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Re: Ser Catolico
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 13 de April de 2006 15:35

Emigração: Padres escrevem às autoridades canadianas

Os Padres portugueses a trabalhar no Canadá vão escrever às autoridades locais devido à repatriação dos portugueses ilegais.

O Padre João Mendonça, da Missão Católica de Toronto, afirma que desde que começaram as deportações, os sacerdotes que trabalham com os emigrantes portugueses têm acompanhado as situações caso a caso.

O Prior aconselha ainda aos emigrantes que sejam, no futuro, mais cuidadosos no tratamento da sua legalização.




Re: Ser Catolico
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 14 de April de 2006 00:08

JMA Escreveu:

> CP,
> doi-me a barriga de tanto rir.
>
> Quem é o JCN? Estando ele próprio no "apogeu da cultura, na apoteose do pensamento filosófico ou no dealbar de um novo paradigma civilizacional" com semelhantes afirmações, gostaria muito de o conhecer.
>
>
> João (JMA)


Rir-se de um irmão em Cristo não é certamente sinal da caridade-amor que devemos ter para com todos e ainda mais para com aqueles que procuram sinceramente seguir a Jesus.

Re: Ser Catolico
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 14 de April de 2006 18:59

Páscoa: 2650 pessoas são baptizadas na França

Esta Páscoa, cerca de três mil adultos são baptizados, confirmando assim o aumento do número de conversões e a uma adesão tardia à fé católica.

É um fenómeno crescente em França e que vem afirmar uma maior consciência cristã dos adultos.

Cerca de dez mil pessoas estão a preparar-se para receber o baptismo e só este ano estão previstos 2650 baptismos de adultos - metade dos quais são oriundos do cristianismo, mas também muitas conversões.
Vinte e dois por cento dizem que não têm religião, seis% são do Islão, 5% de tradição mista e 3% de religiões orientais.

Esta é uma tendência que exige uma nova leitura do fenómeno, como explica, Coutinho da Silva, responsável pela Pastoral das Migrações em França.

A maioria destas conversões acontece nos meios urbanos de forte presença de comunidades de emigrantes onde é notório o testemunho dos cristãos.

O fenómeno que se verifica em França, pode no futuro, ter reflexos em toda a Europa. Esta é a convicção de D. António Marto, presidente da Comissão Episcopal da Doutrina da Fé.

A força do testemunho e das convicções poderá ser a explicação para o aumento significativo do baptismo de adultos - uma realidade também começa agora em Portugal.













Re: Ser Catolico
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 18 de April de 2006 09:38

Caro Camilo,

desconheço quem é o JCN.

Porém quem usa expressões como "devoções descafeinadas" e argumentos como o citado, só pode ser acolhido às gargalhadas.

Pelo menos por mim. Se eu fosse melhor cristão, tinha dó dele e pediria a Deus que lhe desse algum discernimento, que, obviamente, não tem.

Mas ainda me falta muita caminhada para chegar aí.

E como tenho do Catolicismo uma visão muito alegre e animada vou-me rindo destes disparates.

João (JMA)

Re: Ser Catolico
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 19 de April de 2006 10:25

O que é que quer dizer «devoções descafeinadas»?
O que é que se pode entender com isso?
Eu, ao ler a expressão penso logo em certos tipos de devoção que não só «não agradam a Deus» como aviltam o homem.
Exemplo: Uma peregrinação a Fátima a pé.
[li]Será que «Fátima» agrada a Deus?
[li]Será que a Srª de Fátima que se apresenta como sendo a Mãe de Deus, e que tem uma personalidade totalmente diferente da mãe de Jesus (uma judia a pedir que lhe construam uma capelinha, etc.), seja digna de algum crédito? Não será um engano espiritual?!
[li]Será que Deus quer que nos exponhamos à morte, por causa de promessas estúpidas, devidas à nossa ignorância religiosa?

Mas afinal o que é que entende por«devoções descafeinadas» para lhe provocarem o riso?
Esse termo alegórico tem espírito?
Parece-lhe como que uma anedota?!
É muito divertido?! ... ... ...


Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.




Editado 4 vezes. Última edição em 19/04/2006 10:37 por Manuel Pires.

Re: Ser Catolico
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 20 de April de 2006 00:49

JCN, é obviamente João Cesar das Neves.

