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Depoimentos sobre o aborto...
Escrito por: Trofa (IP registado)
Data: 30 de March de 2005 10:06

Ninguém faz abortos de ânimo leve. Durante a discussão do aborto na Assembleia da República em novembro de 1982, foram apresentados vários depoimentos:

1.º caso - "Fiz um aborto já há alguns anos. Era solteira e tive o azar de engravidar. Meus pais nada sabiam e eu quando tive a certeza fiquei doida... Não sabia o que fazer. O meu namorado abandonou-me. Perguntei a uma amiga que me aconselhou a ir a uma parteira. Estava grávida de 4 meses. Sofri muito, tive muito medo e muita vergonha. Só eu sei o que sofri quando me dirigi àquela casa. Felizmente tudo correu bem, embora tenha sofrido muito. Depois de tudo passar senti um grande alívio e voltei a encarar a vida. Confesso que ainda hoje não estou arrependida de o ter feito. Estou casada tenho dois filhos e sou feliz."

2.º caso - "Sou divorciada e engravidei. Já tinha 2 filhos e não tinha condições para ter outro. Recorri a uma parteira amiga que me fez o aborto. Senti medo e vergonha mas não tinha outra alternativa. Confesso que às vezes me arrependo, mas outras julgo que fiz o que devia."

3.º caso - "Sou engenheira-química e sou solteira. Tenho 26 anos. Por descuido, pois nesse mês não tomava nada e apesar dos cuidados do meu companheiro, fiquei grávida. Não tenho felizmente, nem ele, dificuldades económicas mas não queria ter 1 filho por 3 razões: primeira, a minha vida profissional; segunda, meus pais não compreendiam; terceira, a sociedade não aceita ainda uma mãe solteira. Recorri a um consultório, com um certo nervosismo mas fui bem recebida e foram carinhosos comigo. Logo de entrada e fui recebida por uma enfermeira, que soube contornar a questão. Fui observada, deram-me uma injecção na veia e só acordei passado uma hora numa outra sala. Disseram-me que tinha feito um aborto por aspiração. Acordei um pouco tonta e com ligeiras dores no ventre. Passado duas horas fui para casa depois de ter pago 15000$ em notas. "Não aceitavam cheques". Confesso que não estou arrependida, mas julgo que não voltarei a ter relações sem estar protegida, a não ser quando desejar mesmo ter 1 filho."

4.º caso - "Fiz um aborto de 2 meses e meio. Não podia nem queria ter um filho. Tudo correu muito mal e julguei que morria. Estive internada num hospital. Tive que levar muito sangue e nunca mais fiquei boa. Estou convencida que não voltarei a fazer nenhum aborto. Talvez seja melhor ter um filho."

5.º e último caso - "Fiz 2 abortos e tudo correu bem. Sou casada já tinha 3 filhos e não queríamos mais nenhum, mas tive a pouca sorte de ficar grávida. Fui à parteira que já me tinha feito os 2 abortos, e saí de lá com algumas dores e a perder sangue. Passados 3 ou 4 dias as dores desapareceram e o sangue parou. Passado algum tempo como a menstruação não viesse, fui a um médico que me disse que estava grávida de 4 meses. Fiquei desgostosa pois não queria ter o filho. No entanto, tive medo de voltar à parteira porque o médico me tinha dito que um aborto de 4 meses era muito perigoso. O filho nasceu. Tem agora 4 anos. Gosto de todos mas talvez mais deste, não sei bem porquê. Ainda bem que tal me aconteceu, pois sou feliz, embora reconheça que são filhos a mais."

Com estes relatos de vida, queria chamar à atenção de todos, mais uma vez, que a decisão sobre efectuar um aborto, não é uma decisão que se tome de animo leve, pois ela acarreta graves consequências para ambas as partes, quer para a mãe, quer para o filho, quer mesmo para o pessoal que efectua o aborto.

Podemos ainda afirmar que a questão do aborto não é de forma alguma uma questão de âmbito religioso, científico, jurídico ou de qualquer outro. É, sim, uma questão que se prende com o respeito que se tem pela dignidade da vida humana. Quaisquer tentativas de definir momentos a partir dos quais atentar contra essa vida é ou não crime, são completamente arbitrárias e sem fundamento.




«Precisamos de mais trabalhadores para a vinha do Senhor. A vinha é Grande para tão pouca gente com capacidade de amar.»

Prezados amigos convido-vos a colaborarem com o Portal de São Romão da Paróquia de São Romão do Coronado.

