Sem dúvida que sim Ana. É um texto muito bonito. Espiritualmente concordo com tudo o que foi dito e compreendo a sua mensagem. Mas quero fazer uma referência ao papel das mães e à sua dedicação.
Citação:“E quando os filhos crescem e já não precisam mais da mãe, elas se sentem inúteis”
Esta frase é muito real. Felizes das mães que canalizam a sua dedicação para os netos. Contudo tecnicamente e em psicologicamente, esta tendência de muitas mães e de muitas mulheres chama-se Co-dependência emocional e que pode ser muito nefasta, não só para o agregado familiar, como também para as próprias mulheres…principalmente visível no período da menopausa. É importante referir que em Portugal a Menopausa começa a ser entendida como um patamar normal do ciclo de vida da mulher e muitas já recorrem a ajuda clínica e auxiliam as suas oscilações de humor e estados de espírito com apoio psicológico e medicamentoso. O que também pode ser bom ou mau, em função do apoio prestado e forma com é usufruído.
O estado de co-dependência emocional é muito comum em famílias de toxicodependentes. Em regra são estas mães as grandes responsáveis pela manipulação que os seus filhos exercem nas famílias e pela dificuldade que os filhos têm em entrar em recuperação.
Apesar de ser muito visível nas mulheres também acontece com os homens. E grosso modo o que se passa é isto:
Eu sujeito paternal ou maternal, dedico-me inteiramente à casa e à família, deixo de viver a minha vida, para viver em função de outros. Quando um dos “pintainhos foge de baixo da asa” vou procurá-lo impedindo-o de seguir a sua via pessoal, chegando para o efeito manipular e falsear sentimentos e emoções. Isto é muito frequente, mais do que possam imaginar, aliás todos nós de uma forma ou de outra fazemo-lo inconsciente e maneira mais ou menos subtil. O grave é quando se torna rotina. A tal ponto, como acontece nas famílias de toxicodependentes, onde as mães ou os pais se deixam manipular pelos filhos, afim de manter esse sentimento de que ainda são úteis, de que precisam delas ou deles e que são importantes, chamando por isso muitas vezes a atenção sobre as suas pessoas.
Assim dependem emocionalmente dos filhos e do resto do agregado familiar fazendo-os, ao mesmo tempo, depender de si, como único meio para manter a auto-estima.