2006 18:26

Epafras,
Era a mesma coisa que nós, na discusão sobre a idolatria, após lhe termos explicado não sei quantas vezes que não eramos idólatras, dizer-mos: Não deem pérolas aos porcos. Com certeza, não gostaria. Nem eu o acho um porco.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Epafras (IP registado)
Data: 23 de September de 2006 18:56

Diogo:
A expressão é para ser entendida em sentido figurado e não à letra. No tópico sobre a idolatria se assim alguém entendesse podia usar tal expressão a relação a mim, utilizava de forma errada e arbitrária mas estava no seu direito, eu ia entender como uma alusão às palavras de Jesus e não como se me estivessem a chamar literalmente porco. Eu não ia gostar nem desgostar talvez fosse um acto de desespero por parte de alguém visto que não explicaram nada de forma convincente que prestar culto a imagens não é idolatria e a seguir talvez mostrasse a essa pessoa porque tinha usado mal essa expressão.

Não quero defender o Sandro, se há alguém que foi insultado nas mensagens dele foram os protestantes, no entanto para ser justo tenho que dizer que ao longo da sua participação ele insultou e foi insultado.

Epafras

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 24 de September de 2006 05:58

Concordo com o Epafras. A expressão utilizada pelo Sandro é uma expressão Bíblica, e, como muitos dos conteúdos bíblicos, "A expressão é para ser entendida em sentido figurado e não à letra[u][/u].
Tal como o relato Bílico da Criação.

De qualquer forma, a linguagem, a atitude e os valores do Sandro e Simone, quando devidamente interpretados, mesmo tendo em conta o seu sentido figurado apenas revelam o seu fundamentalismo religioso católico e a sua incapacidade em dialogar ou criar pontes.


Perante estas tendências, só podemos fazer uma coisa – proclamar a Verdade, mesmo que sejamos alvo de insultos. E ter uma atitude de Caridade e serenidade, como fez o Luís.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Epafras (IP registado)
Data: 24 de September de 2006 18:48

Cara catolicapraticante:
O facto de haverem passagens em sentido figurado não quer dizer que toda a Bíblia tenha sido escrita em sentido figurado. Há passagens que devem ser entendidas de modo literal e passagens que devem ser entendidas de modo figurado. Para saber quais são umas e outras existe métodos interpretativos. Aquele que eu sigo é o filológico também conhecido como histórico-gramatical ou literal (não confundir com literalista) surgido a partir da Reforma a que aderiram exegetas protestantes e católicos. Na idade média é que se tinha a tendência de interpretar a Bíblia de uma ponta à outra alegoricamente.

Já que fala no relato Bílico da Criação sabe o que disse a Pontifícia Comissão Bíblica sobre como se devia examinar os três primeiros capítulos do Génesis? Pois bem:

Do carácter histórico dos primeiros capítulos do Génesis

[Respostas da Comissão Bíblica, de 30 de Junho de 1909]

Dúvida I. Apoiam-se em sólido fundamento os vários sistemas exegéticos que se excogitaram e com aparência de ciência se propugnaram para excluir o sentido literal dos três primeiros capítulos do livro do Génesis.

Resp.: Negativamente.

Não acha extraordinário? :)

Epafras

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 24 de September de 2006 21:51

Caro Epafras:

Não, não acho extraordinário. Afinal está a falar de um documento escrito em 1909 e estamos em 2006. Deste então verificou-se uma revolução radical em todos os domínios do conhecimento humano, a que a Teologia não ficou imune.

Vejo que concordamos no essencial a necessidade de critérios interpretativos e de uma atitude racional para apreender a Bíblia. E a aceitação de que o literalismo bíblico strictu sensu, é, no mínimo, pouco inteligente.

Sobre a questão da interpretação do vários relatos do Génesis sobre a Criação - a discussão é inútil.
Respeito em absoluto a sua crença numa interpretação literalista da Bìblia nesse domínio. É uma escolha pessoal que a mim nada me diz.

