"A EUROPA SERÁ ISLÂMICA NO FINAL DO SÉCULO", disse na passada semana em entrevista ao jornal alemão DIE WELT o conhecido Historiador norte-americano Bernard Lewis.

É sem dúvida uma excelente e boa notícia para quem apregoa aos sete ventos que a "Europa está a esquecer-se de Deus" como aliás, e ironicamente foi notícia na AGENCIA ECCLESIA.PT no dia de ontem, 20.09.2004:


A Europa está a esquecer-se de Deus
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A Europa parece um “continente fragmentado” porque “se esqueceu de Deus” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Manuel Durães Barbosa, director das Obras Missionárias Pontifícias, depois das jornadas missionárias deste ano, realizadas em Fátima, de 17 a 19 de Setembro. “A missão e a Europa do futuro” foi o tema desta iniciativa onde os prelectores alertaram as várias centenas de participantes para “a falta de fé” e para o domínio “das idolatrias do ter e do poder”. Perante estes dados, “é necessário fazer uma leitura desta realidade” e tornar a “Europa como promotora e catalisadora dos Direitos Humanos” – afirmou o Pe. Durães Barbosa. O cristianismo é, na Europa, o vector da “unidade na diversidade”. E acentua: “deve existir cada vez mais uma inculturação da fé na Europa”. A mobilidade das populações no continente Europeu é hoje um dado incontornável que faz parte do seu “património cultural”, pelo que é necessário um “diálogo aberto entre as diferentes culturas e respeito pelos valores e identidade de cada uma”.
Por seu turno, o Cón. Carlos Azevedo, vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa, apontou os grandes desafios para os cristãos no espaço europeu do futuro, entre os quais se destaca o “contributo para abrir a Europa ao mundo” e a “recuperação da utopia”, numa perspectiva de que “é com base na fé cristã que pode haver o empenhamento de uma Europa com preocupação social”. Para este docente universitário, falou sobre «As raízes cristãs da Europa: verdade histórica e desafios à missão», o cristianismo não é “factor único na construção europeia mas é unificador”, partindo das raízes que ajudou a criar e que salvaguardam “a confissão da supremacia da pessoa humana”. O continente Europeu está “a esquecer as suas raízes cristãs” porque vive dominada pela preocupação da “economia, do consumismo e do bem estar” – disse o Pe. Durães Barbosa.
O fluxo migratório também teve o seu espaço de reflexão. Portugal é um país de emigração emigrantes mas também acolhe muitos imigrantes. “O acolhimento e a integração são dois pontos essenciais” mas os cristãos “vivem preocupados com a legislação apertada que Europa está a fazer”. E Portugal alinha “numa restrição significativa” – sublinhou o Pe. Durães Barbosa. A Europa tem de flexibilizar “estas leis” e “não fechá-la como uma muralha”. A pessoa deve “ser respeitada”.
O director nacional das Obras Missionárias Pontifícias adiantou ainda que, actualmente, o âmbito geográfico da missão “mudou completamente”. A missão está em todo o mundo mas é necessário “discernir as prioridades”. Se falarmos em primeira evangelização e de primeiro anúncio, “o continente mais abandonado é a Ásia” – salientou. “A Europa precisa, sobretudo, de uma reevangelização” porque “está a perder as suas raízes” – disse. As Igrejas jovens poderão “dar um contributo fundamental”. E finaliza: “a liturgia em África é quilométrica” mas “na Europa é electrónica”. “É necessário haver uma sintonia”.
Copyright© Agência Ecclesia



Afinal, meus amigos "A Europa não está a esquecer-se de Deus"! Isso podem absolutamente acrediar.

Agora, que poderá estar a deixar de ser cristã... bem, isso é inegável desde o infeliz Concílio Vaticano II (de má memória)! Em breve teremos outro "deus" na Europa! Vamos ver!

Um abraço fraterno a todos do
católico tradicionalista,

Victor Henriques


Bem-Aventurado . Marcel Lefebvre: Ora pro nobis et Sancta Ecclesia

AD MAIOREM DEI GLORIAM



O-Católico-Tradicionalista-Excomungado-Por-Roma

Para aqueles que desejam ler na íntegra a entrevista do DIE WELT ao Historiador norte-americano Bernard Lewis, podem-na consultar aqui:
[www.welt.de]

Afinal tudo indica para que a famosa profecia de Malraux ("O século XXI ou será religioso ou não será") se venha a cumprir pela primeira hipótese.

Sempre é melhor uma Europa islâmica, que laica e pós-cristã...

Enfim... são os frutos do ecumenismo!


Um abraço fraterno a todos do
católico tradicionalista,


Victor Henriques

STAT CRUX DUM VOLVITUR ORBIS!



O-Católico-Tradicionalista-Excomungado-Por-Roma

A teoria da Europa islâmica não é nova: mas Charles Martel, em Poitiers, há uns treze séculos ( mais século, menos século) deu-lhe a martelada final.

Apesar do esfoço dos profetas da desgraça e daqueles que, como o Lefebvre criam cisões na Igreja de Cristo não se sabe com que fim (será o de fortalecer o islamismo???), e que constituem motivo de escândalo para todos cristãos e não-cristãos, a Europa é Cristã.

