Coimbra não ficaria assim tão beneficiada pela Ota. Pouca diferença faz fazer 150 ou 200 km para chegar ao aeroporto. Quanto a Fátima, especulo que o tipo de turismo que recebe não pede um aeroporto perto. Não acredito que viessem muito mais pessoas a Fátima se o aeroporto fosse mais perto.

Continuo a suspeitar que a opção Portela+1 é a melhor.

Augusto Mateus fez um estudo sobre o impacto económico de um aeroporto na Ota. Quando todos esperavam que defendesse a Ota ele sugeriu que Alcochete seria muito melhor.

Tudo isto dá muito que pensar.

pontosvista

A verdade é que a Ota nunca foi a primeira opção, em nenhum dos critérios.

Por isso é que se torna estranha esta escolha.

João (JMA)

Ola a todos
Não me quero armar em Advogado do diabo, mas ja repararam que quantos mais peritos veem falar mais soluções são apresentadas? Ota, Poceirão, Montijo, Alcochete...Se assim continuarmos cada um da a morada respectiva e diz que ali sim é o melhor local para construir seja o que for.
Já é tempo de em Portugal se passar dos estudos para as soluções, tudo precisa de estudo por isso é que Portugal está atrasado 50 anos em relação a tudo, como dizia um presidente Americano "deem-me um economista maneta"...


Cumprimentos

Sérgio Lopes

Governo vai estudar Alcochete como alternativa para novo aeroporto de Lisboa
11.06.2007 - 10h29 Leonete Botelho


O Governo adiou por seis meses a abertura do concurso do futuro Aeroporto Internacional de Lisboa na Ota, prevista para Outubro, para estudar a viabilidade de uma localização alternativa, o Campo de Tiro de Alcochete, que ganhou força nos últimos dias.

O anúncio foi feito esta manhã pelo ministro das Obras Públicas, Mário Lino, na Assembleia da República, onde decorre durante todo o dia um colóquio sobre o futuro aeroporto.

Segundo o ministro, o Governo mandatou o Laboratório Nacional de Engenharia Civil para proceder, nos próximos seis meses, a uma análise técnica comparativa entre a Ota e Alcochete para localização do novo aeroporto de Lisboa.

"O Governo que ficar de consciência tranquila de tudo ter feito para garantir a melhor decisão", justificou Mário Lino.

Esta decisão é tomada na sequência da apresentação de um estudo promovido pela Confederação da Indústria Portuguesa que dá os 7500 hectares do Campo de Tiro de Alcochete como a melhor opção para a instalação da infra-estrutura aeroportuária. O estudo será entregue esta manhã em mãos pelo presidente da CIP, Francisco Van Zeller, ao Presidente da República, Cavaco Silva.

João (JMA)

Os exercícios de cidadania afinal funcionam. A ver vamos...

João (JMA)

Sérgio, mas repara que os estudos que foram feitos apontam desvantagens sérias à Ota (vê no blog do pontosvista). Ou seja, ao defender que basta de estudos, está-se a defender que se ignorem os estudos que já foram feitos. Nesse caso, claro que não vale a pena estudar, se é para fazer tábua rasa das conclusões...

Ota: Estudo apresentado pela CIP aponta seis alternativas

O estudo hoje apresentado pela Confederação da Indústria Portuguesa sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa apresenta seis localizações possíveis junto a Alcochete, algumas das quais com ocupação significativa do Campo de Tiro.
Além da Ota e Poceirão, o estudo aponta outras seis localizações possíveis, «integradas numa extensa área de espaços florestais, em parte classificados como degradados, localizados na zona nascente do Campo de Tiro de Alcochete e na proximidade do local que vem sendo designado como Faias».

De acordo com o estudo, elaborado por 16 professores universitários e coordenado por Carlos Borrego e Miguel Coutinho, existem 3 alternativas a esta zona denominada de «H» com orientação Este-Oeste.

As zonas são «H1» (zona mais próxima de Lisboa e que abrange os concelhos de Benavente e Palmela), «H2» (tem como objectivo ampliar a distância ao corredor ecológico em relação a H1 e abrange os concelhos de Benavente, Montijo e Palmela) e «H3» (tem como objectivo minimizar a área de montado, ocupando os concelhos de Benavente e Palmela).

Esta última alternativa poderá, ao contrário da H1 e H2, interferir com as servidões aéreas da Base Aérea do Montijo.

As outras 3 alternativas na zona «H» com orientação Norte-Sul são «H4» (o mais nascente possível, abrangendo apenas o concelho de Benavente), «H5» (o mais a leste possível no concelho do Montijo) e «H6» (com localização intermédia face às duas anteriores, abrangendo Benavente e Montijo).

