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O "Index" dos Fármacos
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 11 de November de 2004 16:23

Uns falam em proibições de fármacos: outros dizem desconhecê-las.

A catolicapraticante afirma "Não há nenhum Index de fármacos."

Para não estarmos semopre a falar no "Centralismo Romano" mesmo quando ele não existe, deixo aqui o repto:
Quem conhecer medicamentos proibidos pela Igreja, que os indique aqui.
E que indique igualmente onde está isso escrito.

É que já me parece outra vez a conversa dos "dogmas correlativos"...

João (JMA)

Re: O "Index" dos Fármacos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de November de 2004 16:28

;)) Combinado!

Re: O "Index" dos Fármacos
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 11 de November de 2004 22:38

Caros amigos,

Tomei a liberdade de utilizar uma das novas funcionalidades desta versão, e mover as mensagens sobre a posição da Igreja sobre o Viagra, que estava desenquadradas no tópico A eficácia da oração depende da união com Cristo, para este tópico.

Espero que seja do vosso acordo.


A discussão começou quando a certa altura a Ana disse o seguinte:
Citação:
Conheço padres, que o que eles dizem, vem-lhes do coração!...Mesmo os gestos que mostram ao celebrar uma missa. Eu pela homilia conheço o padre...!!!
No domingo passado fui à missa de um padre jovem e professor no seminário. Mais um em que as palavras, lhes saie do coração.
Onde ele falou que o viagra, não é aceite pela igreja!!! Olhei ao meu redor, a ver a reacção das pessoas:) Ninguém se manifestou...as pessoas aceitam o que este padre diz e ensina:) Onde disse também, alguma coisa que tenhamos a dizer, se não for para elevar a pessoa, que não devemos dize-la!...
A partir desse momento, começaram os comentários a esta afirmação sobre o fármaco, mas que se foram afastando do tema do outro tópico.
Como penso ser da opinião de todos que ambos os assuntos são pertinentes e importantes de ser debatidos, vou separá-los para não causar confusão e ruído. Mais uma vez, espero que seja do vosso acordo e agrado.

Luis

O "Index" dos Fármacos
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 11 de November de 2004 22:38

Sei que não vem muito a propósito do tópico. No entanto, Ana, é para mim novidade que «o Viagra não é aceite pela Igreja».

Alef



Editado 1 vezes. Última edição em 11/11/2004 22:58 por Luis Gonzaga.

O "Index" dos Fármacos
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 11 de November de 2004 22:38

Confesso a minha surpreza pela novidade. Nunca ouvi nem li dizendo tal coisa. Falando com entendidos em ética e moral, nunca nenhum leu qualquer pronunciamento sobre o fármaco. Confesso não entender essa.



Editado 1 vezes. Última edição em 11/11/2004 22:58 por Luis Gonzaga.

O "Index" dos Fármacos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de November de 2004 22:38

Embora não venha a propósito do tema inicial e na sequência das intervenções sobre o Viagra, é importante esclarecer aos leitores atentos que não existe nehum Index para os fármacos que um católico possa ou não utilizar.
Todos os fármacos são lícitos , desde que utilizados terapeuticamente , segundo as legis artis, numa perspectiva preventiva, curativa ou até paliativa, para minorar o sofrimento humano e melhorar a Qualidade de Vida das pessoas.

As raras Católicas Praticantes com grandes susceptibilidades relativamente á utilização da pílula anticoncepcional, devem ser informadas que o Vaticano admite a utilização Terapêutica deste fármaco. Sabemos hoje que na prática clínica, estes fármacos (Vulgo conhecidos como pílula) são terapeuticamente indicados para tratar um conjunto vasto de situações que vão desde o acne, dismenorreia, endometriose, menorragias e consequentes anemias, S.PM, prevenção do cancro do ovário, disfunções sexuais femininas, etc.
O vatinano e os seus documentos oficiais claramente admitem a utulização terapêutica deste fármaco.



Editado 1 vezes. Última edição em 11/11/2004 22:58 por Luis Gonzaga.