Também é obvio o sentido da expressão "devoção descafeinada". Da mesma forma que o café descafeinado mantem o aroma do café mas não produz o efeito de manter desperto quem o toma também uma devoção descafeinada mantem a fé mas não traduz essa fé em comportamentos coerentes com ela.


Se eu fosse melhor cristão, tinha dó dele e pediria a Deus que lhe desse algum discernimento, que, obviamente, não tem.
Mas ainda me falta muita caminhada para chegar aí.
E como tenho do Catolicismo uma visão muito alegre e animada vou-me rindo destes disparates.



Rir do mal dos outros é a zombaria cruel da soldadesca que torturava Jesus. A alegria é boa mas não quando alguém se ri por outro estar errado. Esse tipo de riso nada tem de cristão.
Lembra-te que um bom cristão não é aquele que sabe muito mas sim aquele que ama muito.



Editado 1 vezes. Última edição em 20/04/2006 01:41 por camilo.

Re: Ser Catolico
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 20 de April de 2006 10:17

Sendo o João César das Neves, já não acho estranho o que ele diz nem me vou dar ao trabalho de o comentar.

A cafeína é uma droga. Logo os católicos que se consideram "cafeinados"...

Quanto a rir, Jesus não consta que fosse um chato pietista, sempre com cara de Sexta-feira Santa.

João (JMA)

Re: Ser Catolico
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 20 de April de 2006 10:39

Caros JMA e camilo

Talvez ajude à discussão ver a frase no contexto. Parece-me que não foi bem entendida.

Um abraço

Cassima




O trauma e o regresso da religião

Onosso tempo tem um trauma com a religião, que o deixa sempre embaraçado. Mas paradoxalmente somos tão religiosos como qualquer época anterior. A intelectualidade não deu por isto e trata a fé como folclórica e decadente, mas, vendo bem, o mundo actual é muito devoto. S. Paulo podia dizer-nos, como em Atenas: "Vejo que sois, em tudo, os mais religiosos dos homens" (Act 17, 22).

Os jornais não reparam, mas a esmagadora maioria da humanidade afirma pertencer a uma das grandes doutrinas. A influência dos cultos, em particular dos mais globais, cristianismo e islamismo, é crescente em todo o lado. E a presença da fé ultrapassa em muito a crença explícita. Assiste-se à expansão aberta das devoções descafeinadas, sobretudo nas zonas de decadência cultural, como a Europa: esoterismos, magias, superstições, paganismos, importados do Oriente ou da velha New Age. Como na Atenas de S. Paulo, os ídolos e altares são variados.

A juventude naturalmente não pode existir sem uma fé. Os que a assumem, vivem equilibrados; os outros são explorados por interesses sedutores. O rock e o metal, por exemplo, apresentam-se cada vez mais como avassaladoras galáxias de doutrinas metafísicas, com santuários, paramentos, liturgias e penitências. Os novos profetas organizam-se em bandas e a visita semanal à discoteca substitui para muitos a missa. O êxtase dos concertos imita as antigas apoteoses dionisíacas.

Até a letra de muitas canções lembra o Livro dos Salmos. Nominalmente tratam do prazer, mas só ganham sentido como orações. Frases como "não posso viver sem ti" ou "amar- -te-ei para sempre" são incompreensíveis se dirigidas à amada; mas referidas a Deus, tornam-se plausíveis e razoáveis. Até o Papa pode rezar, quase sem mudar uma vírgula, com as nossas canções, da velhinha Always on my Mind (1972) de Elvis Presley até a I Do It For You (1993) de Bryan Adams.

São os meios anticlericais que mostram bem como a religião ultrapassa o campo da religião. O cepticismo militante mostrou ser a fé do avesso. O fervor beato dos ateísmos, jacobino ou marxista, o dogma inabalável do cientifismo panteísta ou a mística apocalíptica dos movimentos ecológicos e naturistas, contêm todos os elementos das igrejas tradicionais. Os pregadores inflamados estão hoje não nos púlpitos mas em comícios esquerdistas e revistas radicais. Aliás, julgando-se imunes ao pietismo, as derivas espiritualistas de antigas seitas ateias repetem ingenuamente os seus traços mais condenáveis, do fanatismo furioso ao totalitarismo asfixiante.

Como podem ateus ou hedonistas ser religiosos, se não se referem Deus? A resposta é a mesma de S. Paulo. No nosso tempo, os movimentos esotéricos, agnósticos ou panteístas erguem altares ao "deus desconhecido" (cf. Act 17, 23), como a Atenas do século I.

