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Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Simone (IP registado)
Data: 24 de August de 2006 11:45

Olá a todos,

Tilleul,

tenho que admitir que eu poderia melhorar meu texto colocar muito mais informções. Não coloquei pois este não era meu objetivo, se meu texto deu saltos interpretativos me diga onde foi talvez assim assim eu possa explicar melhor.
Caso vc esteja falando sobre o discurso de natal, aquilo não foi um análise oficia, mas fui buscar minha base em outras análises. Se for a questão das duas correntes opostas vc deveria se informar melhor, pois elas existem e é justamente delas que o Papa tratou no discurso.
A corrente do espírito do concílio nunca trouxe frutos para a Igreja, mas sim confusão. Já os da letra do concílio foram os que trouxeram frutos. Os tradicionalistas, qurendo vc ou não, tb trouxeram frutos.
Como lhe mostrei é válido criticar o concílio. Se eu fiz acrobacias me mostre por favor, quem sabe eu explicando vc entenderá o o Vaticano II trouxe mais confusão do que uma primavera pós-conciliar, como disse o proprío Papa quando ainda era cardeal. Ou vc não leu isso no meu texto?
Eu tenho em casa uma entrevista de Ratzinger que poderia ter colocado no texto mas não coloquei, ele fala justamente sobre esta euforia que tomou conta do concílio, entusiasmo esse que foi em vão.
Defesa intransigente do concílio é o que vcs aqui no fórum fazem. Não admitem nenhuma crítica ao mesmo, quando o próprio Papa na época Cardeal disse o contrário.
A frase do Cardeal Hoyos é muito reveladora. Mesmo que se façam " acrobacias" com sua frase ela é clara, a Fraternidade está em comunhão com a Igreja. Até hoje essa dita excomunhão é contestada no Vaticano. Se ela tivesse sido válida como poderiam eles estarem em comunhão com a Igreja?

Para os que não conhecem, Jean Guitton foi um dos grandes folísofos do século XX, muito respeitado entre os católicos inclusive autoridades no Vaticano. Em uma obra sua feita a pedido do Papa João Paulo II ele disse que o Vaticano II tinha ido contra a doutrina anterior da Igreja, ele falava da Pascendi. Mas não se enganem, pois ao dizer isto ele não estava criticando o concílio, mas sim a Igreja por ainda considerar válida a Pascendi. Ele não foi um mero observador, antes do concílio ele já conversava com Paulo VI sobre o mesmo.
E quando ele disse isto na sua obra, não foi um simples comentário, mas fruto de uma análise demorada, pois o que ele escrevia não era um simples artigo de revista.
Portanto, temos um testemunho de uma pessoa que era amigo de Paulo VI a mais de 20 anos, que fez parte do concílio, que conversou com Paulo VI sobre este concílio antes do mesmo começar. Uma pessoa que não teve sua obra, feita a pedido de João Paulo II, contestada e que falou que o Vaticano II proclamou o que a Pascendi condenou.Portanto quem não o conhece deveria conhecer, pois como o próprio Ratzinger disse o Vaticano II não é um superdogma, foi tão somente pastoral e não proclamou dogma algum.

Fiquem com Deus



Editado 1 vezes. Última edição em 24/08/2006 12:10 por Simone.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Sandro Pontes (IP registado)
Data: 24 de August de 2006 12:25

Caro Ponto de vista, a paz!
Cristo disse pela boca dos seus santos ser o mesmo ontem, hoje, e eternamente (Sl 90.2; Is 40.28; 41.4; 43.10-13; Hb 9.14; 13.8).
Ou duvidas disto também? Não é Cristo quem falou pela boca do rei Davi, de Isaías e de São Paulo?
Tchau!
Sandro Pontes

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Epafras (IP registado)
Data: 24 de August de 2006 14:17

Caro Luis Gonzaga:
Essa história do Padre Leonard Feeney deixou-me curioso.
Tem a certeza que ele foi excomungado por defender que fora da Igreja Católica Romana não há salvação ou terá sido por ter negado as doutrinas do baptismo de sangue e baptismo de desejo, por ter dito que os bebés que morriam sem baptismo iam para o inferno e lá sofriam as mesmas penas dos adultos (não fazia a distinção entre o "limbo" e o resto do inferno) e por se ter recusado a submeter à autoridade eclesiástica?. Acho muito estranho que tenha sido excomungado pela razão referida na sua mensagem. Aliás, o caso ao que parece passou-se antes do Vaticano II e nessa altura quem tinha grandes hipóteses de ser excomungado era quem dissesse que fora da Igreja Católica Romana havia salvação pois ia contra uma doutrina defendida consistentemente desde Trento e antes até ao Vaticano II respaldada por um monte de declarações doutrinais. Bem haja

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 24 de August de 2006 15:20

Citação:
Cristo disse pela boca dos seus santos

Não disse. Nem a escritura diz que ele disse. Apenas o autor da Epístola diz isso de Cristo.

Citação:
Não é Cristo quem falou pela boca do rei Davi, de Isaías e de São Paulo?

O Espírito inspirou os autores das escrituras mas não as ditou. As únicas palavras que podem legitimamente ser atribuídas a Cristo são as que os Evangelhos referem e, mesmo aí, não é claro o que ele disse pessoalmente e o que é interpretação dos autores dos Evangelhos.

pontosvista

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Simone (IP registado)
Data: 24 de August de 2006 15:41

pontosvistas,

você defende a tese da evolução do dogma?
Em Malaquias 3:6 está dito que Deus não muda. Vc em outro tópico defendeu que Deus muda. Mas então como conciliar esta passagem com outras que mostra Deus "se arrependendo" ? Muitas vezes aconteceu dos copistas não terem uma palavra adequada para exprimir uma ação divina, daí empregarem uma na língua corrente que se aproximasse mais da idéia. É isto que ocorre.
O resultado de interpretar esta passagens difíceis sozinho só poderia dar mesmo nisso. Em uma negação de uma doutrina.
Pois se Deus muda eu poderia esta passagem logo acima seria uma contradição de Deus, mas Deus não se contradiz. Pois ele é o que é. Deus é o "Eu Sou o que Sou" se Deus mudasse teriamos uma Igreja volúvel até na sua doutrina o que seria um absurdo.
Como Deus não muda a Igreja tb não muda. Por isso ela, a Igreja, é sempre comparada com uma rocha. Ou seja, ela é firme, ela é parada. Claro que em questões acidentais ela muda, a liturgia por exemplo sofreu modificações contudo sem mudar sua essência. Se Jesus sendo Deus encarnado, 2º Pessoa da Santíssima Trindade e sendo Deus sua vontade é a mesma do Pai, podemos concluir que Ele tb não muda.
E aí pontosvistas, Deus se contradiz? Deus é volúvel?

PS: este daria um bom tema " Evolução do dogma: Deus muda?"



Editado 1 vezes. Última edição em 24/08/2006 15:47 por Simone.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Sandro Pontes (IP registado)
Data: 24 de August de 2006 16:12

Ponto de vista, salve Maria!
Você nega com pertinácia as doutrinas e os dogmas da Igreja Católica. Conclusão: se és ignorante, estás em erro. Se não és, está em heresia.
Diga-me: você é ignorante ou herege?
Aguardando, me despeço.
In corde Iesu et Mariae. SEmper!
Sandro

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Sandro Pontes (IP registado)
Data: 24 de August de 2006 16:21

Ponto de Vista, leia aquilo que Pio XI ensinou na encícliaca Mortalium Animus, ao condenar o ecumenismo. Leia.

"Fomos criados por Deus, Criador de todas as coisas, para este fim: conhecê-lO e serví-lO. O nosso Criador possui, portanto, pleno direito de ser servido.

