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Poemas!
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 22 de October de 2008 15:17

Below is a wonderful poem. It was written by Audrey Hepburn when she was asked to share her "beauty tips." It was read at her funeral years later.

For attractive lips, speak words of kindness.
For lovely eyes, seek out the good in people.
For a slim figure, share your food with the hungry.
For beautiful hair, let a child run his/herfingers through it once a day.
For poise, walk with the knowledge that you never walk alone.
People, even more than things, have to be restored, renewed, revived, reclaimed, and redeemed; never throw out anyone.

Remember, if you ever need a helping hand, you will find one at the end of each of your arms.
As you grow older, you will discover that you have two hands; one for helping yourself, and the other for helping others.

Re: Poemas!
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 23 de October de 2008 15:49

Tentativa de tradução:

--- Truques de Beleza---

Para lábios atractivos, diz palavras de bondade.
Para olhos encantadores, procura o bem que há nas pessoas.
Para uma figura esbelta, reparte o alimento com o faminto.
Para cabelos bonitos, deixa uma criança afagá-los uma vez por dia.
Para o melhor porte, anda sempre sabendo que nunca andas sozinho.
As pessoas, ainda mais do que coisas, têm que ser restauradas, renovadas, avivadas, recuperadas, e redimidas; nunca desprezes qualquer uma.

Recorda: sempre que precisares de uma mão amiga, encontrarás uma no fim de cada um de seus braços. Ao ganhar em idade descobrirás que tens duas mãos; uma para ti e a outra para ajudar o próximo.

*=?.0

Re: Poemas!
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 23 de October de 2008 22:09

Entrei onde não soube
E quedei-me não sabendo
toda a ciência transcendendo.
1. Eu não soube onde entrava
Porém , quando ali me vi,
Sem saber onde estava,
Grandes coisas entendi;
Não direi o que senti,
Que me quedei não sabendo,
Toda a ciência transcendendo.

2.De paz e de piedade
Era a ciencia perfeita,
Em profunda soledade
Entendia ( via reta );
Era coisa tão secreta,
Que fiquei como gemendo,
Toda a ciencia transcendendo.
3. Estava tao embevecido,
Tão absorto e alheado,
que se quedou meu sentido
De todo o sentir privado,
E o espirito dotado
De um entender não entendendo,
toda a ciencia transcendendo.
4. O que ali chega deveras
De si mesmo desfalece;
Quanto sabia primeiro
muito baixo lhe parece,
E seu saber tanto cresce,
que se queda não sabendo,
Toda a ciencia transcendendo.
5. Quanto mais alto se sobe,
tanto menos se entendia,
como nuvem tenebrosa
Que na noite esclarecia;
Por isso quem a sabia
fica sempre não sabendo,
Toda a ciencia transcedendo.
6. Este saber nao sabendo
è de tão alto poder,
Que os sábios discorrendo
Jamais o podem vencer,
que não chega o seu saber
A não entender entendendo,
Toda a ciencia transcendendo.
7. E é de tão alta excelencia
Aquele sumo saber,
que não há arte ou ciencia
Que o possam apreender;
Quem se soubera vencer
com um não saber sabendo,
Irá sempre transcendendo.
8. E se o quiserdes ouvir,
consiste esta suma ciencia
Em um subido sentir
Da divinal Essencia;
É obra da sua clemencia
Fazer quedar não entendendo,
Toda a ciencia transcedendo.

Glosas sobre um êxtase de alta contemplação - São João da Cruz



Editado 2 vezes. Última edição em 23/10/2008 22:17 por Chris Luz BR.

Re: Poemas!
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 24 de October de 2008 17:58

LLAMA DE AMOR VIVA - São João da Cruz

Canciones del alma en la íntima comunicación,
de unión de amor de Dios.


1. ¡Oh llama de amor viva,
que tiernamente hieres
de mi alma en el más profundo centro!
Pues ya no eres esquiva,
acaba ya, si quieres;
¡rompe la tela de este dulce encuentro!

2. ¡Oh cauterio suave!
¡Oh regalada llaga!
¡Oh mano blanda! ¡Oh toque delicado,
que a vida eterna sabe,
y toda deuda paga!
Matando. muerte en vida la has trocado.

3. ¡Oh lámparas de fuego,
en cuyos resplandores
las profundas cavernas del sentido,
que estaba oscuro y ciego,
con extraños primores
calor y luz dan junto a su Querido!

4. ¡Cuán manso y amoroso
recuerdas en mi seno,
donde secretamente solo moras
y en tu aspirar sabroso,
de bien y gloria lleno,
cuán delicadamente me enamoras!

Re: Poemas!
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 26 de October de 2008 16:17

Albino, agora este!

