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Educar filhos
Escrito por: Augusto (IP registado)
Data: 03 de February de 2005 17:07


Tenho uma filha de 17 anos. Começa a ter os seus pretendentes. Se lhe digo que não se faz sexo antes do casamento, diz-me que sou um pai atrasado.
Então vou educa-la como? Preciso de ajuda. Sinto-me baralhado. Educar filhos, não é tarefa fácil nos dias de hoje.
Tem um namorado, ama-o. Pode fazer sexo? Usa pilula, preservativo? Estou perplexo.

Re: Educar filhos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 03 de February de 2005 17:20

SE só agora está preocupado com essa questão, ou se considera que educar uma filha se reduz á questão de "ter sexo antes o casamento",talvez seja tarde demais..
Mas olhe, pode dizer-lhe que o sexo antes do casamento não é nada aconselhável... atrasa a cerimónia...

Re: Educar filhos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 03 de February de 2005 17:30

De qualquer forma, talvez estes dados a poassm ajudar :

Apenas um em cada cinco jovens portugueses usam preservativo

Apenas um em cada cinco jovens portugueses usam preservativo, o que representa um comportamento de risco, que no meio universitário abrange 40% dos estudantes, indicam dois estudos apresentados quinta-feira.


Durante um seminário sobre «Os jovens e a sexualidade», organizado pelo Instituto Português da Juventude, realizado na Gulbenkian, em Lisboa, foram apresentados dados recentes sobre SIDA e comportamentos de risco dos jovens.
Um estudo feito pelo sociólogo Fausto Amaro sobre percepção de riscos, atitudes e comportamentos dos portugueses perante a SIDA, indica que 80% dos jovens não usam preservativo e que 60% acha que o VIH se apanha nos serviços de saúde.

O mesmo estudo revela ainda que 40% dos jovens recorrem regularmente ao sexo pago, 60% dos quais sem usar preservativo.

Um rastreio realizado pela Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA (CNLCS) a cerca de 5.000 pessoas, entre Março e Maio de 2004, concluiu que «os jovens universitários portugueses têm comportamentos de risco nas relações sexuais».

Dos jovens inquiridos, 83,4% já tiveram relações sexuais - 5,7% antes dos 15 anos - mas apenas 46,1% recorreram ao preservativo.

Questionados sobre se usaram protecção no último contacto sexual, quase 40% respondeu negativamente, sendo que 18% dos inquiridos afirmou ter múltiplos parceiros, o que agrava o risco de contágio pelo VIH.

Diário Digital/Lusa "




Re: Educar filhos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 03 de February de 2005 17:32

"25-03-2002 _ Diário de notícias

Uma em cada 200 jovens já abortou

Um estudo sobre os comportamentos sexuais dos adolescentes portugueses revela – uma em cada 200 jovens entre os 15 e os 19 anos fez um aborto, uma em cada 50 jovens de 19 anos também. Ainda assim, a gravidez na adolescência atinge valores preocupantes


As conclusões de uma investigação sobre os comportamentos e conhecimentos dos adolescentes na área da sexualidade, publicadas hoje , revelam valores inéditos – uma em cada 200 jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos já fez um aborto. E os números são mais significativos ao analisar apenas a faixa etária dos 19 anos – uma em cada 50 raparigas admitiu ter interrompido uma gravidez. O estudo concluiu ainda que são os rapazes quem mais reportam os casos de aborto.
Esta investigação começou em 1998 e envolveu perto de sete mil adolescentes. Os inquéritos foram realizados em escolas secundárias das capitais de distrito, excepto Guarda e Leira que se recusaram a responder. Na altura, a despenalização do aborto foi alvo de um referendo em Portugal e a questão da educação sexual nas escolas foi amplamente debatida. Quatro anos depois, a gravidez na adolescência continua a atingir valores preocupantes.

