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Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 18 de April de 2005 10:37

Comentando as posições de Hans Kung:
"As conversas francas com pastores e fiéis nas vossas dioceses ter-vos-ão deixado conscientes que o estado interno da nossa igreja é pior do que era há trinta anos."
Discordo.
Considero que a Igreja está mais consciente dos seus deveres e das suas falhas do que estava há 30 anos. Apesar de ainda existir algum autismo por parte de uma certa hierarquia, a consciência global e a prática cristã entre os crentes é bem mais aprofundada.
As falhas que existem são até positivas para um amadurecimento da Igreja.

Um Papa harmonizado com o Evangelho - Concordo, mas é um pleonasmo (como podia ser diferente????)
"Apesar de todo o seu discurso e viagens, o Papa Wojtyla não conseguiu afirmar os seus pontos de vista rigorosos, em especial na moralidade sexual e marital. Tiveram a oposição da esmagadora maioria dos católicos e dos Parlamentos nacionais"
Não há pontos de vista do Papa "rigorosos". Há, nessa matéria os pontos de vista de Karol Woytila, que são conservadores e próprios de tempos e locais onde se criou.
De todo modo os pontos de vista dele não são muito diferentes dos do Magistério da Igreja porque o 2º Concílio do Vaticano nunca chegou à moral sexual e familiar.
Os pontos de vista da Igreja (que não são os do Magistério da Igreja) sobre esta matéria encontram-se perfeitamente identificados e "solucionados" por aquele que considero um "profeta" da moral, Bernard Haring.

"As fileiras de sacerdotes reduzem-se e há poucos recém-chegados para as preencher"
Os sacerdotes não são chamados à sua vocação pelo Espírito Santo?
E o Espírito Santo não vela pela sua Igreja?
Ou não acreditamos no Espírito Santo, ou temos de acreditar que ele anda a dizer alguma coisa que os Bispos não querem ouvir.
Quantos sacerdotes existirão no mundo que estão suspensos por se terem casado?
Alguém tem números?

Um bispo colegial - De acordo. É aplicar o 2ª Concílio do Vaticano. Não é preciso inventar nada.

Um pastor favorável às mulheres - De acordo. Ainda ontem ao ouvir a parábola do Bom Pastor, não ouvi diferenciar as ovelhas entre fêmeas e machos. Mas se calhar estive desatento...

Um mediador ecuménico
Aí já não me parece tudo tão simples. Concordo que não foram dados todos os passos possíveis. Terminar o jubileu do Ano 2000 sem a reconciliação com os ortodoxos foi medo e falta de Fé, de ambas as partes.
O Walter Kasper está no bom caminho. Deixem-no trabalhar...

Um garante da liberdade e abertura na igreja
É o caminho a seguir. A Igreja deve tender a falar para "os homens de boa vontade".

Conclusão: Para o 3º Concílio do Vaticano rapidamente e em força. De acordo.

Se me é permitida mais uma sugestão, prefiram um Papa que da Páscoa ressalte a Ressurreição em detrimento da Paixão.
Confesso que estou farto de sacerdotes que estão sempre com cara de sexta-feira santa... (aquela cara que vemos nalguns comungantes que parecem estar no corredor da morte quando vão comungar).

João (JMA)

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 18 de April de 2005 11:46

È uma resposta Incoerente e muito típica.. è difícil abdicar do poder.

Mas é tão ienevitável a aceitação do Sacerdócio das MUlheres como o reconhecimento de que Galileu estava certo e que a Terra não é o centro do mundo.

Para pedir perdão a Galileu e reconhecer a bondade da Ciencia Moderna, a Igreja Demorou 500 anos.

Para uma plena aceitação da dignidade da MUlhere e aceitação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Igreja já demorou 2005 anos.

Parece que chega.

È algo de absolutamente inevitável na História da Igreja. Tão inevitável como reconhecer que Galileu tinha razão.

Mesmo que este papa seja um hiperconservador, os papados duram apenas de alguns meses a alguns anos.






Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 18 de April de 2005 11:53

Caro Pedro B....

acreditas mesmo que era literal o que esse bispo disse? Por favor... isso é (pelo menos) um pouco (lol) machista não?

