A nova evangelização será feita com metodos e meios novos e antigos, mesmo que muitos destes meios antigos sejam remodelados ou renovados.
Muitos dos antigos metodos e meios são ainda validos e creio que na ansia de renovação se deitou muitas vezes fora o bebé junto com a água do banho, ou seja perderam-se muitas coisas validas juntamente com outras que realmente não eram aceitaveis.

As procissões são acima de tudo manifestações, proclamações publicas de fé. Como diz o Miguel
Uma Lisboa sem medo de Falar de Deus e de Jesus!
Isto faz muita falta para a Evangelização, seja ela nova ou não.
500 mil pessoas é um numero imenso, mesmo 200 mil pessoas numa sociedade comodista em que as pessoas não aderem a quase nada, não se movem por quase nada a não ser pelos seus interesses pessoais seria uma proclamação de fé notavel.
É natural que as pessoas de Lisboa conselho tenham aderido mais, era-lhes mais facil participar. Dos arredores deve ter vindo menos gente porque lhes era mais incomodo participar.

Muitas mais pessoas não participaram mas viram na televisão. O jornal de hoje diz que a procissão de Lisboa teve o maior share do dia com 41,5 % da audiencia. Audiencia notavel tendo em conta que uma procissão não me parece algo que proporcione um espectaculo televisivo apelativo e ainda mais notavel quando vemos que a transmissão durou quase 3 horas.

Esta manifestação "de religiosidade no espaço urbano", o testemunho de fé dado pelas pessoas, serve para que quem ande afastado de Deus se sinta interpelado, serve para que os cristãos ganhem coragem para proclamar a sua pertença a Cristo no dia a dia, se sintam confortados porque não estão isolados, não são uma raridade mas sintam que estão unidos pela fé a centenas de milhares de pessoas que são seus vizinhos, seus amigos ou apenas seus conhecidos.

Naturalmente que quem organiza uma manifestação fica feliz por haver muita gente.

Caro Camilo

acho que você tem razão no que respeita ao facto de a Nova Evangelização (NE) não poder rejeitar tudo o que existia antes. Não nos podemos esquecer de todas as pessoas que cresceram e viveram a sua fé de forma diferente da NE.

O mais importante é a NE chegar ao espaço urbano, entrar no espaço urbano e como eu já disse noutro tópico Re: mulheres,14 de Novembro de 2005, 09:47 , destruir o mito de que o mundo urbano e o mundo da fé não conseguem interagir.

Eu não sou um homem de procissões, nem as acho relevantes, pelo menos para a minha fé. Não as condeno enquanto manifestações de fé, mas penso que não são fundamentais.

Em relação à citação que fez do meu post (ver link supra) essa frase estava mais ligada à evangelização de rua, à partilha da Palavra, à partilha da alegria de ter encontrado Cristo vivo nas ruas de Lisboa, aos cantos maravilhosos... Mas claro que também pode ser usada para qualificar a procissão de sabado. Porque demonstra que os habitantes do espaço urbano não tiveram receio de vir para a rua e afirmar que Deus está vivo e no meio de nós.

Devo-lhe dizer Camilo que me espantei por ver tantos fieis nas ruas de Lisboa no dia da procissão (perto de 500 mil), mas mais maravilhado fiquei com as poucas dezenas de pessoas (na sua maioria jovens) que sairam à rua para levar aos outros a Palavra e a alegria de acreditar em Jesus Vivo.

um abraço

Miguel Dias

Uma procissão é uma MANIFESTAÇÃO de Fé.

Em comunhão

Qualquer manifestção é sempre de Fé.. Pode ser fé num partido político, no sindicato lá do sítio, nFé num grupo religiosos...

Eu diria mesmo mais, qualquer manifestação é essencialmente política.

E as manifestações religiosas ( como a referida procissão, não são excepção.

Na verdade, as fotos que chegaram através da net, com essa multidão de gente, alegram o Mundo inteiro. A fé que Lisboa ou melhor que Portugal mostra a Nossa Senhora!