Por certo, poderia Deus Ter estabelecido apenas uma lei da natureza para o governo do homem. Ele, ao criá-lo, gravou-a em seu espírito e poderia portanto, a partir daí, governar os seus novos atos pela providência ordinária dessa mesma lei. Mas, preferiu dar preceitos aos quais nós obedecêssemos e, no decurso dos tempos, desde os começos do gênero humano até a vinda e a pregação de Jesus Cristo, Ele próprio ensinou ao homem, naturalmente dotado de razão, os deveres que dele seriam exigidos para com o Criador: "Em muitos lugares e de muitos modos, antigamente, falou Deus aos nossos pais pelos profetas; ultimamente, nestes dias, falou-nos por seu Filho" (Heb 1,1 Seg).

Está, portanto, claro que a religião verdadeira não pode ser outra senão a que se funda na palavra revelada de Deus; começando a ser feita desde o princípio, essa revelação prosseguiu sob a Lei Antiga e o próprio Cristo completou-a sob a Nova Lei.

Portanto, se Deus falou – e comprova-se pela fé histórica Ter ele realmente falado – não há quem não veja ser dever do homem acreditar, de modo absoluto, em Deus que se revela e obedecer integralmente a Deus que impera. Mas, para a glória de Deus e para a nossa salvação, em relação a uma coisa e outra, o Filho Unigênito de Deus instituiu na terra a sua Igreja".

Aceita o que ensina Pio XI?
Aguardando, mes despeço.
Sandro Pontes

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Simone (IP registado)
Data: 24 de August de 2006 16:30

pontosdevista,

alongando mais um pouco minha mensagem podemos ainda analisar mais esta sua negação da imutabilidade de Deus.

na Summa Teológica São Tomás nos dá as cinco provas de Deus. Neste parte da summa ele conclui que Deus é ATO PURO, ou seja, não têm nenhuma potência passiva, sendo ato puro este ser, que é Deus, não pode usar o verbo ser nem no passado nem no futuro.
Moisés quando pergunta qual é o nome de Deus, Ele o responde desta maneira: "Eu sou aquele que é". Aquele que é ato puro. Ele não disse "eu sou aquele que fui ou serei". Deus é aquele que é, não muda.
Em Jo 8:58 Jesus Cristo discutindo com os fariseus disse-lhes em certo momento: " Antes que Abraão fosse, eu sou". Depois de dito isto os judeus pegaram pedras para atirar nele e por que fizeram isso pontosvistas?
Porque dizendo eu sou Cristo se dizia Deus. E para os judeus isto era blasfêmia digna de morte.
Quando vc diz que Deus muda vc está dizendo que Deus é potência, ou seja, Ele não é a causa, mas sim a consequência, o efeito. Vc diz que Deus é processo e não um ser substancial e imutável.
Portanto Jesus sendo Deus Ele tb não muda.



Editado 1 vezes. Última edição em 24/08/2006 16:31 por Simone.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 24 de August de 2006 17:16

Citação:
Você nega com pertinácia as doutrinas e os dogmas da Igreja Católica.
Onde?

pontosvista

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 25 de August de 2006 00:54

Caro Sandro Pontes.

Fico muito contente por não contestares a minha mensagem pois assim poupas-me tempo na resposta, sobretudo quando os argumentos que usas não são novos e já aqui foram discutidos mais que uma vez.
Como responsável pelo Paroquias.org sinto a necessidade de esclarecer todos os que diariamente lêem este espaço para que não fiquem dúvidas.

O Concílio Vaticano II faz parte da doutrina da Igreja.

Os textos do Concílio Vaticano II estão disponíveis na íntegra no site do Vaticano aqui. O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica também lá está. Recomendo a todos a sua leitura!

Quando e se surgir um Concílio Vaticano III, também ele fará parte da doutrina da Igreja, como todos os Concílios fazem parte da doutrina da Igreja.

A afirmação "Fora da Igreja Católica não há salvação" está errada e o seu autor, Padre Leonard Feeney, foi ex-comungado por tal afirmação, pelo Papa Pio XII (ver artigo na EWTN).

Não deixa de ser curioso a argumentação do Sandro (embora não seja o único a utilizá-la) quando é selectivo na escolha do que lhe interessa no que diz respeito à doutrina. Por exemplo, diz "A verdade da Igreja é eterna. Não é moderna. Não evolui." e com esta argumentação repudia-se o Concílio Vaticano II, então como se aceita o dogma da Assunção de Maria declarado em 1950, uma década antes do Concílio? Se o Catecismo de Trento é que é bom e o do Vaticano II não presta, como se explica que foi o do Vaticano II o primeiro a falar da virgindade perpétua de Maria? Se não se aceita o Concílio Vaticano I, como se aceita o dogma da Imaculada Conceição de 1854? Peguei nestes três casos porque o Sandro acusou o Ortodoxos de heresia por não aceitarem os dogmas marianos e, como tal, estão também ex-comungados, fora da Igreja, e condenados ao fogo eterno…

É pena o Sandro não se lembrar que João Paulo II quando no dia 24 de Dezembro de 1999 abriu a porta da Basílica de S. Pedro e deu início ao Jubileu do Ano 2000, tinha a seu lado um bispo protestante e um patricarca Ortodoxo e não o seu estimado prof. Orlando Fedeli.

Luís Gonzaga

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Simone (IP registado)
Data: 25 de August de 2006 11:48

Luis Gonzaga,

Com relação a essa msetença ed excomunhão creio que vc está equivocado pois isto não seria motivo de excomunhão veja só:

São Cipriano (séc. III): "Não há salvação fora da Igreja".

Credo de Santo Atanásio (séc. IV), oficial da Igreja Católica: " Todo aquele queira se salvar, antes de tudo é preciso que mantenha a fé católica; e aquele que não a guardar íntegra e inviolada, sem dúvida perecerá para sempre (...) está é a fé católica e aquele que não crer fiel e firmemente, não poderá se salvar".

Papa Inocêncio III (1198-1216): "De coração cremos e com a boca confessamos uma só Igreja, que não de hereges, só a Santa, Romana, Católica e Apostólica, fora da qual cremos que ninguém se salva".

IV Concílio de Latrão(1215), infalível, Canon I: "...Há apenas uma Igreja universal dos fiéis, fora da qual absolutamente ninguém é salvo...". Canon III: "Nós excomungamos e anatematizamos toda heresia erguida contra a santa, ortodoxa e Católica fé sobre a qual nós, acima, explanamos...".

Papa Bonifácio VIII (1294-1303): "Por apego da fé, estamos obrigados a crer e manter que há uma só e Santa Igreja Católica e a mesma apostólica e nós firmemente cremos e simplemente a confessamos e fora dela não há salvação nem perdão dos pecados (...) Romano Pontífice, o declaramos, o decidimos, definimos e pronunciamos como de toda necessidade de salvação para toda criatura humana.

Concílio de Florença (1438-1445): "Firmemente crê, professa e predica que ninguém que não esteja dentro da Igreja Católica, não somente os pagãos, mas também, judeus, os hereges e os cismáticos, não poderão participar da vida eterna e irão para o fogo eterno que está preparado para o diabo e seus anjos, a não ser que antes de sua morte se unirem a Ela(...).

O Concílio infalível de Trento (1545-1563) além de condenar e excomungar os protestantes, reiterou tudo o que os Concílios anteriores declararam, e ainda proferiu : "... nossa fé católica, sem a qual é impossível agradar a Deus..."