O "Index" dos Fármacos
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 11 de November de 2004 22:38

Embora o tema se esteja a desviar do original, julgo que teria bastante interesse para os leitores deste Fórum, saber quais os documentos oficiais do Vaticano em que são claramente admitidos admitidos contraceptivos quimicos.
Convem conhecer os documentos.
Penso que devem tambem ser apresentados estudos recentes que estabelecem ligações entre o Cancro da Mama e o uso da chamada "pilula".




Editado 1 vezes. Última edição em 11/11/2004 22:58 por Luis Gonzaga.

O "Index" dos Fármacos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de November de 2004 22:38

Repito, o Vaticano apenas condena a utilização da pílula anticoncepcional se esta for utilizada com finalidades exclusivamente anticoncepcionais. Assim como condena o uso da morfina, opiácios e seus derivados como forma de toxicodependência. Como condena a utilização de estimulantes sexuais como o Viagra se for utilizado com fins contráiros á liberdade e dignidade humanas.

O Vaticano, Em NeNHUM Documento Oficial condena a utilização destes fármacos com fins terapêuticos.
è absolutamente pacífica, no meio eclesial e teológico, a utilização dos contraceptivos hormonais com finalidades terapêuticas no tratamento de certas patologias ou redução dos seus sintomas.
Não há nenhum Index de fármacos.



Editado 1 vezes. Última edição em 11/11/2004 22:59 por Luis Gonzaga.

O "Index" dos Fármacos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de November de 2004 22:38

Os contraceptivos orais são o tipo de fármacos mais investigados, objecto de inúmeros estudos longitudinais e são um grupo de fármacos mais prescritos em todo o mundo.
Podem ser utilizados terapêuticamente no tratamento de Dismenorreia, Hemorragias excessivas, Anemia ferropénica, acne, hirsutismo e Endometriose, irregularidade dos ciclos.

Existem evidências definitivas de protecção contra o cancro do ovário e de endométrio, doença benigna da mama, doença inflamatória pélvica (DIP) e gravidez ectópica.

Tambémexistem pesquisas que sugerem que os contraceptivos orais podem oferecer benefícios na densidade mineral óssea, miomas uterinos, síndrome de choque tóxico e câncro colorretal. Existem evidências mínimas que apoiam o seu efeito protector contra o desenvolvimento de quistos ováricos funcionais e artrite reumatóide.





Editado 1 vezes. Última edição em 11/11/2004 22:59 por Luis Gonzaga.

O "Index" dos Fármacos
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 11 de November de 2004 22:38

Não querendo uma vez mais desviar-me do assunto do topico, retorno à pergunta que fiz: Quais são os documentos oficiais do Vaticano em que são claramente admitidos contraceptivos orais.




Editado 1 vezes. Última edição em 11/11/2004 22:59 por Luis Gonzaga.

Re: O "Index" dos Fármacos
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 11 de November de 2004 23:17

Uma primeira nota técnica: As mensagens deste fórum que foram editadas por mim, foram movidas do tópico "... A eficácia da oração depende da união com Cristo", para aqui, e a hora foi alterada para não se perder a sequência.

Agora sobre o tema.

Tenho uma certa curiosidade em conhecer o fundamento ético e moral que alguém terá utilizado para dizer que a utilização do Viagra não é aceite pela Igreja. Quando digo 'Igreja' estou neste caso a referir à Igreja Católica Romana.

Existem alguns fármacos que sei serem contra a doutrina da Igreja. Estou-me a lembrar da pílula abortiva, por exemplo.

Quanto ao contraceptivo oral (vulgo 'pílula'), se não estou em erro, a Igreja pronunciou-se ser contra a regulação de nascimentos por métodos artificiais, onde se inclui a pílula. Mas parece-me que não se opõe à utilização desta se for para outros fins que não a regulação de nascimentos. Isto é, o que estaria errado não seria tomar a pílula em si, mas tomá-la como método contraceptivo. Talvez alguém possa aprofundar este assunto...

