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"Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 06 de September de 2005 12:03

Com o objectivo de dar continuidade ao tema em que se debateu o que desejamos que seja o modelo da educação da sexualidade dos adolescentes proponho este sub tema ao fórum e deixo a ideia em aberto.

Paralelamente deixo em aberto o debate do tema sobre "Os valores da virgindade e da castidade na formação humana". Peço que não os misturemos salvo no que tenham de entrecruzamentos.

Joaquim José Lopes Galvão

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Mónica (IP registado)
Data: 08 de September de 2005 16:32


Boa tarde,

Eu preferi este tema embora esteja muito relacionado com o outro.

O papel das familias é básicamente ensinar! E por ensinar quero dizer também mostrar pela forma de viver, ou como se vive.

Vou levantar é este problema: hoje é dia é muito complicado. Em primeiro lugar temos a televisão - nós ensinamos uma coisa e a televisão ensina outra. Na maioria dos casos, totalmente oposta.

Por exemplo:- nos programas televisivos, quantos casais divorciados existem, e que vão morar juntos levando os filhos de casamentos prévios, e como são felizes. Eu tento ensinar ao meu filho, que casamento é para todo o sempre, mas não tou a ser muito bem sucedida, parece que estou a ir contra a maré.

Acho que todos deveria Tentar dar o exemplo. Note-se que disse tentar, pois isto nem sempre é possivel por mais que se tente.

Beijos

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Anam (IP registado)
Data: 08 de September de 2005 17:03

Os pais devem dar o exemplo.
Não podem dizer que o casamento é para sempre, se vivem mais "separados" que casados: vivem na mesma casa, mas quase não se falam, não se tocam, etc, etc...
A incoerência é uma fenda que destrói toda e qualquer educação. E os nossos filhos cobram-nos muito caro as nossas incoerências.
A televisão só é educadora se assim o permitirmos. Acho que desde pequenos, os miúdos devem ser habituados ao desporto, à brincadeira, ao diálogo em família, à leitura, à expressão artística, etc, etc, etc...
Claro que isto implica uma grande disponibilidade dos pais, mas acho que vale a pena.

Anna e Sara

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 08 de September de 2005 17:33

Dr. Galvão


Não é tarefa fácil para uma mãe educar um filho hoje na idade da adolescência.

Principalmente uma mãe que é mãe ou um pai que é pai! Como disse a Mónica, a tv. e não só, como as companhias, os vizinhos dão por vezes maus exemplos. Os pais têm de dialogar muito com os filhos e os filhos têm de escutar.
Os pais têm de procurar saber quem são os companheiros dos filhos e por onde eles andam. Graças a Deus que os meus filhos já passaram por essa fase. Dialoguei muito com eles, ía busca-los à escola, durante o caminho perguntava-lhes como tinha corrido o dia, o que tinha acontecido? Recordo-me de uma vez, a minha filha me contar: Mãe uma menina a "tal" faz isto e aquilo e junta-se a mim. Eu só lhe disse, foge dessa menina! Porém passado pouco tempo, essa menina foi expulsa da escola e mais tarde teve um bebé com 16 anos. É mesmo uma preocupação para quem tem filhos nessa idade.

Presumo, que na sua casa quem educou os filhos foi o pai! A mãe não sabe o alívio que teve. Na minha casa, fui eu. Na casa dos meus pais, foi o meu pai que dialogava connosco. Mas hoje digo, obrigada meu pai! As riquezas, os valores de uma familia, devem-se transmitir.

Obrigada por este tema e ainda bem que aquí apareceu. É de gente como o senhor Galvão que este Fórum precisa.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Mónica (IP registado)
Data: 09 de September de 2005 09:14


Anna e Sara,

A TV só se permitirem. É um pouco mais complicado que isso.

Ana,

Se pode ir por e buscar os filhos à escola tem sorte. Para mim, isso não é possivel. Trabalha-se um pouco fora de mão e em horários incompativeis com as entradas e saidas na escola.

Dialogo. Sim, falo muito com o meu filho e tento o fazer entender o meu ponto de vista, mas como disse acima, à minha volta é tudo um pouco diferente, vizinhos, amigos etc. E naquilo em que errei, digo mesmo que errei, e que aprendi com os meus erros.

A educação moral está muito dificil mesmo. E deparamos com isso todos os dias em tudo que nos rodeia. As coisas "normais" do dia-a-dia já fazem parte da moral generalizada do povo, e só os mais velhos é que se queixam porque o resto, vendo como se lhes facilita a vida, vão na onda.

Beijos

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 10 de September de 2005 17:34

«QUEM ATRAIÇOA AS NOSSAS CRIANÇAS?»





Sirvo-me do título de capa de «Notícias Magazine» de 29 de Maio de 2005 para introduzir o tema “Educação Sexual” na Escola. É certo que o conteúdo desta revista, que corresponde ao título em epígrafe, põe a sua tónica nas crianças em risco por maus tratos violentos que chegam a conduzir à morte. Mas cabe nele, igualmente, todo o conjunto de maus tratos, afectivos, «educativos», sociais, que se estendem da família que não educa afectivamente, à escola que não ensina a dignidade e o respeito mútuo, à sociedade que estimula o consumismo cego e destruidor.

