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Re: Sugestões aos Bispos de Portugal / Rádio Renascença...
Escrito por: José Avlis (IP registado)
Data: 28 de June de 2005 05:42

Meu caro Tilleul

Agradeço sinceramente a tua compreensão/partilha, e até bom humor, a respeito da minha mensagem em questão, até porque, como infelizmente é habitual - nem da SIDA têm tanto receio e/ou complexos! -, mais ninguém praticamente pegou nela (pelos cornos)...

Por isso mesmo, estás duplamente de parabéns. Bem hajas!
Adiantemente...

- Não digo/recomendo que tirem de todo a PUBLICIDADE radiofónica (apesar de genericamente má), mas:
. Reduzam-na/filtrem-na a metade, pelo menos;
. Cortem (não autorizem) toda e qualquer publicidade imoral, abusiva, enganosa, pirosa, impertinente, etc.;
. Nunca usem-na imediatamente antes dos melhores/nobres programas, como sejam os noticiários de hora a hora...

E isto, também tendo em conta o seguinte:
. Até há três/quatro anos atrás não havia qualquer publicidade na Rádio Renascença, e nunca houve, que eu saiba, crise económica por isso (havendo até então melhores programas);
. Cada vez usam mais e pior publicidade, muito mais (e até mais inética) do que na "Antena Um" (Rádio Difusão do Estado);
. Nem o novo e reformado (felizmente) Rádio Clube Português tem tanta e tão alienante publicidade;
. Como todos sabemos, há publicidade (assim como música/programação!) que é de todo imoral e anticristã, sobretudo numa rádio que se auto-intitula "Emissora Católica Portuguesa"...

- "Católica (praticante)"..., em quê?!...
- Será que também a R.R. anda a "brincar/parodiar ao cristianismo/catolicismo", provocando, ofendendo e enganando gravosa/descaradamente a maioria dos Católicos verdadeiramente praticantes, sensatos e honestos (tal como o faz, infeliz/tragicamente, p. ex., a "cp" (ou "pc") deste fórum, sem qualquer censura nem impunidade)?!
- Será que... os Administradores e os Directores da R.R. têm mais amor ao dinheiro, e respectivos interesses imediatos, do que a Deus e aos direitos inalienáveis da Igreja Católica Apostólica Romana, ou seja , do que à salvação das Almas?!
- Será que a R.R. não deveria ser tão católica (aproximadamente) como, por exemplo, a Rádio do Vaticano?
- Será que a R.R. é mais cristã/católica só porque tem (e nada mais que isso!) o Terço do Rosário quase todos os dias - excepto quando há futebol à mesma hora (pois considera, pelos vistos, este mais importante!), e aos Sábados, dia consagrado a Nossa Senhora, quando, precisamente por isso mesmo, nunca deveria faltar tal prática, tão religiosa quão preciosa, no mesmo canal e à mesma hora?!
Para além, é claro, de uma Missa aos Domingos, e das palestras dominicais de D. Manuel Clemente (que deixam bastante a desejar, sobretudo na medida em que não são partilhadas telefonicamente pelos ouvintes)...
Para além, é claro, de SÓ um minuto de espiritualidade às 7:00, às 12:00 e às 24 horas...
Para além de um curto comentário semanal, às 23:00, sobre cristianismo em geral...
Para além - e mais nada! - dos cinco minutos (apenas) de evangelização (quase sempre semelhante e ainda por cima gravada) do Pe. Dâmaso, às 2:30 da matina...

Muito pouco em muito pobre - convenhamos, Emissora Católica Portuguesa!? -, se comparado, por exemplo, com a IURD, que tem uma "emissão religiosa" (por vezes até com óptimas músicas espirituais e cristãs!), quase vinte e quatro horas por dia, e sem publicidade! (Não obstante pecar demasiado, é claro, por falta de coerência e honestidade cristãs/bíblicas, ao enganar e explorar tanta gentinha "católica" e agnóstica, supersticiosa e interesseira, que até faz dó, nem deveria ser permitido minimamente, pois é vigarice nua e crua, a coberto da pseudo-liberdade religiosa)...

Descansa, amigo Tilleul, que não vou fazer (mesmo) nenhuma lista pública anti-Rádio Renascença (apesar de vontade não me faltar), ao contrário do que dei a entender, pois estava a falar apenas em sentido figurado e metafórico (assim como condicional), evidentemente...
"Não é lá muito cristão", de facto, no entanto o próprio Jesus Cristo fê-lo, mais radicalmente ainda, se calhar também para nos dar o bom exemplo, até nisso mesmo, tal como os Santos em geral... Que santa inveja deles tenho!

