Cardeal-Patriarca quer renovar rosto cristão de Lisboa

Mensagem prepara a próxima etapa do Congresso Internacional da Nova Evangelização .

O Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, publicou hoje uma Carta Pastoral intitulada “A Igreja na Cidade”, na qual propõe à comunidade católica que aposte na construção de uma cidade com rosto cristão.
“Entre nós, a Igreja está na cidade, ela faz parte da cidade, da sua história, das suas mais enraizadas tradições, da sua cultura; é inspiradora dos valores que prossegue. Entre a Igreja e a nossa cidade há um longo caminho percorrido em conjunto e queremos continuar a percorrê-lo, para que seja mais humana, justa e acolhedora”, escreve.

Na mensagem, ... D. José Policarpo mostra a sua preocupação pela “galopante laicização da nossa sociedade” e pela “deterioração progressiva da identidade cristã”, tendo em mente, sobretudo, a quebra na prática dominical.
Começando por explicar que “por Igreja entendemos toda a comunidade dos crentes, que entraram nela pelo baptismo e se reúnem ao domingo para celebrar o memorial da Páscoa de Jesus”, o Cardeal-Patriarca lamenta a “relativização progressiva do ‘preceito’ da obrigatoriedade da missa dominical”.

Segundo a Carta Pastoral, na Diocese de Lisboa, aqueles que se reúnem ao domingo são cerca de 12% da população total, quando os contamos num domingo em concreto, mas muitos cristãos, mesmo indo habitualmente à missa dominical, não vão todos os domingos, sem deixarem por isso, de se considerar “praticantes”.

A este enfraquecimento da identidade católica, soma-se a caracterização de uma cidade onde “a tradição católica continua a ser maioritária, mas fragilizada na sua capacidade de influência pelo grande número de habitantes que não vivem, no concreto da experiência, a fé religiosa com que ainda se identificam”.

Nesse sentido, o ponto 10 do documento deixa, como desafio, uma pergunta.
“Lisboa ainda é uma cidade cristã?”.
Em resposta, o Cardeal-Patriarca fala das principais atitudes que definem a população de Lisboa do ponto de vista da fé religiosa: os chamados católicos praticantes, os baptizados “não praticantes” - grupo definido como o alvo privilegiado da “nova evangelização” -, os outros grupos religiosos, os ateus e os agnósticos.

D. José Policarpo assegura, por outro lado, que “na definição da alma de Lisboa ressalta a sua identidade cristã, que nem o terramoto soterrou, visível nas torres e fachadas das Igrejas, elementos estruturantes do tecido urbano, na beleza do património artístico religioso”.

ICNE, desafio de mudança
Em relação à etapa lisboeta do ICNE, a Carta Pastoral assinala que “este Congresso acentuará a dimensão querigmática da nossa pastoral evangelizadora, ou seja, ensinar-nos-á a anunciar, de forma simples, directa e interpelante, as verdades decisivas da fé cristã, as únicas que podem mudar as vidas e converter os corações”.

“Sempre, mas de modo mais claro no nosso tempo, o anúncio de Jesus Cristo tem de incluir uma afirmação clara de uma maneira de viver, da ‘vida nova’ em que Ele nos introduziu”, acrescenta.
...
Um olhar crítico é lançado sobre correntes de pensamento que valorizam o “naturalismo na compreensão da vida”, renunciam ao conceito de “vida eterna” ou defendem uma atitude de “subjectivismo na busca da verdade”.

D. José Policarpo explica, por outro lado, que “devemos estar atentos e aprender a escutar as linguagens, aparentemente profanas, de todos os que connosco convivem na cidade, pois também elas podem exprimir a busca da verdade e da beleza”, dedicando um dos pontos da Carta à enumeração de “sinais de esperança” na cidade.

Em conclusão, o Cardeal-Patriarca assegura que “o Congresso foi longamente preparado e estão criadas as condições para que aconteça com qualidade”.
“Assumindo-se como uma proposta de diálogo com a cidade, em que a Igreja explicita a esperança que a anima e o seu modo próprio de estar na cidade, ele é, antes de mais, interpelação às comunidades cristãs para aprofundarem a sua fé, único ponto de partida válido para o dinamismo evangelizador”, defende.

