É a mais pura verdade, Alef. A Ota perdia sempre que era comparada com outro local.

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Mário Lino admite analisar opção "Portela+1"
18.06.2007 - 14h15 Lusa

O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, disse hoje que o Governo está disposto a analisar qualquer outro estudo sobre a localização do novo aeroporto, inclusivamente a opção "Portela+1", defendida pela Associação Comercial do Porto.

"[O Governo] aceita todos os relatórios — como tem aceite até agora todos os relatórios — que lhe queiram apresentar e olhará com toda a atenção para eles, como sempre foi, e sobre qualquer opção", disse Mário Lino no final da assinatura de um protocolo para o arranque das novas instalações para o Centro de Análise e de Operações contra o Narcotráfico Marítimo, quando questionado sobre se estaria disposto a aceitar o estudo da Associação Comercial do Porto.

Há uma semana, o ministro recebeu um estudo do presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, Fransisco Van Zeller, que fundamentava a construção do novo aeroporto de Lisboa nos terrenos públicos do Campo de Tiro de Alcochete, em alternativa à construção na Ota. Mário Lino remeteu o documento para o Laboratório Nacional de Engenharia Civil para validar essa opção técnica.

Esta abertura surge numa altura em que ainda há algumas semanas o ministro tinha considerado “irreversível” a construção do aeroporto na Ota, sustentando que os recentes governos sociais-democratas também apontavam essa zona como o único local possível para a construção da nova infra-estrutura aeroportuária para servir Lisboa, em substituição da quase “esgotada” Portela.

A declaração de hoje surge na sequência da entrevista ao programa "Diga Lá Excelência", do PÚBLICO, Rádio Renascença e RTP2, do presidente da ACP, Rui Moreira, que defende a opção "Portela+1" e relembra que Mário Lino, no inicio do seu mandato, "tinha muitas dúvidas sobre a Ota e que o aeroporto devia ser na margem sul".

"A parte do inclinado mais para a margem sul não corresponde à verdade”, rebateu hoje Mário Lino. “Tive dúvidas como é normal. Tinha acabado de chegar ao Governo, não conhecia o dossier em pormenor, tive dúvidas e tive de me inteirar e de me informar sobre tudo o que tinha sido feito pelos governos anteriores e conclui que a opção tinha sido bem tomada", referiu o ministro à Lusa.

João (JMA)

A Portela + 1

A expressão "Portela + 1" , hoje muito usada na Comunicação Social, pode significar que o aeroporto da Portela deve continuar em funcionamento durante um largo periodo (não inferior a duas décadas) e que devemos iniciar o mais rapidamente possivel a construção por fases de um novo aeroporto num local onde possa vir a ter uma muito grande possibilidade de expansão. Se a primeira fase (uma pista e algo mais) puder ser inaugurada daqui a 5 ou 6 anos, todas as dificuldades aeronauticas presentes e futuras da região de Lisboa ficam resolvidas. Daqui a uns 10 anos, quando começarmos a pensar na construção da 2ª fase do novo aeroporto, teremos de decidir se ele se deve expandir de modo a substituir completamente a Portela, ou se devemos adoptar em definitivo o modelo dos dois aeroportos em funcionamento. Esta discussão, no entanto, agora é prematura e algo deslocada numa campanha para a Câmara de Lisboa.

A fórmula "Portela + 1" pode, no entanto, também significar que devemos, desde já , desviar para bases militares e outros aeroportos parte dos voos low cost que actualmente sobrecarregam a Portela, retardando assim a sua saturação. Tenho defendido esta solução, desde que ela seja feita com encargos muito reduzidos. As duas concepções são perfeitamente conciliáveis. O que me parece totalmente errado é encararmos a solução "Portela + bases militares" como uma solução definitiva que nos dispense de pensarmos num novo aeroporto.

O projecto de um novo aeroporto convenientemente planeado e a construir de um modo faseado numa zona onde possa ter uma grande possibilidade de expansão, como é o caso da Carreira de Alcochete, pode ser, com as actividades anexas que pode estimular e desenvolver , um projecto com um imenso impacto no desenvolvimento português neste meio século.

António Brotas

Professor Jubilado do IST
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João (JMA)

Sondagem: Maioria dos portugueses prefere «Portela+1»

Um terço dos portugueses concorda com a construção de um novo aeroporto internacional, sendo a solução «Portela + 1» a preferida, segundo uma sondagem divulgada hoje no Diário de Notícias.
A maioria dos portugueses concorda com a construção de um novo aeroporto internacional, sendo a solução «Portela + 1» a preferida, segundo uma sondagem divulgada hoje no Diário de Notícias.

De acordo com a sondagem da Marktest para o DN e rádio TSF, mais de metade dos portugueses, 52%, concorda que o país necessita de um novo aeroporto internacional, enquanto 35 por cento tem opinião contrária e 13 por cento «não sabe».

Questionados sobre qual seria a melhor solução para a construção, 35 por cento dos inquiridos defendeu a manutenção do aeroporto da Portela e a edificação de outra infraestrutura de média dimensão.

Entre as duas localizações que mais têm sido faladas, 25 por cento da amostra prefere Alcochete, enquanto nove por cento a Ota, sendo que 31 por cento dos inquiridos «não sabe» ou «não respondeu».

A sondagem da Marktest foi realizada entre os dias 19 e 22 de Junho, através de 815 entrevistas telefónicas, e apresenta um erro de amostragem, para um intervalo de confiança de 95 por cento, de mais ou menos 3.43 por cento.

Diário Digital / Lusa

João (JMA)

Há algo que estranho nesta decisão.
Para a OTA gastaram-se 100 milhões de euros em estudos. Para alcochete bastou gastarem 500 mil, ou seja 200 x menos.

Para a Ota, como se supunha que seria esse o local definitivo, já se estavam a fazer estudos mais avançados que para Alcochete só agora se vão fazer.

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