Re: Depoimentos sobre o aborto...
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 31 de March de 2005 13:09

Despenalizar o crime Nunca|


Para além dos valores que pessoal e profissionalmente assumo.
Para além dos valores que pela moral e pelo ideal de vida Cristã que procuro praticar.
Para além daquilo em que acredito e que defino como sendo SÓ DEUS O SENHOR DA VIDA E DA MORTE.
Só escrevo o que se segue, perente uma realidade e a consciencia de viver numa sociedade descristianizada e sem os valores da Civilização Cristã, que nos caracteriza como seres com história e orgulho na Dignidade Humana.
Compreendo o drama da gravidez não desejada mas o aborto e por outras palavras a Interrupção Voluntária da Gravidez são Crime. e não aceito despenalizar o que é crime.
Poderei encontrar atenuantes para as penas mas nunca para aceitar a despenalização e descriminalização da IVG/ABORTO

É muito fácil falar, mais difícil é tentar entender os problemas que a vida sexual causa a muitas mulheres. Todas têm razões para invocar como o desemprego, doenças, muitos filhos e talvez maridos que são autênticos grunhos e que delas só querem o corpo e o sexo físico, sem se ralarem com as consequências dos seus actos. Todos conhecemos a realidade do país em que vivemos por isso, para quê falar como se vivêssemos no melhor dos mundos? O aborto só aparece na necessidade de parar uma gravidez não desejada se dela sabemos que vai nascer um filho, um ser vivo único, por ser diferente dos irmãos – mesmo dos mesmos pais - e irrepetível. Nenhuma outra relação do mesmo pare o repetiria.
O aborto só aparece se um “casal” tiver uma aventura extraconjugal ou não e houver um "descuido"
O aborto poderá “ser livre”se até se poder ir a Espanha ou a Londres e fazer “a coisa” com toda a limpeza. Por favor, chega de hipocrisias!
A hipocrisia não é de quem está contra o aborto. Queremos é que ele não se faça mas pedir também para que se não atirem pedras a quem é obrigada (não o faz por gosto ou então seria masoquista) a fazê-lo… !
Todos conhecemos a realidade. Mas mesmo as esposas dos Grunhos (independente e até mesmo com respeito aos valores morais delas) porque não usar de um meio de controlo da natalidade proposto pelo médico obstetra ou ginecologista ou mesmo os clínicos gerais da valência da saúde materna que existem na maioria dos Centros de Saúde?
Não entro em conta com aspectos éticos ou morais, dadas as hipóteses em análise e a entrar com outras seriam as minhas propostas e considerações pessoais. Contudo, sem entrar nos princípios e valores pessoais e morais de cada casal/família, e em particular de cada mulher, tomar uma pílula anovulatória, usar um DIU com vigilância, usar o preservativo - até por causa das doenças de transmissão sexual - tudo poderá estar ao alcance de qualquer mulher.
É de inteira e exclusiva responsabilidade de que quem tiver “os acidentes” ou as tais aventuras, (extra conjugal, prematrimonial ou outra) que assumam a responsabilidade pessoal do acto que realizaram, fizeram ou praticaram, e se assumam conscientes das consequências de terem feito o que livre opcional e conscientemente fizeram.
Excluo aqui a realidade das violações para as quais a Lei tem resposta.
A hipocrisia não está do lado de quem defende a vida e é contra o aborto
Hipocrisia é atribuir aqui culpas aos outros – os que não levaram o casal para a cama, os que não os despiram e os que não aconselharam a praticar ou “fazer” o acto sexual e a dele tirarem e gozarem o prazer e satisfação sem prevenção, quer puramente aventureiro quer sem preverem ter de assumir a responsabilidade dos naturais acidentes e das suas naturais consequências
Que se não atirem pedras aos que desesperados recorrem a esta solução, não estou de acordo pois ela envolve tirar a vida a quem foi gerado por vivos e só vais ser drama se viver e pelo parto vier a fazer parte da vida dos vivos.
Que se exija a responsabilidade de quem faz as leis isso sim, pois que não cumprem o dever político e social de procurarem apresentar as soluções sociais, culturais, económicas e outras para porem termo a estas situações. Pobres, sempre os teremos e não despenalizamos o roubo. Criminosos sempre os teremos e não os descriminalizamos.
Estou 100% de acordo, é para que se chamem a assumirem as suas responsabilidades em primeiro lugar os intervenientes dos actos sexuais por aventuras e para as situações da surpresa da gravidez acidental e indesejada (logo a concepção de um ser que ao nascer é tão humano como os seus progenitores) também e ainda os que não realizam o dever de promover o ensino da educação da sexualidade humana, do planeamento familiar e da saúde materno infantil, que deveriam orientar e apoiar estas pessoas para não voltarem a reviver situações semelhantes.
Quanto aos Grunhos ou machões acabaremos com eles quando logo que se dê educação para o respeito e a responsabilidade, e já agora e também a cada mulher que assuma a sua genitalidade e sexualidade não para o prazer fácil mas para a plena satisfação realizadora da sua felicidade psíquica e física com a consciência de viver nestes actos a consciência e a responsabilidade da possibilidade de neles se envolver a natural hipóteses – mesmo com controlo da natalidade de haver lugar a uma maternidade/paternidade do ser que gerarem.
Joaquim José Lopes Galvão.

Re: Depoimentos sobre o aborto...
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 31 de March de 2005 19:44

Felizmente a descriminbalização é inevitável.

Re: Depoimentos sobre o aborto...
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 31 de March de 2005 19:58

Graças a DEUS!



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