Papa Pio IV (1559-1565), um dos papas do Concílio de Trento: "... Esta verdadeira fé católica, fora da qual ninguém pode se salvar..." (Profissão de fé da Bula "Iniunctum nobis" de 1564)

Papa Benedito IV (1740-1758): "Esta fé da Igreja Católica, fora da qual ninguém pode se salvar...".

Teses condenadas, pelo Papa Pio IX (1846-1878), no Syllabus:

15a "É livre a qualquer um abraçar o professar aquela religião que ele, guiado pela luz da razão, julgar verdadeira".

16a "No culto de qualquer religião podem os homens achar o caminho da salvação e alcançar a mesma eterna salvação"..

17a "Pelo menos deve-se esperar bem da salvação eterna daqueles todos que não vivem na verdadeira Igreja de Cristo".

18a "O protestantismo não é senão outra forma da verdadeira religião cristã na qual se pode agradar a Deus do mesmo modo que na Igreja Católica".

21a "A Igreja não tem poder para definir dogmaticamente que a religião da Igreja Católica é a única religião verdadeira"


Ainda temos a Mortalium Animos, a Quanta Cura. São Pio X em seu Catecismo Maior ensinou:

149- Que é a Igreja Católica?
A Igreja Católica é a sociedade ou reunião de todas as pessoas batizadas que, vivendo na terra, professam a mesma fé e a mesma lei de Cristo, participam dos mesmos sacramentos, e obedecem aos legítimos Pastores, principalmente ao Romano Pontífice.

153- Então não pertencem à Igreja de Jesus Cristo as sociedades de pessoas batizadas que não reconhecem o Romano Pontifice por seu chefe?
Todos os que não reconhecem o Romano Pontifice por seu chefe , não pertencem à Igreja de Jesus Cristo.

156- Não poderia haver mais de uma Igreja?
Não pode haver mais de uma Igreja, porque, assim com há um só Deus, uma só fé e um só Batismo, assim também não há nem pode haver senão uma só Igreja verdadeira.

168- Pode alguém salvar-se fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana?
Não. Fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana, ninguém pode salvar-se, como ninguém pôde salvar-se do dilúvio fora da arca de Noé, que era figura desta Igreja.

Há ainda outro documento de São Pio X em que ele condenando o modernismo fala tb sobre o assunto aqui tratado.

E então Luís Gonzaga? Pio X, São Cipriano, Pio XI, Leão XIII, Pio XI... estão todos excomungados por terem dito muito antes o que esse padre falou? Creio que você está equivocado neste episódio. Pois a frase "fora da Igreja não há salvação" já foi dito muito antes dete padre existir. E isso é ponto de doutrina. Ou vc tanbém vai contestar todas estas citações também?

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Simone (IP registado)
Data: 25 de August de 2006 11:53

O fato dos documentos do vaticano II estarem no site do vaticano não quer dizer que o vaticano II é um concílio que ensinou de modo perene a doutrina da Igreja.
E com relação a um vaticano III, graças a Deus esta possibilidade está descartada até pelo Papa. O vaticano II já trouxe tanta confusão, não estão conseguindo nem "por em prática o verdadeiro concílio" como queres que se faça um outro se o trabalho dado por este ainda nem terminou?
Como aqui não é o local poderíamos falar em outro local sobre este concílio, que trouxe só divisão e bagunça. Pois é apoiado nele que se fazem absurdos liturgicos e teológicos.
O Próprio Paulo VI disse que ao invés de um dia ensolarado pós concliar o que aconteceu é que novas tempestades vieram. Fora tantas outras coisas que ele falou.

Simone



Editado 1 vezes. Última edição em 25/08/2006 12:08 por Simone.

RCompêndio
Escrito por: Sandro Pontes (IP registado)
Data: 25 de August de 2006 12:19

Caro Luis Gonzaga, a paz de Cristo. Salve Maria!
Eu realmente não ia mais contestar-te, porque como você bem disse, somente me faria repetir. Disse Cristo: "quem tiver ouvidos para ouvir, ouça."
Mas em sua última carta novamente você vomitou e proferiu blasfêmias, heresias e mentiras, o que me coloca na obrigação de corrigir-te. A caridade me manda corrigir-te, para que você possa se arrepender de seus pecados, converter-se. confessar-se e assim poder ir para o céu.
Hoje é sexta e agora não posso lhe escrever. Passarei o final de semana fazendo-o. Na segunda, postarei a minha mensagem, expondo todos os seus erros, referentes a todas as suas mensagens anteriores, as quais eu não ia mais contestar. Comentarei com detalhes as mensagens do ponto de vista também. Mostrarei como você e ele não obedecem nem os documentos de antes do Vaticano II e nem os documentos deste concílio e os documentos posteriores a ele.
Mostrarei que você somente se obedece.
Apenas para dar um exemplo, veja o que está escrito no número 171 deste novo compêndio da Igreja, compêndio que você inclusive colocou o link para que pudéssemos ter acesso, conhecê-lo e obedecê-lo. Leia aquilo que você diz defender, mas desobedece:

171. Que significa a afirmação: «Fora da Igreja não há salvação»?
Significa que toda a salvação vem de Cristo-Cabeça por meio da Igreja, que é o seu corpo. Portanto não poderiam ser salvos os que, conhecendo a Igreja como fundada por Cristo e necessária à salvação, nela não entrassem e nela não perseverassem. Ao mesmo tempo, graças a Cristo e à sua Igreja, podem conseguir a salvação eterna todos os que, sem culpa própria, ignoram o Evangelho de Cristo e a sua Igreja mas procuram sinceramente Deus e, sob o influxo da graça, se esforçam por cumprir a sua vontade, conhecida através do que a consciência lhes dita.

Está aí, no novo compêndio do Vaticano II, a afirmação da doutrina de sempre da Igreja.
E você ainda quer esclarecer os leitores do site paroquias.org? Se eles te ouvem, são cegos a seguir outro cego. Todos cairão no buraco.
Até segunda feira.
Bom final de semana. Comungue de joelhos.
Um abraço,
Sandro Pontes

Obs.: Obrigado, Simone. Deus lhe pague por tanta dedicação. Estou colocando seu nome no terço todos os dias.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 25 de August de 2006 18:29

Caro Sandro Pontes.

Eu concordo com o parágrafo 171 do Compêndio do Catecismo! A grande diferença que existe entre nós é que tu entendes o termo "Igreja" que vem nesse texto como apenas a "Igreja Católica Romana", enquanto o texto se refere à "Igreja fundada por Cristo" e esta inclui, por exemplo, a Igreja Ortodoxa Grega, que tem sucessão apostólica, entre outras Igrejas.
Além disso, o parágrafo 171 fala da salvação daqueles que, sem culpa própria, ignoram o Evangelho de Cristo e a sua Igreja mas procuram sinceramente Deus e se esforçam por cumprir a Sua vontade, conhecida através da sua consciência.

Poupo-te o trabalho de escreveres durante o fim-de-semana pois esta é a minha última mensagem neste tópico para ti. Nada do que disseres (ou eu disser) vai adiantar o que seja à discussão.

Aliás, este tópico há muito que se afastou do tema inicial. Sugiro que se continue a discussão noutros tópicos mais apropriados com o tema, nomeadamente o Que significa dizer que "Fora da Igreja não há salvação"?.

Bom fim-de-semana.
Luís Gonzaga

P.S. Sempre me lembro de ter comungado de pé e nas minhas mãos e não será por sugestão tua que pretendo-o fazer de maneira diferente.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 25 de August de 2006 20:55

Voltando ao tema deste tópico que esta conversa não leva a lado nenhum.