Para compreender o trauma e o regresso à fé múltipla de Atenas, é preciso considerar a História recente. Ela começa no choque original da cultura moderna, as guerras da Reforma. Nessa época, em que detalhes teológicos se tornavam pretextos nos campos de batalha, as pessoas pacíficas não podiam falar de fé, sob pena de combaterem os vizinhos. Foi um tempo terrível! A razão por que os nossos intelectuais não percebem a religião, e só pensam em violência quando falam dela, vem da miopia imposta por esta obsessão. Este é o trauma.

Perdidas as raízes culturais, apareceram duas soluções. O iluminismo do século XVIII julgou responder com a religião natural, sem padres nem igrejas. E acabou na guilhotina. O positivismo do século XIX fez do homem armado com a ciência o único deus, e Marx, Freud, Sartre, os seus profetas. Com o Holocausto, a bomba e o gulag, ele revelou-se o pior dos ídolos.

Estas duas soluções, muito sedutoras, omitem a verdade mais evidente. A natureza e o homem não são deus, não se criam a si mesmos nem controlam o mundo à sua volta. Ou Alguém faz isso, ou então a vida e a realidade não têm finalidade e sentido. Mas a existência tem um propósito. Ninguém vive sem sentido. Esta certeza é o núcleo central do fenómeno religioso. E a confusão desse sentido é o deus desconhecido de Atenas.

Foi assim que o ateísmo, sem conseguir fundamento intelectual sólido ou resposta às questões humanas, se revelou uma crença arbitrária. Hoje, após a angústia da Reforma, o terror da Revolução e a perplexidade da guerra global, somos de novo, em tudo, os mais religiosos dos homens.

Só falta ouvir o que Paulo tem a dizer.

Re: Ser Catolico
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 20 de April de 2006 10:46

Sim, o conceito de que um bom católico deve ser ser um cristão hard , por oposição aos cristãos light ( suponho que são os descafeinados), é um tipo de linguagem muito pouco católica que é permanentemente utilizada por JCN e companhia

Subjacente está uma determinada ideia de religião agressiva e violenta. Não esqueço que ainda recentemente o mesmo JCN afirmou publicamente que respeita e compreende os terroristas religiosos.

De certa forma, é esta que é uma linguagem desqualificadora, agressiva e insultuosa para com os católicos.

De modo que, face a esta linguagem , parece-me que o riso e o humor são uma resposta adequada - e pacífica .
Um católico não deve andar sempre com um ar compungido e deprimido, nem o riso dos disparates alheios está proibido para um cristão. Se assim fosse, não poderíamos rir dos palhaços...

Aliás , se Deus fosse mesmo como alguns Católicos hard ( e islãmicos hard) pensam que Ele é, nunca teria criado os gatinhos.


( De "Um Deus chamado Abba", de José Luis Cortés, Estrela Polar, Oficina do Livro, 2006.
Recomendo vivamente o livro aos que gostam de uam religião amarga)

Re: Ser Catolico
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 20 de April de 2006 16:20

Apenas uma nota rápida não relacionada com o assunto deste tópico: removi algumas mensagens colocadas recentemente neste tópico por violar manifestamente as regras de funcionamento do fórum. Não têm a ver com o tema do fórum, não têm como objectivo a discussão e estão publicadas noutros sites.

Relembro que o objectivo deste fórum é a discussão de temas e não a divulgação de notícias, nomeadamente de cariz político e relembro que tema deste fórum é religião e não política.

Luís Gonzaga

Re: Ser Catolico
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 21 de April de 2006 02:05

JMA, há uma diferença enorme entre rir no casamento de Caná com a alegria dos noivos e rir com o erro alheio.
A cafeina é uma droga, Jesus usou o exemplo do sal que perde o seu sabor para exemplificar a mesma situação. O sal é um alimento pouco saudavel.
Quando há má vontade...


CP, compreender não significar apoiar. Eu procuro compreender coisas com as quais não concordo minimamente. O terrorismo islamico (eu não conheço outro terrorismo religioso, a não ser que consideremos a guerra maoista do Nepal uma forma de terrorismo ligada a uma opção religiosa, neste caso o ateismo) para ser combatido por meios pacificos precisa de ser compreendido. Para conseguirmos evitar que mais pessoas se tornem terroristas islamicos precisamos de compreender porque motivos eles enveredam por esse caminho.


