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Violência no Futebol
Escrito por: Tilleul (IP registado) Data: 07 de February de 2007 08:26
Não sei se acompanham ou gostam de futebol, mas a verdade é que mais uma vez este desporto fantástico é notícia pelas piores razões, a violência das claques.
Já por várias vezes se deram graves incidentes e acidentes motivados quer pelo fanatismo quer pela falta de condições. Todos se lembram de Hide Park, das inchas Argentinas ou o caso do very light.
O último acontecimento foi na Itália, onde as claques de dois clubes puseram uma cidadeem estado de sítio, mataram um polícia e prejudicaram todos aqueles que gostam de futebol pelo desporto e pelo espetáculo.
Por isso a pergunta que faço, até onde se pode permitir que um desporto, no fundo um passatempo, possa desfigurar a sociedade e condicionar a vida normal?
É maioritariamente aceite que é uma minoria, as claques organizadas, que provocam disturbios?
Que forma se podem limitar a acção destes hooligans? Será que é possível voltar a ter tardes de domingo em que as crianças iam ao futebol com os pais sem medos?
E a corrupção dos dirigentes e demais agentes?
Será que ainda podemos chamar ao futebol desporto?
Re: Violência no Futebol
Escrito por: Alef (IP registado) Data: 07 de February de 2007 21:13
Pois, caro Tilleul:
Infelizmente, este é um fenómeno muito sério, mais visível no futebol, pelas multidões, meios de comunicação e dinheiro que move, mas que nem se reduz ao futebol.
Estou a pensar no que se tem passado noutros desportos, como o basquetebol. Ainda há umas semanas (20 de Janeiro) uma jovem árbitra apitou uma falta antidesportiva a um rapaz de 16 anos e a reacçáo deste fez com que ela fosse parar ao hospital com quatro pontos na boca, sete na sobrancelha, um hematoma no olho direito e uma fissura no crânio! Ficou cinco dias internada!
Ora, aqui aconteceu algo de realmente sério: os ânimos começaram a exaltar-se contra a arbitragem, em grande medida pelo alarido dos pais e treinadores! E isto passa-se muitas vezes também no desporto escolar: em vez de estarmos a formar desportistas, estamos a construir fanáticos selvagens, para quem todos os meios se tornam legítimos.
A educação das novas gerações de desportistas e simpatizantes dos desportos tem uma enorme importância. Quando se pretende incutir aos miúdos que a única coisa importante é o resultado, quando não se educam os miúdos para saber lidar com a frustração, quando a maioria da «imprensa desportiva» (e não só) se dedica a tomar os árbitros como inimigos, quando se aproveitam as conferências de imprensa que antecedem um importante jogo para enviar farpas, quando o jogo dá lugar às intrigas...
Alef
Re: Violência no Futebol
Escrito por: Tilleul (IP registado) Data: 07 de February de 2007 21:29
Realmente é preocupante... eu joguei futebol e basquetbol nas camadas ditas de formação. Estou em crer que muitas vezes a formação era só de nome porque analisando a frio a verdade é que a esmagadora maioria dos meus treinadores pouco ou nada nos formava como homens e em termos técnicos era o sucesso que interessava e não a prática do desporto em si.
Felizmente tendo que optar entre as reuniões dos escuteiros ou os jogos ao sãbado à tarde, tive a sorte de escolher aquele que me deu as melhores coisas da minha vida.
Ainda a propósito dessa reacção desse brutamontes, lembro-me de que nos escuteiros havia uma oração que se pedia que soubessemos perder mas que também soubessemos ganhar.
Agora que paro pensar com as tuas palavras que a violência grassa nas várias práticas desportivas, pergunto-me onde é que estamos a ir.
Se hoje os fundadores dos Jogos Olimpicos modernos fossem vivos ficariam admirados no que se tornou o desporto.
Re: Violência no Futebol
Escrito por: Alef (IP registado) Data: 07 de February de 2007 22:18
Ah, é verdade, a notícia vinha no «Correio da Manhã», com foto tristemente ilustrativa:
Citação:Árbitra de Basquetebol
Agredida por jogador de 16 anos
Quatro pontos na boca e sete no sobrolho, um hematoma no olho direito e uma fissura no crânio. Este foi o resultado final de um jogo de basquetebol em Espanha, que terminou com a árbitra de serviço numa clínica.
A batalha campal decorreu num jogo de juniores em Madrid a apenas seis segundos do apito final. Após cometer uma falta, um atleta da Soto Basket, de apenas 16 anos, decidiu descarregar a sua frustração em Marta Urquiza. “Quando acordei estava na ambulância”, afirmou a árbitra, de 33 anos.
O incidente aconteceu no passado dia 20, mas apenas ontem foi tornado público pelo jornal ‘ABC’, que revelou ainda que Marta ficou internada cinco dias.
“Estou viva por milagre e o presidente da Federação Madrilena de Basquetebol [Juan Manuel Martín Caño], depois de me ver na clínica, pediu-me para não divulgar o caso pois poderia provocar mais casos de violência”, acusou Marta Urquiza, prosseguindo nas críticas: “Mas que falta de humanidade e de ética. Eu é que sou a vítima. Não tenho nada a perder e também não tenho medo. É preciso erradicar a violência do desporto e esse vai ser agora o meu objectivo.”