Gravidez na adolescência preocupa

O relatório elaborado pelo Alto Comissário da Saúde revela que as adolescentes entre os 14 e os 16 anos pertencentes "essencialmente a minorias sociais que não frequentam a escola" surgem como uma "franja resistente à redução de gravidezes" .
O documento designado "Ganhos da Saúde em Portugal", a apresentar na quarta-feira, realça que a saúde materna e infantil é um dos sectores em que o país registou mais progressos nos últimos cinco anos.
De acordo com os números apurados, 98 por cento das grávidas portuguesas têm pelo menos uma consulta pré-natal, e mais de 80 por cento iniciam a vigilância antes da 16ª semana de gravidez.
A mortalidade infantil tem vindo a decrescer – de 6,9 por mil nados-vivos em 1996, Portugal registou 5,6 por mil em 2000. As mortes nos primeiros 27 dias do bebé também diminuíram. "



Re: Educar filhos
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 03 de February de 2005 18:32

É um problema bem complexo, a educação dos jovens.

E não tem respostas universais pois são todos diferentes.

O diálogo com eles é sempre positivo e interessante. Desde que nos dispunhamos a escutar o que eles dizem.

Se fôr para debitar "regras morais" a seco, arriscas-te a ouvir: ok, e agora já posso ir?

João (JMA)

Re: Educar filhos
Escrito por: Augusto (IP registado)
Data: 03 de February de 2005 18:46

"Esses dados são alarmantes"

O que acha que seria melhor para o País e para a humanidade. Haver mais educação sexual, como por exemplo: a abstenção ou o uso do preservativo e da pilula? Ou ainda o aborto? O aborto dá despesas ao estado, se for legal, assim como é contra aos pricipios de muitos, matar. E pode afectar a mulher psicológicamente.

Re: Educar filhos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 04 de February de 2005 06:22

Abstenção? A abstenção eleitoral pode de facto estar relacionada com o deficit de educação sexual dos jovens... :)

"O aborto dá despesas ao estado, se for legal"
O aborto clandestino também dá spesas ao estado - despesas por internamentos e intervenções cirúrgicas em mulheres com complicações pós-aborto ( só no ano passado foram mais de mil notificados casos tratados nos serviços de saúde sem o diagnóstico de IGV.Devem seruns milhares. Já não falo das mortes de mulheres realacionadas com abortos clandestinos. os julgamenteos e o accionamento do aparelho judicial para perseguir e levar atribunal mulheres que abortarm também tem despeas....

Sim, a Educação Sexual e a prevenção são as respostas .

Re: Educar filhos
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 04 de February de 2005 17:48

Um compromisso sempre actual: educar para a paz
1° DE JANEIRO DE 2004

UM COMPROMISSO SEMPRE ACTUAL: EDUCAR PARA A PAZ

A vós, Educadores da juventude, que em cada continente trabalhais incansavelmente para formar as consciências no caminho da compreensão e do diálogo!

E dirijo-me também a vós, homens e mulheres que vos sentis tentados a recorrer ao inadmissível instrumento do terrorismo, comprometendo assim pela raiz a causa pela qual combateis!

Escutai! A paz continua ainda possível. E, se é possível, então a paz é um dever!

Uma iniciativa concreta

1. « Para alcançar a paz, educar para a paz ».

Ao longo dos vinte e cinco anos de Pontificado, que até agora o Senhor me concedeu, não cessei de levantar a voz, diante da Igreja e do mundo, para convidar os crentes, bem como todas as pessoas de boa vontade, a abraçarem a causa da paz, contribuindo para a realização deste bem primário e deste modo assegurando ao mundo uma era melhor de serena convivência e respeito mútuo.

Com efeito a humanidade hoje tem ainda mais necessidade de reencontrar a estrada da concórdia, turbada como está por egoísmos e ódios, por sede de domínio e desejo de vingança.

A ciência da paz

2. A educação para a paz. « Para alcançar a paz, educar para a paz ». Hoje isto é ainda mais urgente, porque os homens, à vista das tragédias que continuam a afligir a humanidade, sentem-se tentados a ceder ao fatalismo, como se a paz fosse um ideal inacessível.

Ao contrário, a Igreja sempre ensinou, e ensina ainda hoje, um axioma muito simples: a paz é possível. Mais, a Igreja não se cansa de repetir: a paz é um dever. Esta há-de ser construída sobre as quatro colunas indicadas pelo Beato João XXIII na Encíclica Pacem in terris, ou seja, sobre a verdade, a justiça, o amor e a liberdade. Portanto, a todos os amantes da paz impõe-se uma obrigação, que é educar as novas gerações para estes ideais, a fim de preparar uma era melhor para a humanidade inteira.