A Carta Pastoral desafia as comunidades a “perceber os dinamismos inovadores para a nossa maneira de ser Igreja e de realizar a missão evangelizadora”. “O Congresso não é só uma festa, é um momento duma peregrinação, dum caminho que queremos percorrer”, conclui D. José Policarpo.

Nacional | Octávio Carmo| 08/09/2005 | 18:25 | 4612 Caracteres | 262

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Olá a todos! É a primeira vez que vou entrar neste fórum que me pareceu ter discussões bastante interessantes e importantes.

Sou cristã católica e, apesar de ter estado afastada da Igreja durante 15 anos, neste momento voltei e estou empenhada nalgumas actividades dentro da minha paróquia, como coordenadora de um dos grupos de jovens, como catequista e como corista na missa das crianças.
Esta conversa sobre o ICNE, fez-me lembrar a reúnião que organizei na passada sexta-feira no meu grupo de jovens. Falei sobre missão e, inclusive, levei uma missionária para falar da sua experiência. Uma das preocupações que veio à discussão foi a importância de se evangelizar. De facto, acho que a Igreja já não faz como nos tempos primitivos em que andava de um lado para o outro a fazer o que Jesus Cristo nos pediu: "Ide e anunciai a todos os povos a Boa Nova". Claro, que temos vários missionários que estão a fazer um trabalho extraordinário - às vezes só Deus sabe em que condições- e temos catequistas e outras pessoas que fazem parte de organizações onde ajudam os mais desfavorecidos.

Mas, na prática, não há uma ideia generalizada entre todos os católicos deste pedido de Jesus. Todos podemos e devemos ser missionários. Acho, aliás, que foi o pedido mais importante, que Jesus CRisto nos deixou. E podemos fazê-lo de várias maneiras, afinal Deus concedeu a cada um de nós diferentes dons. Podemos dar catequese, falar de Deus e do Seu projecto na família, entre os amigos, ajudar os mais desfavorecidos... Claro, que DEus quer que falemos do seu projecto, mas até chegramos a esse ponto, temos também de o mostrar através de actos. Nem sempre é fácil falar de Deus com todas as pessoas, mas quando eleas sabem que somos cristãs e que estamos ali ajudá-las, elas ficam com uma ideia positiva do que é ser cristão e quem sabe se a semente não acabará por dar fruto.

Espero que este Congresso faça nascer dentro das pessoas a Fé em Deus, mas também o desejo de se ser missionário. Há que acabar com a fé individualista, porque não é essa a Vontade de Deus.

Deixo-vos com o lema do meu grupo de jovens que tem como padroeiro S. Vicente de Pallotti, um grande missionário:
Deus em tudo e sempre.

MJ

A maior Petição da história do parlamento em democracia foi uma petição do Não ao aborto!

O meu amigo Pedro Vassalo publicu emtempos no 24 Horas uma pequena nota na sua crónica sobre a Petição Mais Vida Mais Família e sobre a discussão em curso sobre a questão do aborto, que reproduzo abaixo.

Simultaneamente e por ser um dado interessante público um quadro elaborado a partir das informações constantes da Intranet da Assembleia da República, pela qual se mostra e demonstra como essa Petição (inexplicavelmente ainda não debatida em plenário!) foi a maior de sempre na história da nossa democracia e daquelas que foram entregues no parlamento.
É por estas e por outras que quem quiser dar o resultado de um novo referendo como adquirido, arrisca-se a ter uma má surpresa

216 MIL ASSINATURAS NO AR

Este ano foram entregues na Assembleia da Republica (AR) 216 mil assinaturas (entre as quais a do autor) para que, entre outras reivindicações, se continuasse a considerar o aborto um crime. Foi a petição que até agora reuniu mais assinaturas em Portugal. Eis que por mão do PCP se propõe que a Justiça ignore quem pratica este, até agora, crime até um novo referendo sobre a matéria. E o espanto é que o PSD hesitou no assunto. Se a moda pega vai ser interessante ver os cidadãos a pedir que a Justiça suspenda todos os julgamentos sobre infracções à Lei, porque pode ser que daqui a uns anos a Lei seja outra. (Pedro Vassalo)