Apesar ter afirmado que não guarda rancor do jovem jogador ou do seu treinador, Urquiza – que já foi basquetebolista e treinadora – pretende levar o caso aos tribunais. O seu objectivo não é fazer um “linchamento público” de um jovem “que está a passar mal”, mas para as pessoas reflectirem sobre o assunto.
Entretanto, o presidente da Soto Basket, Alejandro Suárez, afirmou que “lamenta profundamente” o incidente e confirmou que o jovem agressor está a passar por um calvário por uma acção que considerou “lamentável, injustificável e que merece toda a repulsa”.
PROTESTO DE ÁRBITROS PÁRA 16 JOGOS
A agressão a Marta Urquiza levou à não realização de 16 jogos da ‘Primera Nacional’ no passado fim-de-semana, uma vez que os árbitros destacados para as partidas não se apresentaram como forma de protesto.
Segundo o presidente do Colectivo Arbitral de Madrid, Rafael Fernández, os árbitros são cada vez mais alvo de violência antes, durante e após os jogos. “Um árbitro foi perseguido por um carro, cortaram-lhe o caminho e disseram-lhe tudo. São situações que verificamos aos sábados e domingos e que, antigamente, eram mais associadas ao futebol. Lamentavelmente, o que aconteceu com a Maria é um reflexo da escalada de violência que tem surgido nas partidas de basquetebol”, refere o responsável.
Entretanto, a Federação Madrilena de Basquetebol reuniu-se ontem, dez dias após o incidente e com carácter de urgência, para discutir os problemas levantados após esta agressão. Os responsáveis pelo organismo desejam agora apresentar algumas alterações ao regulamento disciplinar, nomeadamente no que diz respeito às sanções a aplicar.
Marco Pereira
« «Correio da Manhã», 31-01-2007
Alef
Editado 1 vezes. Última edição em 07/02/2007 22:19 por Alef.
Re: Violência no Futebol
Escrito por: Todeto (IP registado) Data: 05 de April de 2007 15:54
falta disciplina a este povo. Pobre Nacao...
Re: Violência no Futebol
Escrito por: Tilleul (IP registado) Data: 05 de April de 2007 21:45
E regras de ortografia...
Re: Violência no Futebol
Escrito por: Todeto (IP registado) Data: 13 de April de 2007 15:00
perguntas pela ortografia.
responder é k nada.
Re: Violência no Futebol
Escrito por: Tilleul (IP registado) Data: 13 de April de 2007 15:04
Não falta disciplina, falta maturidade. E isso tanto é da culpa dos políticos actuais como dos 60 anos de ditadura que tratou o português como um idiota analfabeto.
Em comunhão
Re: Violência no Futebol
Escrito por: Todeto (IP registado) Data: 13 de April de 2007 15:17
60 anos de ditadura???
isso foi na Rússia, dahh!!!
Re: Violência no Futebol
Escrito por: Tilleul (IP registado) Data: 13 de April de 2007 17:14
Erro meu. Queria escrever 40 anos.
Em comunhão
Re: Violência no Futebol
Escrito por: Todeto (IP registado) Data: 26 de April de 2007 14:41
O futebol esta triste com a doenca do GRANDE EUSEBIO. Um grande orgulho dos BONS VELHOS TEMPOS!
Re: Violência no Futebol
Escrito por: Todeto (IP registado) Data: 26 de April de 2007 15:08
Re: Violência no Futebol
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado) Data: 01 de May de 2007 16:46
Mas também há boas notícias no futebol
Aqui vai uma:
"O primeiro de Jorge Gabriel
Notícia publicada terça, 1 Maio no jornal Record: Quando abracei este projecto, com o Rui Correia (treinador principal), era para dois anos. Mas tudo muda muito rapidamente.
É líder de audiências e também da AF Aveiro. “Sucesso” é palavra que rima com Jorge Gabriel, o famoso apresentador de TV que agora dá cartas no futebol. A estreia como técnico (é adjunto do Arouca) não podia ter corrido melhor. A quatro jornadas do fim a equipa já subiu à 3.ª Divisão e impõe-se saber o que Jorge Gabriel pretende agora do futebol.
“A minha intenção para com o futebol tem a viver com a vivência do mesmo. É uma grande paixão e não tenho pretensão de fazer vida dele. Se não aparecerem propostas boas para seniores, não me importo de treinar uma equipa de infantis”, sintetizou a Record.
A clareza do discurso mostra que o sacrifício de conjugar a televisão com a relva vai manter-se por mais uma época, embora o próprio não saiba onde. Certo é que continuar no Arouca não representará um esforço extra, pois a equipa já trabalha ao nível do que se faz na 3.ª e até 2.ª Divisões. “Quando abracei este projecto, com o Rui Correia (treinador principal), era para dois anos. Mas tudo muda muito rapidamente. Depende também do orçamento e da ambição do clube”, explica.
E ambição é mesmo a base das ideias que guiam a sua vida. Como o futebol é parte dela: “Não me revejo num Arouca a lutar para não descer.”
Para o sucesso muito contribuiu a empatia criada com o plantel, numa relação que começou por ser... diferente: “No início criou-se a relação do respeito e estranheza por terem um apresentador no meio da relva, a dar indicações e falar alto. Mas a adaptação foi mais célere do que previa.”
É que o F. C. de Arouca conseguiu garantir no passado domingo a presença na terceira divisão nacional depois de uma vitória frente ao Macinhatense
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