Porque ha tanto interesse aeroporto na ota? de qm sao as terras? soares e amigos, maconaria,socrates guterres e cia...

Citação:

Todeto
«soares e amigos, maconaria,socrates guterres e cia...»

A CIA também tem terrenos na OTA?

Alef

provavelmente. e tudo a mesma cambada.

Não à OTA

Sondagem: maioria dos portugueses não quer novo aeroporto

A esmagadora maioria dos portugueses não quer um novo aeroporto na OTA. É o resultado de uma sondagem SIC, Expresso e Rádio renascença terminada esta semana.

No estudo da Eurosondagem constata-se que 51 por cento dos inquiridos nem sequer quer um novo aeroporto.

Apenas 39 por cento dos portugueses questionados defende que a obra deve mesmo ser feita.

O maior problema para o Governo é que das pessoas que são a favor do novo aeroporto, só 17 por cento é que defende a OTA.

Três quartos dos inquiridos defende que se estudem outras hipóteses para além da OTA.

A insistência do governo na Ota é algo muito grave a que devemos estar atentos.

Entre os técnicos independentes a opinião é geral: a Ota não é um sítio adequado para um aeroporto e há muitos outros sítios.

Este pode ser um daqueles casos em que uma pequeníssima minoria tem interesse em que a população em geral não perceba as questões técnicas e pense que todos os sítios e modos de financiamento são iguais. Mas não são e um aeroporto na Ota pode pôr seriamente em causa o desenvolvimento económico do país.

Um aeroporto na Ota retiraria competitividade a todos os aeroportos do continente, para pagar uma obra desadequada: só se faz um aeroporto em cima de lodos e leitos de rios quando não há nenhum local em terra firme e plano.

No futuro seriam todos os movimentos de pessoas e bens através dos aeroportos do continente a pagar uma obra cara e sem futuro. A Ota esgotar-se-ia muito pouco tempo depois de pronta; logo que estivesse acabada ou ainda antes seria necessário começar a pensar num outro aeroporto.

pontosvista

Desculpem a insistência, mas a questão do novo aeroporto de Lisboa e da Ota é de interesse nacional e preocupa-me que as pessoas andem alheadas do que se passa.

Embora pareça uma questão técnica, no fundo são os portugueses que pagarão durante décadas as consequências da decisão final e devem ser eles a informar-se, a questionar os técnicos e a formar a sua opinião.

Tal como os jurados de um tribunal que, não sendo técnicos, questionam os técnicos para formarem a sua decisão, esperava mais atenção a este assunto, sobretudo daqueles que têm melhor acesso à informação (caso dos foristas que por aqui passam).

Nu fundo a decisão final é sempre política (no sentido de que diz respeito à polis, à nossa sociedade) e as decisões políticas devem ser, em última análise, formadas pela vontade dos cidadãos.

Quando os cidadãos são católicos, o amor ao próximo e aos mais pobres deve levá-los a estar especialmente atentos a decisões de grande relevância para o país.

pontosvista

para quem se interesse por este tema aqui vai um livro "fresquinho": "O erro da Ota".

António Brotas, António Barreto, Diogo Pinto, Galopim de Carvalho, Gonçalo Ribeiro Teles, Loureiro dos Santos, Mendo Castro Henriques, Miguel Frasquilho, Paulino Pereira, Rui Moreira e Vítor Bento são algumas das personalidades que contribuíram para o livro, editado pela Tribuna da História, onde são apresentadas alternativas.

João (JMA)

JMA

Obrigado pelo link.

Achei interessante que o coordenador do livro, "que até há cerca de um mês dirigiu o departamento de investigação do Instituto da Defesa Nacional", tenha considerado que o assunto tenha a ver com a "componente não militar da Defesa" Nacional.

A localização do novo aeroporto é muito mais séria do que uma simples obra pública.

pontosvista

Caro pontosvista,

O Professor Mendo Castro Henriques tem muitas posições bem interessantes sobre a OTA.

Podes segui-las na sua págin pessoal , no seu blog pessoal , no seu blog mai colectivo ou ainda no think tank (que nome = tanque de ideias...) da sua predilecção.

João (JMA)

JMA

Obrigado mais uma vez.