A educação para a legalidade. A paz e o direito internacional estão intimamente ligados entre si: o direito favorece a paz.

As vicissitudes históricas ensinam que a construção da paz não pode prescindir do respeito duma ordem ética e jurídica, segundo esta máxima antiga: « Serva ordinem et ordo servabit te » (preserva a ordem, e a ordem te preservará). O direito internacional deve evitar que prevaleça a lei do mais forte, « a força material das armas pela força moral do direito »,

A civilização do amor

3. No final destas considerações, porém, sinto o dever de recordar que, para a instauração da verdadeira paz no mundo, a justiça deve ser completada pela caridade. O direito é certamente a primeira estrada a seguir para se chegar à paz; e os povos devem ser educados para o respeito do mesmo. Mas, não será possível chegar ao termo do caminho, se a justiça não for integrada pelo amor. Justiça e amor aparecem às vezes como forças antagonistas, quando, na verdade, não passam de duas faces duma mesma realidade, duas dimensões da existência humana que devem completar-se reciprocamente. É a experiência histórica que o confirma, mostrando como frequentemente a justiça não consegue libertar-se do rancor, do ódio e até da crueldade. A justiça, sozinha, não basta; e pode mesmo chegar a negar-se a si própria, se não se abrir àquela força mais profunda que é o amor.

É por isso que, várias vezes, recordei aos cristãos e a todas as pessoas de boa vontade a necessidade do perdão para resolver os problemas quer dos indivíduos quer dos povos. Não há paz sem perdão! E repito-o nesta circunstância, tendo diante dos olhos sobretudo a crise que continua a embravecer na Palestina e no Médio Oriente: uma solução para os gravíssimos problemas, de que sofrem há tanto tempo as populações daquelas regiões, não será encontrada enquanto não se decidirem a superar a lógica da mera justiça para se abrirem também à do perdão.

O cristão sabe que o amor é o motivo pelo qual Deus entra em relação com o homem; e é o amor também que Ele espera do homem como resposta. Por isso, o amor é a forma mais alta e mais nobre de relação dos seres humanos inclusive entre si. Consequentemente o amor deverá animar todos os sectores da vida humana, estendendo-se também à ordem internacional. Só uma humanidade onde reine a « civilização do amor » poderá gozar duma paz autêntica e duradoura.

Ao início de um novo ano, quero recordar às mulheres e aos homens de toda a língua, religião e cultura esta máxima antiga: « Omnia vincit amor » (o amor tudo vence). Sim, queridos Irmãos e Irmãs de todos os ângulos da terra, no fim o amor vencerá! Cada um se esforce por apressar esta vitória. No fundo, é por ela que anela o coração de todos.

Vaticano, 8 de Dezembro de 2003.

JOÃO PAULO II

Re: Educar filhos
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 04 de February de 2005 17:52