Re: Ser Catolico
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 21 de April de 2006 07:03

Camilo:



POdemos compreender as causas políticas, económicas e sociais que estão por trás do terrorismo religioso islãmico, enquanto organização internacional violenta, alimentada pelo fundamentalismo religioso, pelas desiguldades económicas e por um aproveitamento político de crenças religiosas essencialistas ( a religião hard).

Mas compreender, significa , neste contexto, um exercício intelectual de análise objectiva sobre as causas de um determinado fenómeno social e as suas implicações éescala global.

Até porque, como tu disseste, compreender, ter conhecimento sobre as causas de, pode ser um primeiro passo importante para ultrapassar esse fenómeno.

Mas não foi esse o significado de compreender que do JCN e respectiva claque utilizou.


O JCN afirmou respeitar e compreender os terroristas islãmicos , porque os seus actos actos são uma resposta a uma agressão contra os seus valores religiosos feita pelos valores ocidentais "decadentes", quer dizer laicos.
Foi este, claramente, o sentido da afirmação do JCN.
ESte Sentido foi corroborado por um dos elementos da claque "juvenil", tipo morangos com açucar do colégio da linha ( imagem bem apanhada de um bloguista conhecido) .

Afirmou esse jovem (????) que ele próprio se transformaria num terrorista homicida se alguém o proibisse de usar uma cruz ao pescoço , justificando e banalizando o homicídio de motivaçãos religiosas.

Ou seja, os actos terroristas islãmicos foram apresentados como uma resposta natural e inevitável aos valores da laicidade, da tolerãncia e da liberdade individual, [b] as matrizes da cultura europeia - valores esses que foram considerados como a causa da "decadência da europa"...

Foi esse o discurso permanente de JCN ao longo de todo o debate e está de acordo com os valores e linguagem utilizados habitualmente por JCN, numa versão cristã de certos tiques do fundamentalismo religioso islãmico.

Duas notas finais :

1 - Apesar da sua exposição mediática , o pensamento , o estilo de comunicação e a sensibilidade religiosa do JCN, não são representativos nem do catolicismo nem dos valores dos portugueses católicos neste início do século XXI. O facto de aparecer em primeiro plano em debates públicos como representante dos católicos, tem como efeito objectivo desqualificar e desvalorizar socialmente o catolicismo e dar dele uma imagem distorcida da realidade.

2 - Não existe apenas o fundamentalismo islãmico. O fundamentalismo religioso cristão tem um força económica, política e militar bem demarcadas e violentas.



Re: Ser Catolico
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 21 de April de 2006 09:50

Enfim, a religião (as religiões) em vez de nos aproximar de Deus (YHWH), de nos libertar dos vícios, do fanatismo, do pecado, da desobediência ao Criador, parece que muitos de nós somos conduzidos no sentido contrário, causando a ruína e a destruição.
Trancrevo uma oração do profeta Daniel.
Citação:
«Ah! Senhor, Deus grande e temível, que és fiel à Aliança e que manténs o teu favor para com os que te amam e guardam os teus mandamentos. 5*Todos nós pecámos, prevaricámos, praticámos a iniquidade, fomos revoltosos, afastámo-nos dos teus mandamentos e das tuas leis. 6*Não escutámos os teus servos, os profetas, que falaram em teu nome aos nossos reis, aos nossos chefes, aos nossos pais e a todo o povo da nação.
7*Para ti, Senhor, a justiça; para nós, a infâmia, como é hoje para as gentes de Judá, para os habitantes de Jerusalém e para todo o Israel, para aqueles que estão perto e aqueles que estão longe, em todos os países por onde os espalhaste, em consequência das iniquidades que cometeram contra ti. 8Sim, ó SENHOR, para nós a vergonha, para os nossos reis, para os nossos chefes, para os nossos pais, porque pecámos contra ti.
9No Senhor, nosso Deus, a misericórdia e o perdão, pois nos revoltámos contra Ele. 10Recusámos escutar a voz do SENHOR, nosso Deus; não seguimos as leis que nos propunha pela boca dos seus servos, os profetas. 11*Todo o Israel transgrediu a tua lei e voltou-se para o outro lado, a fim de não ouvir a tua voz. Por isso, a maldição e a imprecação que constam da lei de Moisés, servo de Deus, foram espalhadas sobre nós, visto que pecámos contra Ele. ...Foi de harmonia com o que está escrito na lei de Moisés que nos advieram estas calamidades. E não procurámos apaziguar o SENHOR, nosso Deus, renunciando às iniquidades e dirigindo a atenção para a sua verdade. ..., pois que o SENHOR, nosso Deus, é justo em tudo o que faz. Porém, não escutámos a sua voz.
....
17Escuta, pois, ó nosso Deus, a súplica insistente do teu servo. Pelo teu amor, Senhor, faz brilhar a tua face sobre o teu santuário devastado. 18*Ó meu Deus, presta atenção e ouve-nos; abre os olhos para ver as nossas ruínas e a cidade que tem um nome que vem de ti. Não é por causa dos nossos actos de justiça que depomos a teus pés as nossas súplicas, mas em nome da tua grande misericórdia.
19Senhor, ouve! Senhor, perdoa! Senhor, presta atenção! Actua! Pelo teu bom nome, ó meu Deus, não tardes, porque foi o teu nome que foi dado à tua cidade e ao teu povo.»