O que é para mim inaceitável é chamar a isso Ciência ou Teoria Científica, quando se trata estritamente de uma crença religiosa.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 24 de September de 2006 22:01

Mas se quiser informação científica acessível sobre oe tema , aconselho este
Blogue.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 24 de September de 2006 22:08

Meu caro Epafras,
Muito estranhei esse parecer da Comissão Bíblica. E depois, consultando a Bíblia, descobri que o Epafras se baseou no parecer de 1909, enquanto que o actual data de 1948.
Dia então a Bíblia dos Capuchinhos (para o 3º Milénio da Encarnação), na introdução ao Livro do Génesis:

«Teologia e leitura cristã:
Apesar de conter muitos elementos históricos, o Génesis é uma obra essencialmente teológica que procurava responder aos problemas angustiantes colocados pelo acontecimento do Exílio (sec. VI); (...) O Génesis não foi redigido para escrever História, mas para dizer que Deus domina a História. Por isso, é essencialmente um livro de catequese e de teologia, mesmo nos 11 primeiros capítulos, em que não há preocupação histórica ou científica, no sentido actual. Por isso, a Pontifícia Comissão Bíblica, já em 16 de Janeiro de 1948, dizia, a este respeito: "Estas formas literárias não correspondem a nenhuma das nossas categorias clássicas e não podem ser julgadas à luz dos géneros literários greco-latinos e modernos."»

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 24 de September de 2006 22:17

De fcato as actuais linhas de interpretação saõ de 1993. Aqui fica um extracto do documento:


Lettura fondamentalista
La lettura fondamentalista parte dal principio che la Bibbia, essendo Parola di Dio ispirata ed esente da errore, dev’essere letta e interpretata letteralmente in tutti i suoi dettagli. Ma per “interpretazione letterale” essa intende un’interpretazione primaria, letteralista, che esclude cioè ogni sforzo di comprensione della Bibbia che tenga conto della sua crescita nel corso della storia e de suo sviluppo. Si oppone perciò all’utilizzazione del metodo storico-critico per l’interpretazione della Scrittura, così come ad ogni altro metodo scientifico. La lettura fondamentalista ha avuto la sua origine, all’epoca della Riforma, da una preoccupazione di fedeltà al senso letterale della Scrittura. Dopo il secolo dei lumi, essa si è presentata, nel protestantesimo, come una salvaguardia contro l’esegesi liberale. Il termine “fondamentalista” si ricollega direttamente al Congresso Biblico Americano tenutosi a Niagara, nello stato di New York ne 1895. Gli esegeti protestanti conservatori definirono allora «cinque punti del fondamentalismo»: l’inerranza verbale della Scrittura, la divinità di Cristo, la sua nascita verginale, la dottrina dell’espiazione vicaria e la risurrezione corporale in occasione della seconda venuta di Cristo. Quando la lettura fondamentalista si propagò in altre parti del mondo, diede vita ad altri tipi di lettura ugualmente “letteralisti”, in Europa, Asia, Africa e America Latina. Questo genere di lettura trova sempre più numerosi aderenti nel corso dell’ultima parte del XX secolo, in alcuni gruppi religiosi e sette e anche tra i cattolici.
Benché il fondamentalismo abbia ragione di insistere sull’ispirazione divina della Bibbia, sull’inerranza della Parola di Dio e sulle altre verità bibliche incluse nei cinque punti fondamentali, il suo modo di presentare queste verità si radica in una ideologia che non è biblica, checché ne dicano i suoi rappresentanti. Infatti essa esige una adesione ferma e sicura ad atteggiamenti dottrinali rigidi e impone, come fonte unica d’insegnamento riguardo alla vita cristiana e alla salvezza, una lettura della Bibbia che rifiuti ogni tipo di atteggiamento o ricerca critici.
Il problema di base di questa lettura fondamentalista è che rifiutando di tener conto del carattere storico della rivelazione biblica, si rende incapace di accettare pienamente la verità della stessa Incarnazione. Il fondamentalismo evita la stretta relazione del divino e dell’umano nei rapporti con Dio. Rifiuta di ammettere che la Parola di Dio ispirata è stata espressa in linguaggio umano ed è stata redatta, sotto l’ispirazione divina, da autori umani le cui capacità e risorse erano limitate. Per questa ragione, tende a trattare il testo biblico come se fosse stato dettato parola per parola dallo Spirito e non arriva a riconoscere che la Parola di Dio è stata formulata in un linguaggio e una fraseologia condizionati da una data epoca. Non accorda nessuna attenzione alle forme letterarie e ai modi umani di pensare presenti nei testi biblici, molti dei quali sono frutto di una elaborazione che si è estesa su lunghi periodi di tempo e porta il segno di situazioni storiche molto diverse.
Il fondamentalismo insiste anche in modo indebito sull’inerranza dei dettagli nei testi biblici, specialmente in materia di fatti storici o di pretese verità scientifiche. Spesso storicizza ciò che non aveva alcuna pretesa di storicità, poiché considera come storico tutto ciò che è riferito o raccontato con verbi al passato, senza la necessaria attenzione alla possibilità di un significato simbolico o figurativo.
Il fondamentalismo tende spesso a ignorare o a negare i problemi che il testo biblico comporta nella sua formulazione ebraica aramaica o greca. È spesso strettamente legato a una determinata traduzione, antica o moderna. Omette ugualmente di considerare le “riletture” di alcuni passi all’interno stesso della Bibbia.
Per ciò che concerne i vangeli, il fondamentalismo non tiene conto della crescita della tradizione evangelica, ma confonde ingenuamente lo stadio finale di questa tradizione (ciò che gli evangelisti hanno scritto) con lo stadio iniziale (le azioni e le parole del Gesù della storia). Viene trascurato nello stesso tempo un dato importante: il modo in cui le stesse prime comunità cristiane compresero l’impatto prodotto da Gesù di Nazaret e dal suo messaggio. Invece abbiamo lì una testimonianza dell’origine apostolica della fede cristiana e la sua diretta espressione.
Il fondamentalismo snatura così l’appello lanciato dal vangelo stesso. Il fondamenta¬lismo porta inoltre a una grande ristrettezza di vedute: ritiene infatti come conforme alla realtà, perché la si trova espressa nella Bibbia, una cosmologia antica superata, il che impedisce il dialogo con una concezione più aperta dei rapporti tra cultura e fede. Si basa su una lettura non critica di alcuni testi della Bibbia per confermare idee politiche e atteggiamenti sociali segnati da pregiudizi, per esempio razzisti, del tutto contrari al vangelo cristiano.
Infine, nel suo attaccamento al principio del “sola Scrittura”, il fondamentalismo separa l’interpretazione della Bibbia dalla Tradizione guidata dallo Spirito, che si sviluppa in modo autentico in unione con la Scrittura in seno alla comunità di fede. Gli manca la consapevolezza che il Nuovo Testamento si è formato all’interno della Chiesa cristiana e che è Sacra Scrittura di questa Chiesa, la cui esistenza ha preceduto la composizione dei suoi testi. Per questa ragione, il fondamentalismo è spesso antiecclesiale, ritenendo come trascurabili i credo, i dogmi e le pratiche liturgiche che sono diventate parte della tradizione ecclesiastica, così come la funzione di insegnamento della Chiesa stessa. Si presenta come una forma di interpretazione privata, la quale non riconosce che la Chiesa è fondata sulla Bibbia e attinge la sua vita e la sua ispirazione nelle Scritture.
L’approccio fondamentalista è pericoloso, perché attira le persone che cercano risposte bibliche ai loro problemi di vita. Tale approccio può includerle offrendo interpretazioni pie ma illusorie, invece di dire loro che la Bibbia non contiene necessariamente una risposta immediata a ciascuno di questi problemi. Il fondamentalismo invita, senza dirlo, a una forma di suicidio del pensiero. Mette nella vita una falsa certezza, poiché confonde inconsciamente i limiti umani del messaggio biblico con la sostanza divina dello stesso messaggio. “

PONTIFICIA COMMISSIONE BIBLICA DOCUMENTO L'interpretazione della Bibbia nella Chiesa, 1993

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 24 de September de 2006 22:20

Infelizmente não pecebo quase nada de italiano... não haverá noutra língua?

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 24 de September de 2006 22:26

Pois, só encontrei em alemão, ainda é mais difícil. Alguém pode ajudar a encontrar uma tradução em português?