O Luis, tu que és um leitor assiduo das ultimas novidades, não leste por acaso Maria: A Verdadeira História da Mãe de Jesus ~ Jacques Duquesne?

Eu acabei de ler e achei bastante equilibrado e bastante bem fundamentado e em muitos pontos com argumentos dificeis de refutar.

Gostava de saber uma outra opinião.

Em comunhão

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 25 de August de 2006 23:45

Olá Tilleul.

Por acaso ainda não li. Li o artigo do nosso amigo Joaquim Franco que me despertou a curiosidade para esse livro, mas ainda não tive oportunidade de ler o livro. Já agora, podes-me dizer qual é a editora (da edição em português)?

Um abraço,
Luís

Vaticano II
Escrito por: Sandro Pontes (IP registado)
Data: 28 de August de 2006 16:16

Andradas/MG (Brasil), 28 de agosto de 2006 .

Prezado Luis Gonzaga, a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Salve Maria!
Escrevo-te como quem escreve a um irmão. Espero que pelo menos leia com interesse. Vou comentar pontos escritos por você nos últimos dias. Leia. Reflita. Compare. Pense. Veja. Não quero te atacar. Quero argumentar. Quero expor a doutrina da Igreja, e compará-la com o que você pensa. Quero mostrar-lhe seus erros.

1º COMENTÁRIO – ENSINAMENTOS DO VATICANO II

Você escreveu:
“Tu dizes ‘a doutrina da Igreja sempre ensinou o contrário daquilo que o Vaticano II aprovou.’ Esta é uma afirmação sem sentido por alguém que se afirma católico, pois o Concílio Vaticano II faz parte da Doutrina da Igreja (...)É pena o Sandro não se lembrar que João Paulo II quando no dia 24 de Dezembro de 1999 abriu a porta da Basílica de S. Pedro e deu início ao Jubileu do Ano 2000, tinha a seu lado um bispo protestante e um patricarca Ortodoxo e não o seu estimado prof. Orlando Fedeli”.

Meu caro Luis, sei que parece terrível e contraditória esta afirmação de que o Vaticano II ensinou o contrário do que a Igreja ensinou no passado, mas é verdade. O Vaticano II rompeu com a doutrina da Igreja. Basta ler os documentos “antigos” e comparar com o que foi ensinado. Vou lhe dar apenas um exemplo, e depois se você quiser lhe darei outros (muitos outros, diga-se de passagem).
Neste momento abro o Catecismo Romano do Concílio de Trento, redigido por decreto do Concílio Tridentino, publicado por ordem do Papa São Pio V. Uma verdadeira obra de arte, e infalível. Sobre as outras igrejas e religiões, veja o que está ensinado na primeira parte (Do Símbolo dos Apóstolos), no capítulo décimo, no parágrafo 16:
“Constituída sob a direção do Espírito Santo, esta Igreja [Católica] é a única que não pode errar no ensino da fé e da moral. Todas as outras, porém, que se arrogam o nome de “igrejas”, caem fatalmente nos erros mais perigosos, quanto a fé a aos costumes, porque são guiadas pelo espírito do DEMÔNIO” (o destaque é meu).
Está aí, com todas as letras, o ensino de que somente a Igreja Católica é infalível quando propõe um ensinamento como dogma aos seus filhos e que todas as outras que se arrogam com o nome de “igrejas” (porque não são igrejas) tem como inspirador o próprio satanás, o príncipe das trevas, que suscitou cada uma destas religiões pseudo cristãs ou não cristãs para desviarem os incautos do evangelho verdadeiro de Cristo, impedindo-os de comungar e de se confessar, atraindo a condenação para um grande número de pessoas. Para estes, bem disse Cristo: “Vosso Pai é o diabo” (João cap. 8, v. 44).
Caro Luis, este ensinamento do Catecismo tridentino é infalível, porque o Concílio de Trento foi infalível e consequentemente o Catecismo dele resultante também o é. Nisto devem crer todos os católicos, inclusive eu, você e o Papa Bento XVI: que o demônio é o pai de todas as falsas igrejas e falsas religiões, do protestantismo ao budismo, passando pelo islamismo, pelo judaísmo e pelos vários e incontáveis outros “ismos”. A Igreja Católica é a única que foi fundada por Cristo e somente dentro dela pode ser encontrada a salvação.
Agora, vamos ver o que nos ensina o Concílio Vaticano II sobre este assunto. No documento sobre ecumenismo, o Unitatis Redintegratio está escrito que:
“Portanto, mesmo as Igrejas e Comunidades separadas embora creiamos que tenham deficiências, de forma alguma estão destituídas de significação e importância no mistério da salvação. O Espírito Santo não recusa empregá-las como meios de salvação, embora a virtude desses derive da própria plenitude de graça e verdade confiada a Igreja católica”.
Veja que diferença gritante, meu caro Luis: de conduzidas pelo demônio, as seitas passaram a ser meios de salvação empregadas pelo próprio Espírito Santo, ainda que de forma imperfeita. Elas tem significado e importância como meios de salvação, afirma o Concílio. Ora, isto é falso, porque estas falsas doutrinas apenas pervertem os fiéis. Vejas as “conversões deles: antes, seus membros bebiam e fumavam. Depois, vomitam heresias e blasfêmias contra a Santa Igreja e o sacramentos, especialmente a Eucaristia. O que é pior? Pode estar presente o Espírito Santo nelas? Claro que não!
A Igreja sempre ensinou que os membros destas seitas podem se salvar apesar delas, e jamais por meio delas.
Leiamos afora o novo Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, também com relação ao mesmo assunto, ou seja, as falsas igrejas e religiões. Este Compêndio indicado por você a mim é resultado do Concílio Vaticano II, e reflete seus ensinamentos, bem como de forma resumido nele está contida a doutrina do novo Catecismo aprovado pelo Papa João Paulo II. Sobre as falsas religiões, diz este documento no número 163:
“Nas Igrejas e comunidades eclesiais, que se desligaram da plena comunhão da Igreja católica, encontram-se muitos elementos de santificação e de verdade. Todos estes bens PROVÊM DE CRISTO e conduzem para a unidade católica. Os membros destas Igrejas e comunidades são incorporados em Cristo pelo Batismo: por isso, nós reconhecemo-los como irmãos” (destaques meus).
Já no número 170 podemos ler também sobre as falsas doutrinas anti-cristãs:


“Antes de mais, há o laço comum da origem e fim de todo o gênero humano. A Igreja Católica reconhece que tudo o que de bom e de verdadeiro existe nas outras religiões VEM DE DEUS, é reflexo da sua verdade, pode preparar para acolher o Evangelho e mover em direção à unidade da humanidade na Igreja de Cristo”.
Veja, meu Caro Luis, um exemplo prático e direto de duas doutrinas completamente antagônicas, e ambas ensinadas pela mesma Igreja. Na primeira, extraída de um documento infalível, o ensinamento de que nas falsas religiões, sejam elas pseudo cristãs ou anti cristãs, o espírito que as rege é o de porco. Na segunda doutrina, o ensinamento que diz que a Trindade Santa está por trás destas seitas heréticas, ainda que não plenamente. E agora, com qual ficar?
Se escolho a primeira, e digo que o demônio é o pai de todas as igrejas e religiões não católicas, me uno aos católicos de todos os tempos, repetindo a verdade que foi ensinada pela Igreja nos últimos dois mil anos, verdade esta confirmada século após século, Papa após Papa. Se escolho a segunda, renego dois mil anos de ensinamentos da Igreja e fico com o que definiu o Concílio Vaticano II, CONCÍLIO PASTORAL QUE NÃO PROPÔS DOGMAS, portanto, Concílio falível.
Veja outro exemplo, ainda com relação as falsas doutrinas. Sobre o judaísmo o Vaticano II ensinou:
“(...) os judeus que “ainda não receberam o evangelho também se ordenam por diversos modos ao povo de Deus (Novo Catecismo, parágrafo 839)”.
Prezado Luis, mas o que a Bíblia ensina sobre os judeus que ainda não aceitaram Cristo? O que nos ensinou São João? Leia:
“Assim fala o Primeiro e o Último, o que morreu, mas voltou a vida; sei da tua tribulação e da tua pobreza – contudo, és rico – e das calúnias dos que se pretendem judeus, mas não são: é uma SINAGOGA DE SATANÁS!” (Apocalipse cap. 2, v. 9).
O Concílio ensinou que os judeus também fazem parte do povo de Deus. Mas veja, prezado Luis, que é a Bíblia quem afirma que aqueles que não reconheceram em Cristo o Messias formam a igreja do demônio.
Com relação as religiões não cristãs, nem vou comentar nada, porque não precisa, são diabólicas e ponto final. Com relação ao protestantismo, teria eu ainda alguns comentários.
A Igreja Católica, nos últimos quatrocentos e cinqüenta anos anteriores ao Vaticano II, jamais reconheceu qualquer coisa de bom nesta heresia. Ao contrário, pelo fato de que em alguns aspectos se parecer até mesmo em demasiado com a Igreja Católica, foi ainda condenado de forma ainda mais veemente.
No Catecismo Tridentino que lhe cito novamente, na terceira parte, nono capítulo e nono parágrafo, está escrito:
“(...) a mais criminosas de todas as detrações é a praticada por aqueles que desfazem na doutrina católica e nos seus pregadores”.
No mesmo tópico, porém no parágrafo 12 está escrito:
“(...) A mais ímpia das mentiras consiste em mentir contra a religião ou acerca de assuntos religiosos”.
Veja, o demônio é o pai da mentira, e a mais ímpia das mentiras consiste em mentir contra a Igreja Católica. Ora, o que fizeram os protestantes além de dividir o cristianismo e blasfemar heresias contra a Santa Igreja ao longo dos últimos cinco séculos? Quem é o pai do protestantismo? Respondo: o Protestantismo é filho de satanás. Pelo Catecismo Romano ele é filho de satanás.
E antes de você me acusar de usar um Catecismo “ultrapassado”, “antigo”, “superado”, vou provar-te a legitimidade dele apresentando o que está escrito sobre ele no novo Catecismo da Igreja Católica, edição típica latina, aprovada e promulgada pelo Papa João Paulo II, na década de 90. Neste novo Catecismo está escrito no parágrafo nove, bem no começo:
“(...) O ministério da catequese haure energias sempre novas nos Concílios. O Concílio de Trento constitui neste ponto um exemplo a ser sublinhado: deu a catequese prioridade em suas constituições e em seus decretos; está ele na origem do Catecismo Romano, que também leva seu nome e constitui uma obra de PRIMEIRA GRANDEZA da doutrina cristã”.
Assim Caro Luis, é o novo Catecismo que está dizendo que o Catecismo Tridentino é uma obra de primeira grandeza. É João Paulo II quem o diz. E como bem dito isto está!
Esclarecendo com relação as “verdades” que as seitas possam guardar, na verdade estas verdades são vestígios da Igreja Católica, são vestígios de sua verdade, mas não podem elas, as seitas, serem Igrejas (nem parcialmente). Estes vestígios do Deus verdadeiro nunca foram motivos para a Igreja reconhecer qualquer bem nestas heresias, e muito menos tentar o ecumenismo com elas. Os vestígios da verdade não significam a presença de Deus e nem a ação de Deus por meio das heresias. O ecumenismo nasceu da tentativa de se conciliar Cristianismo e Humanismo, porque sempre há os que procuram ver o que há de verdade em toda e qualquer heresia. E sempre alguma encontram, porque é impossível haver uma mentira absoluta.
Não existe nenhuma subsistência da Igreja de Cristo nas seitas que se separam da Igreja Católica. Não há subsistência da Igreja de Cristo nas seitas heréticas e nem nas cismáticas, como você disse em sua última mensagem. Assim como Deus é indivisível, a Igreja também o é. Ou se aceita-a inteiramente, ou se a recusa totalmente.
A Fé, como a virgindade, ou é integra, ou não existe. Os que a abandonam se separam totalmente dela. É o que foi ensinado sempre pelos Padres da Igreja e pelos Papas. Quem professa uma única heresia, embora possa defender verdades, é herege completo. Bento XV nos ensinou:
“Ou a professamos inteiramente [a Fé], ou não a professamos de maneira nenhuma". (Bento XV, encíclica “Ad Beatorum Apostolorum Principio”).
Também Leão XIII, na Satis Cognitum, ensinou essa mesma doutrina, inclusive citando Santo Agostinho, que disse:
"Em muitos pontos eles concordam comigo. Eles discordam de mim somente nalguns poucos pontos. Porém, como eles permanecem longe de mim nesses poucos pontos, é inútil para eles ficar ao meu lado em todos os outros." (Comentário ao Salmo 54, 19).
E o Papa Leão XIII explicou então que “aqueles que tiram da doutrina Cristã aquilo que querem, confiam em seu próprio julgamento ao invés de confiarem na Fé. Assim, por essa recusa de 'submeter todo entendimento à obediência de Cristo', eles na realidade são mais obedientes a si mesmos do que a Deus." (Leão XIII, encíclica Satis Cognitum).
Pelo fato de existirem verdades nas seitas heréticas, a Igreja sempre alertou para a tática empregada por satanás de misturar a sã doutrina com as blasfêmias, tática que já seduziu e arrastou a muitos. Porque as vezes o demônio se veste de luz. Dou-lhe um exemplo prático. Um suco de laranja pode ser bem gostoso, mas se eu coloco nele uma única gota de veneno teríamos que rejeitar todo o seu conteúdo, desprezando totalmente o que existe nele de “bom”. Assim, não importa que 99% do líquido seja laranja, porque aquele 1% de veneno poderá matar a pessoa que tomá-lo. O suco está envenenado! Não se toma um suco destes, e não se louva o que há de bom neste copo. Ao contrário, despeja-se tudo no vaso sanitário, e posteriormente se dá descarga.
O ecumenismo não é bom. É falsa caridade e não pode ser praticado por nenhum católico. Por isso ensinou Pio XI na Mortalium Animus, cerca de 25 anos antes do Concílio Vaticano II, repetindo a doutrina de sempre da Igreja:
“Por isto costumam realizar por si mesmos convenções, assembléias e pregações, com não medíocre freqüência de ouvintes e para elas convocam, para debates, promiscuamente, a todos: pagãos de todas as espécies, fiéis de Cristo, os que infelizmente se afastaram de Cristo e os que obstinada e pertinazmente contradizem à sua natureza divina e à sua missão. Sem dúvida, estes esforços não podem, de nenhum modo, ser aprovados pelos católicos, pois eles se fundamentam na FALSA OPINIÃO dos que julgam que quaisquer religiões são, mais ou menos, boas e louváveis, pois, embora não de uma única maneira, elas alargam e significam de modo igual aquele sentido ingênito e nativo em nós, pelo qual somos levados para Deus e reconhecemos obsequiosamente o seu império.
Erram e estão enganados, portanto, os que possuem esta opinião: pervertendo o conceito da verdadeira religião, eles repudiam-na e gradualmente inclinam-se para o chamado Naturalismo e para o Ateísmo. Daí segue-se claramente que quem concorda com os que pensam e empreendem tais coisas afasta-se inteiramente da religião divinamente revelada.
Assim sendo, é manifestamente claro que a Santa Sé, não pode, de modo algum, participar de suas assembléias e que, aos católicos, de NENHUM MODO É LÍCITO aprovar ou contribuir para estas iniciativas: se o fizerem concederão autoridade a uma falsa religião cristã, sobremaneira alheia à única Igreja de Cristo. Acaso poderemos tolerar – o que seria bastante iníquo - , que a verdade e em especial a revelada, seja diminuída através de pactuações”? Assim, Veneráveis Irmãos, é clara a razão pela qual esta Sé Apostólica nunca permitiu aos seus estarem presentes às reuniões de não católicos por quanto não é lícito promover a união dos cristãos de outro modo senão promovendo o retorno dos dissidentes à única verdadeira Igreja de Cristo, dado que outrora, infelizmente, eles se apartaram dela”.
Veja, meu caro Luis, se o Papa João Paulo II obedeceu a este documento e a todos os outros acima citados quando abriu o Jubileu do ano 2000 ao lado do “bispo” (sic) protestante e do patricarca ortodoxo. Veja também se o ensinamento do Vaticano II está de acordo com a doutrina eterna e imutável da Igreja, aquela que foi ensinada desde Cristo.
Concluindo este primeiro comentário, digo-lhe que existem sim contradições gritantes entre o antes e o Vaticano II, sendo os ensinamentos deste Concílio uma aberração, um câncer que se alojou no organismo da Igreja, câncer este que precisa ser retirado com urgência para que não continue a causar mais danos do que já causou.