Só lamento profundamente, para além do mais que já disse, e do muito que ficou ainda por dizer, que óptimos locutores, como a senhora Marques Vidal e o José Candeias - veteranos, idóneos e consagrados! - tenham sido preteridos a favor de outros realmente pouco ou nada competentes, como uma tal Dina Isabel, ou, pior ainda, uma novata e pirosa Marta Ventura, etc./etc.!
(Cala-te boca, até porque na televisão ainda é muito pior, e ninguém responsável faz nada!)...

E um "assistente religioso", como o Pe. Peter Stilwell, de tão vanguardista/modernista que é (género Frei Bento Domingues), e que tanto criticou negativamente - também ele, assim como muitos outros padres e alguns bispos!? - a eleição de Sua Santidade Bento XVI, nunca deveria ocupar tal cargo, por mais religioso que seja/pareça, e muito menos a direcção da Faculdade de Teologia de Lisboa...

E assim vai a Rádio - e muito pior ainda a Televisão! -, a "Emissora CATÓLICA Portuguesa" que herdámos!
Até nisso somos péssimos, tal como na política que temos e na sociedade em geral que merecemos! Somos mesmo "caudilhos"/terceiro-mundistas da Eurolândia! Abrenúncio!...
Não, não tenho vergonha de ser português, tenho é desgosto de viver num país assim, tão cheio de corrupção/degradação em quase todos os sentidos (até mesmo cristãmente!), uma péssima fotocópia das nações estrangeiras/laicistas/ateias, um vergonha para os nossos muitos Santos e Heróis!...


DEUS SUPER OMNIA!

Saudações cristãs e fraternais.

Avlis


P. S.: Por favor, Tilleul, não me trates por "senhor", sob pena de ter de retribuir-te na mesma moeda (que esta não é de César, podes crer) :)... Desculpa escrever-te assim informalmente - condicionalmente, claro.

Sugestões aos Bispos de Portugal
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 28 de June de 2005 11:26

Há uma série de coisas que referes que receio não ter tempo para responder a tudo mas vou tentar.

Acho que não é bom exemplo referir a Antena 1 como uma rádio sem publicidade pois é um organismo público (supostamente de serviço público) que não necessita de publicidade. Felizmente vivemos num estado que separa o poder temporal do poder Eterno "A César o que é de César" e "O meu Reino não é deste mundo.". Sendo assim, a Igreja não tem verbas suficientes para sustentar um buraco financeiro como RR, por isso o dinheiro têm que vir de algum lado.

Concordo que devia ser dado mais tempo à espiritualidade mas não é com transmissões do terço ou da Santa Missa, o que existe já é mais que suficiente. Reinventem o conceito de rádio católica, façam a cobertura jornalística de mais eventos religiosos tipo Mariapolis, Fátima Jovem, Festivais da Canção diocesanos, orações em directo de alguns conventos (há uma rádio alemã que faz a transmissão das orações de Taizé de Sábado à noite às 20h30), debates sobre temas da actualidade e religiosidade (adorava ouvir um debate entre o Frei Bento Domingues e o Padre João Seabra).

Quanto aos nomes que referiu, sem entrar em juízos de valor ou considerações sobre as pessoas e o seu trabalho, penso que é sempre bom a renovação dos quadros e não ter medo da juventude, que mesmo sendo inexperiente não consagrada podem vir a revelar-se excelentes valores. Ser novato não é um defeito é uma fase da vida e quanto ao ser pirosa acho que não fica nada bem tecer esse tipo de avaliações... a caridade acima de tudo! E como nenhum de nós é santo abstenhamo-nos de desempenhar esse papel de críticos e deixemos esse papel para as revistas cor-de rosa e para quem as quer e gosta de ler.

Quanto ao assistente religioso, do pouco que conheço, tenho-o em alta estima e consideração até porque sempre esteve na vanguarda do ecumenismo e comunhão fraterna entre todos os cristãos em particular e do mundo em geral, seguindo o exemplo do Santo Karol Wojtyla.

Ser vanguardista e modernista não são defeitos, são formas de estar na vida da mesma forma que se é conservador ou tradicionalista, mas são estas duas formas de estar na vida em confronto que fazem o mundo ter os seus avanços e recuos. Lembro-me que o Irmão Roger foi considerado por muitos um protestante vanguardista e perigoso e no funeral do S.S. João Paulo II foi o primeiro a comungar (relembro ele é, e sublinho é, protestante) na Praça de S. Pedro, em directo para todo o mundo. Eu também tive muito medo do S.S. Bento XVI mas é com grande júbilo que vejo que me enganei e que o Santo Padre caminha confiante, guiando a Igreja para uma comunhão que se quer cada vez mais plena.