Crianças, jovens, adolescentes, são hoje todos seres em risco, atraiçoados pelo abandono, por um verdadeiro deserto afectivo, por uma instrução disparatada ou deformante, pelo aliciamento constante para formas de vida degradantes e aniquiladoras.

O que se tem vindo a conhecer da chamada «educação sexual» nas escolas, seguindo linhas orientadoras delineadas pela APF e aprovadas pelo Ministério que devia ser da Educação, mostra um pouco dos objectivos exactos há muito defendidos e aplicados pelo ramo caseiro da multinacional IPPF.

Quem subscreve este comentário* não é um simples leitor do que se publica, se diz ou se escreve, sob qualquer forma, sobre o tema Educação, nos seus múltiplos aspectos. Há longos anos que se dedica ao estudo e à aplicação prática de métodos educativos, no ensino normal ou em sessões e cursos de formação, nomeadamente nas áreas da educação da sexualidade e da ética em saúde. Teve o privilégio de colaborar na organização e realização do 1º Curso de Educação Sexual para pais e educadores, realizado em Portugal, em 1966.

Desde então, o trabalho da equipa inicial e das que se lhe seguiram nunca mais parou, contando-se por milhares o número de formadores e de jovens que participaram em cursos cada vez mais exigentes. Por isso, e já num nível universitário, foi possível organizar, dirigir e participar como docente no 1º Curso de Pós-Graduação em Educação da Sexualidade (2003-2004), estando já previstos os próximos a partir de Outubro de 2005, concluída que foi uma avaliação rigorosa do primeiro.

A equipa de formadores que trabalha neste tema, hoje já numerosa e de grande qualidade, não é, pois, nenhum “grupo de sacristia que nada percebe do assunto”, como nos rotulou a “experiente e sabedora” Jamila Madeira , em plena Assembleia da República, onde deveriam ter assento apenas os «Homens Bons» (ou Mulheres), que nas Côrtes falavam de pé perante o Rei, com respeito mas sem medo, dos problemas dos povos que realmente representavam.

Em trabalhos anteriores , apontei aquilo que designei por condições elementares para que se torne possível uma autêntica educação sexual: a integração na educação global (o sexo faz parte do ser humano, para o valorizar, o completar, e lhe permitir ser autenticamente homem ou mulher); o respeito pelas fases evolutivas (o ser humano é diferente de idade para idade – o respeito por essa evolução é fundamental para uma educação sexual sem traumatismos); a integração dos diferentes aspectos da personalidade (a evolução biológica está estreitamente ligada à evolução dos restantes planos que constituem a personalidade humana – afectivo, psicológico, espiritual, social, coexistindo fenómenos de aceleração ou de atraso na maturação); a continuidade educativa (o fio condutor deverá ser sempre a família, tendo a escola um carácter complementar); uma autêntica educação para o amor (o amor é a vocação maior e a razão de vida de todo o ser humano – a atitude educativa deve levar o jovem a aceitar-se como homem ou como mulher, a aceitar e amar os outros, a aceitar e amar a vida).

Por isso a formação dos educadores deverá contemplar quatro planos de estudo e aprofundamento: a) o ser humano na sua origem; b) o ser humano na sua evolução; c) o ser humano na sua finalidade; d) o ser humano na sua responsabilidade. Este tem sido o programa de trabalho que temos vindo a desenvolver e a aperfeiçoar ao longo do tempo, tendo sempre em vista o caminho para uma educação global nos domínios do SER, do SABER e do SABER-FAZER. Todo o caminho diferente deste, nada mais será do que um programa de anátomo-fisiologia ou de patologia sexual, com todos os riscos de deformação e desvio em fases de extrema fragilidade afectiva e psicológica. A educação sexual ou se inscreve numa verdadeira educação da sexualidade humana, ou não passará, em grande parte, de uma instrução deformante e perigosa, que pode caber, mais ou menos integralmente, na pergunta que serve de título a este comentário: quem atraiçoa as nossas crianças ?

J. Boléo-Tomé



Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 10 de September de 2005 17:37

O Estado e a educação sexual
Em Portugal discute-se a educação sexual nas escolas. É importante saber- -se o que o Governo de José Sócrates vai fazer. O que se conhece é aterrador. Trata-se de crianças

RAUL VAZ

Falta na sociedade de hoje uma coisa simples respeito e cuidado com o outro. Se quiserem, cerimónia, acanhamento. De uma forma genérica, o cuidado foi-se perdendo pela vulgarização do que se define como absoluto: somos todos iguais. Não somos e é nesse preciosismo que se constrói a liberdade.

Somos iguais sendo diferentes - e é nessa verdade que surge o combate assumido pelo novo chefe da Igreja Católica. Um combate ao relativismo.

