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Re: Cerimónia Macónica na Basilica
Escrito por: trento (IP registado)
Data: 22 de September de 2004 15:49

D. Manuel Clemente lembra diferenças em relação à Maçonaria
.
O Bispo auxiliar de Lisboa, D. Manuel Clemente, referiu ontem que os católicos não podem esquecer as diferenças que os separam da Maçonaria.
O prelado, especialista em História da Igreja, lembrou que para a Igreja Católica "a salvação do Homem é sobretudo um acto do próprio Deus, que nos agracia e que, no nosso caso de cristãos, através da palavra de Deus, através da frequência dos sacramentos, a pouco e pouco nos vai mudando o coração e, a partir daí, há aquela mudança na sociedade porque tanto ansiamos". Na tradição maçónica, constata por outro lado, "há uma certa relativização desta Fé e dos sacramentos. Mais se acreditará que os homens, pelo seu entendimento mútuo, secular ou laico irão, a pouco e pouco, construindo um templo geral de uma Humanidade reconciliada. Nós temos muitas dúvidas que isso seja assim".
“Tememos mesmo que alguns, mesmo crentes, não só católicos, mas de outras confissões, aderindo à prática maçónica, acabem por substituir um sistema que para nós é de Graças e de Sacramentos por outro tipo de ritos, humanos e secularizados, em relação aos quais nós não temos tanta garantia nem confiança”, acrescentou.
A intervenção do bispo auxiliar de Lisboa, citada pela RR, abordou ainda a recente cerimónia realizada numa Capela da Basílica da Estrela, aquando da morte de Luis Nunes de Almeida. "Eu acho que, porque os rituais são secretos e são próprios das Lojas, que nas Lojas se devem manter. Temos as maiores reservas a que sejam usados espaços não maçónicos para esses rituais. Sobretudo se são espaços confessionais católicos", afirmou D. Manuel Clemente.

in agencia ecclesia



«Que a paz esteja convosco»
Fernando Cassola Marques

Re: Cerimónia Macónica na Basilica
Escrito por: Anita (IP registado)
Data: 22 de September de 2004 16:31

Olá a todos!

Apesar de tudo o que aqui foi dito, concordo com o Padre João Luís.
Tem de haver uma fé. Há ritos a respeitar. Cantar a "Internacional" a caminho do cemitério, com um padre à cabeça do cortejo, parece-me muito incoerente!
Parece que os funerais são mais ou menos como os casamentos e baptizados: toda a gente quer na Igreja porque é mais bonito, mais socialmente aceite.
As coisas não podem ser assim...há que haver coerência e respeito!
Concordo que também temos de ver as pessoas em primeiro lugar. Só que as pessoas têm de ser dar ao respeito!



Anna e Sara

Re: Cerimónia Macónica na Basilica
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 22 de September de 2004 17:01

O padre Milicias é padre? É politico? Ou é politico e padre?

Re: Cerimónia Macónica na Basilica
Escrito por: Nina (IP registado)
Data: 22 de September de 2004 18:49

Cara Ana

Eis uma questão que me coloco desde o tempo do engenheiro Guterres parece-me que ele é conjuga os dois encargos no entanto acumula-os com o de comentador televisivo de um programa em que o Tarot é rei!!!

Saudações cordiais

Re: Cerimónia Macónica na Basilica
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 22 de September de 2004 22:37

Funerais com bandeiras e hinos partidários. Até parece que estou a (re)ler o Don Camillo!
Pegando no Don Camillo, que é um bom exemplo para este caso, concordo perfeitamente com a afirmação do rmcf da existência de marxistas-leninistas que são católicos.
Aliás, tal como a maioria dos "vermelhos" retratados pelo Giovannino Guareschi, são antes de tudo católicos. O resto virá por acréscimo.
Mas então as teorias, que são contraditórias? A isto responde também o autor:
"Em frente da estante Política, cheia de livros e ópusculos de propaganda, [o bispo] não disse nada e limitou-se a soltar um suspiro; mas Peppone que estava perto, percebeu.
- Ninguém os lê, Monsenhor - murmurou Peppone"
Para o resto têm de comprar o livro...