A educação sexual família e escola.
Quais os lugares dados à família e à escola, de acordo com as linhas de orientação do Ministério da Educação.
Com base nas ideias que constituem a linha de pensamento do Departamento da Pastoral da Família sobre este projecto de ensino que, passo a passo, desejamos que venha chegar às escolas e aos seus alunos com qualidade e valores.
O papel do educadores nesta área tem e terá de ser dos pais e das famílias com o apoio pedagógico das escolas.
Às escolas cabe apoiar e ajudar, em estrita colaboração, as famílias e, só em ultima instância, e na ausência verificada e assumida destas famílias para assumirem o papel de educadoras com responsabilidade, as escolas poderão realizar por sua iniciativa a função educadora, mas após expresso desejo dos pais e encarregados de educação que para tal mandatem a escola.
Importa não deixar desaparecer, ou mesmo recuperar quando necessário, a cultura dos valores da virgindade e da castidade antes do matrimónio ou do casamento.
Ultimamente estes valores estão a ser ferozmente combatidos e destruídos, junto dos adolescentes e dos jovens, com manifesta intenção de agredir a estrutura social que é a família. Alguns programas de educação sexual nas escolas são uma real prova do que se afirma, quando desenvolvem a teoria da saúde reprodutiva e da educação para o planeamento familiar à revelia dos pais e dos encarregados de educação. Chega-se a propor a distribuição de preservativos nas escolas e o livre acesso à pílula do aborto ou pílula do dia seguinte. A estes programas não estão a escapar muitos estudantes em Portugal.
A desculpa das doenças e das infecções de transmissão sexual pretendem justificar em parte estes programas de educação sexual. A precocidade do início da prática de vida sexualmente activa e a realidade de muitos casos de mães solteiras e muito jovens, ou mesmo crianças, são outro argumento a favor destes planos de educação sexual a desenvolver nas escolas.
Contudo, só a cultura da verdade e dos valores como, repete-se, a virgindade (alguns rirão) e a castidade ante nupcial ou matrimonial, são seguramente o melhor tratamento para estes flagelos.
As famílias, e em alguns casos as escolas em estrita colaboração, terão de fazer a educação para o amor. A educação da afectividade, da personalidade, da responsabilidade e do valores humanos deverão ser a base de programação da educação da sexualidade e da saúde materno infantil, livremente assumida pela paternidade responsável.
Às famílias fez-se o apelo para que não caiam na tentação da omissão das suas responsabilidades e que as não deleguem em outros que para tal podem não ter a verdadeira formação e preparação. Não interessa que aos jovens chegue informação há que chegar formação e educação.
Aqui entre nós: - Pais, não tenhais medo, é importante que saibamos educar, para servir aos nossos jovens e adolescentes a civilização do amor.

Re: Educar filhos
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 04 de February de 2005 18:11

EDUCAR PARA O AMOR

“Do ovo ou zigoto ao embrião e ao feto”
Educar é uma missão
Educar a sexualidade mais que fazer uma simples educação sexual para a saúde reprodutiva e para o planeamento familiar, é educar para a vida, é educar para o amor.

Olhar a sexualidade humana terá de ser uma busca constante da realização da vida.
... O ser humano é chamado ao amor e a sexualidade é uma componente fundamental da personalidade – modo de ser, de manifestar, de comunicar, de sentir, de expressar e de viver o amor humano”.
O homem e a mulher, como seres sexuados, vivem e sentem o desejo e o sexo, em função da energia do “prazer/satisfação” que insistentemente buscam e encontram numa mente sã e num corpo são.
... A sexualidade humana, portanto é um bem, enquanto modalidade de se relacionar e se abrir aos outros, tem como fim intrínseco o amor.
... A sexualidade deve ser orientada, elevada e integrada pelo amor, que é o único a torná-la verdadeiramente humana”.
A (as) expressão da sexualidade sentidas, vividas e praticadas pelo corpo (feminino e masculino) humano, tornam-se força que enriquece e faz crescer as pessoas e, simultaneamente, contribui para civilização do amor. Em contraposição ter-se-ia a civilização das “coisas” e não das pessoas, onde o viver a sexualidade serve, tem em vista e gasta-se, para que as pessoas se usem como coisas “disposable” (usar e deitar fora).
A saúde deve proporcionar condições para a consolidação harmoniosa e equilibrada destas vivências num bem-estar físico, psíquico e social, sem doença ou enfermidade. A Saúde terá de ser o apoio e a referência para a sexualidade encontrar as suas condições humanas de vida, dentro deste equilíbrio e da harmonia de saúde.

Alcançar uma boa relação em sociedade só é possível quando houver na consciência de cada um o sentido da igual dignidade de todas as pessoas, o uso da responsabilidade na liberdade, na fraternidade, no acolhimento e na solidariedade. Para viver em sociedade, com uma boa relação, é indispensável aprender a ser pessoa, a descobrir valores e referências que dêem direcção e caminho à vida.
Educar para o amor é orientar na descoberta do acolhimento ao próximo.
Ser pessoa torna-se um projecto a realizar ao longo de toda a vida e da sua existência.
A perfeição das pessoas está na capacidade de amar.