A eleição de Joseph Ratzinger levantou um coro de frustração que envolveu pessoas como Mário Soares. Um entre muitos que, no mundo em que querem viver, preferiam um Papa sem regras ou contradições.

Os argumentos são, também eles, vulgares há o preservativo, a pílula do dia seguinte, o aborto, a droga que está aí e é incontrolável. Dito isto, legalize-se tudo o que é costume.

É óbvio que ninguém no seu perfeito juízo quererá ilegalizar o preservativo, uma escolha pessoal ou negar a droga que existe. Muito menos deixar de questionar o tratamento que se dá à vida humana. Não é assim que se faz o combate ele é duro por ser contra a corrente do facilitismo a que a espécie triunfante regularmente cede para justificar as suas fraquezas.

Em Portugal discute-se a educação sexual. O Estado está preocupado e quer ser responsável a ideia é ensinar no currículo básico. Trata-se de crianças.

E o que se conhece do desenho de um programa educacional é aterrador. Susceptível de se imaginar o trabalho de um professor numa sala de aula. Exemplos possíveis estão num texto exemplar de Henrique Monteiro no Expresso.

Questiona-se o articulista sobre o efeito de algumas questões que o programa possibilita "Em que pontos gostas mais que te toquem? Já te masturbaste? Onde? Com quem? Imagina que chegaste a um país onde a maioria da população é homossexual..." E se estas perguntas fossem feitas "a um adulto, num emprego"?

Imaginem que isto acontece a crianças, ditado por um Estado que acha que a educação sexual é uma obrigação social e, nesse pressuposto, se deve substituir à família, aos pais que devem ser educadores.

É assim que pensam os fundamentalistas que gritam com o argumento do reaccionarismo e descobrem a homofobia. Eles andam por aí, já fabricaram um dia de luta nacional e engrossam a frente de tontos que alimenta o grupo de Francisco Louçã.

É importante saber-se o que o Governo de José Sócrates vai fazer. Há vida além do défice.

RAUL VAZ

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 10 de September de 2005 17:44

A educação da sexualidade demitindo os pais ou levando-os a entrar em posições de omissão pode levar a factos como estes e para os quais deixo a recordação do que se leu no Expresso em data que caiui sobre as férias das escolas

Chamo também à atenção de que necessitamos de não continuar nas posições de omissões e ter cuidado também com as associações de pais e a sua confederação


O artigo da polémica publicado no Expresso
A NOTÍCIA publicada pelo EXPRESSO na última edição, sobre os conteúdos dos manuais escolares para docentes, contendo sugestões de conteúdos e exercícios para os alunos em matéria de Educação Sexual, provocou uma grande polémica e uma série de reacções (além destas páginas, ver também cartas na pág. 14). O artigo em causa tomava como ponto de partida, recorde-se, que os referidos manuais e o programa de Educação Sexual nas escolas estão a ser questionados por pais, professores e especialistas.
Esses manuais estão em circulação, como se pode comprovar pela página na Internet da Associação para o Planeamento Familiar, onde estes livros constam do vasto leque de materiais didácticos «distribuídos pela APF» (www.apf.pt). Esta bibliografia é sugerida no livro Educação Sexual em meio escolar - Linhas Orientadoras, publicado pelos ministérios da Educação e da Saúde, em 2000, de que é co-responsável (assinando na capa) a própria APF. O director da associação, Duarte Vilar, faz igualmente parte da equipa de redacção do livro, enviado para todas as escolas do país.
Quanto às imagens publicadas (como o desenho da página 16 desta edição), foram retiradas de manuais espanhóis destinados a professores e alunos, da autoria de Harimaguada e citados na já referida bibliografia. Essas obras são acompanhadas nas Linhas Orientadoras por referências elogiosas ao trabalho desenvolvido pela equipa que as aplicou numa experiência de implementação da Educação Sexual na escola, realizada no Arquipélago das Canárias. O documento oficial considera mesmo que este «conjunto de obras tem-se revelado, também no nosso país, um recurso muito útil, sobretudo pela sua manuseabilidade e pelas fichas disponibilizadas».
Finalmente, e em relação à aplicação destes materiais pedagógicos nas escolas portuguesas e à obrigatoriedade do ensino da Educação Sexual, a APF revela no seu último relatório de actividades que «muitas escolas estão já envolvidas em acções». No documento lamenta-se que «direcções de escola muitas vezes desconheçam uma legislação que as obriga a incluir a educação sexual nos seus projectos educativos e nos planos curriculares das turmas».
Monica Contreras e Rosa Pedroso Lima

Debate em aberto

A notícia do EXPRESSO provocou uma onda de reacções. Os partidos estão divididos, mas reclamam um debate. Só o Governo não adianta o que pretende fazer