De entre as várias localizações analisadas, o estudo refere que «a metodologia aplicada revela claramente uma maior adequabilidade» das alternativas «H6», «H5» e «H2».

A região a intervencionar coincide com a área mais a leste do Campo de Tiro de Alcochete, limitada a nascente pela A13 e estende-se pelos concelhos de Benavente, Montijo e Palmela.

Trata-se de uma extensa área de eucaliptal, ocupada ocasionalmente por manchas de montado e zonas de regadio.

A construção de um aeroporto neste grande espaço disponível basear-se num layout de pistas equivalente à solução «H6», ou seja, com uma orientação Norte-Sul.

Com esta orientação de pistas será possível minimizar os efeitos ambientais no que diz respeito ao número de sobreiros a abater, anular a necessidade de efectuar desalojamentos, pois na área de implantação não existe qualquer habitação e reduzir as perturbações sociais associadas a eventuais expropriações de terrenos por mais de 94 por cento dos terrenos já são propriedade do Estado.

Esta orientação de pistas apresenta igualmente a vantagem de não proporcionar qualquer conflito com a Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo, dado que as rotas de aproximação ao aeroporto não sobrevoam esta área.

A proximidade com os traçados da A12, da A13 e com os traçados alternativos previstos para o futuro prolongamento do IC13 facilitam este desenvolvimento a nível da acessibilidade rodoviária.

Revela-se fundamental assegurar que este local seja alimentado pela futura rede ferroviária de alta velocidade, o que parece tecnicamente possível, conclui o estudo encomendado pela CIP e hoje entregue ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, anunciou ao início da manhã de hoje que o Governo vai fazer estudos comparativos entre a Ota e Alcochete, para saber qual destes é o melhor local para construir o novo aeroporto de Lisboa.

Diário Digital / Lusa

11-06-2007 13:08:00

João (JMA)

Que chatice!

Com tanto terreno do Estado, como é que vou fazer para receber uns milhões com a expropriação?

João (JMA)

E que dizer agora da pressa toda com que o governo estava?

Ola

Bem mais um estudo, mais decisões adiadas, assim se passa o tempo e as pessoas a ficar para trás, eu não defendo o fim dos estudos mas sim a aplicação destes, porque 1º fazem-se estudos e depois estudos dos estudos e depois estudos das possiveis decisões e ainda estudos das decisões que ficaram por decidir, enfim, estudos e mais estudos e menos decisões.

Cumprimentos

Sérgio Lopes

Compreendo, Sérgio, mas o governo não estava a usar os outros estudos para fazer o aeroporto na Ota, porque estes não apontam nesse sentido.

Sérgio,

Aquilo que o Governo não estava a utilizar eram precisamente os estudos.

Porque os estudos são unânimes em considerar que ,por exemplo, no que se refere às condições meteorológicas a Ota é a pior solução, com menos dias de utilização por ano.

Como é a pior solução em relação às condições geológicas; donde decorre ser a mais cara solução em termos de terraplanagem;

Como é a pior solução em relação aos perigos de aterragem e decolagem, etc...

Isto é o que dizem os estudos que já existiam quando se optou pela Ota...

A questão é o porquê?

João (JMA)

Ola
Então eu faço a pergunta se os estudos sempre foram negativos em relação a Ota porque é que nenhum governo o fez cair?

Cumprimentos

Sérgio Lopes

Também gostava de saber. :)

Citação:

Sérgio
Então eu faço a pergunta se os estudos sempre foram negativos em relação a Ota porque é que nenhum governo o fez cair?

Provavelmente porque não estudaram a decisão tomada em 1999. Na verdade não passava pela cabeça de ninguém a verdadeira trapalhada que foi a decisão de escolher a Ota.

pontosvista

Ola
Vamos abrir uma garrafa de champanhe o Governo recuou, vamos la ver se é desta que a coisa fica decidida :):):)

Cumprimentos

Sérgio Lopes

Esperemos que seja. :)

O ministro dos desertos ficou a ver navios... estes vermelhos sao uns vendidos... Se alguma vez o Santo Homem se deixou influenciar pelos interesses dos grupos economicos.
Até se punham em sentido...Bons tempos, que saudades...

O que eles dizem...

Citação:

"Ficou-se a saber que a Ota era a única hipótese porque o Governo não tinha considerado a viabilidade das outras hipóteses"
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Constança Cunha e Sá, PÚBLICO, 14-6-2007