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Ser Catolico
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 21 de April de 2006 11:26

Sobre o tema, um actualíssimo artigo de opinião de António Vitorino, no DN ( sublinhados meus) :

(…)

"O cardeal Ratzinger, abordando este tema dos valores da Europa numa conferência antes da sua eleição como Papa, afirmava que a Europa não é um conceito geográfico mas antes um conceito reportado a valores.

Explicitando a sua ideia, o actual Bento XVI punha naturalmente em realce o contributo fundamental do cristianismo (e da Igreja Católica em especial) para os valores europeus, mas ao mesmo tempo reconhecia a influência decisiva que o cristianismo recebeu da sua interacção com o racionalismo filosófico da época das Luzes que teve o espaço geográfico como campo privilegiado de afirmação.

Neste exercício de interpretação histórica, o Papa procurava demonstrar que na formação dos valores europeus não havia uma contradição genética entre estas duas grandes correntes formadoras da identidade europeia, na medida em que ambas se reportavam à defesa de uma matriz essencial, a dignidade da pessoa humana."


(…)
Este é o verdadeiro dilema da Igreja de Bento XVI: encontrar, do ponto de vista doutrinário e pastoral, o ponto de equilíbrio entre a tolerância perante as demais religiões (o diálogo ecuménico no próprio espaço europeu) e ao mesmo tempo combater a "a-religiosidade" e o relativismo de valores nas sociedades europeus, uma tarefa a que o predecessor do actual Papa chamou "a reevangelização da Europa".

(…)
Quanto ao Tratado Constitucional, o Vaticano e o próprio Papa João Paulo II foram muito críticos pela ausência de referência explícita à herança cristã no preâmbulo do texto como contributo para a formação dos valores europeus, já que o dito texto apenas contempla uma referência genérica à "herança religiosa" sem a qualificar (de par com a referência à herança humanista).

(…) Um diz respeito ao facto de durante bastante tempo a dificuldade em encontrar uma saída para esta questão na própria Convenção ter residido na resistência oferecida por alguns dos promotores da inclusão da referência à herança cristã a que ela fosse alargada a "herança judaico-cristã"...

O outro resulta da pequena história de porque é que caiu a proposta de compromisso por muitos apoiada (entre os quais eu próprio) de que a par da referência à herança judaico-cristã se reconhecesse também, como facto, a influência de "outras religiões presentes historicamente no espaço europeu"...

[dn.sapo.pt]

Re: Ser Catolico
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 21 de April de 2006 18:29

Creio que o JCN disse que respeitava e compreendia o terrorista mas não o terrorismo, na linha de que se deve respeitar e compreender o pecador mas não aceitar de forma alguma o pecado.
Foi das poucas coisas que ouvi durante os 15 minutos em que vi o debate.

O estilo de comunicação do JCN, pelo menos em televisão, não é realmente o melhor.

JCN tentou apresentar o desrespeito pela vida e pela familia, em particular com a generalização da aprovação social e legal do aborto e da relativização da familia tradicional, como causas da decadencia da europa. Nesse ponto concordo com ele. O aborto é para mim um crime obominavel e a sua aceitação representa por si só uma decandencia moral. Mas estes 2 pontos são, a meu ver, já de si consequencias de uma causa mais profunda. Poderei aprofundar este ponto, de preferencia noutro topico.
JCN na sua apresentação foi realmente muito inapto.