Re: Cartaz blasfemo de Nossa Senhora com o Menino Jesus
Escrito por: Sandro Pontes (IP registado)
Data: 28 de August de 2006 16:17

2º COMENTÁRIO – FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO


Você escreveu:
“Existem em alguns sectores católicos (tradicionalistas e conservadores) a tentativa de justificar que só dentro da Igreja Católica Romana há salvação, pelo que as outras Igrejas e os outros cristãos se se querem salvar, então terão que se converter. Isto é ERRADO (com direito a ex-comunhão do seu autor - Padre Leonard Feeney)! Já foi discutido aqui no fórum no tópico «Que significa dizer que "Fora da Igreja não há salvação"? », e recomendo a leitura do seguinte artigo (em inglês): IS THERE SALVATION OUTSIDE THE CHURCH?”. (...) A afirmação "Fora da Igreja Católica não há salvação" está errada e o seu autor, Padre Leonard Feeney, foi ex-comungado por tal afirmação, pelo Papa Pio XII (ver artigo na EWTN)”.
Em primeiro lugar, Luis, a expressão “fora da Igreja Católica hão há salvação” não é uma afirmação, mas sim um dogma. Se você o rejeita, está excomungado.
Em segundo lugar, este dogma não diz que os católicos já estão automaticamente salvos e aqueles que não pertencem ao corpo da Igreja automaticamente condenados. O que o dogma ensina é que somente dentro da Igreja Católica pode ser encontrada a salvação, e jamais fora dela.
Se um MAU CATÓLICO deixa de cumprir os mandamentos, ele automaticamente se exclui e vai para o inferno, porque Cristo disse que quanto mais for dado mais será cobrado. Assim, ele não se aproveitou da salvação que estava dentro da Igreja a qual ele pertenceu.
Se alguém está em alguma falsa religião sem culpa, e não tem como saber que a religião Católica é a verdadeira, neste caso ela está naquilo que a Igreja Católica chama de ignorância crassa. Assim, ela também poderá se salvar, observados alguns requisitos. Mesmo sem pertencer ao corpo da Igreja, ela poderá pertencer a alma da mesma Igreja, e ser católica ainda que não saiba. Se for sincera, se salvará.
Em terceiro lugar, coloco como exemplo um indígena. Esta pessoa não tem como conhecer a doutrina da Igreja Católica, porque jamais lhe fora ensinada. Como fica então a situação dela? A Igreja Católica nos ensina que todos os seres humanos possuem gravados em seu coração os dez mandamentos de Deus. Toda a humanidade conhece naturalmente os dez mandamentos. Por exemplo, se você quiser matar um índio, e ameaçá-lo com uma faca, ele reagirá, porque sabe que a vida dele é um bem que deve ser preservada. Portanto, ele conhece o quinto mandamento, não matarás. Se você entrar na oca dele para roubar-lhe o seu arco e a sua flecha, ele também reagirá, porque sabe que estes são bens que lhe pertencem. Portanto, ele conhece o sétimo mandamento, que nos proíbe de roubar. Se você conta uma mentira a um índio, e ele posteriormente descobre, ficará zangado, porque ele sabe que não é bom ser enganado. Ele sabe que a mentira é uma coisa má e a verdade, ao contrário, é uma coisa boa. Então ele é obrigado, pela sua consciência, a amar a verdade e a não mentir. Portanto, ele conhece o primeiro mandamento, que nos manda ama a Deus sobre todas as coisas (amar a verdade acima de tudo). E assim sucessivamente, com os dez mandamentos.
Para esclarecer melhor esta questão, coloco aqui agora um texto escrito pelo professor Orlando Fedeli. Por favor, não deixe de ler pelo simples fato de ter sido escrito pelo professor Orlando. Ele não inventou nada de sua cabeça. Apenas transcreveu aquilo que aprendeu estudando a doutrina de São Tomás de Aquino, bem como o Catecismo da Igreja. Seja humilde. Leia,. Aprenda com quem sabe mais do que você, e que tem condições de lhe ensinar aquilo que você já deveria saber de cor, ainda mais sendo responsável por um site onde acessam diariamente um grande número de católicos em busca da verdade. Boa leitura:
“ (...) Sua pergunta versa sobre a salvação de pessoas que não têm naturalmente meio algum de conhecer a verdade. Claro que essas pessoas não poderão ser julgadas por Deus pela lei da Igreja que elas desconhecem. O estado delas é o de ignorância invencível. E elas não tem culpa por essa ignorância. Deus julga essas pessoas pela lei natural que governa a natureza humana.
Caso elas obedeçam as leis colocadas por Deus na natureza, elas se salvarão. Caso violem essas leis, elas se perderão, se não tiverem arrependimento perfeito. Caso elas sigam a lei natural, se diz que essas pessoas pertencem à alma da Igreja, e não a seu Corpo.
E o que manda a Lei natural, isto a vontade de Deus enquanto governa a natureza? O princípio generalíssimo da Moral é que o BEM DEVE SER FEITO E O MAL DEVE SER EVITADO.
Como conhecer o que é o bem?
O princípio generalíssimo da Moral se desdobra em três princípios Gerais da Moral:
1º PRINCÍPIO GERAL DA MORAL: A VIDA FÍSICA É UM BEM E DEVE SER CONSERVADA.
Este princípio é conhecido por todos sem ser preciso ser ensinado, por que todos o conhecem, pelo instinto de conservação, que é inerente a natureza. Nenhum índio quer ser morto, e, se alguém tenta matá-lo, ele se defende. Todo selvagem sabe então que a vida é um bem. Disso decorre que todo homem sabe que não deve matar a outro homem, e nem se matar. Por esse primeiro princípio, então, todo homem conhece o Quinto Mandamento: Não matarás. Todavia, pode-se matar alguém, impedindo que ele coma, tirando-lhe a comida que o faz sobreviver. Por isso, pelo mesmo instinto de conservação, todo homem sabe que deve respeitar a propriedade alheia. O selvagem luta pelo seu território de caça, e por suas plantações e rebanhos, porque sabe que tudo isso o mantém vivo. Daí, todos conhecerem que não se pode pegar o que é de outro. Todos conhecem, pelo instinto de conservação, que não se pode roubar. Todos conhecem o Sétimo Mandamento: Não roubarás.
2º PRINCÍPIO DA LEI NATURAL é: A VIDA DA ESPÉCIE É UM BEM E DEVE SER CONSERVADA.
Esse princípio nos é ensinado pela instinto sexual. Todo ser humano busca propagar a espécie pela reprodução sexual. A morte é algo que violenta nossa natureza. A vista de um cadáver é desagradável e nos repugna. A vista de uma multidão massacrada nos abala, porque nos coloca diante dos olhos a possibilidade de extinção da humanidade. Conservar a vida da humanidade é um bem, e isto nos é patente pelo instinto de reprodução. Tudo o que viola a finalidade do sexo, que é a manutenção da espécie pela reprodução sexual, é visto como mal. Por isso, em todos os povos, o adultério era normalmente punido com a morte. Em Roma pagã o casamento era monogâmico e indissolúvel. Na Roma primitiva havia a profecia de que Roma pereceria quando não gerasse mais virgens, isto é, homens e mulheres que controlassem plenamente seus instintos e que não vivessem para o prazer, porque, quando um povo vive para o prazer ele foge da dor, e já não há soldados heróicos e perece.
Daí, no antigo Egito se condenar o adultério e se considerar os atos sexuais que não visassem a procriação como impureza. Portanto, todos os povos conhecem, por natureza os mandamentos relacionados com o sexo, e que são: Quarto Mandamento: Honrar pai e mãe. Note o verbo honrar, que indica que se faz sempre uma distinção entre o ato procriador visando dar vida, -- que é ato honroso -- do ato da prostituta, que não visa dar vida. Todos os povos mandam honrar pai e mãe. Sexto Mandamento: Guardar a pureza. Nono Mandamento: Não cometer adultério.
3º PRINCÍPIO GERAL DA MORAL É: A VIDA INTELECTUAL É UM BEM E DEVE SER PRESERVADA.
É evidente que todo homem detesta ser enganado. Isto demonstra nossa tendência para a verdade. Ainda ontem, um amigo me contava que, num tribunal de pequenas causas, uma mulher gritava para o juiz: "A Verdade é uma só Não pode haver duas verdades contrárias". Essa mulher jamais estudou Criteriologia. Jamais estudou Kant ou São Tomás. Porém ela sabe que a verdade é una. Dessa Tendência natural para conhecer a verdade decorrem os mandamentos relativos a Deus, Verdade Absoluta e a testemunhar o certo:
Primeiro Mandamento: Amar a Deus, a Verdade acima de tudo
Segundo Mandamento: Não violar a palavra dada
Terceiro Mandamento: Fazer sacrifícios a Deus, reconhecendo o seu Senhorio sobre todas as coisas.
Oitavo mandamento: Não prestar falso testemunho.
Quando um povo viola e desrespeita, por suas leis ou costumes, esses princípios fundamentais da Moral Natural, esse povo desaparece.
Portanto, mesmo sem conhecer a religião católica, todo homem conhece a Lei natural e por ela Deus julgará os que não puderam, por ignorância invencível, conhecer a verdade católica plenamente. Esperando ter solucionado a sua dúvida e me colocando à sua disposição, me subscrevo atenciosamente
in Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli.