O Ministério da Educação «não tem mais nada a dizer» sobre a situação da Educação Sexual nas escolas portuguesas. Apesar dos protestos - que levaram ao lançamento de uma petição, a críticas de vários sectores e até a um requerimento formal do grupo parlamentar do CDS pedindo esclarecimentos -, Maria de Lurdes Rodrigues recusa-se a adiantar se vai tomar qualquer iniciativa nesta área sob sua tutela.
Logo no início da semana, a Associação Portuguesa das Famílias Numerosas lançou no seu sítio na Internet uma petição dirigida ao Presidente da República e ao presidente da Assembleia da República, assim como ao primeiro-ministro, ministra da Educação, provedor de Justiça e procurador-geral da República, reclamando, entre outros pontos, a «suspensão imediata» da aplicação das actuais Linhas Orientadoras para a Educação Sexual nas Escolas, programa que vigora desde 2000. Até ao final da tarde de ontem, eram perto de 6.500 as assinaturas recolhidas.
Na segunda-feira, a comissão parlamentar de Educação recebeu a visita da ministra Maria de Lurdes Rodrigues e questionou-a sobre esta matéria. «Não ficámos satisfeitos com as respostas», disse ao EXPRESSO João Almeida, o deputado centrista representado na Comissão. «A ministra considerou normais as diferenças de opinião existentes sobre esta matéria» e, segundo o deputado, confirmou mesmo «estar em andamento» a renovação do protocolo assinado com a Associação para o Planeamento da Família, para prosseguimento destas acções escolares na área da Educação Sexual. Na sequência desta intervenção, o CDS enviou um requerimento pedindo esclarecimentos formais ao Governo sobre a «natureza», «condições financeiras» e «avaliação» do protocolo. O partido quer ainda saber se o Ministério pretende, ou não, alterar o actual sistema de Educação Sexual.
PSD frustrado e BE concorda.


Mas as bancadas parlamentares estão muito divididas nesta questão. João Teixeira Lopes, do BE, defende a «educação sexual como disciplina independente e virada para as questões da saúde» e considera que «os ensinamentos da APF são os mais científicos e os mais adaptados aos jovens». As outras Organizações Não Governamentais que têm protocolos com o Ministério pecam, segundo o deputado bloquista, por surgirem «coladas à doutrina da Igreja; defendem o método natural e a não utilização do preservativo». Defendendo que os responsáveis governamentais «deixem de daí lavar as suas mãos e passem a definir conteúdos, com pais, médicos e outros especialistas, numa visão aberta», Teixeira Lopes assume concordar com os manuais existentes.
Luísa Mesquita, da bancada parlamentar do PCP, considera «impossível o país continuar sem medidas sobre educação sexual. Continua a existir pouca formação de professores e pouca articulação entre os parceiros». Admitindo a possibilidade de terem existido «más práticas», a responsável comunista defende que tal não justifica, de forma alguma, a decisão de «acabar com a educação sexual nas escolas». As eventuais falhas, segundo Luísa Mesquita, surgem por «não ter havido investimento na formação de professores nem em manuais. Cabe agora ao Governo redefinir e clarificar os conteúdos», conclui.
Já Pedro Duarte, do PSD, considera-se «chocado» com os dados revelados pelo EXPRESSO e perante a «ineficácia total» da educação sexual ministrada nas escolas. Apesar de ter tido responsabilidades governativas recentes, o deputado social-democrata assume que o seu Governo «começou com boas intenções, mas que não conseguiu concretizar». «Nesse sentido, assumo uma certa frustração», conclui.

Os sociais-democratas optam, porém, por não reagir no imediato. «Vamos aguardar pela decisão do Governo» e pelas iniciativas a tomar pela ministra da Educação. No entanto, o compasso de espera não será ilimitado, esperando pelo «início do próximo ano lectivo» como data limite para se conhecerem os novos projectos e decisões.
Finalmente, as Associações de Pais vieram reivindicar um papel mais activo na definição dos conteúdos a ministrar nesta área do ensino. A Confederação Nacional (Confap) conta ter pronta até ao final do mês uma proposta de alterações para apresentar à ministra. Um conjunto de federações e associações - que se reclama representar mais de dez mil pais e encarregados de educação - solicitou uma audiência com carácter de urgência a Maria de Lurdes Rodrigues. Estas associações pedem ao «Governo que a Educação Sexual deixe de ser feita de forma descontrolada e à revelia dos pais».

Monica Contreras e Rosa Pedroso Lima


Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 10 de September de 2005 18:30

Parece que esta campanha do CL já foi há largos meses, pelo que o Galvão parece estar desactualizado.... Mas pode ler aqui no Forum diversa informação sobre o tema ,no Tópico "será esta a educação sexual que queremos?"


Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 14 de September de 2005 12:54

«QUEM ATRAIÇOA AS NOSSAS CRIANÇAS?»

Será que este tema irá acabar por falta de interesse neste fórum?

...O que se tem vindo a conhecer da chamada «educação sexual» nas escolas, seguindo linhas orientadoras delineadas pela APF e aprovadas pelo Ministério que devia ser da Educação, mostra um pouco dos objectivos exactos há muito defendidos e aplicados pelo ramo caseiro da multinacional IPPF.

Mas coube neste título, que o Prof Boléo Tomé comentou e transcrevi, igualmente, todo o conjunto de maus tratos, afectivos, «educativos», sociais, que se estendem da família que não educa afectivamente, à escola que não ensina a dignidade e o respeito mútuo, à sociedade que estimula o consumismo cego e destruidor.