Voltado ao comprimido azul, se o milagroso comprimido contribuir para a felicidade e união do casal, e a melhor da sua vida íntima e amorosa, é-me difícil compreender porque razão tal milagre não seria aceite pela Igreja.

Talvez a Ana possa perguntar ao tal padre a razão e o fundamento da sua afirmação, e assim, contribuir com alguma luz para esta discussão.

Luis


Re: O "Index" dos Fármacos
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 12 de November de 2004 02:29



Luis

Vou tentar perguntar ao padre, se conseguir, depois digo-vos...

Ainda há dias falei com um jovem de 25 anos, que ensina religião numa escola e ele disse que usar a pilula como contraceptivo é pecado...! Tirou o curso de Teologia há 1 ano!
Há padres, que não gostam de falar de contraceptivos...o que acho bem mal. Deviam falar e ensinar o povo do que é certo e o que é errado na religião católica...Porque, quem não sabe, quem não foi informada, não peca!...

Re: O "Index" dos Fármacos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 12 de November de 2004 09:33

"Existem alguns fármacos que sei serem contra a doutrina da Igreja. Estou-me a lembrar da pílula abortiva, por exemplo".

Caro luís :

A chamada Pílula abortiva está incluida um leque vasto de fármacos que têm como consequência induzir contracções uterinas e expulsar o conteúdo uterino. Estes fármacos ( Nomeadamente o da pílula abortiva) são utilizados terapeuticamente com finalidades curativas em situações obstétricas ou outras situações clínicas.
Vou dar um exemplo muito concreto e espero não ferir susceptibilidades. Há situações em que ocorre a morte fetal por causas naturais, sem que se inicie o processo expulsivo. È necessário então administrar fármacos que induzam as contracções uterinas de forma a que ocorra a expulsão de um feto já morto. Isto não é nenhuma prática abortiva, é um procedimento médico que implica a utilização de fármacos atmbém utilizados com, finalidades abortivas.

( Existem também muitos outros medicamentos com efeitos abortivos ou teratogénicos e que são comummente utilizados nas mais diversas patologias)

Repito, não existem fármacos proibidos. O fármaco utilizado na pílula abortiva não é proibido pela Igreja. O que a igreja condena é a sua utilização para fins abortivos.

De facto, nenhumum documento oficial a igreja Católica expressamente proibe a utilização da Pílula.
O que existe é uma condenação gçobal de todo o tipo de contracepção, qualquer que seja a sua forma.

Re: O "Index" dos Fármacos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 12 de November de 2004 09:43

4. A Igreja ensinou sempre a malícia intrínseca da contracepção, isto é, de todo o acto conjugal tornado, intencionalmente, infecundo. Deve reter-se este ensinamento como uma doutrina definitiva e irreformável. A contracepção opõe-se gravemente à castidade matrimonial, é contrária ao bem da transmissão da vida (aspecto procriativo do matrimónio), e à doação recíproca dos cônjuges (aspecto unitivo do matrimónio), lesa o verdadeiro amor e nega a função soberana de Deus na transmissão da vida humana.

In Vademecum dos confessores

Re: O "Index" dos Fármacos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 12 de November de 2004 09:56

Nenhum documento do vaticano fala específicamente contra a pílula contraceptiva. Respondendo ao senhor joão luís, não existem o documentos oficiais do Vaticano em que são claramente admitidos ou proibidos os contraceptivos orais. ( E SE existirem, é favor citá-los)

O que existem é vários documentos que proibem qualquer forma de contracepção, qualquer que seja o métdodo utilizado. Mas essa proibição não é o tema deste debate.