Gostou desta pequena aula que o professor nos deu, caro Luis? E ainda sem cobrar nada. O professor não cobra pelas suas grandes aulas. Ele as ministra de graça. Ele as ministra por graça.
Concluindo, tenho a dizer-lhe que Cristo nos mandou não julgar. Assim como nós não podemos julgar as consciências e condenar quem quer que seja ao inferno, não podemos também julgá-las inocentes e dizer que irão para o céu. Entregamos para Cristo julgar, e pedimos a ele que tenha misericórdia de todos (inclusive de nós mesmos), porque o próprio São Pedro disse que o julgamento se inicia primeiramente pelas pessoas de dentro da Igreja.

Dogmas
Escrito por: Sandro Pontes (IP registado)
Data: 28 de August de 2006 16:17

3º COMENTÁRIO – DOGMA DA IMACULADA CONCEPÇÃO E DA ASSUNÇÃO DE MARIA




Você escreveu:
“(o Sandro) diz "A verdade da Igreja é eterna. Não é moderna. Não evolui." e com esta argumentação repudia-se o Concílio Vaticano II, então como se aceita o dogma da Assunção de Maria declarado em 1950, uma década antes do Concílio? Se o Catecismo de Trento é que é bom e o do Vaticano II não presta, como se explica que foi o do Vaticano II o primeiro a falar da virgindade perpétua de Maria? Se não se aceita o Concílio Vaticano I, como se aceita o dogma da Imaculada Conceição de 1854? Peguei nestes três casos porque o Sandro acusou o Ortodoxos de heresia por não aceitarem os dogmas marianos e, como tal, estão também excomungados, fora da Igreja, e condenados ao fogo eterno…”
Aqui você confundiu alhos com bugalhos. É doutrina perene da Igreja que o dogma não evolui, porque evoluir significa deixar de ser alguma coisa para se transformar em outra. Evoluir significa necessariamente mudar. E Deus não muda! Os dogmas não evoluem, não mudam, não se alteram. A verdade não evolui, não se transforma. Ela é sempre a mesma, porque Deus é sempre o mesmo (leia a carta da Simone falando sobre isto, de como São Tomás ensinou esta doutrina). Condenando documentalmente a heresia da evolução do dogma São Pio X escreveu na Pascendi:
“Ousadamente afirmam os modernistas, e isso, mesmo se conclui das suas doutrinas, que os dogmas não somente podem, mas positivamente devem evoluir e mudar-se” (Pascendi, n* 13).
Neste documento São Pio X disse que esta doutrina de evolução do dogma poderia destruir toda a religião. Os modernistas condenados por ele acreditam que o dogma seria modificável, aperfeiçoável, sempre em constante evolução. Para estes, não há verdade absoluta e objetiva e os dogmas são vitais e mutáveis, de acordo com a época (idéia que pelo jeito defende o tal Ponto de Vista, o qual encaminharei também uma mensagem).
Caro Luis, o que acontece com o dogma é que ele pode ser aprofundando pelos católicos ao longo do tempo, sem jamais evoluir. Por exemplo, a Eucaristia: talvez no princípio os católicos não tivessem o mesmo conhecimento dos pormenores deste grande mistério como nós temos hoje, porque ao longo dos séculos o Espírito Santo foi aprofundando-nos nesta verdade. Porém, o dogma da transubstanciação é o mesmo desde o dia em que Cristo o instituiu. Não mudou. Não evoluiu. É o mesmo desde o dia da Santa Ceia!
Assim também acontecem com outras verdades reveladas. Algumas, estão de forma mais explicita nas Escrituras. Outras, a Igreja deduziu das Sagradas letras e as aprofundou ao longo dos séculos, sempre inspirada pelo Espírito Santo. Mas o dogma, seja em um como em outro caso, sempre é o mesmo.
A data em que um dogma é proclamado oficialmente não significa que antes daquela data os católicos não reconhecessem aquela verdade. Isto quem dizem são os protestantes, que a Igreja Católica passou a crer em vários de seus dogmas a partir da data em que foram proclamados, o que é extremamente falso, pois todos os dogmas da Igreja tem base bíblica, desde os baseados nas passagens mais explícitas até aqueles pelos quais a Igreja ensinou por dedução.
Posso lhe dar vários exemplos. Um deles diz respeito ao dogma da maternidade divinal de Maria, Mãe de Deus e nossa. Na Bíblia esta verdade se encontra de forma incontestável (Lucas cap. 1, v. 43). Mas a proclamação oficial do dogma pela Igreja somente se deu no Concílio de Éfeso, no ano de 431. Quer dizer que antes disto, nos primeiros séculos, ninguém tinha Maria como Mãe de Deus? Claro que tinha, basta estudar patrística para saber que em qualquer século ela sempre foi venerada com este título pelos cristãos verdadeiros.
A proclamação oficial dos livros deuterocanônicos como parte do cânon bíblico somente aconteceu no Concílio de Trento. Quer dizer então que antes daquele Concílio os cristãos tinham estes livros como apócrifos, como dizem os protestantes? É claro que não, porque os primeiros católicos tiveram estes livros em sua bíblia (um testemunho claro disso é o de um santo que escreveu, ainda no século II, que na bíblia dos cristãos haviam livros diferentes da bíblia dos judeus). E basta também visitar as catacumbas do império romano para observar imagens desenhadas nas paredes de passagens referentes a estes livros, que provam que os primeiros cristãos já os utilizavam.
E a Santíssima Trindade? Esta expressão nem existe na Bíblia, foi a Igreja quem decretou.
