Não sei até que ponto, estes actos irão ajudar a uma mudança na Igreja, ou, se pelo contrário, ainda alimentarão, cada vez mais, a não possibilidade das mulheres serem ordenadas.

É preciso nunca esquecer que é de dentro que se muda ou pode mudar a Igreja. Nunca de fora. Basta ver os casos de S. Francisco de Assis e de Lutero.

Luis

Estes actos nao sao desejaveis.

Nem ajudam grande coisa para o (eventualmente inevitavel) sacerdocio das mulheres.

Demonstram uma aparente falha na Igreja em explicar ao mundo a sua posicao quanto ao sacerdocio das mulheres. Nota positiva pois impele a discussao.

Nota negativa na quebra de comunhao.

Mas la que se move...

(como ja notaram estou num teclado sem acentos)

João (JMA)

e no entanto move-se.. inexoravelmente...

Folclore, do mais puro.
Eu diria mais - e o mundo se ri!

o riso alarve normalmente é uma defesa....

Um bom livro sobre este tema:
Does God Need the Church? Towards a Theology of the people of God

Note-se que é um livro dedicado pelo autor ao (já desaparecido) Cardeal Josef Ratzinger.

Gerhard Lohfink é sacerdote e vive numa "Katholische Integrierte Gemeinde", comunidade apostólica de leigos e sacerdotes.

Referindo expressamente: esta comunidade não deseja ser associada com movimentos de integralismo.

João (JMA)

uma versão mais recente vinda de Espanha

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La Vanguardia, Barcelona:

Primer cisma del siglo XXI

La jerarquia de la Iglesia católica ratifica su condena del sacerdocio de
las mujeres

ORIOL DOMINGO - 10/07/2005
Barcelona


El primer cisma del siglo XXI está relacionado con la ordenación sacerdotal
de mujeres. Cisma (schisma, en griego) significa desgarrón, fractura,
división.

La católica francesa Geneviève Beney (55 años, casada con un protestante,
sin hijos) fue ordenada sacerdote el pasado día 2 en Lyon por tres mujeres
obispos (una austríaca, una alemana, una sudafricana). Entre las 60 personas
asistentes había diez mujeres católicas catalanas.

Las tres mujeres obispo, a su vez, habían sido ordenadas hace tiempo como
sacerdotes por el obispo católico argentino Rómulo Antonio Brashi. Este
obispo, que el 29 de junio del 2002 ya confirió la ordenación sacerdotal a
siete mujeres católicas, es considerado cismático por la Santa Sede y ha
sido excomulgado.

En cuanto a la ceremonia de Lyon, Geneviève Beney ha explicado: "Nosotras
amamos la Iglesia. Es hora de que la Iglesia católica recupere su papel
profético contra la discriminación que sufrimos las mujeres. Nuestra
transgresión de mujeres ordenadas es legítima ya que es una cuestión de
dignidad humana. Uno de los medios de cambiar una ley injusta es violando
esta ley". Quienes comparten esta postura consideran que es "un gesto
profético de desobediencia para abrir caminos nuevos al futuro en la
Iglesia".

Esta desobediencia choca con la doctrina y la disciplina oficiales del
catolicismo. Así el arzobispo de Lyon, el joven y aperturista cardenal
Philippe Barbarin, pidió a Geneviève Benev que desistiese de este "acto
grave de ruptura" y lamentó esta "estrategia de provocación y desafio".

Barbarin ha ratificado el monitum,de 10 de julio del 2002, de la
Congregación para la Doctrina de la Fe, entonces presidida por el cardenal
Joseph Ratzinger, que condenó la ordenación de mujeres por el obispo Brashi.
El monitum decía: "La Iglesia no tiene en modo alguno la facultad de
conferir la ordenación sacerdotal a las mujeres. Este dictamen debe ser
considerado como definitivo por todos los fieles de la Iglesia". Por ello
declaraba que aquella ordenación sacerdotal -y, por tanto, las que de manera
similar se pudieran realizar en el futuro-son "simulación de un sagramento,
inválida y nula, un grave delito contra la constitución divina de la
Iglesia, y una grave ofensa contra su unidad".