Porque será que as nossas famílias não comentam,
porque será que este tema anda tão abandonado neste fórum?

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Mónica (IP registado)
Data: 14 de September de 2005 13:23


Olá,

O tema não foi abandonado. Falo por mim quando digo o seguinte: o que fazer, por onde começar e depois, de uma certa forma acho que sim, que se deve dar educação sexual nas escolas, e sim a crianças.

É o seguinte, como mãe, o meu interesse é proteger o meu filho. Não lhe dando toda a informação, não o estou a proteger, porque tenho que sempre considerar o que se passa à minha volta. Eu vejo o noticiário e só ouço falar de paedofilia. Claro que o meu filho perguntou. Aliás, nas escolas começaram até a gozar com o assunto. Piadas porque não compreendiam a gravidade da situação. Tive que explicar ao meu filho, não só para ele saber do que se trata, mas da gravidade do assunto, e também, para ele próprio estar precavido.

Isto é mau. Talvez ele não esteja preparado para saber dos "birds and bees", mas infelizmente eu vi que era algo necessário. As crianças hoje já não podem ser crianças e todas inocentes como gostariamos. Estão rodiadas do oposto, e a partir do momento que vão para a escola, está tudo estragado, porque não escolhemos quem anda na escola com eles, nem tão pouco as histórias dos colegas.

Acho que é assim com todos. Gostaria que o meu filho não tivesse que saber nada disto. Mas não foi esse o caso. Há maneiras de abordar o assunto: temos é que ver o que exactamente é uma boa maneira e uma má maneira e isso é uma questão de opinião.

Opinião, todos podem ter. E quem é que nos sabe dizer se está correcta esta nossa opinião. Nós podemos ter tanta a certeza como alguém vizinho tem outra opinião e tanta certeza como nós.

No meu ver, vejo certos aspectos generalizados, e vou na onda, tentando no entanto e em casa, ir colocando uma ou outra ideia, devagarinho, para conseguir colocar o meu ponto de vista na cabecinha do meu filho, e de muitas maneiras vou conseguindo.

Beijos

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 15 de September de 2005 08:40

Creia Mónica que se não começar em casa e em família com a educação dos afectos e do respeito, a formação dos jovens será distorcida quando de fora forem introduzidos elementos novos e para os quais o adolescente não está preparado.

Pense na desilusão e desgosto que temos quando os presentes do natal deixam de ter a surpresa de virem do Menino Jesus e do pai natal, mas da loja do fim da rua, parece que o Natal passa a ser diferente. Contudo todos guardamos, na criança que sempre há em nós um pouco do Natal da nossa infância...

Neste tema da sexualidade as famílias são, ou devem ser a melhor escola.
Não me refiro a famílias destruturadas e ou em crise do amor e dos afectos conjugais, nem às famílias do casa separa... Mas ainda assim podem nestes casos ser autenticas escolas daquilo a que não queriam chegar e do como evitar.

Seguramente que a escola tem um papel de importantíssimo valor ao coadjuvar as famílias na orientação deste processo educativo. Bom seria que fosse possível em cada escola haver no primeiro mês de aulas tempos de debate entre as famílias e a escola sobre esta realidade e o programa pedagógico proposto. Bom seria igualmente que alguns dos pais e mães participassem no mesmo e contribuíssem para a sua avaliação como instrumento pedagógico de excelência que deverá ser. Assim se faria a união de participantes neste processo de formação, mais do que de informação, para a civilização do amor, da ternura, dos afectos, da sensibilidade de seres sexuados para a atracção e o relacionamento interpessoal que acabara na natural descoberta da sexualidade e da vida.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 15 de September de 2005 14:27

Cara Mònica:

Amiga Mónica:

Como mãe e educadora e formadora de jovens, partilho as suas preocupações e pontos de vista. De facto, "como mãe, o meu interesse é proteger o meu filho. Não lhe dando toda a informação, não o estou a proteger". Exactamente.

Relativamente à prevenção do abuso sexual em crianças, é importante os meninos e as meninas terem informação adequada. Há programas interessantes em algumas escolas sobre a prevenção de abusos sexuais em crianças – por isso é que a Educação Sexual nas escolas é essencial… [www.drec.min-edu.pt]

Infelizmente, a maior parte dos pais não está preparado ou tem dificuldades em falar destes assuntos com os seus filhos . E, mais grave ainda, a maior parte dos abusadores são pais ou familiares próximos da criança….

Sim, as crianças fazem perguntas. Ainda bem. Há que responder-lhes com clareza e verdade.

E ensinar-lhes, desde pequeninos uma coisa essencial - ninguém, mas mesmo ninguém tem o direito de lhes tocar de forma pouco apropriada ou de as fazer sentir desconfortáveis em situações de contacto físico.

“Ninguém tem, nunca, o direito de lhes tocar ou de os obrigar a fazer algo de sexual sem a sua autorização.