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 24 de September de 2006 22:29

Pois, no Alemão, vejo-me "grego". Uau, mais uma piada estúpida... eu hoje não estou bem.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Epafras (IP registado)
Data: 25 de September de 2006 16:43

1. Diogo os documentos de 1909 e 1948 são coisas diferentes. A Pontifícia Comissão Bíblica emitiu dois decretos um em 1906 defendendo autenticidade Mosaica do Pentateuco e outro em 1909 defendendo a historicidade dos três primeiros capítulos do Génesis que eu citei antes em parte e vou citá-lo agora todo porque tem coisas muito interessantes.

[Respuestas de la Comisión Bíblica, de 30 de junio de 1909]

Duda I. Si se apoyan en sólido fundamento los varios sistemas exegéticos que se han excogitado y con apariencia de ciencia propugnado para excluir el sentido literal de los tres primeros capítulos del libro del Génesis.

Resp.: Negativamente.

Duda II. Si, no obstante el carácter y forma histórica del libro del Génesis, el peculiar nexo de los tres primeros capítulos entre sí y con los capítulos siguientes, el múltiple testimonio de las Escrituras tanto del Antiguo como del Nuevo Testamento, el sentir casi unánime de los santos Padres y el sentido tradicional que, trasmitido ya por el pueblo de Israel, ha mantenido siempre la Iglesia, puede enseñarse que: los tres predichos capítulos del Génesis contienen, no narraciones de cosas realmente sucedidas, es decir, que respondan a la realidad objetiva y a la verdad histórica; sino fábulas tomadas de mitologías y cosmogonías de los pueblos antiguos, y acomodadas por el autor sagrado a la doctrina monoteística, una vez expurgadas de todo error de politeísmo; o bien alegorías y símbolos, destituidos de fundamento de realidad objetiva, bajo apariencia de historia, propuestos para inculcar las verdades religiosas y filosóficas; o en fin leyendas, en parte históricas, en parte ficticias, libremente compuestas para instrucción o edificación de las almas.

Resp.: Negativamente.

Duda III. Si puede especialmente ponerse en duda el sentido literal histórico donde se trata de hechos narrados en los mismos capítulos que tocan a los fundamentos de la religión cristiana, como son, entre otros, la creación de todas las cosas hechas por Dios al principio del tiempo; la peculiar creación del hombre; la formación de la primera mujer del primer hombre; la unidad del linaje humano; la felicidad original de los primeros padres en el estado de justicia, integridad e inmortalidad; el mandamiento, impuesto por Dios al hombre, para probar su obediencia; la transgresión, por persuasión del diablo, bajo especie de serpiente, del mandamiento divino; la pérdida por nuestros primeros padres del primitivo estado de inocencia, así como la promesa del Reparador futuro.

Resp.: Negativamente.

Duda IV. Si en la interpretación de aquellos lugares de estos capítulos que los Padres y Doctores entendieron de modo diverso, sin enseñar nada cierto y definido, sea licito a cada uno seguir y defender la sentencia que prudentemente aprobare, salvo el juicio de la Iglesia y guardada la analogía de la fe.

Resp.: Afirmativamente.

Duda V. Si todas y cada una de las cosas, es decir, las palabras y frases que ocurren en los capítulos predichos han de tomarse siempre y necesariamente en sentido propio, de suerte que no sea licito apartarse nunca de él, aun cuando las locuciones mismas aparezcan como usadas impropiamente, o sea, metafórica o antropomórficamente, y la razón prohiba mantener o la necesidad obligue a dejar el sentido propio.

Resp.: Negativamente.

Duda VI. Si, presupuesto el sentido literal e histórico, puede sabia y útilmente emplearse la interpretación alegórica y profética de algunos pasajes de los mismos capítulos, siguiendo el brillante ejemplo de los Santos Padres y de la misma Iglesia.

Resp.: Afirmativamente.

Duda VII. Si dado el caso que no fue la intención del autor sagrado, al escribir el primer capitulo del Génesis, enseñar de modo científico la intima constitución de las cosas visibles y el orden completo de la creación, sino dar más bien a su nación una noticia popular acomodada a los sentidos y a la capacidad de los hombres, tal como era uso en el lenguaje común del tiempo, ha de buscarse en la interpretación de estas cosas exactamente y siempre el rigor de la lengua científica.

