Caríssimos,

Actualmente na nossa Santa Igreja Católica, subsiste uma das formas de vida religiosa mais radicais, absolutas, fascinantes, “românticas”, mas também das mais escondidas e por vezes esquecida, bem longe dos “holofotes” desta sociedade mediática; uma forma de vida religiosa cristã milenar, cujos membros vivem no silêncio, oração e solidão.
Estou a falar das Ordens Religiosas Monásticas – Beneditinos, Cistercienses, Trapistas, Camaldulenses, Cartuxos, etc. Embora em Portugal, um país que teve uma larga tradição monástica, apenas existam presentemente dois mosteiros masculinos de vida contemplativa – Um Beneditino em Santo Tirso, e um Cartuxo em Évora (fala-se por aí do regresso dos Cistercienses para a Diocese da Guarda) – a vida monástica, essa “filha escondida da Igreja” (S. Pio X), tem persistido apesar de tanta tribulação.
Para muitos a vida monástica é uma aberração. Homens e mulheres que “fogem” ao Mundo para se “enterrarem vivos” em Mosteiros, não passará de um indicador de distúrbios graves de cariz psicológico ou de personalidades fortemente anti-sociaveis.
Para outros, a “vida monástica encontra-se no intimo do coração da Igreja” (João Paulo II), esses, a exemplo de Marta dos Evangelhos que “escolhem a melhor parte”onde no silêncio e na solidão entregam as suas vidas numa reclusão voluntária para a Oração e a Contemplação permanente de Nosso senhor Jesus Cristo.
Historicamente, muitos foram os ataques que sofreram. Incompreensões, expulsões, expropriações, um imenso rol de mártires (recordo apenas aqui de relance a maldita Revolução Francesa; o herético do Henrique VII; os infames comunistas na Guerra Civil Espanhola, etc, etc…)
No mundo de hoje, tão materialista e apegado a valores fúteis e acessórios, que relevância tem as Ordens religiosas monásticas? Mesmo para os católicos! Será que representam alguma coisa, ou serão apenas um resquício medieval que perdurou ate´ aos nossos dias?
Nos dias de hoje, já não apresentam a pujança vocacional de outrora. Também sofreram com as experiências (lúdicas?) dos liberais do Concilio Vaticano II de ma´ memória. No entanto, continuam a nos apresentar uma proposta de vida crista, de tal forma radical na sua vivência que nos deixa, simplesmente atordoados!
Confesso-vos, caros amigos, que criei em tempos, no meu circulo de amigos católicos o CDOM: Centro de Documentação de Ordens Monásticas. Orgulho-me de ter em casa, uma pequena biblioteca pessoal, com mais livros, e mais documentada do que a própria Biblioteca João Paulo II da Universidade Católica Portuguesa (na qual fui aluno) nestas matérias especificas! Criei ate´ um espaço na internet – Amigos da Ordem da Cartuxa - onde aqueles que sentem o fascínio pela Ordem da Cartuxa se podem encontrar e trocar informação (http://groups.yahoo.com/group/amigoscartuxa).
No entanto tinha curiosidade em ouvir as vossas opiniões e sensibilidades sobre esta forma especifica de vida religiosa.

Um abraço do vosso amigo Catolico tradicionalista,

Victor Henriques


Bem-Aventurado D. Marcel Lefebvre: Ora pro Nobis et Sancta Ecclesia

STAT CRUX DUM VOLVITUR ORBIS!



O-Católico-Tradicionalista-Excomungado-Por-Roma