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Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: José Avlis (IP registado)
Data: 26 de June de 2004 17:00


Da diversidade ao facciosismo... à luz do Pentecostes, hoje!


«Da mesma forma que em toda família, a harmonia interna da Igreja pode ficar comprometida em [várias] ocasiões por uma falta de caridade e pela presença de conflitos entre seus membros.
Isto pode levar à formação de facções dentro da Igreja, que com frequência se preocupam tanto de seus interesses especiais que perdem de vista a unidade e a solidariedade, fundamentos da vida eclesial», reconheceu, no sábado da Ascensão, o Papa João Paulo II ao encontrar-se com os bispos americanos das províncias eclesiásticas de San António e Oklahoma City.

«Para enfrentar este fenómeno preocupante, os Bispos devem actuar com solicitude paterna, como homens de comunhão, para assegurar que em suas Igrejas particulares se vive como famílias, para que não haja discórdias, mas que os membros do seu corpo tenham a mesma atenção uns aos outros», pediu o Papa.
«Isto exige – afirmou o João Paulo II – que o bispo trate de superar toda divisão que possa dar-se em seu rebanho, reconstruir um nível de confiança, reconciliação e mútuo entendimento na família eclesial».

Escutando ainda as sonoras ‘ventanias’ do Espírito Santo em tempo de Pentecostes, sentimos como que uma denúncia e um grito de alerta pela voz de Pedro, na manhã actualizada dessa novidade que foi a revelação do Espírito de Deus sobre os Apóstolos em Pentecostes.

- Quando vemos certas congregações/institutos/comunidades a polarizarem-se à volta do líder ‘carismático’, sentimos mais um certo facciosismo do que a construção da Igreja de Cristo.

- Quando vemos uma certa vinculação ao pastor – mesmo que seja padre, bispo ou leigo/a iluminado/a... católico – num seguidismo personalizado, podemos perceber uma quase protestantização, legitimada pelo (mero) reconhecimento da autoridade Papal.

- Quando se vai criando a necessidade de atender às (boas) intenções de quantos/as tentam responder às mais urgentes preocupações hodiernas, desde que se não criem obstáculos à prossecução dos intentos grupais, de espiritualidade requentada ou segundo linhas reinantes maioritárias... na mesma região, diocese, movimento, ou sector social.

- Quando se nota em tantas das nossas paróquias, em muitos movimentos (ditos) apostólicos, e em bastantes responsáveis de associações, irmandades, confrarias e afins... pouco espírito de Diocese, de sentido do Bispo, ou da comunhão entre as Igrejas.

- Quando, em tempo de crise de vocações à vida consagrada, se sente mais a caça de neófitos para o meu grupo, instituto ou congregação, em vez da formação para o compromisso em Igreja... Católica.

Não serão estas situações – e muitas outras mais escandalosas ainda! – reveladoras de algum facciosismo com cobertura de bem-intencionados, mas mal formados na diversidade para a comunhão?

De facto, já há anos ouvimos de um pastor protestante alemão – com quem criámos uma razoável simpatia desde a primeira hora – uma observação profética sobre a subtil anuência católica da multiplicidade de tantos grupos, que, de tão díspares, questionam o significado da pertença à mesma Igreja: "Nós protestantes – dizia o tal pastor – pensamos de forma diferente e fazemos uma «Igreja»; vós católicos tendes o mesmo espírito de divisão, mas desde que aceiteis [ao menos na teoria] a autoridade do Papa, sentis-vos na mesma «Igreja»".

Quem olhar a nossa vivência em Igreja Católica, nem sempre encontra uniformidade na liturgia: Há os mais integristas, os pretensos progressistas e até os situacionistas... sempre numa tentativa de resposta à mentalidade fundacional/funcional, ou mesmo sectária.

Já terão todos lido a instrução da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, «O Sacramento da Redenção»?

Quantas vezes a diversidade se reveste de facciosismo e este germina em frutos de divisão!
Como dizia alguém com sabedoria de vida: "Se Nosso Senhor Jesus Cristo voltasse à Terra não via a Igreja unida, mas via-a reunida, porventura a tratar do mesmo tema/assunto, mas em salas separadas e (até) contíguas"!

* Ó Espírito Santo, faz-nos sinais de unidade pela diversidade, e diversos na convergência para a Unidade... em Vós.


A. Sílvio Couto


Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: José Avlis (IP registado)
Data: 17 de July de 2004 09:15


O QUE É UMA HERESIA?

HERESIA não significa o mesmo que Incredulidade, Cisma, Apostasia, ou qualquer outro pecado contra a Fé.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC 2089) define a HERESIA do seguinte modo:

"HERESIA: É a negação, após o Baptismo, de algumas Verdades que devem ser acreditadas com Fé Divina e Católica, ou igualmente uma obstinada dúvida com relação às mesmas.

Enquanto:
"Incredulidade: é negligenciar uma Verdade revelada, ou a voluntária recusa em dar assentimento de Fé a uma Doutrina evangélica.
"Apostasia: é o total repúdio da Fé Cristã.
"Cisma: é o acto de recusar a submeter-se ao Romano Pontífice, ou à comunhão com os membros da Igreja sujeitos a ele" (Idem, 2089).

