Olá, o meu nome é Patrícia Rodrigues e sou estudante do 5ºano do curso
de Psicologia Clínica do ISPA e venho por este meio pedir a colaboração no preenchimento de questionários. O estudo científico que estou a realizar intitula-se Homofobia Internalizada e a Suicidalidade:estudo comparativo entre jovens LGB e não LGB. O objectivo é verificar se a homofobia influencia a ideacção suícida dos jovens. Por isso a todos os jovens entre os 16 e os 20 anos que queiram voluntariamente participar, agradeço deste já dizendo que o estudo é confidencial e anónimo e os dados vão posteriormente ser tratados estatisticamente. O questionário pode ser preenchido online [spreadsheets.google.com]

Obrigado pela sua colaboração!

vais ter muita dificuldade em realizar o estudo com dados conclusivos.

a % de jovens homossexuais é da ordem dos 1 a 2%. Terás de contactar com milhares de jovens para teres um grupo de jovens homossexuais de dimensão significativa de forma a conseguires um tratamento estatistico minimamente valido. Nestas condições existe sempre o risco de erros sistematicos devido à amostra dificilmente corresponder ao total da população.
Para além disso, e sem ver o questionário, pareces partir desde já do pricipio de que todo o eventual acrescimo de ideação suicida é devida à homofobia, o que me parece uma má forma de fazer ciencia. Parece-me que para se tirarem conclusões sobre a influencia da homofobia na ideação suicida se teriam de comparar diferentes ambientes aonde a aceitação da homossexualidade fosse aceite de forma melhor ou pior para depois se poderem tirar conclusões minimente validas.

Boa sorte para o trabalho. Não me parece que vá ser fácil.

Caro Camilo, obrigado pela resposta ao meu tópico, contudo tenho a dizer que já tenho cerca de 360 questionários e que dessas respostas só 8/10 pessoas são heterossexuais, por isso parece-me que vou ter dificuldade sim mas para encontrar a dita maioria (jovens heterossexuais). Em relação à ideacção suicida, é verificar em que grupo existe mais e se é por influência ou não da homofobia internalizada. Sei que não vai ser fácil, mas obrigado pelo interesse demonstrado.

Há artigos cientificos, sobre essa interacção. Não sei se tem acesso à b-on, ou se até já os leu, mas aconselho.

Vítor

Poderia dar as referências bibliográficas dos artigos que referiu, por favor?

pontosvista

coloco aqui os que estão entre os 10 mais relevantes.

Theoretical perspectives on suicide in gay men with AIDS

Angela McNaught, and John Spicer

School of Psychology, Massey University, Private Bag 11222, Palmerston North, New Zealand


Available online 27 March 2000.



Avoiding shame: young LGBT people, homophobia and self-destructive behaviours
Authors: Elizabeth McDermott a; Katrina Roen b; Jonathan Scourfield c
Affiliations: a Department of Social Policy and Social Work, University of York, York, UK
b Psychology Department, University of Oslo, Oslo, Norway
c School of Social Sciences, Cardiff University, Cardiff, UK


Title:Homophobia and psychotic crimes of violence.
Authors:Murphy, Denis1 denis.murphy@slam.nhs.uk
Source:Journal of Forensic Psychiatry & Psychology; Mar2006, Vol. 17 Issue 1, p131-150, 20p


Heterosexism and homophobia in Scottish school sex education: exploring the nature of the problem

KATIE BUSTONf1 and GRAHAM HART



Prejudice, social stress, and mental health in lesbian, gay, and bisexual populations: Conceptual issues and research evidence.By Meyer, Ilan H.
Psychological Bulletin. Vol 129(5), Sep 2003, 674-697.

Vítor

Obrigado.

pontosvista

Por acaso também tenho um amigo e colega mestrando em psicologia clinica que tá a pensar fazer a tese dele sobre a homossexualidade na sociedade portuguesa, as variáveis que vai utilizar ainda não sabe, mas depois posto as conclusões desse estudo, tb tou curioso.

A minha vontade de ajudar é tanta que preenchi o inquérito 14 vezes.

Citação:

nick
A minha vontade de ajudar é tanta que preenchi o inquérito 14 vezes.

A ser verdade revelas uma enorme necessidade de acompanhamento. Ou porque não entendes ainda o que é respeito pelo trabalho alheio, ou porque estás em conflito com a tua sexualidade daí essa necessidade compulsiva de afirmação.

