Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Arquivo - Geral

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
São Paulo: Vida e Conversão
Escrito por: ISRAEL (IP registado)
Data: 06 de March de 2002 21:49

Paulo nasceu nos primeiros anos da Era Cristã, em Tarso da Cilícia. Tinha um nome judeu, Saulo e outro romano, Paulo, pelo qual ficou mais bem conhecido. Recebeu formação nas Sagradas Escrituras em Jerusalém. Foi discípulo de Gamaliel e um fariseu fervoroso.

Na Bíblia, Paulo aparece no 7º capítulo do livro Atos dos Apóstolos, guardando as vestes do diácono Estêvão, que foi apedrejado, concordando, portanto, com o crime. Depois disso, empreendeu forte perseguição aos cristãos. Sua conversão aparece no 9º capítulo. Ele se dirigia a Damasco quando Jesus ressuscitado o derruba do cavalo e o conduz, cego, àquela cidade. Lá, foi preparado para o Batismo pelo sacerdote Ananias. Batizado, foi para o deserto da Arábia, onde orou e fez penitência por três anos.

Regressando a Jerusalém, sofreu a desconfiança dos que não acreditavam na sua repentina conversão. Partindo de Antioquia na Síria, fez três grandes viagens missionárias, ao longo de 25 anos.
Ficou preso dois anos em Cesaréia. Foi para Roma e conseguiu relativa liberdade para receber os cristãos e converter os pagãos. Inocentado, foi para a Espanha, visitou suas comunidades no Oriente e foi preso novamente em Roma por Nero, no ano de 67, sob a acusação de seguir uma religião ilegal. Por ser romano, não foi crucificado, mas morreu decapitado.

Seu papel na Igreja primitiva foi importantíssimo. Nas cartas que escreveu às comunidades que fundou, mostrou-se o grande teólogo empenhado em elaborar uma síntese do mistério cristão que atravessasse os tempos. Seus documentos continham verdadeiras preciosidades, valiosas regras de vida completamente atemporais, que jamais perderão seu significado. Seus ensinamentos, se praticados, garantiriam harmonia em qualquer sociedade, em qualquer época. Passando de perseguidor de cristãos a apóstolo, sua conversão foi muito poderosa. Devemos rezar para que consigamos imitá-la, buscando sempre mais conhecer a Jesus para pregarmos com fervor o Evangelho. Como Paulo disse, "ai de mim se não evangelizar" (I Cor 9, 16).

Adaptado do livro O Santo do Dia, de Dom Servilio Conti, I.M.C.

Re: São Paulo: Vida e Conversão
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 07 de March de 2002 00:43

Olá Israel,

Não tive tempo para ler os artigos que colocaste neste fórum, mas assim de repente queria-te perguntar, aonde no livro dos Actos dos Apóstolos se diz que Saulo, ou Paulo, caiu dum cavalo?

Lugo

Re: São Paulo: Vida e Conversão
Escrito por: Nuno Sousa (IP registado)
Data: 07 de March de 2002 01:43

Luís Gonzaga:

Aqui está a resposta à tua pergunta:

"Caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?" (Act 9,4)

Re: São Paulo: Vida e Conversão
Escrito por: x (IP registado)
Data: 07 de March de 2002 14:22

"Caiu por terra" não quer dizer necessariamente cair de um cavalo. O
texto não menciona cavalo nenhum.

> Batizado, foi para o deserto da Arábia, onde orou e fez penitência por
> três anos.

Está outra vez a inventar.

> Inocentado, foi para a Espanha,

Está outra vez a inventar.

> visitou suas comunidades no Oriente e foi preso novamente em Roma
> por Nero, no ano de 67, sob a acusação de seguir uma religião ilegal.
> Por ser romano, não foi crucificado, mas morreu decapitado.

Está outra vez a inventar, ou a repetir historinhas duvidosas.

Re: São Paulo: Vida e Conversão
Escrito por: Lugo (IP registado)
Data: 07 de March de 2002 15:30

"Cair por terra" não significa cair dum cavalo, bastaria ir a andar a pé e poder-se-ia empregar a mesma expressão.

Lugo

Re: São Paulo: Vida e Conversão
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 07 de March de 2002 15:40

Bem, não conheço a história de Paulo nem sei se o autor desse livro sabia realmente do que estava a dizer e em que é que se baseou para dizer isso...

De qualquer forma, acho que precisamos urgentemente de sacerdotes ou estudiosos aqui no fórum a comentar o que aqui se coloca de dúvidas doutrinais e históricas, respondendo de forma assegurada às questões duvidosas que cada vez mais proliferam por este fórum...

João

Re: São Paulo: Vida e Conversão
Escrito por: x (IP registado)
Data: 07 de March de 2002 18:15

Onde pára o Diácono Remédios quando precisamos dele?

