A todos os leitores...

Esteve aquí um padre em Setembro, veio fazer a festa do Sagrado Coração de Jesus, disse a um paroquiano amigo, que tem 2 crianças a suportar...por isso gostaria de ficar nesta comunidade, nesta igreja, para ter mais um dinheirinho...ele é Brasileiro, vive já em Toronto, Canadá, mas não tem igreja.
Um padre pode adoptar crianças?

Ana,

Mesmo que o Padre não as tenha adoptado (legalmente), poderão estar à sua responsabilidade. Conheço alguns casos de crianças que embora não sejam adoptadas, estão a cargo de outras pessoas.

Luis

A adpção de uma criança é um acto de grandiosidade enorme...indiferentemente de quem o faça...a condição é colocar os interesses da criança em primeiro lugar. Dar-lhe amor, carinho, educação, uma estrutura de princípios e alicerces sociais...
Quando dizemos que o futuro são as crianças, olhamos em volta e vemos a quantidade de crianças abandonadas, com fome, sem amor, sem esperança...não pensaremos no tipo de futuro que estamos a deixar?
Ou pensaremos que o futuro só inclui as nossas crianças? As que graças a Deus puderam ter uma vida mais risonha?

Fátima

Gostava de conhecer mais desenvolvimentos deste tópico que considero de extrema importância para todos nós, a Humanidade...

Obrigada,
Fátima

Não sei nada sobre a possibilidade de um padre adoptar crianças. Legalmente não haverá qualquer diferença em relação a qualquer pessoa solteira, "penso eu de que"... Não tenho conhecimento de qualquer documento eclesiástico sobre o assunto. Mas pergunto-me se os padres que conhecemos, muitos deles com vidas solitárias e de horários complicados, têm condições de vida que lhes permitam adoptar uma criança que mantêm consigo... Pode ser que sim, mas em muitos casos, parece-me claro que não.

Mas há modalidades "intermédias" que se praticam já em muitos sítios, que é aquilo a que podemos chamar "adopção à distância". Trata-se de tomar a cargo uma criança de uma família extremamente pobre e suportar todas as despesas dessa criança até se tornar adulta. Conheci pessoas que seguem este modelo. As crianças adoptadas estão muitas vezes a grande distância, mas mantêm contacto frequente com a criança e a família (fotos, visitas, telefonemas...). Quando essa "adopção" é feita por uma pessoa de um país rico como os EUA a uma criança de um país pobre, como sul-americano ou africano, isso faz com que o pouco de uns é mais do que suficiente para outros. Este tipo de "adopção intermédia" parece-me muito desejável em muitos casos e aqui os padres também podem colaborar e muito.

Alef

Alef

Compreendi tudo o que disseste...Aquí também conheço pessoas que adoptaram à distância.
Fiz esta mesma pergunta a um bispo. Resposta do bispo: o padre pode adoptar crianças, mas não pode viver com elas, como uma família. O padre se adoptar uma criança e ela seja o pai pode ser expulso da igreja e ir cuidar das crianças, como pai.
No Brasil havia um padre que adoptou 300 crianças num orfanato e todo o salário dele ía para esse orfanato com mais a ajuda de gente generosa, tinha 300 meninos.