Existem muitos tipos de fundamentalismo mas terrorismo com fundamentação religiosa só conheço o islamico. A lei que proibe o uso de simbolos religiosos em França parece-me, à distancia sem conhecer bem o meio francês, uma forma de fundamentalismo antirreligioso, uma forma de laicismo repressora e não respeitadora da liberdade.

O cristão verdadeiramente convicto, verdadeiramente "hard", não é agressivo. A agressividade é contraria aos principios de Jesus Cristo, manso e humilde de coração. A agressividade é pelo contrario sinal de insegurança na fé, de medo. Quem tem verdadeiramente fé não tem essa insegurança que pode levar à agressividade.
Não foram agressivos S. Francisco de Assis, São Vicente de Paulo ou Santa Teresa de Ávila.

O cristianismo foi decisivo na genese do iluminismo, posteriormente o cristianismo recebeu influencias do racionalismo filosofico que o iluminismo gerou. Essas infuencias ajudaram-no a libertar-se de muitas das amarras que a ligação com o poder tinha criado ao cristianismo.

Re: Ser Catolico
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 21 de April de 2006 19:37

Camilo:
Ao contrário do que pensas, O terrorismo cristão também existe na actualidade .
[pt.wikipedia.org]

Em vez de bombistas suicidas usa o bombardeamento convencional em guerras injustificadas face ao direito Internacional e que o Vaticano formalmente condenou.

[www.commondreams.org]
[www.glocaleye.org]

Existe também sob a forma de terrorismo verbal e ideológico.

[mediamatters.org]
[www.comciencia.br]
[www.adn.com]


Não sejamos ingénuos nem hipócritas. O Fundamentalismo religioso grassa hoje, de ambos os lados.


Como tu escreveste, "A agressividade é contrária aos principios de Jesus Cristo, manso e humilde de coração".


Logo os cristãos hard , particularmente os que respeitam e praticam o terrorismo, nas suas várias formas, dificilmente serão cristãos.

Re: Ser Catolico
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 21 de April de 2006 20:04

Aliás o próprio João César das Neves reconhece a existência deste fundamentalismo cristão [dn.sapo.pt] :

" Como se sabe, existem nos Estados Unidos vários movimentos cristãos integristas que pretendem impor como científica a visão da Criação ensinada na Bíblia. Tomando a Escritura como um livro de Biologia, afirmam que nas escolas a teoria da evolução de Darwin deve ser substituída, ou pelo menos completamentada, pelo criacionismo. O fundamento invocado para essa proposta, inclusive em tribunal, costuma ser o conceito de liberdade religiosa.

A tolerância de culto constitui, sem dúvida, um pilar fundamental da sociedade civilizada. As terríveis perseguições recentes, que ainda permanecem em tantas zonas do mundo, são infâmias inqualificáveis em qualquer cultura digna. Mas a liberdade religiosa, se dá a cada pessoa e comunidade o direito à sua fé e celebração, não lhe concede a possibilidade de impor essa sua visão particular à totalidade.

Os cristãos integristas, como todos os outros grupos, devem ter autonomia para, no respeito pela lei, acreditar e defender o que quiserem; podem ensinar aos seus filhos o que acharem melhor. Mas só uma compreensão distorcida de liberdade os leva a exigir que as suas opiniões sejam postas em igualdade com os resultados científicos que toda a sociedade subscreve. [

b]Liberdade e tolerância não significam imposição de uma atitude minoritária à globalidade.[/b]"

Concordo com o JCN. Este juízo aplica-se ao modelo de ensino do conhecimento científico, mas igualmente ao modelo de educação sexual nas escolas e a outras matérias de organização social

A pretensão de "impor ao todo a opinião da pequena minoria." é um risco que hoje corremos, sobretudo se o fundamentalismo religioso impuser uma visão teocrática da coisa pública.

Noutra coisa, estou de acordo com o JCN –" A liberdade exige que cada um possa ter a vida que quiser.
Mas não força a que todos achem que todas as alternativas são equivalentes; tal como a liberdade religiosa não exige que se ensinem nas escolas as teorias de qualquer seita".

( Sobretudo se os conteúdos ideológicos dessa seita ( ou grupo religiosos minoritário) sejam temas como a educação sexual, o papel das mulheres na sociedade, a homofobia,,,,)

Não discordo de tudo o que o JCN escreve, apenas de algumas tiradas infelizes, levadas por alguma exasperação ideológica de matriz… fundamentalista.

