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O que é preciso é imaginação, não acham?
Escrito por: Susete (IP registado)
Data: 28 de October de 2004 16:34

UM BAR PARA SALVAR AS ALMAS
2004-10-28 16:28:35

Ex-capelão militar, há dois anos abraçou o desafio de liderar a paróquia lisboeta de Santos-o-Velho. Angariar dinheiro para obras tornou-se prioritário. Por isso até apoiou uma iniciativa inédita: um bar no átrio da igreja.

Quando a Câmara Municipal de Lisboa começou a recuperar as igrejas da Baixa, recorda o padre Guilhermino Saldanha, “tive a esperança que essa beneficiação subisse até Santos, sobretudo quando o Santana Lopes estava lá, porque ele morava na zona e frequentava a Igreja ”. Não teve sorte, e há dois anos a esta parte luta pela recuperação da igreja de Santos-o-Velho.

Guilhermino Saldanha, natural do concelho de Valpaços, tem 64 anos. Foi capelão militar até 2002, ano em que se reformou da actividade nas Forças Armadas e abraçou o desafio de liderar uma paróquia civil: “Estava bastante alheado da vida paroquial e não conhecia ninguém em Santos”.

Quando ali chegou confrontou-se com uma freguesia de parcos recursos e uma igreja com carências graves. “A igreja está degradada. Além de entrar chuva para o edifício, temos que reparar urgentemente o tecto, o telhado, as capelas mortuárias e as zonas dos serviços. Mas as chuvas são, decididamente, prioritárias”, conta.

Ao perceber que tinha de fazer alguma coisa, o padre pediu orçamentos a pessoas conhecidas e com boa vontade, entre as quais, especialistas do IPPAR. Segundo estes, só para reparar o tecto, a igreja precisaria de 200 mil euros (40 mil contos). De orçamento em orçamento e de técnico em técnico, Guilhermino Saldanha fez as contas. “Precisamos de 500 mil euros (100 mil contos) para consertar tudo. Já fizemos vários pedidos à câmara mas até à data ainda ninguém nos deu nada ”

O BAR DO EURO

Nas vésperas do EURO 2004, um grupo de amigos jovens foram ter com Guilhermino Saldanha e apresentaram-lhe uma proposta: abrir um bar/esplanada no átrio da igreja. Em troca do aval do pároco, os responsáveis pelo novo espaço dar-lhe-iam parte da receita. “Disse que sim porque é uma forma de aproximar a juventude da igreja e para as nossas necessidades, qualquer contribuição é preciosa.”

E assim nasceu um novo espaço. Durante o Verão, esteve aberto diariamente entre as 18h00 e as 02h00. E se no início algumas pessoas estranhavam, os moradores rapidamente se habituaram à ideia de verem aquele átrio povoado de jovens. “A esplanada era ao ar livre e agora está frio, chuva e vento, eles não abrem o barnem sei se voltarão a fazê-lo”, revela o padre.

A primitiva Igreja de Santos-o-Velho remonta ao tempo de D. Afonso Henriques. Guilhermino Saldanha recorda um pouco a sua história: “Obviamente que teve várias reconstruções, especialmente após o terramoto. Mas foi aqui neste átrio que foram enterrados os mártires”. A 1 de Outubro de 2003, a igreja assinalou com um recital as celebrações do 1700º aniversário do martírio dos santos Veríssimo, Máxima e Júlia. “Nessa altura, com a anuência do cónego Eugénio que está em Santa Ingrácia, voltaram para Santos-o-Velho algumas relíquias desses três santos”, recorda.

Curiosamente, esta igreja não pertence a ninguém e a todos pertence. “Na realidade, é do bairro e dos seus habitantes; os organismos estatais não têm compromissos connosco. A minha pergunta é: porque é que o Estado abandonou este espaço com tantos anos de História?”

In: Correio da Manhã


Re: O que é preciso é imaginação, não acham?
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 28 de October de 2004 17:10

Susete


Eu não concordo com bares, nem casinos para arranjar dinheiro para obras da igreja.
Primeiro, os bares não educam os jovens...
Os casinos, só destroem familias...
Uma vez, numa reúnião do Conselho Pastoral, fui contra as idéias do nosso pároco. Ele queria fazer casinos e bingos para arranjar dinheiro para pagar a igreja. Fui contra o padre, a maioria do povo foi a meu favor e o bispo da nossa diocese a meu favor...
O dinheiro para igrejas, deve vir das nossas economias e tem de ser dado com fé.
Aquí as igrejas, são da diocese e não do governo. A diocese tem o direito de fechar as portas a uma igreja, já tem fechado muitas, por o povo que assiste não sustentar a igreja e pode vende-las! Nós suportamos, pagamos a igreja, mas ela não é nossa, mas sim da diocese.