Ou seja, nem mesmo a pílula contraceptiva consta de qualquer Index de fármacos, podendo pois ser utilizada com toda a tranquilidade de consciência, mesmo pelas pessoas mais fundamentalistas, desde que a sua utilização tenha fins terapêuticos




Re: O "Index" dos Fármacos
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 12 de November de 2004 10:54

A tecnica do Ping Pong em acção. Na impossibilidade de provar o que diz "O vatinano e os seus documentos oficiais claramente admitem a utulização terapêutica deste fármaco." devolve a questão para eu provar que proibe.....
Talvez da proxima eu faça um desenho, mas uma vez mais pergunto: Prove a sua afirmação!
E já agora nao ponha palavras na minha boca que eu não disse.
Limite-se a provar com citações por favor.
Todos aguardamos.

Re: O "Index" dos Fármacos
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 12 de November de 2004 12:25

Caro Pe. João Luis,

Penso que o número 15 da Humanae Vitae prova essa afirmação. Deixo aqui alguns parágrafos anteriores e posteriores para enquadrar a ideia geral.
Citação:
Vias ilícitas para a regulação dos nascimentos
14. Em conformidade com estes pontos essenciais da visão humana e cristã do matrimônio, devemos, uma vez mais, declarar que é absolutamente de excluir, como via legítima para a regulação dos nascimentos, a interrupção direta do processo generativo já iniciado, e, sobretudo, o aborto querido diretamente e procurado, mesmo por razões terapêuticas (14).

É de excluir de igual modo, como o Magistério da Igreja repetidamente declarou, a esterilização direta, quer perpétua quer temporária, tanto do homem como da mulher.(15)

É, ainda, de excluir toda a ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento das suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação (16).

Não se podem invocar, como razões válidas, para a justificação dos atos conjugais tornados intencionalmente infecundos, o mal menor, ou o fato de que tais atos constituiriam um todo com os atos fecundos, que foram realizados ou que depois se sucederam, e que, portanto, compartilhariam da única e idêntica bondade moral dos mesmos. Na verdade, se é lícito, algumas vezes, tolerar o mal menor para evitar um mal maior, ou para promover um bem superior (17), nunca é lícito, nem sequer por razões gravíssimas, fazer o mal, para que daí provenha o bem (18); isto é, ter como objeto de um ato positivo da vontade aquilo que é intrinsecamente desordenado e, portanto, indigno da pessoa humana, mesmo se for praticado com intenção de salvaguardar ou promover bens individuais, familiares, ou sociais. É um erro, por conseguinte, pensar que um ato conjugal, tornado voluntariamente infecundo, e por isso intrinsecamente desonesto, possa ser coonestado pelo conjunto de uma vida conjugal fecunda.

Liceidade dos meios terapêuticos

15. A Igreja, por outro lado, não considera ilícito o recurso aos meios terapêuticos, verdadeiramente necessários para curar doenças do organismo, ainda que daí venha a resultar um impedimento, mesmo previsto, à procriação, desde que tal impedimento não seja, por motivo nenhum, querido diretamente. (19)

Liceidade do recurso aos períodos infecundos

16. Contra estes ensinamentos da Igreja, sobre a moral conjugal, objeta-se hoje, como já fizemos notar mais acima (n. 3), que é prerrogativa da inteligência humana dominar as energias proporcionadas pela natureza irracional e orientá-las para um fim conforme com o bem do homem. Ora, sendo assim, perguntam-se alguns, se atualmente não será talvez razoável em muitas circunstâncias recorrer à regulação artificial dos nascimentos, uma vez que, com isso, se obtém a harmonia e a tranqüilidade da família e melhores condições para a educação dos filhos já nascidos. A este quesito é necessário responder com clareza: a Igreja é a primeira a elogiar e a recomendar a intervenção da inteligência, numa obra que tão de perto associa a criatura racional com o seu Criador; mas, afirma também que isso se deve fazer respeitando sempre a ordem estabelecida por Deus.

Se, portanto, existem motivos sérios para distanciar os nascimentos, que derivem ou das condições físicas ou psicológicas dos cônjuges, ou de circunstâncias exteriores, a Igreja ensina que então é lícito ter em conta os ritmos naturais imanentes às funções geradoras, para usar do matrimônio só nos períodos infecundos e, deste modo, regular a natalidade, sem ofender os princípios morais que acabamos de recordar (20).