Resultado da consulta de Petições
Nº Leg. S.L. Data Assunto Situação
72
IX 2 2004-03-03 Pretendem a adopção de medidas de reforço da protecção e defesa da vida e dignidade de cada ser humano, bem como da sua protecção jurídica na fase embrionária, e ainda de promoção da família e apoio à mãe grávida em dificuldade e ao recém-nascido.

Sublinho a parte em que defendem uma "promoção da família e apoio à mãe grávida em dificuldade e ao recém-nascido." Quanto a mim, o resultado do referendo anterior não era um motivo para haver um lavar de mãos quanto às responsabilidades do Estado nesta matéria. Pelo contrário, se a maioria dos portugueses (pelo menos dos que se pronunciaram) votaram "não", a única consequência lógica seria que o Estado fizesse todos os esforços para que nenhuma grávida passasse por dificuldades. É óbvio que há muitas situações que escapam ao Estado e que não podem ser resolvidas por este, mas isso não é desculpa para nada. Por parte dos cidadãos, assistiu-se à criação de organizações de apoio às grávidas. O Estado tem de assumir a sua parte e intervir mais. Não pode permitir que coexistam uma lei e condições para que esta seja sistematicamente violada.

Dar rosto Cristão á cidade

Hoje Domingo que fazemos?

Hoje Domingo em que vai ser para nós o dia do Senhor em relação a todos os outros dia da semana?

Hoje Domingo como vamos dizer à cidade dos Homens que é o nosso dia do Senhor que está Vivo porque Ressuscitado?

Quando eu era jovem cantei um cantico nas nossas Igreja que questionava e respondia a um anseio dos homens

P/ Onde está Deus?
R/ Deus está em ti.
Como é Deus?
Como Cristo em ti.
Onde está Deus?
Deus está em ti.

Será que saberemos ser esse Deus (Pai, Filho e Espírito Santo)
Vivo na nossa vida e Vivo por meio e Nós na Cidade?

Basta acreditar, basta querer...
Vamos ser Testemunhas do amor de Cristo aos nossos vizinhos e amigos?
Mas especialmente levar o Evangelho da paz e do amor aos que não conhecemos mas que passam e vêem que estamos felizes por acreditar em Crsito?

Companheiros

Mais importante que o "Euro 04" para nós Cristãos e Católocos este tempo do ICNE
Devia ser vivido com toda a nossa participação e empenho e entretanto todos debatemos aqui temas interessantes mas este está abandonado, porquê ?

Se calhar ajudava que existisse um só tópico, e não três, sobre o assunto.

João (JMA)

Peço desculpa, Sr. Joaquim Lopes Galvão, mas como deverá entender, para uma pessoa que não vive em Lisboa (nem nos arredores) o ICNE pouco lhe poderá dizer. A não ser ler algumas notícias do que se está a preparar e pouco mais.

Portanto, este tempo do ICNE, para mim (apesar de me considerar um católico participativo e empenhado, que tenta diariamente dar e ser testemunho de um Deus vivo no meio de nós), tenhamos outros temas / assuntos mais pertinentes do que o ICNE. Portanto, acho que não passa de um congresso a nível diocesano, nunca um congresso nacional.

Agora comparar o ICNE ao "Euro 2004", parece-me um pouco exagerado, não?
Recordo que o Euro 2004, movimentou praticamente toda a população portuguesa, mesmo aquela do interior do país. Apesar, claro está, de os jogos decorrerem somente em cidades do litoral. Mas a nossa selecção participou nesse torneio e claro, o poder mediático tratou de divulgar e espalhar o evento pelo resto do país.