As vítimas de abuso sexual não são responsáveis pelo que lhes aconteceu.

A ideia de abuso sexual pode confundir muito as crianças.
Ensinaram-lhes a respeitar os adultos e a fazer o que os pais e outros familiares lhes dizem para fazer. Muitas crianças são obrigadas a prometer segredo do abuso sexual.

Pode ajudar o seu filho falando abertamente sobre o que é o abuso sexual, que tem o direito de se proteger e insistindo que toda a pessoa que seja vítima de abuso sexual deve falar com um familiar em quem confie, um amigo, um professor, o padre, alguém que seja capaz de ajudar a acabar com o abuso sexual."
Fonte [www.apf.pt]

Outro site interessante, que pode ajudar os pais:

[tsf.sapo.pt]


Um ponto importante a realçar é que, ao contrário do que algumas pessoas afirmam, as famílias monoparentais ou famílias em que existe o divórcio, não são necessariamente famílias desestruturadas. Pelo contrário, há muitas famílias com vínculo conjugal , mas que são completamente disfuncionais e onde a violência e o abusos estão presentes.


Felicito-a Mónica, pelo seu equilíbrio e pela preocupação amorosa e responsável que manifesta pelo seu filho.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 19 de September de 2005 13:48

Reavivo o tema
quero debater o papel das famías na educação
e não a delegação desse papel, se não teriamos de avaliara em quem delegar
e esse não é agora nem aqui o tema para o fórum.

Familas o que pensais?
Não Há familias no paroquias?
JJG

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 20 de September de 2005 17:47


Para vos assegurar que as familias se podem apoiar e ajudar em rede e em grupos vejam a Declaração de Princííos da Associassão Portuguesa das Familias Numerosas
que podem encontrar em www.apfn.com.pt

DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS DA APFN
Acreditamos que:
1. A vida humana deve ser respeitada, reconhecida e protegida desde o momento da
concepção até à morte natural;
2. A Família é a primeira comunidade natural da sociedade, anterior ao próprio Estado,
pelo que este deve estar ao serviço da Família;
3. A Família é o lugar próprio e natural, onde a criança tem o direito a nascer e a crescer,
a ser amada, protegida e educada;
4. A Família tem direito a escolher a Educação que pretende dar aos seus filhos, cabendo
ao Estado assegurar esse direito;
5. A sociedade será tanto mais humana, solidária e desenvolvida quanto mais famílias
estáveis e felizes houver;
6. As famílias constituídas de forma estável e equilibrada são a melhor prevenção e
antídoto natural contra a droga, violência, marginalidade e outras disfunções da
sociedade;
7. Os valores sobre os quais assentam as sociedade – respeito, tolerância, amor, solidariedade,
justiça, verdade, liberdade e responsabilidade – aprendem-se, sobretudo,
na Família, pelo exemplo e pela educação;
8. O Estado deve apoiar, estimular e promover a Família, respeitando a sua identidade
e individualidade, bem como o princípio da subsidariedade;
9. As famílias numerosas têm direito ao respeito e apreço de todos, pelo papel indispensável,
real e concreto que desempenham no equilíbrio e renovação da sociedade;
10. As famílias numerosas têm direito a viver com dignidade, competindo ao Estado
garantir esse direito através de políticas adequadas, nomeadamente no campo da
Saúde, Habitação e Educação.
Pretendemos:
1. Contribuir activamente para uma Cultura da Vida e dos Valores da Família;
2. Promover uma Civilização de Vida e de Amor, defendendo os direitos e deveres da
Família;
3. Defender a Qualidade de Vida das famílias nos diversos aspectos, físicos, materiais,
culturais e espirituais;
4. Ajudar os casais jovens a não terem medo de assumir compromissos de fidelidade e
responsabilidade e a manterem-se abertos à vida;
5. Fomentar o respeito pela liberdade de os casais decidirem, com sentido de responsabilidade,
o número de filhos que desejam ter;
6. Ajudar as famílias a desenvolverem as suas capacidades de solidariedade intergeracional;
7. Defender os direitos da Família, colocando-a como objecto prioritário das políticas
sociais;
8. Humanizar as relações Família-Empresa, através da organização do tempo de trabalho
e de uma política de apoio à Família, atendendo, de modo particular, à situação
e número dos seus membros;
9. Garantir aos Pais o direito de livremente optarem por se dedicar, um deles, exclusivamente
à assistência aos seus filhos, aos familiares idosos e dependentes, sobretudo
no caso de Famílias Numerosas, salvaguardando, no entanto, também o seu direito
a um mínimo de condições que a dignidade das famílias exige;
10. Contribuir para que as leis e instituições do Estado respeitem, valorizem e defendam,
de forma positiva, os direitos e deveres da Família, e, em particular, das Famílias
Numerosas.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 20 de September de 2005 17:54


Também da mesma fonte
www.apfn.com.pt

2- FAMÍLIA: RESPONSÁVEL NATURAL PELA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
É na Família que deve nascer a criança, ser único e irrepetível, que se educam as gerações
e se constrói o mundo dos valores, sentimentos e afectos sem os quais a pessoa dificilmente
cresce, se desenvolve e sobrevive.
A defesa dos direitos da criança coincide com a defesa dos direitos e responsabilidades
da Família.
O Estado tem de respeitar o projecto educativo que os pais livre e responsavelmente
escolhem, de facilitar a conciliação entre a vida familiar e o trabalho, de estimular a responsabilidade
social/familiar da empresa e de não penalizar fiscalmente a Família, assente no
casamento.
...