Abraço

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 18 de April de 2005 11:59

Caro JMA:
Sobre a questão da falta de Pdres:


O Cardeal Godfried Danneels, da Bélgica, declarou que, sem um aumento das vocações sacerdotais na Europa, os católicos estarão privados dos sacramentos. Em entrevista concedida ao semanário inglês, Catholic Times, ele salienta que na Bélgica, «nós atingimos um nível muito baixo. Tão baixo como na Holanda, na Suíça, França e até na Alemanha! »
Os recentes levantamentos estatísticos do Vaticano não apresentam nenhum sinal de esperança. O Anuário Pontifício 2001 revelou que de 1998 a 1999 o número de católicos no mundo tinha aumentado para 16 milhões (1,6%), enquanto que o número de padres aumentou somente de 383 (0,09%). O número de seminaristas aumentou muito pouco (0,7%), cifra a ser comparada com a do aumento dos católicos de 1,6%).
Nos Estados Unidos, há mais padres com idade superior a 90 anos que menos de 30 anos, conforme recente estudo feito pelos bispos americanos.
As estatísticas do Vaticano mostram também que, entre as 3.860.000 pessoas que trabalham para a Igreja, 2.440.000 são catequistas leigos.
No Brasil, o maior país católico do mundo, a crise também é expressiva. Em 1970, o País contava com um padre para cada grupo de 7.114 habitantes. Hoje, a relação é de um padre por 10.320 habitantes. Segundo dados da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pelo menos 38 padres abandonam o sacerdócio anualmente. Há, inclusive o Movimento Nacional de Padres Casados (MPC), com quatro mil filiados. No mundo, os padres casados são mais de 100 mil.
Hoje há 1 bilhão e 380 milhões de católicos no mundo, mas somente 405.000 padres, a maior parte dos quais bastante idosos.
Ainda sobre este tema:
[www.vaticanradio.org]

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 18 de April de 2005 12:28

cara catolicapraticante,

Com os teus números vou colocar duas hipóteses:

1 - Se existem em todo o mundo 405.000 padres e destes mais de 100.000 são casados - impedidos de exercer as suas funções de sacerdotes - a falta reside desde já no facto de um cada quatro padres estarem suspensos;

2 - Se os 100.000 forem para além dos 405.000 temos que a proporção é um em cinco.

Em qualquer dos casos se estes mais de 100.000 sacerdotes fossem autorizados a exercer a sua vocação a falta de sacerdotes reduzir-se-ia na mesma proporção.

É mera matemática.

Por outro lado, se considerarmos a abertura do sacerdócio às mulheres, potencialmente existirão semelhante número de candidatos. Aqui já não é mera matemática, mas especulação.

O que faria a Igreja Católica ter em média um sacerdote por cada mil baptizados.

E estão preocupados com a falta de vocações????

Preocupem-se antes em anunciar o Evangelho e em ensinar as pessoas, cumprindo o mandamento que receberam.

Quanto à típica objecção de que nas Igrejas em que o casamento é permitido aos sacerdotes também existem falta de vocações, não me parece que tenha a ver com o sacerdócio em tal caso.

Parece-me isso sim, que a crise de tais Igrejas tem a ver com a falta nelas de um momento como o do 2º Concílio do Vaticano e da religiosidade que faz parte da nossa tradição. Faltam-lhes os Jesuítas, Franciscanos, Doroteias, Dominicanos, Carmelitas, Redentoristas, Dehonianos, Combonianos e muitos outros, e toda a catequese e reflexão teológica que estes verdadeiros santuários e depósitos da Fé proporcionam e divulgam.

E, claro, falta-lhes o Ministério Petrino. (agora o Hans Kung acusar-me-ia de imperialismo romano...)

João (JMA)

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 18 de April de 2005 14:19

Para não dizerem que sou tendencioso ;-) Aqui vai a 'brilhante' homilia de Ratzinger na missa 'pro eligendo pontifice'..

«In quest'ora di grande responsabilità, ascoltiamo con particolare attenzione quanto il Signore ci dice con le sue stesse parole. Dalle tre letture vorrei scegliere solo qualche passo, che ci riguarda direttamente in un momento come questo».

«La prima lettura offre un ritratto profetico della figura del Messia - un ritratto che riceve tutto il suo significato dal momento in cui Gesù legge questo testo nella sinagoga di Nazareth, quando dice: «Oggi si è adempiuta questa scrittura». Al centro del testo profetico troviamo una parola che - almeno a prima vista - appare contraddittoria. Il Messia, parlando di sè, dice di essere mandato «a promulgare l'anno di misericordia del Signore, un giorno di vendetta per il nostro Dio». Ascoltiamo, con gioia, l'annuncio dell'anno di misericordia: la misericordia divina pone un limite al male - ci ha detto il Santo Padre. Gesù Cristo è la misericordia divina in persona: incontrare Cristo significa incontrare la misericordia di Dio. Il mandato di Cristo è divenuto mandato nostro attraverso l'unzione sacerdotale; siamo chiamati a promulgare - non solo a parole ma con la vita, e con i segni efficaci dei sacramenti, »l'anno di misericordia del Signore».
«Quanto più siamo toccati dalla misericordia del Signore, tanto più entriamo in solidarietà con la sua sofferenza - diveniamo disponibili a completare nella nostra carne »quello che manca ai patimenti di Cristo».