Re: Ser Catolico
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 25 de April de 2006 00:46

Não confundamos os conceitos. O fundamentalismo não é fanatismo e um e outro não são terrorismo.

As testemunhas de Jeová são fundamentalistas e pacifistas. Há muitos fundamentalistas profundamente pacificos.
Sei que há muito fundamentalismo cristão, uns pacificos outros agressivos. Há fanatismo cristão. Mas não conheço terrorismo cristão nem sequer guerras promovidas por cristãos por motivos religiosos.

Nem confundamos uma guerra convencional de um estado oficialmente laico com uma guerra religiosa. Aliás um ano antes da guerra ser declarada li eu num artigo da cience&vie uma entrevista a um especialista do mercado energetico em que este declarava que no futuro o petroleo iria ficar mais caro porque o seu preço iria reflectir os custos militares necessários para garantir o acesso ao petroleo.
É obvio para todos que a motivação não foi religiosa mas sim economica.
Aliás publicamente Bush e Blair declararam, isso sim, que uma das motivações da guerra era difundir os valores da democracia, da liberdade e dos direitos humanos.

A argumentação publica incidia sobre a promoção dos valores mais gratos aos estados laicos ocidentais. Desse ponto de vista (hipocrita porque as verdadeiras razões são economicas) foi uma guerra de estados laicistas contra um estado supostamente religioso (na realidade uma ditadura militar).
Atenas e Esparta. Atenas era democratica (oligarquica mas democratica). Esparta não. No entanto Esparta não impunha o seu modelo de governo aos seus aliados, Atenas era muito mais agressiva neste ponto (e não só) que Esparta. Pelo menos foi o que li algures, não sou historiador.

Acho que não se deve empregar o termo terrorismo com facilidade para ele não perder o seu valor, o seu significado. Não posso comparar a agressividade verbal, a calunia com o assassinato indiscrimanado de inocentes.

O islão gosta de pensar que o ocidente é dominado pelo cristianismo, que os paises ocidentais são paises cristãos porque para o islao a convivencia com o cristianismo é possivel mas a convivencia com o ateismo ou o agnosticismo não é aceitavel. Um muçulmano sentiria que tinha a obrigação de combater o ocidente se pensasse que este era ateu. Como não o fazem, nem desejam faze-lo activamente (a quase totalidade dos muçulmanos) preferem então ver os paises ocidentais não como estados laicos mas sim como estados dominados por uma população cristã.

Re: Ser Catolico
Escrito por: Álvaro Júnior (IP registado)
Data: 26 de April de 2006 02:02

Caros irmãos

Aquilo que me parece essencial a um cristão e, por inerência a um católico é o seguinte:

1. O conhecimento de que Deus é Amor.

Esta afinal a grande revelação, a Boa Nova que Jesus nos anunciou;


2. O conhecimento da prática do Amor.

Conhecimentos práticos revelados na vida e mensagens de Jesus transmitidas no novo testamento;


3. A construção de um projecto de vida e prática quotidiana, individual e colectiva.

Construção com base nos ensinamentos transmitidos por Jesus e reflexão;


Urge a concentração da igreja (todos nós) e clero numa evangelização centrada na base do cristianismo, talvez como Jesus fez, em dialogos simples e acessíveis, junto das pessoas.

Jesus propõe a revolução, enormes rupturas de emoções. pensamentos e atitudes. Propõe mudanças profundas do indivíduo e sociedade.

O cristianismo genuino representa. representou e representará uma enorma ameaça aos poderes instalados, mas acredito que muitas das respostas aos problemas actuais e futuros, passaram pelas originalidade ainda absolutamente actual de Jesus.


Álvaro dos Santos Jr.

Re: Ser Catolico
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 26 de April de 2006 09:21

Essas palavras ficam muito bem a qualquer pessoa muito bem intencionada, mas não devemos ficar desiludidos, se nestes últimos dias se cumprirem as seguintes palavras, mencionadas nas Sagradas Escrituras:
Citação:
Apocalipse cap.22 11*Que o injusto continue a cometer injustiças; que o impuro continue a cometer acções impuras; o que é honrado continue a ser honrado e o que é santo santifique-se ainda mais.
12 Eis que Eu venho em breve e trarei a recompensa para retribuir a cada um conforme as suas obras.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

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