...
EDUCAÇÃO
• Garantir aos pais o direito de escolher a Escola para os filhos, em plena igualdade de
oportunidades, de acordo com o seu projecto educativo de família, instituindo o
“cheque ensino”.
• Tornar os manuais escolares utilizáveis por vários anos.
• Promover a via profissionalizante.
• Desenvolver uma cultura de exigência nos vários graus de ensino, efectuando exames
nacionais no final de cada ciclo, com publicitação de resultados.
• Dotar os conselhos directivos das escolas dos instrumentos necessários a uma cultura
de responsabilidade, esforço pessoal, respeito, entreajuda, solidariedade e disciplina.
• Estimular as parcerias de pais, professores e entidades locais para a criação de actividades
de tempos livres e salas de estudo orientado, a custos suportáveis, potenciado o
mais amplo aproveitamento de docentes e das instalações.
• Incentivar o envolvimento individual dos pais na aprendizagem dos filhos, contratualizando
metas/objectivos a cumprir por professores, pais e alunos.
...
...
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A adopção de medidas concretas que despenalizem e apoiem as famílias numerosas é uma forma de reconhecimento e compensação pela sua generosidade no contributo para o Bem-Comum da sociedade humanizada que todos ambicionamos.
O casamento é a forma de união entre o Homem e a Mulher que mostra maior resistência à rotura conjugal e, por conseguinte, assegura as melhores condições para um são desenvolvimento das crianças e satisfeito o seu Direito Universal de serem educados por Pai e Mãe.


Temos de semear hoje para colher amanhã.
Apostar na Família é construir o Futuro


Conheçam a Associação Portuguesa das Famílias Numerosas APFN

JJG

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 21 de September de 2005 12:13

“o apoio à família legítima deve ser a primeira e verdadeira preocupação dos legisladores”.


Igreja na Itália contra a «destruição» do matrimónio

.
A Igreja Católica na Itália condena qualquer intenção de equiparar ao matrimónio as chamadas uniões de facto ou as uniões homossexuais. Isso mesmo disse o Cardeal Camillo Ruini, presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), na abertura do conselho permanente desse organismo.
Pronunciando-se contra as propostas de lei que prefiguram “um pequeno matrimónio”, o Cardeal Ruini lamentou a intenção de promover “qualquer coisa da qual não há nenhuma verdadeira necessidade e que poderá, pelo contrário, provocar um obscurecimento da natureza e do valor da família, bem como um gravíssimo dano ao povo italiano”.
O presidente da CEI reivindica, assim, “a tutela da família fundada sobre o matrimónio”, a qual deverá ser defendida “de qualquer ataque destinado a minar a sua solidez e a colocar em causa a sua existência”, como referiu Bento XVI aquando da última visita ao palácio do presidente da República Italiana.
“O matrimónio enquanto instituição não é uma imposição de uma forma exterior à realidade mais privada da vida, é, pelo contrário, uma exigência intrínseca do pacto de amor conjugal e da profundidade da pessoa humana”, acrescentou o Cardeal Ruini, citando o Papa.
Nesse sentido, o líder dos Bispos italianos considerou que “as várias formas modernas de dissolução do matrimónio – como as uniões livres e os casamentos à experiência, passando pelos pseudo-matrimónios entre pessoas do mesmo sexo – são expressão de uma liberdade anárquica, que se faz passara, de forma errada, pela verdadeira libertação do homem”.
Sobre o caminho a segui na legislação sobre estas uniões, o Cardeal Camillo Ruini defende que seja seguida a estrada do “direito comum” em vez de se criarem modelos legislativos que configurem “algo de semelhante ao matrimónio”.
Para a Igreja italiana, portanto, “o apoio à família legítima deve ser a primeira e verdadeira preocupação dos legisladores”.

Espanha
Em Espanha, por outro lado, o Partido Popular (PP) anunciou ontem que apresentará um recurso de inconstitucionalidade contra a lei que equipara as uniões homossexuais com o matrimónio na Espanha.
O secretário geral do PP, Ángel Acebes, declarou que o seu partido tinha encomendado aos seus serviços jurídicos e advogados “que elaborassem esse recurso", assegurando também que o PP nunca duvidou da inconstitucionalidade da referida lei.
A lei, que reconhece idênticos direitos às uniões homossexuais e aos matrimónios, entrou em vigor em Junho.
Diversos sectores expressaram sua satisfação perante o anúncio do recurso pelo PP. O Fórum Espanhol da Família (FEF), que em Junho passado convocou mais de um milhão de espanhóis em Madrid para contestar o então polémico projecto de lei, pediu ao grupo popular que vote a favor da Iniciativa Legislativa Popular (ILP) pelo matrimónio e a infância que será levada a votação, em breve, no Parlamento.
O Vice-presidente e porta-voz do FEF, Benigno Blanco, explicou que “este recurso vai permitir ao Tribunal restabelecer a protecção constitucional ao matrimónio, algo que a lei do PSOE pretendeu anular”.
Espanha é um dos quatro países nos quais a legislação regula casamentos entre pessoas do mesmo sexo, juntamente com o Canadá, Bélgica e Holanda.
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Internacional | Octávio Carmo| 20/09/2005 | 17:18 | 3210 Caracteres | 127

