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Igreja de Lefebvre em crise
Escrito por: Susete (IP registado)
Data: 14 de September de 2004 21:39
O que acham sobre esta noticia??
Um abraço em Cristo,
Susete
Igreja de Lefebvre em crise
2004-09-14 21:24:47
Uma grave crise agita a autodenominada “fraternidade sacerdotal São Pio X”, separada de Roma, mas a Santa Sé não quer fazer comentários oficiais nem propor nenhum tipo de ajuda legal por causa da ausência de laços jurídicos entre si.
Segundo a agência católica Apic, meios próximos deste dossier afirmam que é possível que vários padres da fraternidade dirigida por Bernard Falley venham a pedir a sua entrada na Igreja Católica.
A fraternidade São Pio X expulsou vários sacerdotes franceses que manifestaram o seu descontentamento em relação à situação dos seminários da fraternidade. Os padres agora expulsos não têm uma instância superior a que recorrer e a sua situação encontra-se bloqueada, pelo que muitos começam a virar-se para o Vaticano.
Da Santa Sé, as opiniões são de que seria legítimo que os padres “vagos” – sem missão canónica nem incardinação – fossem integrados na unidade da Igreja. Um exemplo da aproximação entre vetero-católicos e o Papa aconteceu recentemente no Brasil, onde a fraternidade São João Maria Vianney aceitou a autoridade de Roma.
O bispo Bernard Fellay, líder do cisma produzido pelo falecido arcebispo Marcel Lefebvre, tem atacado os esforços ecuménicos da Igreja e considera o diálogo com a Santa Sé “estagnado”.
Fellay e os outros bispos foram excomungados a 2 de Julho de 1988, por terem sido ordenados “ilegitimamente” no seio da Fraternidade, por parte do arcebispo Lefebvre. A carta apostólica “Ecclesia Dei”, de João Paulo II, constatou que esta ordenação de bispos (a 30 de Junho de 1988) constituiu “um acto cismático”. Fellay é conhecido por recusar o Vaticano II, especialmente as mudanças litúrgicas e qualquer iniciativa ecuménica.
Re: Igreja de Lefebvre em crise
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 14 de September de 2004 22:21
Parece-me existir um erro nesta notícia.
Os vetero-católicos nada têm a ver com o Lefebvre.
Trata-se de um grupo de católicos que não aceitaram o dogma da infalibilidade papal, no Primeiro Concílio do Vaticano, sendo que uma parte deles entrou em cisma no Congresso de Munique, em 1871.
Estranhamente (ou se calhar não) é que o principal opositor da infalibilidade papal e portanto aquele que seria o principal teólogo de suporte dos Velhos Católicos (ou vetero-católicos) Johannes Doellinger nunca pertenceu a esta Igreja.
João (JMA)
Re: Igreja de Lefebvre em crise
Escrito por: Pedro B (IP registado)
Data: 15 de September de 2004 11:54
Cara Susete
Antes de mais convem esclarecer que a "Igreija de Lefevre" não é uma outra Igreija. Os seus padres reconhecem a autoridade dos Bispos ordinarios do lugares e não têm uma jurisdição própria.
Como católico que gostaria de assistir com regularidade à forma tridentina da Missa, tenho de facto acompanhado de perto a evolução de acontecimentos recentes dentro da FSSPX
Como pano de fundo está a questão da FSSPX efectuar ou não um entendimento com as autoridades de Roma que acabe definitivamente com a situação anómala da Fraternidade.
Sob uma aparente unidade existem na FSSPX duas correntes cada vez mais claras e definidas. Os que pretendem finalizar as negociações com Roma com vista a uma integração plena na comunhão. E os que rejeitam as tentativas de entendimento e insistem na separação e na negação do Concilio.
Ao contrario do que as pessoas podem pensar, muito embora muitos defeitos que se possam apontar ao Arcebispo Levefre, era também um homem de muita fé e com grande amor à Igreija. Num momento complicado da vida da Igreja teve de optar entre morrer sem garantir a existencia de um bispo da tradição que pudesse ordenar os seminaristas da Fraternidade. Ou sagrar bispos em desobediência ao Papa.
Para uns foi um heroi para outros um cismático. A verdade é que nunca teve a intenção de criar uma Igreija paralela. Li recentemente as memórias de um Padre assistente pessoal do Arcebispo Lefevre que confidencia que, se o Arcebispo em publico aparentava estar seguro como uma pedra, em privado
não conseguia esconder a sua tristeza pelo acto praticado. Aos Bispos que ordenou nunca deixava de recordar que a situação deles seria sempre transitória.
Também o Papa nunca escondeu que uma das decisões mais dificeis que tomou foi a excomungar o Arcebispo Lefevre. Ainda nas mesmas memórias do seu assistente relata-se que em 1991 o Arcdebispo a uns dias da sua morte já acamado, terá pedido que fizessem chegar ao Papa o seu pedido de perdão e que o Papa ao saber do seu estado tentou comunicar ao Arcebispo que a sua excomunhão iria ser levantada mas que essa comunicação não chegou a tempo.
Penso que acabará por haver uma cisão entre os que voltarão à comunhão plena e os que cairão no cisma total e se aproximarão de teorias sedevacantistas. Estou esperançado que a grande maioria regresse à comunhão de Roma. Estou convencido que seria esta a decisão do Arcebispo Lefevre.
Oremos pela comunhão de todos os católicos
Pedro B
Desculpe, não tem permissão para escrever ou responder neste fórum.
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