Quando lancei o livro com o título “Um olhar à sexualidade humana para a paternidade responsável” com edição das Paulinas Multimédia, quis ajudar os professores e educadores para um projecto em que a educação sexual não seja só a contracepção e a prevenção das doenças de transmissão sexual.
O que de mais importante se pretende com este livro e o que se aparece como a sua linha de orientação principal, é a vontade de que com ele se possa ajudar e orientar quem vier a fazer parte das equipas de Educação Sexual.
Pensa-se que os educadores e os professores, pela educação da sexualidade humana, rumem à “Maternidade/Paternidade Responsável”.
Interessa, simultaneamente, educar os adolescente e jovens para poderem ser felizes, no seu quotidiano, na busca do prazer e da satisfação das vivências da sua sexualidade e, principalmente, a descobrirem e a viverem o verdadeiro Amor.
A relação Família/Escola passa por fazer o apelo à compreensão da necessidade de se estar atento a que as vivências da sexualidade humana não são um processo puramente espontâneo e natural.
Importa unir esforços em projectos e objectivos comuns, com uma plataforma ética, científica e responsável, com quadros filosóficos, princípios e valores, em consonância com a cultura da vida e da liberdade de vida, afectiva e física, que buscam o prazer, a satisfação e a Paternidade Responsável.
Contudo, eles terão de resultar de conteúdos, comportamentos, vivências e valores, assumidos livre e responsavelmente tanto para o prazer e a satisfação, como no domínio da contracepção e do controlo da natalidade, para se ter um filho se, e quando, se quer.
Uma educação feita assim será dirigida por forma a dar sentido a uma educação sexual que seja interpelativa e questionadora de comportamentos da sexualidade humana para a vida e para o prazer a que os seres sexuados têm direito.
A vida tem um supremo valor por isso importa Educar para o amor.
JJG 20 Mar. 04

Re: Educar filhos
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 05 de February de 2005 01:21

REPTO AOS DEFENSORES DO DIREITO A VIVER DA CONCEPÇÃO À MORTE NATURAL


Tal como tem sido sempre o meu sentir sobre a problemática do tema aborto ou IVG (interrupção voluntária da gravidez), baseado em estudo de Ana Nunes de Almeida, socióloga coordenadora de um estudo publicado em livro em Setembro 2004 pelo Instituto de Ciências Sociais de Lisboa, onde se relata e revelam os resultados de um inquérito a um universo de 145 mulheres, concluiu-se que 22% de mulheres adultas a viver em “conjugalidade” como afirma a autora recorreram ao aborto em virtude de “recorrerem a comportamentos e meios de contracepção de risco”… sem que o aborto tivesse acontecido como opção de controlo dos nascimentos.
Muitas das entrevistadas “revelaram conhecimento dos métodos contraceptivos mas um mau uso deles”… o que leva Ana Nunes de Almeida do ICS no estudo a concluir que …“é a função pedagógica dos médicos que está a falhar”…
Quanto ao recurso ao aborto afirma-se que este tem, entre outras, como justificação “o improvisado (e inseguro) uso da contracepção.
Em conclusão afirma-se que todas as entrevistadas se assumem contra o aborto e reforçam a necessidade de, nestes assuntos, haver um desempenho profissional isento de preconceitos. Ao que eu acrescento respeitador de valores e sem dúvida da dignidade da vida, das crianças concebidas e da mulher.

O meu repto vai para que este tema da orientação do controlo da natalidade e da fecundidade seja ponto de honra de todos os que somos pela vida, de modo a que NINGUÉM possa invocar os factos apontados neste estudo, como desculpa para que se viva a dramática situação do aborto no meio dos que nos são mais próximos e, assim como que pelo efeito da bola de neve, também em toda a nossa sociedade.
Só numa civilização que respeite o amor e a vida caracterizada por formação, informação e educação para valores é que todos, profissionais da saúde em particular, sem excepção seremos de verdade DEFENSORES DO DIREITO A VIVER, DA CONCEPÇÃO À MORTE NATURAL.
Que nunca nos pese o remorso da falta de coerência por omissão.
Joaquim Galvão