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Copyright© Agência Ecclesia

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 22 de September de 2005 13:04

Quero acreditar...


Quero acreditar que ainda existe uma chance para nós familias, e que tudo não chegou ao fim...
Que não perdemos o nosso lugar na construção de um mundo melhor para as gerações a que damos início porque de nós nascem.
Quero continuar a acreditar nos nossos sonhos de, unidas, fazer a escola dos homens e das mulheres de amanã e saber aprender a viver com os nossos filhos.
Quero acreditar que naquilo que, unidos, acreditarmos e em tudo que planeamos... Não quero jamais ter que acreditar que os sonhos acabam...
Tenho que acreditar que, mesmo que algo mude porque também cada dia não nasce igual aos anteriores, os valores e o amor que nos une está como antes...
QUERO OLHAR OS MEUS FILHOS E OS SEUS AMIGOS e pensar que ainda sou importante nas suas vidas... como eles o são para mim...
Quero poder continuar a acreditar que posso dizer: -"meu filho, esteja você onde estiver, estará pensando em mim...como eu, que não paro um só minuto de pensar em voce porque nos amamos...



Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 26 de September de 2005 16:44


Quando se têm pais bons, bons educadores, pensamos neles a todo o momento. Pensamos nos conselhos que nos foram dados, nos valores transmitidos, etc.

Recordo-me das palavras de um jovem que disse para a mãe: mãe, quando eu estou num lado qualquer, lembro-me das tuas palavras!

Eu, também me lembro das palavras que os meus pais me dirigiam, nunca esqueço e elas me ajudam a viver o meu dia a dia e me ensinaram a ser Mulher.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: trento (IP registado)
Data: 27 de September de 2005 00:39

Natalidade em Portugal atinge valor mínimo em 2004

No passado dia 22 de Setembro, o INE publicou no seu site os dados demográficos de 2004 (ine), em que se verifica a continuação do aumento do número de divórcios (+2.3%), da redução do número de casamentos (-8.5%) e da redução do número de nascimentos (-2.9%).

O índice sintético de fecundidade atinge um valor mínimo em Portugal, abaixo dos 1.4, com um número de nascimentos inferior a 110.000! Por outras palavras, nasceram, em 2004, menos 55.000 bebés (ou seja, 152 por dia!) do que seria necessário para se garantir a indispensável renovação das gerações.

Estes números deitam totalmente por terra as previsões do INE, conforme tem vindo a ser repetidamente denunciado pela APFN (apfn).

Actualmente, o número total do buraco demográfico já se cifra em 870 862, aumentando, todos os anos, em mais de 50 000!

APFN apela ao Governo para:

1 - Dar ordem ao INE para fazer previsões realistas sobre a evolução demográfica de Portugal para os próximos 10, 20 e 50 anos, baseado em dados reais, em vez de conjecturas idílicas!

2 - Tomar medidas concretas de apoio à parentalidade, à semelhança do que tem vindo a ser feito pela esmagadora maioria dos países europeus e fortemente recomendado pela Comissão Europeia aos Estados membros, incentivando os pais a darem um irmão aos seus filhos, em vez de computadores;

3 - Acabar, de vez e já, com todas as medidas de penalização dos casais com filhos, nomeadamente:

Revisão do forte carácter anti-família do sistema fiscal português , conforme queixa já apresentada pela APFN ao Provedor de Justiça (apfn)
Actualizar as pensões familiares com o mesmo critério que foi seguido para as propinas das universidades, aproximando-as dos valores médios europeus ;
4 - Estabelecer uma política integral e global para a família, conforme previsto na Constituição da República Portuguesa, para o que a APFN já deu o seu contributo apresentando publicamente, no passado Dia Internacional da Família, o Caderno 15 - Família: Semente do Futuro (apfn).

A APFN recorda que os casais portugueses residentes em França têm uma média de 2.1 filhos por casal, pelo que se vê que a reduzidíssima taxa de natalidade não é por falta de conhecimento, vontade ou fertilidade dos casais portugueses, mas, tão só, resultado da desastrosa política de família que Portugal tem tido nas últimas dezenas de anos, negando a liberdade de as famílias terem os filhos que desejam, sem por tal serem penalizadas.

25 de Setembro de 2005
APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas




«Que a paz esteja convosco»
Fernando Cassola Marques

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