A Igreja é coerente consigo própria, quando assim considera lícito o recurso aos períodos infecundos, ao mesmo tempo que condena sempre como ilícito o uso dos meios diretamente contrários à fecundação, mesmo que tal uso seja inspirado em razões que podem aparecer honestas e sérias. Na realidade, entre os dois casos existe uma diferença essencial: no primeiro, os cônjuges usufruem legitimamente de uma disposição natural; enquanto que no segundo, eles impedem o desenvolvimento dos processos naturais. É verdade que em ambos os casos os cônjuges estão de acordo na vontade positiva de evitar a prole, por razões plausíveis, procurando ter a segurança de que ela não virá; mas, é verdade também que, somente no primeiro caso eles sabem renunciar ao uso do matrimônio nos períodos fecundos, quando, por motivos justos, a procriação não é desejável, dele usando depois nos períodos agenésicos, como manifestação de afeto e como salvaguarda da fidelidade mútua.

Procedendo assim, eles dão prova de amor verdadeira e integralmente honesto.

Graves conseqüências dos métodos de regulação artificial da natalidade

17. Os homens retos poderão convencer-se ainda mais da fundamentação da doutrina da Igreja neste campo, se quiserem refletir nas conseqüências dos métodos da regulação artificial da natalidade. Considerem, antes de mais, o caminho amplo e fácil que tais métodos abririam à infïdelidade conjugal e à degradação da moralidade. Não é preciso ter muita experiência para conhecer a fraqueza humana e para compreender que os homens - os jovens especialmente, tão vulneráveis neste ponto - precisam de estímulo para serem féis à lei moral e não se lhes deve proporcionar qualquer meio fácil para eles eludirem a sua observância. É ainda de recear que o homem, habituando-se ao uso das práticas anticoncepcionais, acabe por perder o respeito pela mulher e, sem se preocupar mais com o equilíbrio físico e psicológico dela, chegue a considerá-la como simples instrumento de prazer egoísta e não mais como a sua companheira, respeitada e amada.

Pense-se ainda seriamente na arma perigosa que se viria a pôr nas mãos de autoridades públicas, pouco preocupadas com exigências morais. Quem poderia reprovar a um governo o fato de ele aplicar à solução dos problemas da coletividade aquilo que viesse a ser reconhecido como lícito aos cônjuges para a solução de um problema familiar? Quem impediria os governantes de favorecerem e até mesmo de imporem às suas populações, se o julgassem necessário, o método de contracepção que eles reputassem mais eficaz? Deste modo, os homens, querendo evitar dificuldades individuais, familiares, ou sociais, que se verificam na observância da lei divina, acabariam por deixar à mercê da intervenção das autoridades públicas o setor mais pessoal e mais reservado da intimidade conjugal.

Portanto, se não se quer expor ao arbítrio dos homens a missão de gerar a vida, devem-se reconhecer necessariamente limites intransponíveis no domínio do homem sobre o próprio corpo e as suas funções; limites que a nenhum homem, seja ele simples cidadão privado, ou investido de autoridade, é lícito ultrapassar. E esses mesmos limites não podem ser determinados senão pelo respeito devido à integridade do organismo humano e das suas funções naturais, segundo os princípios acima recordados e segundo a reta inteligência do "princípio de totalidade", ilustrado pelo nosso predecessor Pio XII. (21)

Luis

Re: O "Index" dos Fármacos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 12 de November de 2004 12:53


Existem numerosos documentos sobre esta temática.



Esta transcrição é feito do Jornal L´Osservatore Romano, ou do site do Vaticano, edição em português, )



Os Padres da Congregação para a Doutrina da Fé, às dúvidas apresentadas na assembléia ordinária e abaixo referidas, julgaram dever responder a cada uma como segue:



1. Quando o útero ( por exemplo durante um parto ou operação cesariana ) chega a ser a tal ponto seriamente danificado que se torna, sob o ponto de vista médico, indicada a extirpação ( histerectomia ), mesmo total, para separar um grave perigo imediato contra a vida ou saúde da mãe, é lícito realizar tal procedimento não obstante que para a mulher tenha como conseqüência uma esterilidade permanente ?