Mas serei o único interessado em discutir a Ota por aqui?

pontosvista

Só faltavam os monarquicos que venderam Olivença.

Todeto

O objectivo é discutir ideias. Não é discutir pessoas e muito menos rotulá-las.

pontosvista

Caro pontosvista,

O tema interessa-me naturalmente.

Ainda ando a pagar uma dúzia de campos de futebol, dos quais um está às moscas - o do algarve - para não me preocupar com outra obra idiota.

Mas vê lá o que eu sonhei: que um Governo tinha anunciado há mais de ano e meio atrás que iria no prazo de 30 dias fazer um levantamento de todos os proprietários de terrenos da área da Ota e torná-lo público.

Mas deve ter sido sonho mesmo, porque nunca mais ouvi falar do assunto...

João (JMA)

Começo a convencer-me que o conhecimento dos verdadeiros donos dos terrenos da Ota explicaria bastantes compromissos pessoais.

Mas o problema é que o valor desses terrenos será sempre uma pequena fracção do custo total de um aeroporto na Ota. Em contrapartida os prejuízos para o país serão imensos. Então se considerarmos o que se poderia ganhar em termos de competitividade com um aeroporto barato na margem sul, parece-me que para alguns ganharem alguma coisa muitos perderão muitíssimo mais. Se estamos reféns dessa gente valia mais comprar-lhes os terrenos da Ota e ir na mesma fazer o aeroporto num sítio plano, perto dos portos, atraindo passageiros e carga de Espanha, e com boas possibilidades de expansão.

O que é trite e preocupante na Ota é o facto de se gastar dinheiro e tempo a fazer o que não é preciso fazer noutros sítios para daqui a poucos anos a Ota esgotar (se não esgotar antes de abrir) e acabarmos a pagar ainda outro aeroporto.

pontosvista

Caro pontosvista,

não estás a ver bem o problema...

A ideia é este aeroporto esgotar rápido a capacidade, para os mesmos que agora detêm os terrenos na OTA os poderem comprar na zona do próximo aeroporto...

João (JMA)

JMA

Não tinha pensado nisso assim mas és capaz de não andar longe da verdade.

Mas será que a nossa democracia já se degradou a ponto de não podermos fazer nada?

Eu acredito no movimento de opinião pública que visa obrigar o governo a repensar a localização do novo aeroporto.

pontosvista

Caro pontosvista,

A nossa democracia anda com muitos problemas, dos quais todos somos culpados.

Quando chegam as eleições Portugal volta-se a comportar como se estivesse num campeonato de futebol: cada um vota no clube de que gosta...

Independentemente de programa, de candidato, etc...

Nem sabem muito bem porque votam naquele e não noutro.

Com tal comportamento, não há democracia que resista.

Mas acredito ainda no esforço de cidadania. Por isso acredito ser possível reverter tal decisão.

Mas a verdade é que, após um primeiro momento de pressão, a comunicação social parou as notícias sobre os proprietários da Ota...

Entretanto tivemos o "folhetim" da independente e agora temos a final do campeonato que é mais importante...

Mas apostemos nos movimentos de cidadania.

João (JMA)

Viram as sondagens de ontem no Telejornal?

A grande maioria dos portugueses não considera o novo aeroporto um investimento prioritário e a maioria (sem ser muito grande :) ) não concorda com a localização.

Cassima

Sondagem contra OTA


A maioria dos portugueses considera desnecessária a construção de um novo aeroporto na zona de Lisboa e está contra a localização da infra-estrutura aeroportuária na Ota, revela o Barómetro Marktest para DN e TSF hoje divulgado.


A esmagadora maioria dos inquiridos no estudo (72 por cento) defende que o governo faça mais estudos para localizações alternativas à Ota, enquanto 18 por cento considera que já existem estudos suficientes para se optar por uma localização e 10 por cento não tem opinião.

Quanto à necessidade de um novo aeroporto, 57 por cento está contra, 35 por cento acha que Lisboa precisa de uma nova aerogare e apenas 8 por cento afirma não ter opinião.

A favor da construção do novo aeroporto na Ota estão 18,1 por cento das pessoas ouvidas no estudo, contra 51,1 por cento de opiniões contrárias, enquanto 29,9 por cento afirma não ter opinião formada sobre o assunto.