Passiamo alla seconda lettura, alla lettera agli Efesini. Qui si tratta in sostanza di tre cose: in primo luogo, dei ministeri e dei carismi nella Chiesa, come doni del Signore risorto ed asceso al cielo; quindi, della maturazione della fede e della conoscenza del Figlio di Dio, come condizione e contenuto dell'unitá nel corpo di Cristo; ed, infine, della comune partecipazione alla crescita del corpo di Cristo, cioè della trasformazione del mondo nella comunione col Signore. Soffermiamoci solo su due punti. Il primo è il cammino verso »la maturitá di Cristo»; così dice, un pò semplificando, il testo italiano. Più precisamente dovremmo, secondo il testo greco, parlare della »misura della pienezza di Cristo», cui siamo chiamati ad arrivare per essere realmente adulti nella fede. Non dovremmo rimanere fanciulli nella fede, in stato di minoritá. E in che cosa consiste l'essere fanciulli nella fede? Risponde San Paolo: significa essere »sballottati dalle onde e portati qua e lá da qualsiasi vento di dottrina?». Una descrizione molto attuale!

«Quanti venti di dottrina abbiamo conosciuto in questi ultimi decenni, quante correnti ideologiche, quante mode del pensiero... La piccola barca del pensiero di molti cristiani è stata non di rado agitata da queste onde - gettata da un estremo all'altro: dal marxismo al liberalismo, fino al libertinismo; dal collettivismo all'individualismo radicale; dall'ateismo ad un vago misticismo religioso; dall'agnosticismo al sincretismo e così via. Ogni giorno nascono nuove sette e si realizza quanto dice San Paolo sull'inganno degli uomini, sull'astuzia che tende a trarre nell'errore.

Avere una fede chiara, secondo il Credo della Chiesa, viene spesso etichettato come fondamentalismo. Mentre il relativismo, cioè il lasciarsi portare »qua e lá da qualsiasi vento di dottrina», appare come l'unico atteggiamento all'altezza dei tempi odierni. Si va costituendo una dittatura del relativismo che non riconosce nulla come definitivo e che lascia come ultima misura solo il proprio io e le sue voglie».

«Noi, invece, abbiamo un'altra misura: il Figlio di Dio, il vero uomo. È lui la misura del vero umanesimo. »Adulta» non è una fede che segue le onde della moda e l'ultima novitá; adulta e matura è una fede profondamente radicata nell'amicizia con Cristo. È quest'amicizia che ci apre a tutto ciò che è buono e ci dona il criterio per discernere tra vero e falso, tra inganno e verità. Questa fede adulta dobbiamo maturare, a questa fede dobbiamo guidare il gregge di Cristo. Ed è questa fede - solo la fede - che crea unitá e si realizza nella caritá. San Paolo ci offre a questo proposito - in contrasto con le continue peripezie di coloro che sono come fanciulli sballottati dalle onde - una bella parola: fare la veritá nella caritá, come formula fondamentale dell'esistenza cristiana. In Cristo, coincidono veritá e caritá. Nella misura in cui ci avviciniamo a Cristo, anche nella nostra vita, veritá e caritá si fondono. La caritá senza verità sarebbe cieca; la verità senza carità sarebbe come »un cembalo che tintinna».

«Veniamo ora al Vangelo, dalla cui ricchezza vorrei estrarre solo due piccole osservazioni. Il Signore ci rivolge queste meravigliose parole: »Non vi chiamo più servi? ma vi ho chiamato amici». Tante volte sentiamo di essere - come è vero - soltanto servi inutili. E, ciò nonostante, il Signore ci chiama amici, ci fa suoi amici, ci dona la sua amicizia. Il Signore definisce l'amicizia in un duplice modo. Non ci sono segreti tra amici: Cristo ci dice tutto quanto ascolta dal Padre; ci dona la sua piena fiducia e, con la fiducia, anche la conoscenza. Ci rivela il suo volto, il suo cuore. Ci mostra la sua tenerezza per noi, il suo amore appassionato che va fino alla follia della croce. Si affida a noi, ci dà il potere di parlare con il suo io: »questo è il mio corpo...», »io ti assolvo...». Affida il suo corpo, la Chiesa, a noi. Affida alle nostre deboli menti, alle nostre deboli mani la sua verità - il mistero del Dio Padre, Figlio e Spirito Santo; il mistero del Dio che »ha tanto amato il mondo da dare il suo Figlio unigenito». Ci ha reso suoi amici - e noi come rispondiamo?».