Quanto ao Frei Bento Domingues, de quem tenho não só amizade, respeito e admiração, é um homem de fé profunda e um místico que daqui a uns anos será recordado. Lembro aqui que ouve outros, que pelo avanço das suas ideias foram erradamente julgados pelas hierarquias do seu tempo, S. Francisco de Assis, S. Inácio de Loyola e muitos mais.

Quanto ao nosso presente não é mais fruto da nossa herança genética de desgoverno em que aproveitávamos as riquezas das terras do ultramar para fazer monumentos (vide Convento de Mafra), igrejas em excesso (vide Santarém) em vez de apostarmos no desenvolvimento da sociedade como fizeram países com uma visão mais laicicista do mundo. Sim, tenho a certeza que em muitos destes países se vivem graves crises de fé, moral e orientação mas há tentativas de ir em frente.

Voltando à Rádio Renascença, que é o que interessa aqui, vai levar o seu tempo até que esta se actualize e se renove, mas a RR não é mais que o espelho da nossa Igreja a precisar urgentemente de renovação e que se encha do espírito do Vaticano II que em muitas das nossas dioceses, vigararias e paróquias conrinua longe.

Continua a enviar as tuas análises porque sem dúvida são um grande contributo (mesmo que não concorde com muitas das tuas opiniões) para uma discussão e uma maior visibilidade dos caminhos que devemos ou não seguir.

Em comunhão

Re: Sugestões aos Bispos de Portugal
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 28 de June de 2005 13:04

Caro Tilleul:

Bem-hajas pela tua participação.

Aproveito para deixar aqui uma pequena correcção. Tanto quanto sei, o Ir. Roger Schutz era protestante, mas reconciliou-se com a Igreja Católica. Creio que isso aconteceu há muito, mas nunca se fez publicidade desse facto, para que isso não prejudicasse o carácter ecuménico de Taizé. Obviamente, se o Ir. Roger recebeu a comunhão do Cardeal Ratzinger, o autor principal da «Dominus Iesus» não iria dar um «mau exemplo» dando a comunhão a quem não está em plena comunhão com a Igreja.

A seguir deixo uma breve notícia em espanhol sobre o assunto.

Alef


Citação:
Roger de Taizé


El mismo cardenal Joseph Ratzinger le dio la comunión justo cuando enfocaban las cámaras de televisión. A partir de ese momento, los comentarios fueron extendiéndose, en la convicción de que acababa de producirse “una noticia de alcance”.

No se había confirmado nunca, pero circulaba desde hacía tiempo el rumor de que el Hermano Roger se había hecho católico. El hecho de que no se haya hecho público antes esa conversión tendría que ver, según fuentes no oficiales, con una petición del propio Juan Pablo II cuando visitó Taizé a finales de los años 80.

En aquella estancia, al parecer, Roger habría comunicado al pontífice su intención de hacerse católico, pero el propio Papa le habría pedido que no hiciese pública su condición de católico para fortalecer, desde su posición de máximo responsable, la importante labor ecuménica de su comunidad.

Taizé recibió elogios de Juan Pablo II cuando estuvo en el pequeño pueblo francés que alberga la comunidad.

Se palpó entonces una sintonía interpretada desde todo el mundo como uno de los numerosos gestos, protagonizados por el Papa, de acercamiento a las otras confesiones cristianas. En cualquier caso, se trata de una conversión personal que no ha alterado nunca la pluralidad de los monjes que custodian el gran templo ecuménico del este de Francia, donde unos son católicos y otros protestantes.

Aunque no hay ortodoxos, también son acogidos estos cristianos en los sucesivos encuentros de oración que se organizan.

Autor: Mª Victoria Giménez
«Catholic.net», 14/04/2005


Sugestões aos Bispos de Portugal
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 28 de June de 2005 14:19

Caro Alef,

Estive 2 anos em Taizé, fazendo o acolhimento a milhares de peregrinos que passavam por lá e todos se diz o mesmo, "Roger Shutz, um jovem pastor protestante...", embora ele prefira não dizer a parte do pastor porque na realidade nunca exerceu.

É sabido que em tempos o Ir. Roger pensou em converter-se ao catolicismo mas tal facto foi deveras desaconselhado pelo Papa João Paulo II tendo em conta o carácter ecuménico e de sentido "quase parábola" que a comunidade tenta viver.