R. Sim.



2. Quando o útero ( por exemplo por causa de operações cesarianas precedentes ) se acha num tal estado que mesmo não costituindo em si um risco imediato para a vida ou a saúde da mulher, não seja previsivelmente mais em condição de chegar ao fim de uma futura gravidez sem perigo para a mãe, perigo que em alguns casos poderia resultar mesmo grave, é lícito ), com a finalidade de prevenir um possível perigo futuro proveniente pela concepção ?



R. Não.



3. Na idêntica situação do número 2 citado acima, é lícito substituir a histerotomia pela laqueadura das trompas ( procedimento chamado também ´isolamento uterino´ ) tendo em conta que se atinge o mesmo fim preventivo dos riscos de uma eventual gravidez, com um procedimento muito mais simples para o médico e menos molesto para a mulher e que além disso, em alguns casos a esterilidade assim adquirida pode ser reversível ?



R. Não.



Explicação



No primeiro caso, a histeroctomia é lícita enquanto tem caráter diretamente terapêutico, ainda que se preveja que do facto resultará uma esterilidade permanente. De facto é a condição patológica do útero ( por exemplo, uma hemorragia que não se pode tamponar com outros meios ) que torna, sob o ponto de vista médico, a extirpação indicada. Esta tem, portanto, como fim próprio o de afastar um grave perigo imediato para a mulher, independentemente de uma eventual futura gravidez.



Diferente, do ponto de vista moral, se apresenta o caso de procedimento de histeroctomia e de nas circunstâncias descritas nos números 2 e 3; eles entram no caso moral da esterilização direta, a qual, no documento Quaecumque sterilizatio ( AAS LXVIII ´ 1976, 738´740, n. 1 ), vem definida como uma ação que « tem por único efeito imediato, tornar a capacidade de gerar incapaz de procriar ».« Por isso Ä continua o mesmo documento Ä não obstante toda subjetiva boa intenção daqueles cujas operacões são inspiradas pelo cuidado ou pela prevenção de uma doença física ou mental, prevista ou temida como resultado de uma gravidez, tal esterilização permanece absolutamente proibida segundo a doutrina da Igreja ».



Na realidade, o útero como descrito no nº 2, não constitui em si e por si nenhum perigo imediato para a mulher. De fato, a proposta de substaituir a histerotomia pelo ´isolamento uterino´ nas mesmas concições mostra precisamente que o útero não é em si um problema patológico para a mulher.



Portanto os procedimentos acima descritos não têm um carácter propriamente terapêutico, mas são realizados para tornar estéreis os futuros atos sexuais férteis, livremente realizados. O fim de evitar os riscos para a mãe, derivantes de uma eventual gravidez, vem portanto prejudicado com o meio de una esterilização direta, em si mesma sempre moralmente ilícita, enquanto outras vias moralmente lícitas ficam abertas à uma livre escolha.



A opinião contrária, que considera as supracitadas práticas referidas nos números 2 e 3 como esterilização indireta, lícita em certas condições, não pode portanto considerar´se válida e não pode ser seguida na praxe dos hospitais católicos.



O Sumo Pontífice João Paulo II, na audiência concedida ao abaixo assinado Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, aprovou as supracitadas respostas e ordenou a sua publicação.



Roma, da sede de Congregação para a Doutrina da Fé, 31 de julho de 1993.



+ Joseph Card. Ratzinger

Prefeito



+ Alberto Bovone

Arc. Tit. de Cesarea de Numídia

Secretário


Re: O "Index" dos Fármacos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 12 de November de 2004 12:55

Este outro documento é outro um exemplo concreto em que é permitido uma forma de esterilização cirúrgica definitiva, justificada por razões terapêuticas.

Re: O "Index" dos Fármacos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 12 de November de 2004 12:59

ESpero que o senhor joão luís esteja elucidado-

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