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O grito da Terra
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 28 de October de 2005 19:20

Como a natureza reage diante de um modelo econõmico- social- político que usam a natureza e os seres humanos como objetos, recursos e como fonte de Renda?
Maremotos, furacões ???
A terra está gritando???

Re: O grito da Terra
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 28 de October de 2005 19:21

Carta da Terra


PREÂMBULO

Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que no meio da uma magnifica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que, nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.

Terra, Nosso Lar

A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

A Situação Global

Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e é causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.


Desafios Para o Futuro

A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano é primariamente ser mais, não, ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios, ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos forjar soluções includentes.

Responsabilidade Universal

Para realizar estas aspirações devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos ao mesmo tempo cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual, a dimensão local e global estão ligadas. Cada um comparte responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem estar da família humana e do grande mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo presente da vida, e com humildade considerando o lugar que ocupa o ser humano na natureza.

Necessitamos com urgência de uma visão de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à emergente comunidade mundial. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como critério comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas de negócios, governos, e instituições transnacionais será guiada e avaliada.


PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.

a. Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor, independentemente do uso humano.
b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.

2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.

a. Aceitar que com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger o direito das pessoas.
b. Afirmar que, o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder comporta responsabilidade na promoção do bem comum.

3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.

a. Assegurar que as comunidades em todos níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e dar a cada a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
b. Promover a justiça econômica propiciando a todos a consecução de uma subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.

4. Garantir a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.

a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, a longo termo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.

Para poder cumprir estes quatro extensos compromissos, é necessario:


II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA

5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.

a. Adotar planos e regulações de desenvolvimento sustentável em todos os níveis que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.
b. Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viável e da biosfera, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas em perigo.
d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a introdução desses organismos daninhos.
e. Manejar o uso de recursos renováveis como a água, solo, produtos florestais e a vida marinha com maneiras que não excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade dos ecossistemas.
f. Manejar a extração e uso de recursos não renováveis como minerais e combustíveis fósseis de forma que diminua a exaustão e não cause sério dano ambiental.

6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e quando o conhecimento for limitado, tomar o caminho da prudência.

a. Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais mesmo quando a informação científica seja incompleta ou não conclusiva.
b. Impor o ônus da prova àqueles que afirmam que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano ambiental.
c. Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas conseqüências humanas globais, cumulativas, de longo termo, indiretas e de longa distância.
d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
e. Evitar que atividades militares causem dano ao meio ambiente.

7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.

a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
b. Atuar com restrição e eficiência no uso de energia e recorrer cada vez mais aos recursos energéticos renováveis como a energia solar e do vento.
c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias ambientais saudáveis.
d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar aos consumidores identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas sociais e ambientais.
e. Garantir acesso universal ao cuidado da saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.
f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e o suficiente material num mundo finito.

8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e uma ampla aplicação do conhecimento adquirido.

a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis ao domínio público.


III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA

9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social, econômico e ambiental.

a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os recursos nacionais e internacionais requeridos.
b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma subsistência sustentável, e dar seguro social [médico] e segurança coletiva a todos aqueles que não são capazes de manter-se a si mesmos.
c. Reconhecer ao ignorado, proteger o vulnerável, servir àqueles que sofrem, e permitir-lhes desenvolver suas capacidades e alcançar suas aspirações.

10. Garantir que as atividades econômicas e instituições em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.

a. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro e entre nações.
b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e aliviar as dívidas internacionais onerosas.
c. Garantir que todas as transações comerciais apoiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas laborais progressistas.
d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas conseqüências de suas atividades.

11. Afirmar a igualdade e a eqüidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, ao cuidado da saúde e às oportunidades econômicas.

a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.
b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiros plenos e paritários, tomadores de decisão, líderes e beneficiários.
c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e a criação amorosa de todos os membros da família.

12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, dando especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.

a. Eliminar a discriminação em todas suas formas, como as baseadas na raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas a formas sustentáveis de vida.
c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os para cumprir seu papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.
d. Proteger e restaurar lugares notáveis, de significado cultural e espiritual.


IV.DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ

13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas no exercício do governo, a participação inclusiva na tomada de decisões e no acesso à justiça.

a. Defender o direito a todas as pessoas de receber informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que poderiam afetá-las ou nos quais tivessem interesse.
b. Apoiar sociedades locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações na toma de decisões.
c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de assembléia pacífica, de associação e de oposição [ ou discordância].
d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais independentes, incluindo mediação e retificação dos danos ambientais e da ameaça de tais danos.
e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes e designar responsabilidades ambientais a nível governamental onde possam ser cumpridas mais efetivamente.

14. Integrar na educação formal e aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.

a. Oferecer a todos, especialmente a crianças e a jovens, oportunidades educativas que possibilite contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
b. Promover a contribuição das artes e humanidades assim como das ciências na educação sustentável.
c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massas no sentido de aumentar a conscientização dos desafios ecológicos e sociais.
d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência sustentável.

15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.

a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e diminuir seus sofrimentos.
b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento externo, prolongado o evitável.