«Ma cosa vuol dire Isaia quando annuncia il "giorno della vendetta per il nostro Dio"? Gesù, a Nazareth, nella sua lettura del testo profetico, non ha pronunciato queste parole - ha concluso annunciando l'anno della misericordia. È stato forse questo il motivo dello scandalo realizzatosi dopo la sua predica? Non lo sappiamo. In ogni caso il Signore ha offerto il suo commento autentico a queste parole con la morte di croce. "Egli portò i nostri peccati nel suo corpo sul legno della croce?», dice San Pietro. E San Paolo scrive ai Galati: "Cristo ci ha riscattati dalla maledizione della legge, diventando lui stesso maledizione per noi, come sta scritto: Maledetto chi pende dal legno, perchè in Cristo Gesù la benedizione di Abramo passasse alle genti e noi ricevessimo la promessa dello Spirito mediante la fede". La misericordia di Cristo non è una grazia a buon mercato, non suppone la banalizzazione del male. Cristo porta nel suo corpo e sulla sua anima tutto il peso del male, tutta la sua forza distruttiva. Egli brucia e trasforma il male nella sofferenza, nel fuoco del suo amore sofferente. Il giorno della vendetta e l'anno della misericordia coincidono nel mistero pasquale, nel Cristo morto e risorto. Questa è la vendetta di Dio: egli stesso, nella persona del Figlio, soffre per noi».

«Il secondo elemento, con cui Gesù definisce l'amicizia, è la comunione delle volontà. Idem velle - idem nolle», era anche per i Romani la definizione di amicizia. »Voi siete miei amici, se fate ciò che io vi comando». L'amicizia con Cristo coincide con quanto esprime la terza domanda del Padre nostro: »Sia fatta la tua volontà come in cielo così in terra». Nell'ora del Getsemani Gesù ha trasformato la nostra volontà umana ribelle in volontà conforme ed unita alla volontà divina. Ha sofferto tutto il dramma della nostra autonomia - e proprio portando la nostra volontà nelle mani di Dio, ci dona la vera libertà: »Non come voglio io, ma come vuoi tu». In questa comunione delle volontà si realizza la nostra redenzione: essere amici di Gesù, diventare amici di Dio. Quanto più amiamo Gesù, quanto più lo conosciamo, tanto più cresce la nostra vera libertà, cresce la gioia di essere redenti. Grazie Gesù, per la tua amicizia!».

«L'altro elemento del Vangelo - cui volevo accennare - è il discorso di Gesù sul portare frutto: »Vi ho costituito perchè andiate e portiate frutto e il vostro frutto rimanga». Appare qui il dinamismo dell'esistenza del cristiano, dell'apostolo: vi ho costituito perchè andiate? Dobbiamo essere animati da una santa inquietudine: l'inquietudine di portare a tutti il dono della fede, dell'amicizia con Cristo. In verità, l'amore, l'amicizia di Dio ci è stata data perchè arrivi anche agli altri. Abbiamo ricevuto la fede per donarla ad altri - siamo sacerdoti per servire altri. E dobbiamo portare un frutto che rimanga. Tutti gli uomini vogliono lasciare una traccia che rimanga. Ma che cosa rimane? Il denaro no. Anche gli edifici non rimangono; i libri nemmeno. Dopo un certo tempo, più o meno lungo, tutte queste cose scompaiono. L'unica cosa, che rimane in eterno, è l'anima umana, l'uomo creato da Dio per l'eternità. Il frutto che rimane è perciò quanto abbiamo seminato nelle anime umane - l'amore, la conoscenza; il gesto capace di toccare il cuore; la parola che apre l'anima alla gioia del Signore. Allora andiamo e preghiamo il Signore, perchè ci aiuti a portare frutto, un frutto che rimane. Solo così la terra viene cambiata da valle di lacrime in giardino di Dio».