E, precisamente por ser Cristã, cabem lá todos, incluindo entre muitos outros, muçulmanos, ateus e tradicionalistas.

Nota curiosa: será típico da mentalidade anti-conciliar o politeísmo? É que um dos fundamentos do Cristianismo é o monoteísmo.



João (JMA)

Esta ideia aqui expressa pelo irmão JMA (posso tratá-lo assim?) de que "É, precisamente por ser Cristã, cabem lá todos, incluindo entre muitos outros, muçulmanos, ateus e tradicionalistas", revela muito bem a confusão liberal que o Concílio trouxe à cabeça de muitos católicos.

Não me leve a mal, caro irmão JMA. Não tem culpa. Mas repare... a noção que deu, é a de Europa "albergue espanhol", que também é perfeitamente legitima e teoricamente defensável. Mas não é a de "Europa Católica".

Um abraço fraterno em Cristo, do

Victor Henriques



O-Católico-Tradicionalista-Excomungado-Por-Roma

Ainda para o irmão JMA:

Nem a propósito meu caro! Acabo de ler agencia ecclesia.pt a seguinte notícia que certamente o vai interessar (bem como a todos nós, certamente!):

CARDEAL RATZINGER VOLTA A OPOR-SE À ENTRADA DA TURQUIA NA UE

O Cardeal Joseph Ratzinger voltou a opor-se a uma eventual entrada da Turquia para a União Europeia (UE),considerando que isso seria "anti-histórico" e que seria melhor que esse país faça a ponte entre a Europa e o mundo árabe.
O Cardeal apresentou a sua posição, que classificou como “pessoal”, em declarações ao “Giornale del Popolo”, jornal italiano da diocese de Lugano (Suíça).
“Histórica e culturalmente, a Turquia pouco pode partilhar com a Europa, pelo que, com todo o respeito que tenho para com esse país, seria um grande erro englobar a Turquia na UE”, disse o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Durão Barroso disse hoje ser adepto da adesão da Turquia à União Europeia, mas avisou Ancara de que deve cumprir todos os requisitos para encetar negociações.

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Copyright© Agência Ecclesia



Bem... como vê, afinal meu caro irmão JMA, parece que o Revmo. Cardeal Ratzinger no Vaticano não partilha da sua ideia pessoal de "Europa Cristã" (vulgo, "Europa Albergue-Espanhol").


Um abraço fraterno em Cristo, do
católico tradicionalista

Victor Henriques

Bem-Aventurado D. Marcel Lefebvre: Ora pro Nobis et Sancta Ecclesia



O-Católico-Tradicionalista-Excomungado-Por-Roma

Deus não é uma ideia a ser impingida aos outros por auto-proclamados sabichões perfeitos; não é certamente uma teoria tipo espiritualismo dialético. É bem e acima de tudo um apelo a um compromisso de fidelidade, que faz do amor a plenitude da lei e portanto é universal, abrangente, convidativo... Submeter-se à vontade de Deus é certamente estar no bom caminho...
"Seja feita a vossa vontade assim na Terra como nos Céus".



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Se a Turquia não deve entrar na União Europeia, na minha opinião, não se deve a factores culturais ou religiosos, mas sim a factores geográficos. A Turquia é mais um país asiático que europeu. Faz mais sentido Marrocos fazer parte da União Europeia que a Turquia.

Se para fazer parte da UE tivesse que ser um país cristão, então porque razão a (futura) Constituição Europeia não tem qualquer referência às origens cristãs da Europa?

Luis

Podes tratar-me à vontade por irmão, pois é isso que nós somos.

Um espaço em que todos cabem e todos são bem vindos é um espaço católico. Católico significa precisamente o que abarca o mundo todo, todos os homens e todos os tempos.

Um espaço fechado com muros para não deixar entrar os outros será muita coisa mas sem dúvida não será católico.

O Ratzinger não disse nada de diferente, nem nada de novo.

Não estava a falar de geografia (porque a Turquia geograficamente tem uma parcela na Europa) mas de uma questão cultural na qual é defensável que a União Europeia (e não a Europa) se caracteriza pela sua matriz cristã, pelo que seria contra-natura incluir aí um país de raiz não cristã.

Escusas de tentar ver no Ratzinger um apoio para o "santo" excomungado do Lefebvre, pois o Ratzinger não apoia nem nunca apoiou aqueles que tentam criar cisões na Igreja de Cristo.

Pelo contrário: toda a sua postura desde a crítica aos velhos do Restelo que pululavam nos corredores conciliares para evitar a todo o custo a mudança (que o levaram a ser ameaçado de excomunhão pelo seu antecessor Ottaviani), até a uma mão de ferro com alguns teólogos (nalguns casos injustificada) tem precisamente como fim manter a união da Igreja.

Graças ao Espírito Santo que, como sempre, em boa hora protegeu a sua Igreja, a Europa teve no Concílio e na Igreja que dele saiu a reconciliação que necessitava para, finalmente, "dar a César o que é de César e dar a Deus o que é de Deus".

A Igreja cresceu, o que permitirá que, a seu tempo, a Europa possa acompanhar este crescimento.



João (JMA)