Há, na verdade, um irmão não tão conhecido do público em geral mas largamente reconhecido pelos meios académicos (Ir. Max Thurian), que no final da sua vida se converteu ao catolicismo mas este facto deixou uma grande mágoa em muita gente.

A comunhão católica é dada a todos os que assim quiserem em Taizé, nos Encontros Europeus porque ninguém anda a perguntar "tu és o quê?".

O que deve ser dado enfoque é na questão da comunhão, sem deixar ser protestante e nunca negando a sua tradição evangélica, o Irmão Roger e a sua comunidade, estão em comunhão com o Bispo de Roma.

Claro que para as alas conservadoras e "aglutinantes" da Igreja católica, o gesto da comunhão do Ir. Roger só podia ser visto como o reconhecer que estava errado e converter-se e jamais poderia ser considerado como um acto de reconhecimento mutúo de ambas as partes.

Cada vez mais me apercebo que o ecumenismo se faz pela calada da noite, nos gestos ignorantes dos crentes, até que um dia já não há mais volta a dar e fazemos todos parte do Corpo Místico de Jesus.

Em comunhão
Em comunhão


Re: Sugestões aos Bispos de Portugal
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 28 de June de 2005 15:34

o Ir. Roger Schutz é protestante.

Re: Sugestões aos Bispos de Portugal
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 28 de June de 2005 15:35

Caro Tilleul:

1. Não vou insistir no que já disse. Falei-te do que «sabia», corroborado por notícias recentes. Apenas me parece que não teria muito sentido ver o Ir. Roger comungar publicamente das mãos do Cardeal Ratzinger, se não estivesse em plena comunhão com a Igreja Católica. Seria um precedente de enormes consequências, contraditório com um dos pontos que o Cardeal Ratzinger fez questão de acentuar.

Parece-me útil uma precisão terminológica: não é de todo correcto falar de «conversão à Igreja Católica» quando se trata de um cristão protestante que se torna católico. É mais acertado falar em «reconciliação com a Igreja Católica». Os protestantes que se reconciliam com a Igreja Católica não são baptizados de novo, mas são «recebidos» em plena comunhão na comunidade cristã.

No que diz respeito à tua visão ecuménica, estou de acordo quanto aos princípios: também eu creio que é possível viver em comunhão sem ter que negar uma determinada tradição, seja ela luterana, calvinista ou outra.

Há um pluralismo necessário na Igreja, mesmo dentro da teologia católica. Há elementos «transversais» que atravessam teologias protestantes e católicas a tal ponto que há certos protestantes que em muitos aspectos estão mais próximos de muitos católicos que de outros protestantes, acontecendo o mesmo com alguns católicos. Ocorre-me pensar que, por exemplo, o católico Urs von Balthasar (1905-1988) está em muitos temas mais próximo do protestante Karl Barth (1886-1968) do que do católico Karl Rahner (1904-1984) e o protestante Wolfhart Pannenberg (nascido em 1928) está mais próximo de uma boa parte de católicos que (possivelmente) da maioria dos protestantes...

Creio que com o tempo se irá recuperando uma sã pluralidade, mais visível noutros tempos, como é o caso dos primeiros séculos. Para isso será necessário centrarmo-nos no essencial. Muitas das divisões acontecem por se prestar demasiada atenção ao acessório...

Não será que a diatribe contra a RR não é precisamente isso, o fixar-se no acessório? Eu creio que sim. Mas, quando nos esquecemos do essencial e nos faltam horizontes mais vastos, ficamo-nos por aquilo que Richard Niebuhr chama a «substituting religion»...





2. E porque o tópico diz respeito a sugestões aos bispos de Portugal, deixo aqui uma sugestão, que parte de uma preocupação que tenho...

Em vez de priorizar o discurso CONTRA a televisão ou CONTRA a RR, é necessário fazer tudo para que as pessoas se formem e saibam julgar por si mesmas e escolher segundo critérios evangélicos. Isso, sim, é um grande serviço à Igreja. Não é por as pessoas terem uma televisão mais censurada ou uma rádio católica mais «piedosa» que teremos melhores católicos...

Parece-me que nos últimos decénios uma das áreas que mais evoluiu na Igreja em Portugal foi a catequese às crianças... Falta agora estender este avanço para a formação de adultos. E assim formulo a minha sugestão.