Para ser culpado de HERESIA, uma pessoa deve estar obstinada (incorrigível) no erro.
Uma pessoa que está aberta à correcção, ou que simplesmente não tem consciência do que ela está dizendo é contrário ao ensinamento da Igreja, não pode ser considerada como herética.

A dúvida, ou negação, envolvida na HERESIA deve ser pós-baptismal.
Para ser acusada de herética, uma pessoa deve ser antes de tudo um baptizado.
Isso significa que aqueles movimentos que surgiram da divisão do Cristianismo, ou que foram influenciados por ele, mas que não administram o Baptismo, ou que não baptizam validamente, não podem ser considerados heréticos, mas apenas religiões separadas; como por exemplo: os Muçulmanos que não possuem Baptismo, e as Testemunhas de Jeová que não baptizam validamente.

E, finalmente, a dúvida, ou negação, envolvida na HERESIA deve estar relacionada a uma Doutrina que deve ser acreditada com "Fé Católica e Divina".
Por outras palavras, alguma matéria que tenha sido definida/proclamada solenemente pela Igreja como Verdade Divinamente Revelada – como por exemplo: a Santíssima Trindade, a Encarnação, a Presença Real de Cristo na Eucaristia, o Sacrifício da Missa, a Infalibilidade Papal, a Imaculada Conceição e Assunção de Nossa Senhora.

É especialmente importante saber distinguir HERESIA de Cisma e de Apostasia.
No Cisma, uma pessoa, ou grupo, separa-se da Igreja Católica sem repudiar nenhuma doutrina definida.
Já na Apostasia, uma pessoa repudia totalmente a Fé Cristã, ao ponto de não considerar-se Cristã.


MODERNISMO – A maior e mais arraigada Heresia do nosso tempo (Século XX/XXI)

Os Modernistas ensinam, essencialmente, que o homem é incapaz de compreender a realidade e que as "verdades" são meramente ideias relativas.
Para o Modernista não existem verdades absolutas.
As Doutrinas que foram infalivelmente definidas pela Igreja podem assim, segundo eles, ser mudadas com o decorrer do tempo, ou rejeitadas, ou reinterpretadas, para se adaptarem às modernas preferências.

O Modernismo está entre as mais graves heresias, porque permite a uma pessoa rejeitar qualquer Doutrina que foi definida, inclusivamente as Cristocêntricas, como a Divindade e a Ressurreição de Cristo.
Essa Heresia permite a reintrodução de muitos erros das heresias anteriores e de outrora, bem como novos ensinamentos falsos que os antigos heréticos jamais imaginaram.

O Modernismo é especialmente grave e perverso, porque ele advoga frequentemente as suas crenças usando uma terminologia aproximada ou dissimuladamente ortodoxa.
O erro é frequentemente expresso e difundido através de uma nova interpretação simbólica, ou até filosófica, como por exemplo: "Cristo não ressuscitou fisicamente dos mortos, mas a história da Sua Ressurreição produz uma importante verdade".
Uma das tácticas mais comuns e falaciosas usadas pela maioria dos Modernistas é a de insistir na premissa de que eles estão dando a interpretação "ortodoxa" das verdades do Catolicismo.

As Heresias sempre acompanharam-nos desde o início da Igreja até aos tempos actuais.
Geralmente, elas sempre tiveram início por membros da hierarquia da Igreja, mas eram combatidas e corrigidas pelos Concílios e Papas.
Felizmente temos a promessa de Cristo de que as heresias jamais prevalecerão contra a Igreja:
"Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do Inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16,18); pois a Igreja é verdadeiramente, nas palavras do Apóstolo Paulo, "coluna e sustentáculo da Verdade" (1 Tm 3,15).


José Avlis


Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar / Dogmas
Escrito por: José Avlis (IP registado)
Data: 17 de July de 2004 10:13


OS DOGMAS DA IGREJA CATÓLICA


Dogma: é uma Verdade revelada por Deus, e, como tal, directamente proposta pela Igreja à nossa Fé.

A Revelação, fonte do Dogma, dá a conhecer o Ensinamento Divino em seu próprio conceito: Tal é a primazia de Pedro e dos seus Discípulos, e, como consequência, a Infalibilidade Pontifícia.

Para que uma Verdade revelada seja um Dogma é necessário que este seja proposto directamente à nossa Fé por uma Definição solene da Igreja, ou pelo Ensinamento de seu Magistério ordinário.

No Evangelho sublinha-se várias vezes a natureza da Fé.
Está descrita como uma adesão ao Ensinamento Divino anunciado por Cristo, ou pregada em Seu Nome e com Sua Autoridade pelos Apóstolos. No Evangelho de São Marcos encontramos:

«Depois disse-lhes: "Ide pelo mundo e pregai a Boa Nova a toda a gente. O que crer e for baptizado será salvo; o que não crer, será condenado» (Mc 16, 15-16).


Para consultar devidamente todos os DOGMAS DA IGREJA CATÓLICA, queira clicar aqui...


J. Avlis


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