Nugget of Love

Snuggled and nestled into your arms
Cast in the spell of your heavenly charms
Touching your skin so delectably milky
Like a cocoon spun rounds cozy and silky

Sweet like the nectar the butterfly's sip
Love is a treasure from wichone can dip
Butterfloy soft, touches tender
Sending tingles to the erogenous center

kisses of passion, probing so deep
A moment in time our memories can keep
Love is so fragile a feeling to hold
It's harder to keep than a nugget of gold

And this about how I try to be...

Beauty Within

Beautiful feet are those that run
To lost souls that can not come
Beautiful hands are those that kneed
Broken hearts so they do not bleed
Beautiful ears are those that hear
The pain and joy of those so dear
Beautiful faces are those that beam
With a noble touching deed
Beautiful eyes are those that glisten
As though you came back from the missing
A beautiful heart is one that throbs
With joy and ecstacy but sometimes sobs
For the misery cast in life about
It's a bleeding heart, that's brave no doubt
A beautiful soul is one that seeks
To lift mankind to higher peaks

PS I have been called a romantic.

Re: Poemas!
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 16 de December de 2008 12:43

do aborto

a noite não me assusta
o que me assusta é o cair dos pássaros
das varandas tristes
como pétalas mortas em forma de lágrima.

Vítor Ribeiro 11/12/2006

Re: Poemas!
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 16 de December de 2008 12:47

Deus é Amor

a luz deste candeeiro
que agora pego
é como um pássaro entre o orvalho
pousado nos galhos tristes
das almas que agora adentro
com as minha próprias mãos.
podemos continuamente cortar os pulsos
à segunda salva de tiros
(aquela à distância de uma bala na vossa boca)
que se faz ruir no escuro,
e sorrir com Deus ainda mais contínuo
nas vossas vidas.
Deus é amor .

Vítor Ribeiro Oct 23 2006

Re: Poemas!
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 16 de December de 2008 12:49

Páscoa

as luzes
também se acendem com as cicatrizes
assim como
existem jardins translúcidos
suspensos num sorriso
que são adubados pela dor

um tropeção
uma pedra,
simbolizando a noite
debruçada sobre o corpo
pode ser uma manhã
ainda descalça
fiando uma meia-volta
de uma borboleta.

sei leitor
que por vezes tropeças
em arco-iris
que elefantes terríveis
caminham entre os teus cabelos
e ombros.
mas vê a imagem magnífica
de um coração futuro
pedalando numa bicicleta
subindo
ao topo das árvores.

e sorri.

Vítor Ribeiro 28/08/2006

Re: Poemas!
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 16 de December de 2008 12:55

as mulheres

as mulheres são o espírito das manhãs

com as suas fieis mãos de porcelana alva
elevam os homens até ao centésimo andar do sonho
ali naquele lugar onde as nuvens
são secretas vizinhas de Deus

e as mulheres escrevem as flores nas mãos dos homens
centelham-lhes os olhos com o interior dos dias
que delas fazem parte

as mulheres são pedras raras, antigas
guardiãs do sol que dentro delas habita.

as mulheres
são
a vigia das reclusas noites sentadas

Vítor Ribeiro some where some day.

Re: Poemas!
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 16 de December de 2008 19:28

Depoimento de um funcionário da Perdigão da cidade de Itajaí - SC, uma das mais afetadas pelas enchentes e desmoronamentos .

COMEÇAR DE NOVO!
Eu tinha medo da escuridão
Até que as noites se fizeram longas e sem luz



Eu não resistia ao frio facilmente
Até passar a noite molhado numa laje



Eu tinha medo dos mortos
Até ter que dormir num cemitério



Eu tinha rejeição por quem era de Buenos Aires
Até que me deram abrigo e alimento



Eu tinha aversão a Judeus
Até darem remédios aos meus filhos



Eu adorava exibir a minha nova jaqueta
Até dar ela a um garoto com hipotermia



Eu escolhia cuidadosamente a minha comida
Até que tive fome



Eu desconfiava da pele escura
Até que um braço forte me tirou da água



Eu achava que tinha visto muita coisa
Até ver meu povo perambulando sem rumo pelas ruas



Eu não gostava do cachorro do meu vizinho
Até naquela noite eu o ouvir ganir até se afogar



Eu não lembrava os idosos
Até participar dos resgates



Eu não sabia cozinhar
Até ter na minha frente uma panela com arroz e crianças com fome



Eu achava que a minha casa era mais importante que as outras
Até ver todas cobertas pelas águas



Eu tinha orgulho do meu nome e sobrenome
Até a gente se tornar todos seres anônimos