Com relação a proclamação do dogma da assunção de Nossa Senhora em 1950, tenho a lhe dizer que desde o princípio esta verdade já era crida pelos católicos. São Jerônimo afirma que Maria subiu ao Céu no dia 18 das calendas de Setembro [15 de Agosto]: “Se alguns dizem que quem ressuscitou na mesma época que Cristo conheceu a Ressurreição perpétua, e se alguns acreditam que João, o guardião da Virgem, teve sua carne glorificada e desfruta da alegria celeste ao lado do Cristo, por que não acreditar com mais forte razão que o mesmo acontece com a mãe do Salvador? Aquele que disse: “Honre seu pai e sua mãe” (Êxodo 20, 12), e “Não vim destruir a lei, mas cumpri-la” (Mateus 5, 17), certamente honrou Sua mãe acima de todas as coisas, e por isso não duvidamos que o mesmo aconteceu com a bem-aventurada Maria”.
Santo Agostinho também defendeu a mesma coisa: “Já que a natureza humana está condenada à podridão e aos vermes, e que Jesus foi poupado desse ultraje, a natureza de Maria também está imune a isso, pois foi nela que Jesus assumiu a sua natureza. (...) O trono de Deus, o leito nupcial do Senhor, o tabernáculo de Cristo, deve estar onde Ele próprio está, pois é mais digno conservar este tesouro no Céu do que na Terra (...) Alegre-se, Maria, de uma alegria indizível em seu corpo e em sua alma, em seu próprio filho Cristo, com se próprio filho e por seu próprio filho, pois a pena da corrupção não deve ser conhecida por aquela que não teve sua integridade corrompida quando gerou seu filho. Será sempre incorrupta aquela que foi cumulada de tantas graças, que viveu íntegra, que gerou vida em total e perfeita integridade, que deve ficar junto daquele a quem carregou em seu útero, a quem gerou, aqueceu, nutriu – Maria, mãe de Deus, nutriz escrava de Deus. Por tudo isso não ouso pensar de outra maneira, seria presunção dizer diferente”.
E existem muitos outros testemunhos sobre este fato, dando provas que tanto a imaculada concepção quanto a assunção da virgem eram de conhecimento e domínio da Igreja Católica, ainda que esta não tenha publicado oficialmente o dogma antes. Mas a verdade sobre eles já existiam desde o princípio.

Comunhão de joelhos
Escrito por: Sandro Pontes (IP registado)
Data: 28 de August de 2006 16:18

4º COMENTÁRIO - COMUNHÃO EM PÉ E NAS MÃOS

Escreveu-me você:
“Sempre me lembro de ter comungado de pé e nas minhas mãos e não será por sugestão tua que pretendo-o fazer de maneira diferente”.
Caro Luis, você me diz orgulhosamente que comunga em pé e nas mãos, talvez sem perceber o grande mal que comete. Deus tenha misericórdia de ti. No Catecismo infalível de São Pio X está escrito no número 640:
“No ato de receber a sagrada comunhão, devemos estar de joelhos, com a cabeça medianamente levantada, com os olhos modestos e voltados para a sagrada hóstia, com a boca suficientemente aberta e com a língua um pouco estendida sobre o lábio inferior. Senhoras e meninas devem estar com a cabeça coberta”.
Está aí o ensinamento de todos os tempos de que devemos comungar de joelhos e diretamente na boca. Mas é claro! Isto é tão óbvio! O que a Bíblia diz sobre isto? Leia:
“Foi por isso que Deus o exaltou soberanamente e lhe conferiu o nome que está acima de todo nome, a fim de que ao nome de Jesus todo joelho se dobre, nos céus, NA TERRA e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para a glória de Deus Pai” (Filipenses cap. 2, v. 9 e 10).
Como pode qualquer católico que seja se aproximar de Cristo sem dobrar os joelhos diante dele? Mas isto é muita petulância. É errado! A “devida reverência” que devemos fazer antes de comungar é nos ajoelharmos! Esta é a devida reverência! Humilhe-se diante de Cristo sacramentado, nosso Deus amado!
E quem você pensa que é para tocar na hóstia santa? Você não é digno, meu caro! Nem eu o sou! O senso litúrgico da Santa Igreja tem o ato de evitar tocar no Sagrado como sinal de reverência. No Antigo Testamento, Deus proíbe que se toque na Arca da Aliança que Ele manda fabricar e onde ele habita (Ex 25,10-22; 2Sm 6,6-7). A este respeito também que Santo Tomás de Aquino, doutor da Santa Igreja, na Summa Teológica (Summa, III pars, q.82, art. 3), afirma que “por reverência a este sacramento, nada o toca, a não ser o que é consagrado; portanto, o corporal e o cálice são consagrados, e da mesma forma as mãos do sacerdote, para tocarem este sacramento."
O próprio Papa Paulo VI ensinou que o correto é receber a comunhão diretamente na boca, na instrução Memoriale Domini:
“ (...) Com o passar do tempo, quando a verdade e a eficácia do mistério eucarístico, assim como a presença de Cristo nele, foram perscrutadas com mais profundidade, o sentido da reverência devida a este Santíssimo Sacramento e da humildade com a qual ele deve ser recebido exigiram que fosse introduzido o costume que seja o ministro mesmo que deponha sobre a língua do comungante uma parcela do pão consagrado”.
Você escreveu que não irá mudar a forma de comungar por causa de uma simples sugestão minha, o que neste ponto concordo contigo. Não mude por causa de mim. Mude por causa de Cristo e da Igreja. Não por sugestão do Sandro, mas sim por ordem de São Pio X. Volto a dizer-lhe, repetindo a doutrina da Igreja: comungue de joelhos, e diretamente na boca!
Bom, Luis, era isso. Se quiser me responder, estou pronto para te ouvir. Espero que aproveite tudo o que escrevi, e que possa rever os seus conceitos. Um abraço. Semper!
Sandro de Pontes

Obs. 1: A propósito, na sua igreja as mulheres vão a missa de véu? Leia o que está escrito nesta ordem de São Pio X: além de comungar de joelhos e diretamente na boca, as mulheres devem estar com a cabeça coberta (I Cor 11, 5). As mulheres de sua igreja obedecem esta lei imutável da Igreja? Pode uma mulher assistir missa sem estar com o véu na cabeça?
Obs.: Caro Ponto de Vista, pode esperar, porque a sua hora vai chegar. Neste final de semana não deu tempo. Ficou para o próximo.

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