Não tenhas medo. Ser uma peça no xadrez da vida é normalíssimo e nem todos podem ser Queens.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

E eu que pensava que ela vinha com o Dancing queen lol. Qual queens qual village people, isso já tá velho, agora pra ele o idolo pode ser George Michael o tal que já fez com mais de 500 até no wc, ou então o outro da voz fina que já não me lembro o nome, também pop.

Citação:

Lena

Citação:

nick
A minha vontade de ajudar é tanta que preenchi o inquérito 14 vezes.

A ser verdade revelas uma enorme necessidade de acompanhamento. Ou porque não entendes ainda o que é respeito pelo trabalho alheio, ou porque estás em conflito com a tua sexualidade daí essa necessidade compulsiva de afirmação.

Não tenhas medo. Ser uma peça no xadrez da vida é normalíssimo e nem todos podem ser Queens.

A ironia era óbvia. O estudo não tem valor cientifico porque não há forma de impedir alguém com tempo e vontade de que sejam obtidos determinadas conclusões de responder várias vezes. Se ela contactou sites de diversos tipos, incluindo os LGT é muito provável que algumas pessoas estejam fortemente motivados para que um estudo dê determinados resultados.
A amostra que ela referiu estava fortemente distorcida. Não há meio de saber se os dados têm algum valor. Pode servir para fazer a disciplina mas não tem valor cientifico nenhum.

Creio que a Patrícia, como aluna finalista, estará ciente da relatividade dos resultados. O trabalho é dela, as criticas ao método fazem parte do que terá de apresentar.

O que aqui vi foi um pedido de colaboração.

Como não sou docente de nenhuma cadeira no ISPA não me assiste o direito de ensinar métodos de pesquisa.
Simultaneamente este não é um fórum especializado em ciências humanas. Mesmo que estivesse pejado de especialistas há que saber distinguir entre trabalho e um espaço em que todos somos iguais.
Finalmente quem sabe e quer ajudar dirige-se de modo cordial ao colocar as suas objecções.

Assim, dizer que foi uma ironia só confirma a minha opinião anterior.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Pois o nick tem razão mas desde que o orientador de estágio saiba ou melhor não saiba lol que qualquer um pode aceder e responder lol, e a entrevista não é feito por ela caso a caso lol, o orientador devia gostar de saber, mas também a minha tese de mestrado tá pra breve, e cada um safa-se como pode lol vai ser a minha enxaqueca da década, e também é de clinica... Se a Patricia tiver ai umas teses do ISPa de outros anos eu arranjo-lhe uns gays que tenho como colegas na minha turma de psicologia, aquelas bichas e são 2 são umas atiradiças nem podem ver um professor novo que ficam logo atiçadas mas são boa gente respondem na boa com certeza, ainda pra mais se for eu a pedir. Um deles vai lá o boy dele de carro buscá-lo no fim das aulas e até flores e ursinhos de peluche dá ao matulão de quase 1,90 veja-se só, e já tão juntos ha uns bons pares de anos e felizes, o amor é lindo.

Citação:

Jorge Gomes
o amor é lindo

Pois é. Infelizmente há pessoas incapazes de o compreender. E por isso acham admissível brincarem com o que não compreendem. Às vezes chegam mesmo ao ponto de ofender ou interferir com o que não compreendem.

pontosvista

Citação:

pontosvista

Citação:

Jorge Gomes
o amor é lindo

Pois é. Infelizmente há pessoas incapazes de o compreender. E por isso acham admissível brincarem com o que não compreendem. Às vezes chegam mesmo ao ponto de ofender ou interferir com o que não compreendem.

Pois e é por isso que há tantos que se obrigam a esconder-se e a não se assumir perante a sociedade e a familia. Pior é quando vem da própria família. Eu tenho um amigo gay com 19 anos que os pais descobriram que ele era gay por uma conversa telefónica dele e foi expulso de casa numa sexta feira quase há meia noite, a carregar uma malona, mas por acaso admiro muito os que se assumem como tal, como esse meu colega e amigo de faculdade, é uma coisa que devia ser a coisa mais natural do mundo e há quem fique a olhar e a comentar, mas ele não se importa, e faz ele bem, se fosse eu também era assim, mãos dadas na rua e que se lixassem todos.



Editado 1 vezes. Última edição em 10/02/2009 13:03 por Jorge Gomes.

O amor é lindo mas o matulão apesar do namorado é uma "bicha atiradiça" que não pode ver um professor novo que fica logo "toda" atiçada.
Se a Lena acha que o melhor é a Patrícia não ser avisada das falhas graves do método que usa não a vou contrariar.