16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.

a. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.
b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.
c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura não-provocativa da defesa e converter os recursos militares em propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.
d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa.
e. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico mantenha a proteção ambiental e a paz.
f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.

O CAMINHO ADIANTE

Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.

Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa, e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca iminente e conjunta por verdade e sabedoria.

A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.

Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento.

Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.

Re: O grito da Terra
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 28 de October de 2005 22:08

Obrigada Chris . A isto chama-se literatura de fim-de-semana.

Re: O grito da Terra
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 29 de October de 2005 18:45

Excelente, Chris!


"Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento. "

Re: O grito da Terra
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 29 de October de 2005 19:12

Como nós católicos estamos envolvidos nessa Globalização ?
Será que estamos tentamos modificar os antigos paradigmas de inimigos- amigos ( tipo eixo do mal e eixo do bem ) e os confrontos ou estamos exigindo que o Evangelho , a Boa-Nova com seus princípios de hospitalidade e de aliança mundial sejam postos em prática?
Valores como tolerância,respeito ás diferenças e comensalidade ( não mais fome na Terra) são exigências nossas?
Qual nossa participação efetiva numa Globalização que reune as tribos dispersas, que aproxima os distantes, que preserva a Terra, que gera formas de produção e consumo SOLIDÁRIAS?
Estamos impassivos vendo exaurirem o planeta com seus recursos não renováveis.
Teremos que pagar pela água, bem comum, fonte da vida ?
Será que o " sistema" nos mantém tão ocupados em pagar contas , em TER os supérfulos que nos cegamos para o triste horizonte a nossa frente?
OU MUDAR OU MORRER.
Se continuarmos com essa Globalização sem mudanças substantivas do conjunto das relações que formam o mundo interligado atual , chegaremos á extinção humana...
No Fórum Social mundial 2005 em Porto Alegre- BR -se exigiu, por exemplo,
a garantia de soberania alimentar para as populações; uma moratória dos processos de privatização da água; o cancelamento da dívida externa dos países do Sul;o desmentelamento dos paraísos fiscais; a tributação agravada das indústrias de guerra e das que produzemo efeito estufa; o reforço ás lutas contra o racismo, o sexismo e a xenofobia; a democratização profunda das Nações Unidas; a oposição tenaz contra a sistemática utilização da violência e da guerra para resolver problemas mundiais.

A vida entendida em toda a sua diversidade e sacralidade deve estar no centro dessa nova globalização e não O PODER OU O ACÚMULO DE RIQUEZAS como vem sendo feita!
Uso me lembra Francisco de Assis, O Santo!




Editado 1 vezes. Última edição em 29/10/2005 19:16 por Chris Luz BR.

Re: O grito da Terra
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 29 de October de 2005 20:35

Cadê a opinião do Alvis e seus famosos adjetivos?
Aqui seriam muito bem vindos como sempre.

Re: O grito da Terra
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 29 de October de 2005 22:02

Chris!

Apesar de ter alguma dificuldade em compreender a dimensão dos teus textos, reconheço que estes te saíram do fundo da alma. Fico feliz por ter compreendido isso.

Na minha análise, o problema é que, na maioria dos casos, esquecemo-nos de que a mudança de paradigma começa primeiro em cada um de nós.

Eu, enquanto sujeito não tenho o poder de mudar o outro. Posso ajudá-lo, se o outro meu semelhante quiser ajuda, mas nunca posso pensar ou agir por ele.

Os processos de mudança começam dentro de cada um de nós e se cada um tiver a coragem de se mudar a si próprio então já seremos muitos em processos de mutação.




Re: O grito da Terra
Escrito por: ][pIoLhA][ (IP registado)
Data: 29 de October de 2005 22:14

NÃO À GLOBALIZAÇÃO
NÃO ÀS NAÇÕES UNIDAS

Re: O grito da Terra
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 30 de October de 2005 20:54

Piolha, não há parar o processo de Globalização, Já está acontecendo, senão não estaríamos agora conversando á milhas de distância , por exemplo.
Devemos sim exigir uma Globalização mais humanitária sem exclusões, a justiça que o SUL
sempre saqueado pelo Norte , clama aos céus.
A justiça que 80% da população mundial que está excluida deste processo CLAMA AOS CÉUS.
O respeito pela nossa CASA COMUM , a biosfera terrestre com toda diversidade da criação do DEUS DA VIDA!
Em nosso sistema solar apenas conhecemos vida nessa pequena faixa , a biosfera.
Todo o resto é estéril, sem vida, e estamos abusando perigosamente da generosidade da
natureza.
SIM AS NAÇÕES UNIDAS, democraticamente , e não no modelo atual !
SIM A Verdadeira democracia!
SIM Á VIDA .
SIM ao restabelecimento da HARMONIA com o OUTRO ( ler tópico mulheres )
Sim ao restabelkecimento da HARMONIA com a natureza.
SIM ao restabelecimento da HARMONIA comigo mesmo.
SIM ao restabelecimento da HARMONIA com o DEUS DA VIDA !
UMa UTOPIA que temos o dever sagrado de seguir para que o projeto humano não acabe!
Chris

Re: O grito da Terra
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 08 de November de 2005 20:44

Parece que colocamos tapa-olhos e não vemos o essencial, ficamos apenas discutindo
o nosso próprio mundinho, fechados em nossos egoísmos e comodismo.Nos sentindo
GRandes, INteligentes, Espertos...


