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Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 08 de March de 2007 21:04

firefox, não tenho culpa da sua falta de memoria.

Lembro que esse meu comentario foi resultado do link que vc postou aqui:

Escrito por: firefox
Data: 04 de Março de 2007 22:33


[mixbrasil.uol.com.br]

A corrente ZEN do Budismo é bem tolerante, chegando mesmo a compreender e aceitar a orientacão sexual de seus monjes acreditando que a busca do prazer ajuda a evolução da alma. Certas correntes tântricas, inclusive, relacionam o prazer sexual com o estado de plenitude total

Isto num artigo sobre a China.

Se lhe parece mal devia ter pensado nisso antes de copiar aquele link.
Vc que tanto sabe nem se lembra daquilo que vc mesmo postou! Foi em reação a esta frase que escrevi o que escrevi.

Felizmente tambem esta registado.



Editado 1 vezes. Última edição em 08/03/2007 21:08 por camilo.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 08 de March de 2007 21:05

e eu não reconheci erro nenhum, usei a ironia.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de March de 2007 21:14

E è pena. Às vezes reconhecer um erro .....

católica praticante

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 08 de March de 2007 21:19

Se fosse realmente um erro.

Aliás em sei como ele consegue descortinar no meu texto que eu disse que o tantrismo era uma influencia dominante na China. Ora aboboras, na china até o budismo no seu todo é minoritario. Isto mesmo em seculos passados.

Eu critiquei o artigo precisamente porque é despropositado querer caracterizar a paisagem religiosa chinesa com o budismo zen.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 10:34

Caros amigos:

Esta mensagem é intencionalmente repetida, dada a repetição do mesmo problema em diferentes tópicos...

Parece-me que já estamos a ficar cansados do constante recurso aos argumentos da ignorância ou da (falta de) inteligência com que vários intervenientes têm «pintado» as suas mensagens, neste e noutros tópicos.

«Eu sei mais do que tu», «eu sou mais inteligente do que tu», «o meu pai é mais forte que o teu», «a minha mãe é mais bonita que a tua»...

Será que não somos capazes de conversar sem desqualificar constantemente o interlocutor?

Vamos experimentar?

Alef

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 10:37

;))
Ui, mea culpa. Tens razão Alef, ás vezes parecemos miúdos.

católica praticante

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 11:20

Compreendo que seja desagradavel ler estas picardas mas faço notar que não quis deixar que o firefox se arvorasse em especialista à custa de pesquisas apressadas no google e aproveitasse isso para confundir e divulgar erros factuais.

Vejamos o exemplo dos samurais. Eu nada sabia sobre o tema mas se formos ao google e pesquisarmos por samurais e homossexuailidade a primeira pagina que aparece foi aquela que o firefox usou para "demonstrar" que a homossexualidade era bem aceite no japão em seculos passados:

[www.adrianebonek.kit.net]

Segundo a sua tese foi a influencia americana pos-guerra que tornou o japão muito conservador. E com a sua pesquisa apressada julgava ter demonstrado a sua tese. Com isto conseguiu confundir a chris (e provavelmente mais alguns leitores). E é esta confusão que eu dificilmente aceito.

A pagina, que ele não referiu não é de nenhum especialista. É de um transsexual com interesses em astrologia e assuntos esotericos, sem nenhumas classificações sobre o assunto.

Seria realmente a homossexualidade bem tolerada no japão de seculos passados apesar de eu saber que o japão era já então muito consevador?

Pesquisando na net, na 2ª pagina do google aparece um dado factualmente mais relevante:

[www.geocities.com]

Mais ou menos na mesma epoca do escritor citado pelo firefox foi proibida a pratica da homossexualidade:

Interditou também a homossexualidade, prática comum entre os daimyos e seus vassalos e que também contribuía para o junshi.

Vemos tambem como esta era praticada, era uma violencia, provavelmente muitas vezes quase uma violação dos superiores sobre os inferiores dependentes. E ao contrario do que ele levianamente afirmou não era bem vista, tanto que foi proibida.