Re: Educar filhos
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 22 de February de 2005 13:44

de TERESA GONÇALVES

"Pais, educação e democracia

Os portugueses foram votar e essa é uma boa forma de ser cidadão. A saúde de uma democracia revê-se também nesta participação através do voto. Mas a vitalidade democrática requer, igualmente, a participação esclarecida dos cidadãos, através da acção e expressão nas instituições onde o país se constrói quotidianamente.
E aqui começa uma cadeia de interde-pendências: cidadãos com elevado grau de civismo e responsabilidade esclarecida dependem da educação; esta autenticidade democrática deriva, em grande medida, de como se educa para a liberdade, para a responsabilidade e para a solidariedade; esta educação em valores e para valores é tarefa de toda a sociedade, mas depende, em linha directa, dos pais, primeiros responsáveis pela educação dos seus filhos; em segunda linha, depende dos restantes ambientes educativos, nomeadamente, da escola, e da articulação que os pais mantêm com as escolas dos seus filhos.
Em que ponto se encontra a vitalidade democrática das escolas? Qual é a articulação entre as famílias e as escolas, no nosso caso português? Como vai o pluralis-mo educativo no nosso país? Como está a autonomia das escolas? De que modo é que os pais, como cidadãos, se exprimem e se revêem nas escolas e no sistema educativo? Como se garante e se promove a qualidade da educação?
Em Portugal, os pais não podem exercer os seus direitos e deveres de cidadania, como primeiros e principais responsáveis pela educação dos seus filhos. Este déficit de cidadania começa ao não lhes ser permitido escolher as escolas para os seus filhos. Em primeiro lugar, a sua opção não é possível porque a pluralidade de projectos educativos é débil e, na maioria das regiões do país, inexistente; o que predomina é um largo conjunto monolítico de escolas clonadas, meras delegações locais de um sistema centralizador. Em segundo lugar, não lhes é permitida uma opção que iria subverter toda a lógica de um sistema educativo que está ao serviço dos empregos dos funcionários do ensino e não ao serviço da educação das gerações mais jovens.
As escolas deveriam ser um serviço aos alunos, às famílias e às comunidades. Mas, na realidade, são os alunos e as famílias que são forçados a servir as escolas e os interesses corporativos. A colocação de professores, tal como é feita, obedece à mesma lógica invertida: os professores são colocados, de acordo com as suas preferências e o ranking das graduações, mas com total indiferença pelos projectos educativos das escolas e comunidades.
A autonomia das escolas está muito longe de concretizar-se. Faltam condições básicas para a construção de projectos educativos: falta a liderança, a estabilidade profissional e a responsabilização que daí decorre. Existe ainda outro obstáculo substancial: a tradição do estatismo da educação, em Portugal, e os interesses corporativos que lhe estão associados não parecem ser compatíveis com a vontade de autonomia.
Destaca-se, deste panorama cinzento, uma notável excepção: a Escola da Ponte, recentemente reconhecida como escola com autonomia. À revelia de um sistema gigantesco, esta é uma escola com projecto. Um projecto que tem estado ao serviço dos alunos e da comunidade. Os pais estão presentes, o recrutamento dos professores subordina-se à lógica do projecto, os alunos têm sido educados para a cidadania, para a liberdade e a responsabilidade, para a cooperação e para a solidariedade. Muito vai depender do desenvolvimento deste pequeno, mas significativo, sinal de mudança: terá a capacidade de fazer valer a cidadania e abrir brechas neste sistema?; ou, pelo contrário, ao ser sentido como uma ameaça, pode correr o risco de ser engolido pelo próprio sistema que, muito a custo, lhe permitiu emergir?
Em qualquer país, o futuro da democracia depende muito da capacidade dos Estados para reconhecer, respeitar e promover a cidadania das comunidades locais no seu direito de educar, com coerência, as gerações mais jovens, na liberdade e na responsabilidade, em perfeita igualdade de oportunidades. Mas depende, igualmente, da consciencialização plena dos pais quanto aos seus direitos e deveres como educadores e como cidadãos. Verdadeiramente, a batalha da democracia ganha-se ou perde-se no labor da educação".

Teresa Gonçalves
in www.ecclesia.pt 22/02/05

Re: Educar filhos
Escrito por: Augusto (IP registado)
Data: 22 de February de 2005 15:22


O ensino publico e o ensino privado.

Se alguém, já teve ou tem filhos no ensino publico e no ensino privado, qual a diferença? Em dinheiro há diferença, isso há. Há um colégio em S. Domingos de Rana, Cascais que os preços são exorbitantes. São só para Papás com muito dinheiro, mas ele está repleto de alunos.



Desculpe, não tem permissão para escrever ou responder neste fórum.

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