«Ritorniamo infine, ancora una volta, alla lettera agli Efesini. La lettera dice - con le parole del Salmo 68 - che Cristo, ascendendo in cielo, »ha distribuito doni agli uomini». Il vincitore distribuisce doni. E questi doni sono apostoli, profeti, evangelisti, pastori e maestri. Il nostro ministero è un dono di Cristo agli uomini, per costruire il suo corpo - il mondo nuovo. Viviamo il nostro ministero così, come dono di Cristo agli uomini! Ma in questa ora, soprattutto, preghiamo con insistenza il Signore, perchè dopo il grande dono di Papa Giovanni Paolo II, ci doni di nuovo un pastore secondo il suo cuore, un pastore che ci guidi alla conoscenza di Cristo, al suo amore, alla vera gioia. Amen».

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 18 de April de 2005 14:32

Quanto à alegada frase do alegado bispo: acho estranho tal pensamento.

Quando as mulheres forem admitidos ao sacerdócio, o mais provável será as primeiras candidatas virem de ordens religiosas, pessoas preparadas e já com experiência de trabalho pastoral. Corrigindo: de uma vida passada em trabalhos pastorais.

Muito mais preparadas essas que a generalidade dos actuais seminaristas.

Confesso que iria utilizar muitos adjectivos coloridos para qualificar uma tal atitude de rejeição por parte de um qualquer bispo.

João (JMA)

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 18 de April de 2005 14:57

Uma nótula:

Recordo-me das declarações desse bispo e creio já as ter referido aqui. Se bem me lembro, o bispo queria apenas chamar a atenção para uma coisa: tendo em conta que muitas das activistas em favor da ordenação das mulheres abordam a questão como uma questão de uma reivindicação de um suposto direito pessoal a uma vocação que na sua essência é sancionada eclesialmente (vocação «da», «na» e «para» a Igreja), tratada na lógica de luta pelo poder, há que dizer a essas pessoas que isso não constitui em si mesmo uma vocação, antes indicia algo que contradiz uma vocação na Igreja. Evidentemente, nada disto tem a ver com a questão teológica da ordenação das mulheres.

Não me parece aqui o tópico apropriado para discutir a questão, que já muito debatida neste fórum. Limito-me a contextualizar tais declarações do tal bispo.

Alef
PS.: Nos EUA é relativamente frequente ver antes, durante e depois de alguma ordenação diaconal ou sacerdotal manifestações pró-ordenação das mulheres. Aí se vêem cartazes com frases como: «Nós também fomos chamadas» e «Jesus não fazia acepção de pessoas». E -- aqui que ninguém nos ouve -- há também «missas» celebradas por mulheres.

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 18 de April de 2005 17:00

Com as minhas desculpas pela distracção com outros temas, junto envio a lista das minhas escolhas, e por esta ordem:

Carlo Maria Martini
Walter Kasper
Pedro Casaldáliga (não, não estou distraído)
Karl Lehman
José Policarpo
Godfried Daneels
Cláudio Hummes
Christoph Schoenborn
Bernard Sesboue (continuo sem estar distraído)

Penitencio-me do meu eurocentrismo, mas seria injusto escolher outros apenas por não serem europeus.

Segundo a minha lista, existe 1 possibilidade em 3 do papa ser de língua alemã. E não incluí o Ratzinger. A minha admiração pelo teólogo Ratzinger - que é muita - é contrabalançada pelo receio que o Bispo Ratzinger mande calar o primeiro. Tenho porém consciência da forte possibilidade de estar a ser injusto.

João (JMA)

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: Pedro B (IP registado)
Data: 18 de April de 2005 17:06

Aqui vão os meus votos (sem qualquer inspiração do Espirito Santo)

1- Scola
2- Castrillon Hoyos
3- Medina

Pedro B

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 18 de April de 2005 19:11

Carlo Maria Martini ( Embora não tenha hipóteses)

Walter Kasper

Karl Lehman

José Policarpo

Godfried Daneels ( Também sem hipótese - era bom demais)

Cláudio Hummes

Aposto num papa que fale portugues.

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 19 de April de 2005 00:07

Caros amigos,

Ao contrário de vós, não tenho preferência pelo cardeal a ser escolhido para próximo Papa. A principal razão é porque não só não os conheço a todos, como dos que conheço, conheço muito pouco. Não consigo ter uma opinião formada sobre qual dos cardeais daria um bom Papa. É provável que haja pessoas (e não estou a criticar ninguém) que consigam dizer que este ou aquele cardeal daria um bom Papa pelo simples facto de ser mais conservador ou menos conservador (como que se os problemas e desafios que se colocam a Igreja fossem assim tão simples).