Re: O que é preciso é imaginação, não acham?
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 28 de October de 2004 19:54

Parece-me uma boa ideia. Pena só resultar no verão. Espero que tenha dado algum dinheiro.

Uma paróquia com alguma imaginação consegue sempre arranjar algum dinheiro.

Só que acho é que tal função - angariar dinheiro para as paróquias - não devia ser função dos párocos.

Mas isso é outra conversa.



João (JMA)

Re: O que é preciso é imaginação, não acham?
Escrito por: Anita (IP registado)
Data: 29 de October de 2004 18:00

Ana,

Isso de os bares não educarem os jovens...depende dos bares.
Sempre frequentei bares com amigos meus e, sinceramente, não deixo de ser católica por causa disso.
Um bar atrai os jovens pela música, pelo facto de, à noite, as pessoas estarem mais descontraídas e falarem mais, entretenimento, portanto...Não vejo mal nisso! Tabaco? Alcoól? Isso há em todo o lado, não é um exclusivo de um bar...E a ida a um bar depende das intenções com que se vai lá. Não são os locais que fazem as pessoas, são as pessoas que fazem os locais.

Só fuma quem quer, só bebe quem quer...

Há um bar a que eu costumo (ou costumava, antes de se mamã) ir com frequência: é na Azóia, ao pé do Cabo da Roca. Chama-se Bar Moínho D. Quixote e a única bebida que bebo lá é...batido de baunilha!
O ambiente é do mais espectacular que há: lareira, chá quente, velas por todo o lado, música ambiente muito bem escolhida...

Vale a pena!



Anna e Sara

Re: O que é preciso é imaginação, não acham?
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 29 de October de 2004 19:24

Anita

E quando um jovem vai com outros jovens e esse não bebe alcoól, como é visto? O copinho de leite! E que mais?
E aqueles que bebem alcoól e conduzem, são civilizados?
Sabes o que eu digo aos meus filhos? Gosto que saibais onde fiquem as coisas...mas não devem frequentar...Uma vez por entre outra.

Para mim, esses lugares não servem, onde houver cheiro a tabaco, fujo!!!

Minha linda...Portugal ainda anda muito atrasado, aquí há muitos lugares onde ninguém pode fumar...pastelarias, cafés, restaurantes, esplanadas, escolas, universidades, hospitais, etc. Nem dentro, nem às portas.

Gostaria de saber se nas escolas primárias os professores e empregados auxiliares, fumam? Que educação começam a dar a essas crianças?
No ano passado, visitei Portugal. Entrei dentro de um lugar onde havia internet pública, queria enviar um e-mail para o Canadá, para familiares, estava cheio de crianças e os que tomavam conta do lugar todos fumavam...bué.
Haja civismooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

Re: O que é preciso é imaginação, não acham?
Escrito por: Anita (IP registado)
Data: 03 de November de 2004 11:58

Pois, Ana!
Quanto ao que disseste, reitero também o que disse: são as pessoas que fazem os locais, não são os locais que fazem as pessoas.

E, sim, Portugal continua atrasado em matérias como a proibição de fumar em locais fechados: é a mentalidade do prazer sem limites e sem consequências que vai reinando entre boa parte dos portugueses...
Concordo contigo.
Uma vez, uma senhora que queria fumar num café (onde eu estava já sentada com a minha bebé), mandou-me sentar noutra mesa porque...queria fumar! Acham normal?
Não me levantei sequer e chamei a atenção da senhora para o facto de ali estar uma criança de meses que não tinha culpa dos seus vícios suicidas.
Ela não teve outro remédio e...foi-se embora do café! Resolução radical...mas muito benvinda, convenhamos!



Anna e Sara

Re: O que é preciso é imaginação, não acham?
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 03 de November de 2004 16:21


Uma Senhora educada, civilizada, não fuma junto de um bébe...nem era preciso ninguém dizer-lhe nada.

Os clientes, podem começar a educar os proprietários:) Podem-lhes dizer, que ponham no restaurante uma zona de fumadores e uma zona de não fumadores.
No ano passado, fui aí passar férias...na cidade onde tenho o meu apartamento tem uma esplanada linda e uns bolos muito deliciosos:)
Mas, o fumo de alguns senhores/as incomodava-me!...Falei com o empregado e disse-lhes: porque não põe aquí uma zona de fumadores e uma zona de não fumadores?
O empregado e outros que estavam ao redor, não disseram nada e ficaram a olhar para mim:)))
Há sempre uma maneira de educar!!!



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