«Que a paz esteja convosco»
Fernando Cassola Marques

Amigo
e Outros que se sintam neste problema geográfico

O facto de ser só na Diocese de Lisboa não deixa de ter repercussão no Universalismo da Igreja.
Importa aceitar os desfios da Igrela Viva e do Espírito Vivificador par apresentar Cristo ressuscitado aos Homens das nossas Ruas e das nossas Cidades. Para tal pode pedir os textos e os programas que podem ser meios de, em qq ponto do país, se fazer Evangelização...
Força...

Realmente, penso que seria muito importante que todas as dioceses pudessem partilhar o que se vai passar em Lisboa, de modo a que fosse não um evento circunscrito, pelo menos em termos de impacto e dinãmicas. ( ainda por cima taratndo-se de um congresso internacional)


Lanço daqui um desafio para fazer de facto "nova evangelização" através da net - postando as intervenções /eventos realizados de modo a poderem ser vividos partilhados noutras comunidades paroquiais.

O grande desafio seria realizar alguns eventos online, em tempo real.

Depois de algumas dúvidas e cepticismo decidi que vou participar em algumas das actividades do Congresso... ainda não percebi muito bem se há necessidade de inscrição ou efectuar algum pagamento por isso se algu´m souber que me esclareça.

E como se faz para saber a lista de ateliers, temas e locais?

As festas, concertos e animação são em que sítios mais concretamente?

Agradecia que me elucidassem...

Em comunhão

www.icne-lisboa.org

Será possível que nos dias em que decorrer o tempo principal do ICNE adornarmos as nossas janelas com as luzes de Natal em antecipação desta festividade e testemunhar assim que se acredita em Jesus Cristo vivo porque ressuscitado e de quem queremos ser testemunhas na Nova evangelização da Cidade onde Moramos?

Que pensam desta ideia?

JJG

De facto, não é nada má ideia. Se colocámos a bandeira portuguesa em tudo o quanto era sítio na altura do Euro 2004, também podemos ter uma iniciativa deste género. Afinal estamos a falar de Jesus Cristo, que se sacrificou na cruz por todos nós.

Acho que seria uma prenda muito bonita que lhe daríamos. Como Ele disse, se reconhecermos o Filho, também Ele nos reconhecerá perante o Pai. Quem sabe se não se tornaria um exemplo para quem anda afastado de Deus? A evangelização pode fazer-se de várias maneiras ...
Agora, seria essencial que isto fosse divulgado pela comunicação social, como aconteceu com as bandeiras...

Maria João

Obrigado.

Pode fazer alguma acção junto da comunicação Social sff?

Espalhe a ideia entre amigos sff

está a ganhar muita força a proposta de utilização das luzes das árvores de natal a piscarem uma semana nas janelas e varandas, até por ser fora de época ...
Obrigado mais uma vez

JJG

OK. Vou ver o que consigo fazer. Vou divulgar a ideia na minha paróquia e vou tentar falar com alguns jornalistas. Não sei se vai ser fácil, porque as chefias não aceitam muito bem este tipo de temas, mas não há nada como tentar.

Mas, o que vinha mesmo a calhar é que D. José Policarpo fosse à televisão e fizesse esse apelo. Com o Marcelo Rebelo de Sousa e com o Scolari deu certo. Que tal sensibilizá-lo para isso? Sei que costumam participar alguns padres neste fórum e penso que poderiam dar uma ajuda falando com outros párocos para divulgar a ideia nas paróquias, de modo a criarmos uma corrente em todo o país. Claro, que a divulgação deve ser feita pelos padres, mas também por nós leigos, nomeadamente junto dos diversos grupos das igrejas.

Mas, bom, bom, é D. José Policarpo ir à televisão e fazer esse apelo.

Então, cristãos, vamos dar esta prenda a Deus? Quantas vezes é que Ele já nos salvou, mesmo que não tenhamos sido uns bons filhos? O Senhor merece esta prenda ou não merece?

A UNIÃO faz a força e não se esqueçam que Jesus pediu para "sermos UM como Eu e o Pai somos UM".

PS: Aliás, para além das luzes, podíamos também colocar uma imagem de Jesus. O que acham? Seria como um altar nas janelas e nas varandas...