Eu não ouvia rádio
Até ser ela que manteve a minha energia



Eu criticava a bagunça dos estudantes
Até que eles, às centenas, me estenderam suas mãos solidárias



Eu tinha segurança absoluta de como seriam meus próximos anos
Agora nem tanto



Eu vivia numa comunidade com uma classe política
Mas agora espero que a correnteza tenha levado embora



Eu não lembrava o nome de todos os estados
Agora guardo cada um no coração



Eu não tinha boa memória
Talvez por isso eu não lembre de todo mundo
Mas terei mesmo assim o que me resta de vida para agradecer a todos



Eu não te conhecia
Agora você é meu irmão



Tínhamos um rio
Agora somos parte dele



É de manhã, já saiu o sol e não faz tanto frio
Graças a Deus
Vamos começar de novo.



É hora de recomeçar, e talvez seja hora de recomeçar
não só materialmente.
Talvez seja uma boa oportunidade de renascer, de se reinventar
e de crescer como ser humano.
Pelo menos é a minha hora, acredito.
Que Deus abençoe a todos.



Luis Fernando Gigena





Catolicanet

Re: Poemas!
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 05 de April de 2009 01:14

Ora até que enfim..., perfeitamente...
Cá está ela!
Tenho a loucura exatamente na cabeça.
Meu coração estourou como uma bomba de pataco,
E a minha cabeça teve o sobressalto pela espinha acima...

Graças a Deus que estou doido!
Que tudo quanto dei me voltou em lixo,
E, como cuspo atirado ao vento,
Me dispersou pela cara livre!
Que tudo quanto fui se me atou aos pés,
Como a sarapilheira para embrulhar coisa nenhuma!
Que tudo quanto pensei me faz cócegas na garganta
E me quer fazer vomitar sem eu ter comido nada!

Graças a Deus, porque, como na bebedeira,
Isto é uma solução.
Arre, encontrei uma solução, e foi preciso o estômago!
Encontrei uma verdade, senti-a com os intestinos!

Poesia transcendental, já a fiz também!
Grandes raptos líricos, também já por cá passaram!
A organização de poemas relativos à vastidão de cada assunto resolvido em vários —
Também não é novidade.
Tenho vontade de vomitar, e de me vomitar a mim...
Tenho uma náusea que, se pudesse comer o universo para o despejar na pia, comia-o.
Com esforço, mas era para bom fim.
Ao menos era para um fim.
E assim como sou não tenho nem fim nem vida...

Álvaro de Campos, in "Poemas"

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Poemas!
Escrito por: Jorge Gomes (IP registado)
Data: 17 de April de 2009 21:54

ARMINDO RODRIGUES- JURO NUNCA ME RENDER

Pela minha terra clara
e o povo que nela habita
e fala a língua que eu falo,
juro nunca me render.

Pelo menino que fui
e o sossego que desejo
para o velho que serei,
juro nunca me render.

Pelas árvores fecundas
que nos dão frutos gostosos
e as aves que nelas cantam,
juro nunca me render.

Pelo céu que não tem margens
e as suas nuvens boiando
sem remorso nem receio,
juro nunca me render.

Pelas montanhas e rios
e mares que os rios buscam,
com o seu murmúrio fundo,
juro nunca me render.

Pelo sol e pela chuva
e pelo vento disperso
e pela plácida lua,
juro nunca me render.

Pelas flores delicadas
e as borboletas irmãs
que nos livros espalmei,
juro nunca me render.

Pelo riso que me alegra,
com a sua nitidez
de guizos e de alvorada,
juro nunca me render.

Pela verdade que afirmo,
dos que a verdade demandam
até à contradição,
juro nunca me render.

Pela exaltação que estua
nos protestos que não escondo
e a justiça que os provoca,
juro nunca me render.

Pelas lágrimas dos pobres
e o pão escasso que comem
e o vinho rude que bebem,
juro nunca me render.

Pelas prisões em que estive
e os gritos que lá esmaguei
contra as mãos enclavinhadas,
juro nunca me render.

Pelos meus pais e meus avós
e os avós dos avós deles,
com o seu suor antigo,
juro nunca me render.

Pelas balas que vararam
tantos peitos de homens justos,
por amarem muito a vida,
juro nunca me render.

Pelas esperanças que tenho,
pelas certezas que traço,
pelos caminhos que piso,
juro nunca me render.

Pelos amigos queridos
e os companheiros de ideias,
que são amigos também,
juro nunca me render.

Pela mulher a quem amo,
pelo amor que me tem,
pela filha que é dos dois,
juro nunca me render.

E até pelos inimigos,
que odeiam a liberdade,
e por isso não são livres,
juro nunca me render.



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