Resp.: Negativamente.

Duda VIII. Si en la denominación y distinción de los seis días de que se habla en el capítulo I del Génesis se puede tomar la voz Yôm (día) ora en sentido propio, como un día natural, ora en sentido impropio, como un espacio indeterminado de tiempo, y si es licito discutir libremente sobre esta cuestión entre los exegetas.

Resp.: Afirmativamente.


Ora o que se passou depois foi que em 1948 o bispo de Paris escreveu ao cardeal Tisserant que era o presidente vitalício da Comissão Bíblica Pontifícia pedindo a abolição dos dois decretos referidos da comissão. A resposta que obteve carece de transparência, é longuíssima e possui algumas frases ambíguas. Pelo excerto que a Bíblia dos capuchinhos traz não se demonstra que os decretos anteriores tenham sido abolidos. O que se quer fazer notar nesse excerto, usando as palavras de Pio XII, é que os primeiros capítulos do Génesis, ainda que propriamente falando não concordem com o método histórico usado pelos melhores autores gregos e latinos e pelos bons historiadores do nosso tempo, pertencem contudo ao género histórico em verdadeiro sentido, mas que deve ser ainda mais estudado e determinado pelos exegetas. Leia-se a encícliva Humani Generis do Papa Pio XII onde ele cita essa carta para condenar o uso abusivo que alguns fazem dela começando a falar em "mitos do Génesis" e a dar interpretações fantasiosas aos primeiros capítulos do Génesis.

Atente-se para outro ponto interessante na mesma encíclica; onde o Papa mostra que se deve acreditar na existência histórica de Adão dizendo o seguinte:

...os fiéis cristãos não podem abraçar a teoria de que depois de Adão tenha havido na terra verdadeiros homens não procedentes do mesmo protoparente por geração natural, ou, ainda, que Adão signifique o conjunto dos primeiros pais; já que não se vê claro de que modo tal afirmação pode harmonizar-se com o que as fontes da verdade revelada e os documentos do magistério da Igreja ensinam acerca do pecado original, que procede do pecado verdadeiramente cometido por um só Adão e que, transmitindo-se a todos os homens pela geração, é próprio de cada um deles.

Portanto não há nenhum documento abolindo explicitamente os decretos da Comissão pontíficia de 1909, a carta ao bispo de Paris em 1948 não o faz, portanto eles devem ser considerados ainda em vigor. Porém, isto não quer dizer que não conceda que possa haver outras fontes do mesmo magistério que os contradigam. Existem casos de outros ensinamentos completamente contraditórios e este tópico é um fruto disso. O que levanta algumas questões. Como saber em que ensinamento crer? Na igreja católica é a última palavra que vale mesmo que esta contradiga o ensinado antes? Como saber que no futuro o Magistério da igreja católica não dará como certo o que hoje dá por errado e errado o que hoje dá por certo? que grau de confiança merece tal magistério que se diz infalível ou tendencialmente infalível?

Quanto à senhora catolicapraticante não sei se está realmente interessada em saber como se devem interpretar os textos bíblicos ou se tem simplesmente alguma agenda contra algum imaginário "fundamentalista". Esse texto que colocou em italiano é ridiculo a começar logo na primeira frase La lettura fondamentalista parte dal principio che la Bibbia, essendo Parola di Dio ispirata ed esente da errore, dev’essere letta e interpretata letteralmente in tutti i suoi dettagli; mas quem é que interpreta a Bíblia literalmente em todos os seus detalhes???. Este texto só se compreende como sendo para consumo interno destinado a católicos indoutos, agitando o papão do "fundamentalismo" que segundo critérios do texto encaixa-se praticamente em tudo menos no único intérprete válido e infalível das Escrituras, ou seja, no Magistério da Igreja Católica Romana.