É necessário um grande esforço para que nas paróquias se formem grupos bíblicos, grupos de oração e/outros grupos (grupos de casais, por exemplo). Parece-me que só os bispos podem impulsionar verdadeiramente isto, já que vejo muitos párocos reticentes, pelo muito trabalho que têm e, sobretudo, pela falta de entusiasmo. Impressiona-me ver como muitos párocos desviam este tema para canto... A Igreja não tem futuro com uma mera «pastoral da manutenção sacramental»...

Muitas paróquias denotam uma enorme carência de «energia positiva»... Há umas quantas Eucaristias, umas novenas, uns terços, as Primeiras Sextas-Feiras, os Primeiros Sábados e umas festas aos santos patronos... E vive-se do «de sempre», com homilias a queixarem-se dos jovens que passam o tempo na discoteca e por aí fora... E, além da catequese e talvez de um grupo de escuteiros, não há qualquer estrutura formativa na paróquia para adultos... Que cinzentismo!

Ora, pela positiva, será na medida em que os leigos das paróquias crescerem na sua formação, com um contacto mais próximo e rezado da Bíblia e das fontes da espiritualidade, que teremos uma Igreja mais viva e não será preciso que os bispos andem feitos «profetas da desgraça» a vociferar contra os males do século...

Um dos «lugares comuns» mais repetidos é o da «Nova Evangelização», mas temo que este não passe de mais um «slogan» vazio... Parece-me que muitos se esqueceram do adjectivo «nova», pensando que se trata apenas de «mais do mesmo», porque reduzem «evangelização» a um mero «novo fervor piedoso» (ou pietista)... Que adiantam Congressos, cartazes e «slogans», se isso não passar por acções concretas nas paróquias? Que tem sido feito de concreto nas paróquias pela formação de leigos?

Se a estratégia continuar a ser «preservar do mal» em vez de «oferecer critérios de vida», teremos uma Igreja de «menorizados» e «clerical», que é ainda um dos males da nossa Igreja.

Alef

Sugestões aos Bispos de Portugal
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 28 de June de 2005 16:11

Alef,

Quanto ao assunto Ir. Roger posso tentar falar com um dos irmãos da comunidade mas ou muito me iria surpreender dando-te razão ou então acho mesmo que aquele gesto deveria ter mais repercussões.

Um à parte, vai a Taizé e verás muitos protestantes a comungarem...

Quanto às ideias que recomendas aos Senhores Bispos, sem dúvida alguma que neste momento que o que mexe dentro das paróquias são os movimentos. Não há cerimónia de gala paroquial ou diocesana que não conte com o já tradicional Agrupamento de Escuteiros (sem considerações ao catolicismo de muitos agrupamentos, mas isto são outras histórias); não há vida durante a semana nas paróquias sem os Cursos de Cristandade ou o Renovamento Carismático; que fazer contra o marasmo da falta de motivação para a acção social senão for as já velhinhas Congregações S. Vicente Paulo; não falando nos Focolares e a sua acção muitas vezes silenciosa ou silenciada conforme as prespectivas, os Neo Catecúmenos e a sua adesão radical e por aí fora. E muitos mais movimentos e grupos de jovens e não tão jovens é que fazem andar e marcam o ritmo da vida paroquial.

Mas sejamos sinceros, honestos e sejamos como as crianças e olhemos as coisas com simplicidade, será que culpa é só dos padres e dos bispos ou será que não há aqui uma questão de fundo muito mais pertinente... até que ponto o formato de paróquias continua válido?

Aí está o que seria um bom tema para o forúm...

Será que o sistema de paróquias continua a ser o mais certo para a nossa sociedade deslocada, apressada e laicizada?

Bem sei que mudar um modelo que têm a idade da própria igreja não é fácil mas se são sugestões e ideias que se quer dar aqui fica uma para nós irmos pensando.

Em comunhão

Re: Sugestões aos Bispos de Portugal
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 28 de June de 2005 16:15

Caro Tilleul:

«Tiraste-me as palavras da boca», no que dizes sobre o «formato das paróquias»... Há muito que tenciono lançar este tópico...

Talvez seja ainda hoje, se alguém não lançar antes...

Alef

Sugestões aos Bispos de Portugal
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 28 de June de 2005 16:30

Caro Alef,

Por reconhecida falta de talento agradecia que fizesses então o favor de fazeres uma pequena introdução para um tópico sobre este assunto.

Em comunhão

Re: Sugestões aos Bispos de Portugal
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 30 de June de 2005 22:06

Tilleul


Bem-vindo!

Obrigada pelas tuas intervenções. Não deixes de participar

É sempre enriquecedor.



Tb em comunhão

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