O levantamento das excomunhões existentes entre as duas Igrejas Irmãs, conduziu a uma situação estranha. Não estando em fora da comunhão, não havia contudo uma comumunhão plena que permita uma comunionis in sacris, isto é uma comunhão que permita a celebração conjunta do sacramento que realiza e significa essa mesma comunhão que é a Eucaristia.
Há contudo pontos comuns, ha o reconhecimento mutuo da validade dos sacramentos e da sucessão apostolica e em muitos pontos doutrinais.
Ha algumas divergencias a nivel sacramental, nomeadamente dos sacramentos de iniciação cristã, matrimónio etc.
Quanto à questão dos dogmas. A Igreja Ortodoxa não tem dogmas propriamente ditos. Estes são formulações doutrinais tipicas do pensamento latino herdeiro do direito romano. Para a Igreja Ortodoxa, a Liturgia é a garante da imutabilidade da fé Ortodoxa. Quer isto dizer, que tirando o dogma da Infalibilidade Papal, os Ortodoxos acreditam em tudo aquilo que os catolicos definem como dogma. Não fazem é uma formulação juridica, não tem necessidade disso. Qualquer ortodoxo sabe que Nossa Senhora foi concebida sem pecado original. No entanto enquanto a visão latina do pecado original deriva de Santo Agostinho, os Ortodoxos recusaram sempre esta mesma visão e entendem-na de modo diferente. Gregorio Palamas e outros falam numa outra perspectiva.
A questão doutrinal fundamental no dialogo Catolico Ortodoxo, continua a ser a mesma que levou à divisão das duas Igrejas Irmãs: é que cada uma entenda verdadeiramente o que é que a outra diz. O que cada uma quer dizer, verificaremos que queremos quase dizer o mesmo.
Mesmo a questão da Infalibilidade, esta não quer dizer que tudo o que o papa diz é infalivel, mas que quando o papa sentindo toda a igreja profere uma afirmação doutrinal que é partilhada por toda a Igreja, é infalivel.
Imaginem o Papa amanha declarar que Nossa Senhora é a 4ª pessoa da Santissima trindade..... Jamais seria infalivel. Porque todos os motivos e mais alguns.