João (JMA)

Re: Cerimónia Macónica na Basilica
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 22 de September de 2004 22:58

E já que estamos numa de livros, com a discussão de "O Código da Vinci"
(a estafada teoria da descência dos reis franceses do próprio Cristo - mas não fiquem mal dispostos porque segundo tal teoria o D. Afonso Henriques também o era...) leiam "O Pêndulo de Foucault" que , como subtítulo poderia chamar-se "Manual Prático de Criação de uma Loja Maçónica".

É francamente divertido. E o Umberto Eco escreve bem. É uma sátira interessante que muito bem se aplica igualmente ao New Age.

Confesso que (abrindo um parêntesis de maledicência) sempre que penso em reuniões cujo trajo é o avental me parecem em vez de pedreiros livres, cozinheiros frustados...

E depois temos os guardiães do Graal. Mas para esses chamamos o Indiana Jones.

Desculpem lá, mas este é um dos temas que tenho dificuldade em manter-me sério.



João (JMA)

Re: Cerimónia Macónica na Basilica
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 22 de September de 2004 23:18

É curioso, JMA, que hoje ao almoço alguém me dizia que um dos poucos livros que tinha desistido de ler até ao fim, depois de três tentativas foi precisamente O Pêndulo de Foucault. Mera coincidência, a que achei piada...

Alef

Re: Cerimónia Macónica na Basilica
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 22 de September de 2004 23:45

Irmão VMTH,

Comparar na sua actuação em Igreja um irmão que sempre se manteve em comunhão com ela - o Cardeal Cerejeira - com um que provocou uma cisão que o levou à excomunhão - Lefebvre - é um total contra-senso.

Como muito bem apontou o nosso irmão João Luís, o Patriarca introduziu em Portugal a missa em Português segundo os novos ritos aprovados no Concílio.

Foi por causa dos Lefebvres deste mundo, do Index, do Syllabus, e de asneiras de igual quilate que a maçonaria atingiu a projecção que teve nos finais do Sec. XIX e princípios do Sec. XX.

E a sua queda de influência no mundo foi precisamente com o Concílio.

Com o deixar as suas torres de marfim e passar a estar plenamente em Igreja, a nossa mensagem ultrapassou e derrubou muralhas consideradas intransponíveis.

Ainda está por escrever a história dos efeitos do Concílio. A certeza é que o mundo muito mudou para melhor e, depois do Concílio, a Igreja teve grande parte da responsabilidade nessa mudança.

E muito está ainda por acontecer: a Igreja, nossa Mãe, com uns bons séculos em cima, tem mais vitalidade e surpreende-nos a cada instante.

Como diz o irmão Miguel (rmcf) o vento não para, independentemente de o quererem aprisionar. O Espírito Santo sopra onde quer, quando quer, e transforma o mundo se O aceitarmos.

E com personagens invulgares: imaginemos uma Igreja Medieval contestada por um grupo de "pobres" liderados por um tal de Francisco! Só para rir, não é? Internem-nos a todos, que estão a subverter a tradição! - diriam os velhos do Restelo.

Pois há muitos "Franciscos" neste mundo. E "Antónios" e "Joões" e outros cujos nomes não conseguimos pronunciar. Ah, e o Espírito Santo não usa o latim como língua oficial. Chatice...



João (JMA)

Re: Cerimónia Macónica na Basilica
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 26 de September de 2004 22:10

Alef,

apenas hoje vi a tua mensagem pelo que tardei a responder.

Já vão uns bons anos desde que li o Pêndulo de Foucault. Porém a minha opinião é a que expressei acima.