La Santa Sede, en definitiva, dejaba establecido el carácter cismático de
estas ordenaciones femeninas: "Las mujeres antes mencionadas se han hecho
ordenarpor un obispo cismático y, si bien no se adhieren formalmente a su
cisma, han entrado en complicidad con el cisma". Es el primer cisma que se
da en la Iglesia del siglo XXI. Tras la amonestación formal, la Santa Sede
dictó la excomunión, además de para el obispo cismático, para las mujeres
aparentemente ordenadas. La excomunión conlleva la prohibición de celebrar y
recibir los sagramentos y de ejercer cualquier función en oficios,
ministeterios o cargos eclesiásticos.

Pero el pulso continúa. El segundo congreso de mujeres católicas sacerdotes
de Europa y América se celebrará el próximo dia 25 en Toronto. Otro congreso
similar se celebrará en el mes de enero del próximo año en París.

Fuente: [www.lavanguardia.es]

"A Igreja Católica precisa de ter "uma nova atitude" em relação a temas como a contracepção ou o aborto, de dar "guarida" aos direitos humanos também no seu interior, de descentralizar as suas estruturas de decisão e participação e de dialogar com uma Europa "onde cresce a indiferença". Anselmo Borges, padre, teólogo e professor de Filosofia na Universidade de Coimbra, propôs ontem em Valadares (Gaia) um autêntico manifesto para a revolução na Igreja.

Foi na abertura do congresso Deus no Século XXI e o Futuro do Cristianismo que este membro da Sociedade Missionária da Boa Nova, uma congregação católica missionária fundada em Portugal há 75 anos, fez a lista dos desafios internos que o cristianismo enfrenta.

"Que os dois mil milhões de cristãos (metade são católicos) se convertam em verdadeiros discípulos e discípulas de Jesus é o maior desafio. Aliás, essa conversão constituiria a maior revolução da História", afirmou Anselmo Borges.

Mas há outras questões que a Igreja Católica tem que enfrentar:

"Não se pode continuar a falar de Adão e Eva ou do pecado original como se não houvesse Darwin e a evolução", é preciso colocar em diálogo a razão e a fé, como se deve "dar atenção a uma educação para a autonomia moral responsável, concretamente no domínio sexual e conjugal".

Neste último ponto, Anselmo Borges exemplificou com a contracepção, o aborto - "cuja

descriminalização não significa aprovação e, ainda menos, recomendação" - e com "a

situação dos católicos divorciados que voltam a casar e querem dignamente participar

nos sacramentos".

A questão de Deus

O teólogo missionário espera também que "a promoção dos direitos humanos no interior da Igreja, o que implica", entre outras coisas, "pôr termo à discriminação da mulher" e salvaguardar a "liberdade de investigação e ensino". A descentralização é outra tarefa urgente para a estrutura católica, na opinião de Anselmo Borges. Mais autonomia para as igrejas locais, unidade que não se confunda com "uniformidade", e a "desromanização" da Igreja foram ideias avançadas.

Os desafios para o cristianismo são, entretanto, "os mesmos que os desafios para a humanidade".

Entre estes, Anselmo Borges citou o diálogo inter-religioso, do qual "fazem parte

também os ateus"; a obrigação de repensar a democracia num mundo globalizado;

a "via correcta da interculturalidade e da mestiçagem"; a cibercultura, cujo risco é

transformar-se num "labirinto" em vez de rede; a genética e as neurociências, que

exigem um novo humanismo; a reflexão sobre o homem, que ultrapasse o "dualismo e o

materialismo dogmático"; e o desafio ecológico.

Primeiro desafio, anterior a todos estes, é a questão de Deus, que deve ser discutida por crentes e não-crentes. Não tanto "por causa de Deus como por causa do homem". Perguntou o filósofo: "O que mudaria na vida de cada um se Deus existisse mesmo ou se, pelo contrário, se pudesse demonstrar que não há Deus? O que é que se quer dizer quando se diz que se acredita em Deus? O que é que se quer dizer quando se diz que não se acredita em Deus?"

.

Público OnLine (Portugal)

Muito interessantes as ideias apresentadas.

Mas não se trata de ideias revolucionárias ("um autêntico manifesto para a revolução na Igreja") e sim do actual estado do pensamento Cristão e particularmente do pensamento Católico.

É que quando pensamos em revolução, pensamos sempre em corte com o passado. Ora, nestas matérias como em muitas outras, o essencial é aproximarmo-nos da pureza do Evangelho.

Estas ideias configuram alguns dos mais importantes desafios da Igreja de hoje.

Da resposta a estas questões (e não só a estas) depende a Igreja no futuro.

João (JMA)