:-)

Re: São Paulo: Vida e Conversão
Escrito por: ISRAEL (IP registado)
Data: 07 de March de 2002 19:54

Que meios, usava Paulo, para preseguir os cristãos novos:

A pé de cidade em cidade?
Num mercedes fabricado no ano 2002?
Boeing 747?
ou a cavalo?

Escolhe uma das 4 opcões, envia a resposta, para que eu aprenda mais um pouco. Não te esqueças, da época em que ele viveu e que meios de transporte existiam.

Israel

Re: São Paulo: Vida e Conversão
Escrito por: x (IP registado)
Data: 07 de March de 2002 20:00

"Israel" escreveu:

> Que meios, usava Paulo, para preseguir os cristãos novos:

Vossa excelência disse que Paulo caiu do cavalo. Mostre o texto que diz
isso. Ainda não vi nada.

> A pé de cidade em cidade?

Se acha que ele andava de cavalo, mostre o versículo que diz isso.

Se você não conseguir encontrar o versículo, então deve reconhecer que
você estava a inventar.

Re: São Paulo: Vida e Conversão
Escrito por: ISRAEL (IP registado)
Data: 07 de March de 2002 22:34

Possivelmente, Paulo também comia e bebia, vestia-se, tinha amigos, familia, gostos, desgostos. Aonde está tudo isto escrito na escritura?

Você, é como as TJ, não celebram o aniversário de Jesus, porque na escritura não vem escrito que Jesus festejava ou tenha mandado festejar.

O objectivo de quem organizou a escritura, não é o de mostrar como Paulo vivia ou como ele viajava de um lado para outro. A biblia revela a salvação e nada mais. Os cavalos que Paulo tinha ou usava, não são importantes para a salvação dos homens, por isso não aparecem na escritura. Os judeus, têm outros livros complementares e oficias que provam, que Paulo e outros oficias, quando ia em missão contra os cristãos novos, iam a cavalo.

Re: São Paulo: Vida e Conversão
Escrito por: Lugo (IP registado)
Data: 07 de March de 2002 22:42

Estás a afirmar que o que parece é! Isto é, como na altura os meios de transporte se resumiam a cavalos, burros e camelos (ou a pé), tudo aponta para que fosse a cavalo...

Não digo que ele não fosse a cavalo, mas seguindo a escritura, ninguém pode afirmar que ele ia de facto a cavalo! Ou podemos? Inventando, talvez.

Lugo

Re: São Paulo: Vida e Conversão
Escrito por: Tozé Monteiro (IP registado)
Data: 08 de March de 2002 00:37

Sinceramente, pouco me importa o cavalo de S. Paulo...

Dele o que me importa são frases como "ubi caritas et amore deus ibi est"

Re: São Paulo: Vida e Conversão
Escrito por: Nuno Sousa (IP registado)
Data: 08 de March de 2002 01:25

Desculpem a minha observação.
O mais importante aqui, é a conversão de S.Paulo. E qualquer que seja a conversao, passa por um "cair por terra".

Agora se S.Paulo ia de carroça, de elefante ou sentado num protótipo, isso quanto a mim é irrelevante.
Se era de noite, se era de manha...se eram 3 da tarde ou 8 da noite isso não é o primordial. Aqui o que está em questão é "Vida e conversão"

Não misturemos o essencial - a conversao / o cair por terra - com o secundário.

Eu não sou teologo, portanto peço desculpa por não conseguir fundamentar a ideia da caminhada no cavalo, mas já constatei em estudos e livros por teologos de nome, nomeadamente o espanhol Ignacio Larragana, que nos explicavam toda a sua conversão.

Nuno Sousa

Re: São Paulo: Vida e Conversão
Escrito por: Rui Oliveira (IP registado)
Data: 17 de March de 2002 01:04