Re: O grito da Terra
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de November de 2005 22:40

Chris:
Comungo em absoluto o teu conceito de globalização contrahegemónica, com a necessidade uma outra globalização emancipatória.

AS pessoas estão condicionadas para acreditar que oa actual tipo de globalização é absolutamente inevitável. Mas não é.

O que se passa em França é o que se passa nas favelas do Rio, nos bairros das periferias de Lisboa, nos guetos das periferias de NY ou nos esgotos de Bombaim. Com dimensões diferentes, mas são as eternas questões cada vez mais agudizadas.

Os pobres, os excluídos, os que estão á margem do contrato social.

Ás vezes têm momentos de rebelião. E a ordem instituída implode.

Mais tarde ou mais cedo este estilo de vida em que vivemos baseado no consumismo e na economia de mercado selvagem, vai implodir.

Não por causa a gripe das aves, ( se calhar também, para oa ano cá estará, se não for antes) mas por causa da pandemia da pobreza, das desiguladades, da fome e da injustiça.
Mais cedo ou mais tarde, os pobres do mundo vão rebelar-se.

Re: O grito da Terra
Escrito por: Miguel D (IP registado)
Data: 09 de November de 2005 15:06

Nada se resolve com violência, com disturbios ou com carros incendiados!

Os problemas resolvem-se tendo como pontos de partida o dialogo e o Amor!

Um abraço fraterno

Miguel Dias

Re: O grito da Terra
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 11 de November de 2005 17:13

Sim, mas se nós não dermos vozes aos que não tem voz .
Sabe Miguel , você tem razão, a violência não é a solução.
Temos o exemplo histórico de Gandhi na India.
Mas uma mudança dessa realidade deve começar por nós, pois o que o excluído pode fazer???

chris




Re: O grito da Terra
Escrito por: huguenote (IP registado)
Data: 11 de November de 2005 18:03

Porquê o grito da Terra???Se vivemos num planeta activo???E devemos ter consciência disso!Há sismos porque tem de haver!Há furacões por é mesmo assim o nosso lindo planeta...

Re: O grito da Terra
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 12 de November de 2005 21:01

Huguenote

Podemos pensar o mundo como sacramento de Deus???
Admirar a Sua criação evoca Deus???
Poeticamente podemos atribuir uma resposta da natureza a sua coisificação???
Se é uma coisa pudemos usar e abusar, se é sacramento ganha um novo sentido ....
Chris

Re: O grito da Terra
Escrito por: huguenote (IP registado)
Data: 12 de November de 2005 21:22

Desculpe mas não compreendo a sua questão!A sua mensagem nem acrescenta, nem retira nada ao que disse, e não compreendo como ela é dirigida a mim...

Re: O grito da Terra
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 17 de November de 2005 19:51

Huguenote
o Grito da Terra seria uma humanização do planeta.
Falamos muito do Grito dos Excluidos, e fica " forte" da voz ao planeta ... -)
Ouvimos o inaudível. Meditar nos Gritos....até no Grito de nosso Senhor na Cruz...
chris

Re: O grito da Terra
Escrito por: huguenote (IP registado)
Data: 18 de November de 2005 00:43

Peço desculpa por ter levado à letra o tema...O mundo precisa de ser humanizado, ainda hoje vinha de metro e vi tanta falta de amor, em jovens com os seus 10 a 12 anos a fazerem tanta asneira e a chamar atenção...Que só disse!"Senhor ilumina-os!"
Mas quero partilhar uma coisa!Ouvi um dia dizerem-me isto!Que me marcou muito!Não posso mudar o mundo, mas não permito que o mundo me mude a mim.

Re: O grito da Terra
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 18 de November de 2005 16:00

Hum... è intereesante, já ouvi o slogan noutro lugar...

Re: O grito da Terra
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 18 de November de 2005 18:07

Nós podemos mudar o mundo!
eu sozinha não posso, mas juntos podemos. Se os católicos acordassem e exigissem
a justiça mundial , mudaríamos o mundo.
Jesus nossa 'Cabeça " mudou o mundo e o sentido da vida e deu sua vida para mudá-lo.
Não nos ensinou a ficarmos passivos esperando uma ação milagrosa de Deus .
Deus age na história através dos homens.
O Bem no final vencerá, mas ficar parado , em oração esperando a Parusia...
A 1º comunidade cristã após perceber que a Parusia não era imediata foi se espalhando
pelo mundo e anunciando a Boa Nova, apesar de toda perseguição e martírio.
Hoje parece que nos acomodamos, esquecemos o serviço , a causa ...estamos acomodados em nosso conforto ...
E a Paz do Cristo não nos deixa em paz, não nos deixa calar diante de tanta injustiça...
juntos teríamos Voz e talvez o mundo veriam os que se dizem discípulos do Senhor ter uma atitude coerente com sua Fé !
chris

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