Compreende-se que este livro seja um mal-amado:

- muitas das pessoas que lêem este tipo de livros preferem-nos quando são uma crítica declarada à Igreja, ou quando tentam desvendar um mistério encoberto por esta, o que não é o caso e portanto lhes desagrada;
- os maçons acham-no - com razão - uma paródia às suas lojas;
- os grupos new age e os pregadores ditos cristãos temem que a semelhança se lhes aplique, e condenam ferozmente o livro;
- os católicos "ditos praticantes" não o gostam de ler ou pelo menos sentem-se na obrigação de assim o afirmar não venha daí uma "excomunhão automática", por uma qualquer razão obscura assim como por exemplo por um "dogma correlativo". :o))

O que terá dado ao bom do Umberto Eco para o escrever? Bom, em minha opinião, uma boa "crítica aos costumes" do transcental à la carte, tão ao gosto do momento...



João (JMA)

Re: Cerimónia Macónica na Basilica
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 07 de February de 2005 13:57

Caros amigos,

Cinco meses depois (?!?), o Cardeal Patriarca reagiu à cerimónia maçónica nas capelas mortuárias da Basílica da Estrela ocorridas em Setembro último. É caso para se dizer: «Quem espera sempre alcança».

Luis Gonzaga

P.S. Mas há duas perguntas que não me saiem da cabeça: 1) porquê esperar tanto tempo? 2) porquê agora, e logo por ocasião da Mensagem da Quaresma?



Patriarca Diz Que Católicos Não Podem Pertencer à Maçonaria

Por ANTÓNIO MARUJO
Sábado, 05 de Fevereiro de 2005

O cardeal-patriarca de Lisboa faz um duro ataque à Maçonaria, num texto ontem divulgado, reafirmando a posição tradicional da Igreja Católica de incompatibilidade entre ser católico e ser mação. "Um católico, consciente da sua fé e que celebra a Eucaristia não pode ser mação", diz D. José Policarpo, na nota sobre a Quaresma, o tempo litúrgico que antecede a Páscoa.

De acordo com o patriarca, a referência explícita à Maçonaria é feita por causa do que se passou em Setembro, na Basílica da Estrela. Quando morreu o ex-presidente do Tribunal Constitucional, Luís Nunes de Almeida, o grão-mestre, António Arnaut, convocou um ritual maçónico para o local, sem o conhecimento do patriarcado.

"Esta iniciativa, que considero imprudente e indevida, provocou indignação em muitos católicos, que incessantemente têm pedido um esclarecimento da Hierarquia da Igreja", escreve D. José. O PÚBLICO soube que, ao responder às queixas desses católicos, o patriarcado informava que, a devido tempo, haveria uma posição sobre o assunto.

O patriarca acrescenta que um católico que porventura seja mação "convictamente, não pode celebrar a Eucaristia", por catolicismo e Maçonaria (que veicula um "quadro gnóstico"), terem "visões inconciliáveis do sentido do homem e da história".

D. José Policarpo explica: "A Maçonaria sempre afirmou, e continua a afirmar, a prioridade absoluta da razão natural como fundamento da verdade, da moralidade e da própria crença em Deus. A Maçonaria não é um ateísmo, pois admite um 'deus da razão'. Exclui qualquer revelação sobrenatural, fonte de verdades superiores ao homem, porque têm a sua fonte em Deus, não aceitando a objectividade da verdade que a revelação nos comunica, caindo na relatividade da verdade a que cada razão individual pode chegar, fundamentando aí o seu conceito de tolerância."

A nota pastoral do cardeal situa a Maçonaria entre as visões da história racionalistas naturalistas que se contrapõem ao cristianismo e se baseiam na razão como fonte da verdade, no carácter absoluto da liberdade individual, e entre os pragmatismos de uma sociedade materialista, em que só tem valor o que é útil, rentável, ou dá prazer.

Numa mensagem que costuma ser usada para sensibilizar os católicos para a solidariedade, o patriarca recorda, no final, a necessidade de acorrer às "muitas pobrezas do nosso mundo": o drama da fome, as doenças, a solidão dos idosos, os desempregados e os imigrantes são situações concretas que D. José cita.

Fonte: [jornal.publico.pt]

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