Quando dizes as "nossas" actividades, referes-te a quem, JMA?

Pensava ter esclarecido o facto, mas pelos vistos não o fiz.

O atelier em que participei foi integrado nas actividades do Centro Cultural Franciscano / Lux Mundi.

A "mailing list" tem a ver com tais actividades, e é distribuída mensalmente com a menção das actividades do mês seguinte.

Chamo-lhes "nossas" porque vou colaborando um pouco, na medida das minhas possibilidades.

Se quiseres receber a lista mensal podes fazê-lo solicitando-a através do email gstricker@netcabo.pt.

A propósito do ICNE queria partilhar algumas considerações...

Sem ter participado directamente fui afectado e interpelado pelo congresso na minha vida durante a semana em que esteve a decorrer.

Na verdade, senti que alguma coisa fez "clique".

Vi jovens na rua a falar de Cristo, sem medo de serem gozados na escola ou excluídos dos grupos de amigos.

Vi grupos que habitualmente vivem um catolicismo escondido, a saltarem para a rua e a revelarem talentos, que, a serem utilizados com moderação e cadenciados, poderiam dar um contributo muito positivo à obra social da Igreja.

Se havia o medo que se andasse a fazer show off na rua, tais medos revelaram-se desproporcionados mas penso que aqui houve uma "mão" paternal que não permitiu alguns dos excessos que no início se temiam.

Ouvi os ecos e relatos das conferências (que a propósito já estão reunidas e publicadas em livro) com temas diversificados e actuais e que mais uma vez foram desenvolvidos de forma bastante saudável, positiva e consensual. Isto, apesar das bocas dos já habituais "ISTO-NÃO-É-NOVA-EVANGELIZAÇÃO" e dos "CAMBADA-DE-LIBERTINOS-ABORTÓFILOS".

Pela televisão vi que os actos públicos foram muito vivenciados por um expectro alargado da população lisboeta e não só, dando uma imagem da sociedade portuguesa. Apesar da média de idades ser um pouco superior aos 50 viram-se muitos jovens, várias famílias, muita gente boa e muita gente benzoca, misturada com a populaça como tantas vezes, em Portugal, só possível de ver em Fátima ou jogos de futebol.

Por último penso que foi muito importante a publicidade e a imagem transmitida em que nem uma voz anti-clerical e/ou laica republicana se atreveu beliscar ou apontar o dedo.

Quanto às partes negativas... durante o processo de querer valorizar o ICNE por várias vezes o Patriarcado desvalorizou o encontro de Taizé dizendo que este estava inserido no congresso o que na realidade foi e continua ser falso.

O sectarismo que se vive diariamente dentro da Igreja, politicalizando entre direita e esquerda, é quase como um cisma silencioso que se arrasta desde o concílio. As forças que querem continuar estaticamente agarradas ao passado e as que querem esquecer o passado para criar algo novo, encontraram-se mais uma vez solitárias num confronto autista de bastidores mas permitindo o espaço devido àqueles que que enraizados na tradição procuram fazer melhor.

Não sendo este o modelo de Nova Evnagelização com que me identifique mais, penso que serviu acima de tudo para congregar e fortalecer os crentes e depertar alguns, e frizo alguns, dos que andam trasmalhados.

Acho que o melhor de tudo foi sem dúvida as pessoas rezarem por isso são benvindas mais iniciativas destas.

Por tudo isto o balanço é muito positivo... PARABÉNS!!!

Em comunhão

Este pequeno texto que li num blogue, deixou-me a pensar.
Não será este um dos grandes problemas da nossa Igreja actual?
Olharmos para fora e esquecermos como somos por dentro?

O mundo cá dentro
"Num tempo em que decorre em Lisboa a terceira sessão do Congresso Internacional para a Nova Evangelização, valeria a pena dirigir esse objectivo para os próprios cristãos. Pensar a evangelização como destinada à conversão do mundo descrente e como privilégio de cristãos cientes da imensidão da sua fé, é um tremendo equívoco. São os cristãos os primeiros a precisar de se reconverter permanentemente à radicalidade do Evangelho e a fazê-lo em diálogo com este mundo. Amando-o e não ensinando-o."
in blog

Sinceramente pouco vi sobre o ICNE, a não ser o que ia lendo através da newsletter que foram enviando diariamente e uma ou outra notícia que surgia na comunicação social.
Mas, apesar disso, a ideia que fiquei não difere em nada da opinada no texto que transcrevi.
Claro, que podemos considerar que o debate na RTP no programa "Prós e Contras" ocorrido na segunda-feira do congresso, foi também inserido nesse âmbito. Aí sim, estive com atenção e sinceramente, foi dos melhores debates que tenho assistido. Principalmente ao excelente diálogo entre D. José Policarpo e o Prof. Doutor José Barata Moura. De um nível intelectual e cultural excelente e somente pessoas bem formadas e com um caracter bem delineado podem debater assuntos tão sérios com uma capacidade de encaixe e ordenação de ideias tão boa. Penso que foi dos melhores momentos de televisão (claro está que eu pouco vejo televisão, mas...).

No entanto, fez-se o congresso em Lisboa e o resto do País, como é que fica? ou Portugal é só Lisboa e o resto é "paisagem" ?

Mas como diz o Tilleul " Acho que o melhor de tudo foi sem dúvida as pessoas rezarem por isso são benvindas mais iniciativas destas.
Por tudo isto o balanço é muito positivo... PARABÉNS!!!"

Sim, concordo e assino por baixo, evidentemente que iniciativas destas são de louvar e possuem em valor incalculável.

«Que a paz esteja convosco»
Fernando Cassola Marques



Editado 1 vezes. Última edição em 17/11/2005 00:09 por trento.