Por regiões, é precisamente na da Grande Lisboa, em princípio a mais beneficiada pela nova infra-estrutura, que se encontra a mais alta percentagem de opositores à construção do aeroporto na Ota, com 60,1 por cento de respostas negativas, 18,7 por cento de positivas e 22,6 por cento de indecisos.

No Grande Porto 51,9 por cento dos inquiridos está contra a construção na Ota, com 34,8 por cento de indecisos e 13,4 por cento de opiniões favoráveis.

Na região sul o "não à Ota" também vence, com 50,3 por cento de opiniões negativas, 35,4 por cento de indecisos e 14,3 por cento de respostas positivas.

O Barómetro da Marktest para o DN e TSF foi efectuado entre 17 e 20 de Abril, com 813 entrevistas, sendo o erro de amostragem de 3,44 por cento para um intervalo de confiança de 95 por cento.

Agência LUSA
2007-05-02 06:25:01

João (JMA)

Parece-me que as pessoas percebem que há algo errado mas não sabem bem o quê.

Basicamente é necessário pensar em ampliar a capacidade aeroportuária de Lisboa. Isso pode ser feito de diferentes maneiras: pode-se optar por manter a Portela ou não e pode-se optar por construir um novo aeroporto numa de várias localizações.

Um novo aeroporto, se for rentável, poderá ser pago de forma razoável pelo movimento do próprio aeroporto, sem tornar as taxas aeroportuárias demasiado pesadas.

Se houver vários aeroportos em gestão privada estes devem estar em concorrência e não em monopólio pois nesse caso a região perde competitividade.

Um primeiro aspecto que está errado na Ota é que o governo quer fechar a Portela (desperdiçando uma infraestrutura preciosa do país) e quer entregar todos os aeroportos do país a uma mesma entidade privada, o que tornará todo o país refém dos interesses dessa entidade privada.

Um segundo aspecto é que a Ota em si é o pior dos locais para construir um novo aeroporto. Ao contrário do que diz o governo, durante 30 anos (de 1969 a 1999) os estudos ou nem consideravam a Ota ou consideravam-na o pior local. Em 1999, com base num estudo preliminar que dizia que Ota e Rio Frio tinham ambos desvantagens ambientais, o governo de então ignorou tudo o que havia e optou, sem fundamentação, pela Ota. Ora havendo dúvidas no desempate por critérios ambientais entre dois locais, a única opção razoável era optar pelo local que ganhava por todos os outros critérios, que no caso era Rio Frio.

De 1999 até hoje já foram determinados outros locais melhores do que Rio Frio em termos ambientais, conservando todas as outras vantagens de Rio Frio.

As desvantagens da Ota são inúmeras. Destaco apenas algumas:
- custo de construção de cerca do dobro do custo de construção na margem sul;
- incerteza nos custos e nos prazos de conclusão devido a uma muito maior complexidade dos terrenos;
- incapacidade de expansão por falta de espaço para pistas e instalações o que obrigará à construção de mais um aeroporto antes de 2040-2050;
- maior custo na construção de acessos (só levar o TGV à Ota custará mais 1000 a 1500 milhões de euros do que levá-lo ao Poceirão, por exemplo);
- dificuldades aeronáuticas por causa dos montes e serras nos arredores;
- grande distância a Lisboa, à linha de TGV Lisboa-Madrid e aos portos de Lisboa, Setúbal e Sines (os grandes aeroportos no mundo inteiro que distam 50km das cidades que pretendem servir são em geral fracassos).

Tudo isto deve levar-nos a reflectir e a agir mas a solução não passa por um simples sim ou não à Ota. Passa por uma atitude de lidarmos com o assunto com o cuidado que deve rodear um assunto de interesse nacional e devemos passar de uma abordagem meramente clubística das questões políticas para uma abordagem que obriga os decisores políticos a fundamentarem adequadamente as decisões que pretendem tomar.

Se não pressionarmos os políticos para mostrarem de forma rigorosa quais são os fundamentos das decisões de interesse nacional todo o país continuará a ser vitima de alguns interesses muito particulares com prejuízo de todos mas especialmente dos mais pobres.

pontosvista



Editado 1 vezes. Última edição em 23/05/2007 12:07 por pontosvista.