Mais do que escolher uma pessoa, seria necessário saber como é que o pontificado será exercido. Por ventura, os cardeais imaginavam ao eleger o Cardeal Roncalli no conclave de 1958 que poucos anos mais tarde, o então Papa João XXIII iria convocar um Concílio? Imaginariam, em 1978, que o Cardeal Wojtyla seria um papa tão viajado e mediático como se veio a tornar? Penso que não. Por isso, repito,mais importante da pessoa que escolherem, é saber como vai ser o seu pontificado.

Como referi no balanço do pontificado de João Paulo II, o próximo Papa deveria dar continuidade ao que este pontificado teve de positivo e muito positivo, sobretudo na defesa dos direitos humanos, na promoção da paz no mundo e no diálogo inter-religioso, como refere o próprio Hans Küng. Deveria também melhorar e mudar o que o último pontificado teve de menos positivo.

Sobre os nomes que alguns de vós têm partilhado, gostaria de comentar dois deles: Ratzinger e Martini.

1. Ratzinger: Já manifestei neste fórum que não concordo com a forma como a Igreja (através da Congregação para a Doutrina da Fé) silenciou e perseguiu aqueles que ousaram pensar de forma diferente. Por muito que digam que Ratzinger foi um bom bispo e até bastante reformador durante o Concílio Vaticano II, não podemos esquecer que foi ele que presidiu à Congregação para a Doutrina da Fé. O mesmo que recentemente admitiu que a Igreja foi (bastante) centralizada e que talvez não devesse ter sido. Será este mea culpa um sinal que se for eleito Papa fará de forma diferente?

2. Carlo Martini: Pouco conheço dele. Li em tempos que nos últimos anos se tinha dedicado aos estudos bíblicos, facto que me surpreendeu, pela positiva. Se for eleito Papa, dará um novo (e necessário) impulso aos estudos bíblicos e um recentrar da catequese e da Evangelização na Palavra de Deus?

Antes de terminar, quero falar de algo relacionado com o próximo Papa que me tem preocupado. Têm sido divulgadas na Internet algumas notícias, e tenho recebido alguns e-mails, sobre umas supostas "profecias" que afirmam a catástrofe (ou deveria dizer o Apocalipse) na figura do próximo Papa (ou anti-Papa como já li). Algumas destas mensagens fundamentam-se em supostas revelações particulares e são transmitidas por sítios e pessoas (ultra-) conservadoras. Afirma-se que tudo o que o próximo papa fizer menos conservador que João Paulo II, aí se estará a revelar como anti-Papa. Ameaça-se com cismas, divisões, influências maçónicas e até judias.
Provavelmente, se nos finais da década de cinquenta os meios de comunicação fossem tão agéis e eficientes como o são hoje, não teriam faltado profetas da desgraça a profetizar (entenda-se "mal dizer") sobre o pontificado de João XXIII e o Concílio Vaticano II (ainda hoje existe quem não consiga ver o quão positivo foi este Concílio). É preciso estarmos atentos.

Por todos estes motivos, rezo a Deus que ilumine os cardeais presentes no Concílio com o seu Espírito Santo, para que eles escolham um bom Papa, capaz de guiar a Igreja a responder da melhor forma aos desafios que se lhe colocam, a abrir-se ao mundo para que no mundo leve a todos os homens e mulheres a Palavra de Deus.

Luis Gonzaga

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 19 de April de 2005 00:43

Muito rezo ao Espirito Santo......
Para que seja surdo a toda a esta gente e escolha o melhor para a Igreja.
Ja agora, a grande diferença entre mim e o pe Kung, é que eu reconheço que as vezes digo imbcilidades. Ele não incapaz de reconhecer as suas.

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 19 de April de 2005 01:31

Cheguei agora memso de uma vigília de Oração para que o Espírito Santo ilumine esta Igreja que todos somos........

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 20 de April de 2005 02:17

Obrigado pela oração catolicapraticante

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 20 de April de 2005 03:27


A primavera de Praga da Igreja Católica acabou.

AS pRimaveras políticas duram sempre pouco.

POdem até ser esmagadas provisoriamente.

Mas o Muro de Berlim acabará por caír.

Deus não dorme.


E a Igreja Viva também não.

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 20 de April de 2005 11:21

que curioso......ouvir isto de quem sempre aqui atacou com unhas e dentes João Paulo II.
Ao que chegou a hipocrisisia

Re: Perfil do próximo Papa
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 20 de April de 2005 15:58

Há pessoas com tantas dificuldade em perceber analogias simples...

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