MAIS UMA ACHA PARA PAULO DE TARSO

Os primeiros anos
e alguns dados pessoais de Paulo de Tarso

Quanto à data de nascimento de Paulo não há consenso, no entanto é aceite, por muitos estudiosos, que deverá ter ocorrido durante a primeira década da era cristã, talvez, meia dúzia de anos depois de Jesus. Este dado está em conformi-dade com a descrição que Lucas faz de «um jovem chamado Saulo» aos pés do qual as testemunhas deixaram os seus mantos, aquando da lapidação de Estêvão (cerca do ano 36).
Sabemos ainda pela própria boca de Paulo que pertencia a uma família ju-dia da diáspora, da tribo de Benjamim, filho de um próspero e influente comerci-ante e fabricante de tendas da cidade de Tarso – que lhe proporcionou a cidada-nia romana – e que foi «educado nesta cidade, formado na escola de Gamaliel, seguindo a linha mais escrupulosa dos antepassados» (Act 22,3). Mais tarde, por volta dos 13 anos, terá passado a residir em Jerusalém (Act 26,4), provavelmente em casa de uma irmã e com um sobrinho (Act 23,16), chegando, nesta cidade, a ocupar lugares de importância junto da autoridade religiosa do Templo.
Embora a sua cidade natal fosse, nessa altura, um centro urbano de grande importância, podendo mesmo comparar-se a Alexandria e Atenas , pela sua vida cultural, onde floresciam diversas escolas e correntes filosóficas, alimentadas por uma colónia grega numerosa, não é de crer que Paulo as tenha frequentado, de-vido ao facto de ser vedado a um judeu de estrita observância, a convivência mui-to próxima com os pagãos, e não ser próprio da cultura judaica, ao contrário da grega, o desprezo pelo trabalho manual, prática que Paulo demonstrou prezar e de que se serviu para angariar o seu sustento e não ser pesado às comunidades por onde passava . Este aspecto também pesará, mais tarde, nas divergências de interpretação evangélica com a igreja-mãe de Jerusalém.
Paulo é apontado, pelos seus estudiosos, como um homem decidido de per-sonalidade muito forte e dominante, características estas, aliás, bem atestadas nos seus escritos e nos relatos de Lucas, que passou a acompanhá-lo, a partir da segunda viagem, desde a cidade de Trôade.
Terão sido estas características pessoais, aliadas à sua formação farisaica, que determinaram os seus posteriores comportamentos de agente voluntarioso, defensor da autoridade do Templo, que cumpria e fazia cumprir a Lei de Moisés. Paulo era um zeloso, e o seu coração parecia mais dado ao cumprimento do que à compreensão.
Notabilizou-se, logo a seguir ao martírio de Estêvão, pela sua ferocidade na perseguição dos seguidores de Cristo, «prendendo e lançando na prisão homens e mulheres» (Act 22, 4).
É numa acção destas que o vamos encontrar na Estrada de Damasco, muni-do das devidas credenciais do Sumo Sacerdote de Jerusalém, para, naquela cida-de, percorrer todas as ruas, ruelas, travessas e becos, esquadrinhar todos os re-cantos, descobrindo, arrastando e prendendo o maior número possível de mem-bros dessa seita judaica, seguidora do crucificado Jesus de Nazaré, que tantos transtornos estava a causar ao Povo de Israel, ameaçando, com os seus ensina-mentos, a paz comprometida com a tradição e os costumes, que, apesar de ser um povo submetido, via, mesmo assim, as suas práticas religiosas, toleradas pelo ocupante romano.


Conversão a Cristo

A deslocação de Jerusalém a Damasco, naquela época, era uma caminhada para alguns dias de viagem. Desconhece-se o percurso seguido por Paulo até à Sí-ria, mas quer tenha atravessado a Samaria e Galileia, ou a Decápole, pela Trans-jordânia, o percurso era longo e penoso, com tempo suficiente para reflectir sobre os últimos acontecimentos em Jerusalém, e passar pela memória todo aquele es-pectáculo de lágrimas, dor e sofrimento suportado de forma heróica pelas vítimas da sua acção: homens e mulheres, novos e velhos arrancados de suas casas às famílias e enfiados nos calabouços. Sob a capa de tão violento destempero, possi-velmente estava escondida uma reserva de humanidade, que transbordou na evo-cação desses acontecimentos. Ter-se-á formulado, então, ao seu espírito aquela incómoda e persistente pergunta: «Saulo, Saulo, porque me persegues?». O incó-modo provocado por uma dúvida que, a pouco e pouco, se foi instalando na alma de Paulo, talvez perturbada pelo remorso de tanta violência, terá contribuído para um desfecho impensável e inacreditável. Lucas refere-se-lhe como «uma luz que vinha do Céu» (Act 9,3); Paulo diz apenas «Ele [Deus] resolveu revelar em mim o seu Filho, para que eu O anunciasse entre os pagãos» (Gl 1,15-16).
Tudo o que aconteceu, a partir daqui, é o que conhecemos como o anúncio do Evangelho do Apóstolo das Gentes, semeado de outros sacrifícios, outras perse-guições e outras violências, mas de sentido inverso: o perseguidor transformado em perseguido; o dedicado acusado de impostor; o esclarecido apontado como ig-norante; num combate muito doloroso e sem tréguas, a maior parte das vezes provocado e sustentado pelos próprios irmãos na fé, como ele denuncia no texto seguinte: «São hebreus? Eu também. São israelitas? Eu Também. São descenden-tes de Abraão? Eu também. São ministros de Cristo? Falo como louco [= agindo como um louco por esta causa]: eu sou-o muito mais.» (2Co 11,22-23). E nos versí-culos seguintes fundamenta a que ponto chegou a sua loucura por Cristo, enume-rando todos os perigos, perseguições e sevícias sofridas.



Desculpe, não tem permissão para escrever ou responder neste fórum.

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.