E depois como é que um orgão de uma instituição cujo uma das suas principais doutrinas baseia-se numa interpretação hiperliteralista da Bíblia vem acusar outros de fazer interpretações primárias e literalistas? As interpretações literalistas que possam haver fora do grémio da igreja católica não chegam perto das consequências espirituais da interpretação hiperliteralista que a igreja católica faz das palavras que Jesus disse na última ceia "Isto é o meu corpo e isto é o meu sangue". Um cristão pode fazer uma interpretaçao mais ou menos literal do Génesis, isto é, pode crer que Deus criou o homem sem processo evolutivo ou através de um processo evolutivo, pode crer que os dias da criação são dias de 24 horas ou longas épocas de tempo indeterminado, que na prática isso não tem consequências para a sua salvação eterna. Um problema esse sim muito mais grave e preocupante é o de interpretações literalistas de textos bíblicos com consequências espirituais graves que podem comprometer a salvação eterna do cristão. Que dizer então da interpretação hiperliteralista das palavras de Jesus escritas no Evangelho que têm como consequência a adoração de algo como Deus. E se a interpretação estiver errada e o que é adorado como Deus não for Deus? senhora catolicapraticante não a preocupa esta interpretação literalista?

Epafras

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 25 de September de 2006 17:03

Vejo óptimos argumentos, que clarificam a posição da Igreja. E entendo a sua opinião. Mas é quase pessoal uma pessoa acreditar ou não. E eu não acredito no Génesis histórico.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Epafras (IP registado)
Data: 25 de September de 2006 18:18

Mas tu deves acreditar no que ensina o Magistério da tua Igreja. O livre exame é um princípio protestante. Em qual documento oficial o Magistério da Igreja Católica ensina a não acreditar no carácter histórico do Génesis?

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 25 de September de 2006 18:31

Epafras, eu não faço um juízo próprio. Existem imensos padres, até cardeais, que partilham a minha opinião.
De facto, do ponto de vista científico, existem muitas provas (não me peças para dizê-las) que refutam a ideia do evolucionismo.
E, mais ainda, a Igreja considera o Génesis uma obra teológica. E isso não implica o seu historicismo (como por exemplo, não o tem o livro de Job).

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 25 de September de 2006 18:34

Ainda assim, defendo que Deus interviou na criação do Homem de outra maneira. a evolução criou o corpo, Deus a Alma.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 28 de September de 2006 19:29

Epafras,

compra o "Expresso" no sábado. És capaz de gostar e de te responder a algumas questões.

João (JMA)

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Cunha (IP registado)
Data: 03 de November de 2006 13:02

Tenho relido "este" tópico que me parece interessante. Contudo, pedia aos moderadores que se abrisse outro tema: por exemplo, "Concílio vaticano II", pois o tema inicial "Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus" está desenquadrado.
Um abraço
Cunha

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Sebastião (IP registado)
Data: 12 de February de 2007 21:00

Salve Maria!

Gloria a Deus para sempre e a Maria eternamente!

Depois deste breve exorcismo começo a minha mensagem:

Foi impressionante como mais depressa se criticou um homem, Orlando Fideli, do que se defendeu a Deus Nosso Senhor e Sua Santa Mãe, verdadeiro propósito do tema.

E vi tantas locuras escritas que não fui capaz de ficar calado.
Como é que uma senhora chamada catolicapraticante diga que o sacerdócio pode ser para as mulheres numa questão de tempo? Será que essa senhora é catolica praticante da igreja catolica apostolica lusitana, satelite da igreja anglicana? (ou melhor chamada: igreja protestante)

Oh minha senhora catolica praticante, «A expressão é para ser entendida em sentido figurado e não à letra». Ai é? Então e a salvação? e o sacrificio redentor de Jesus Cristo, Deus Filho e Nosso Deus? É figurantivo também?

E sobre a salvação? Nunca leram, meus senhores, Extra Ecclesiam nulla salus ? Fora da Igreja não há salvação! E ai de nós se formos contra a igreja, contra a esposa de Cristo! Ou será que é uma esposa figurativa?

Nossa Senhora de Fátima que se apresentou como Mãe de Jesus, Nosso Senhor, disse aos pastorinhos que Deus tem no Céu que muitos pecadores iam para o inferno. Ou por outras palavras: não eram salvos.

Rezemos e combatemos contra as heresias e blasfémias. Sejamos fudamentalistas na Fé, e defendamos aquilo que amamos: o Reino dos Céus.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 12 de February de 2007 21:23

E a bola é chutada de novo e recomeça o jogo....

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

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