Mas se para isto ainda tive de pesquisar para outras afirmações não precisei.
Não me chateia que alguem faça afirmações claramente erradas. Chateia-me é que o façam e depois se "armem" em conhecedores e se comportem como tal induzindo em erro quem os lê e não tem os conhecimentos necessarios para perceber a falsidade.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 11:51

Citação:
Camilo
Compreendo que seja desagradavel ler estas picardas mas faço notar que não quis deixar que o firefox se arvorasse em especialista à custa de pesquisas apressadas no google e aproveitasse isso para confundir e divulgar erros factuais.

Insistes no mesmo?

pontosvista

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 12:22

Voltando à discussão:

- por princípio, acho que se deve tentar que haja justiça para cada indivíduo, e não para grupos. Por isso, não é por x% de pessoas de determinado grupo terem determinadas características, que se pode fazer uma lei que exclua ou inclua este grupo. A isso chamo discriminação.

- Claro que deve haver realismo. Se é verdade que a maior parte dos homossexuais não têm, não terão, nem adoptarão (caso a adopção seja permitida) filhos, e se se partir do princípio de que a natalidade deve ser estimulada, então pode-se ter isso em conta. Não propriamente discriminando com especulações sobre características estatísticas de alguma população, mas fazendo distinção entre quem tem filhos e quem não tem. Não é preciso ter muita imaginação para conseguir fazer com que isso aconteça. Nem que seja (seria uma hipótese, não a estou a defender, mas a ilustrar) retirando benefícios fiscais a quem não tenha filhos até aos 35 anos. Seria justo. Não vejo que a lei deva ser distinta para heterossexuais e homossexuais, isso não me parece base lícita para legislar.

- O Camilo afirma que a maior parte dos homossexuais não terá filhos, e por isso deve ser impedida de casar. Como já afirmei antes, não gosto de legislação por estatísticas. Acho que cada indivíduo tem direito a um tratamento justo, e não deve ser metido em pacotes. Mas ainda assim, vou comentar a afirmação do Camilo.
De facto, a maior parte dos homossexuais não terá filhos. Mas a população homossexual candidata ao casamento poderá ter características distintas da população homossexual em geral. Por isso, devemos perguntar-nos se a população homossexual que equaciona casar - e não a população homossexual em geral - tem filhos ou equaciona ter.
De qualquer modo, repito, rejeito estatísticas para legislar. Apenas servem de indicador.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 12:42

Tirado daqui: A rejeição é mais complicada na adolescência


VISÃO: Quando se olha para um inquérito promovido pela redeexaequo fica-se impressionado com a quantidade de jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e trangéneros) que tentam suicidar-se...
PEDRO FRAZÃO: É verdade que os jovens LGBT têm uma maior taxa de tentativas de suicídio. Segundo dados norte-americanos (os únicos disponíveis), elas são duas a três vezes mais frequentes neste grupo. Têm uma taxa de incidência de 20 a 42 por cento – ou seja, dos jovens homossexuais entrevistados, 20 a 42% já tinha pelo menos feito uma tentativa de suicídio. Estes estudos são sempre feitos com populações clínicas (pessoas que se dirigem aos serviços), daí alguns autores dizerem que são taxas demasiado altas. Mas, de facto, sabe-se que as percentagens são elevadas. E a minha percepção é de que não serão muito diferentes em Portugal.

E porquê?
As causas têm a ver sobretudo com a estigmatização social em relação aos homossexuais.

Os homossexuais são adolescentes que sofrem mais?
A ideia de que a homossexualidade gera necessariamente sofrimento não é verdade. Mas as reacções íntimas são normalmente negativas.

A homossexualidade na adolescência pode não passar de uma fase, de experiências, como dizem muitos pais?
Por volta dos 11, 12 anos, ou seja na pré-adolescência, já são miúdos que se sentem diferentes. E isso volta com força na adolescência quando são confrontados com as atracções sexuais por pessoas do mesmo sexo. Depois, a identidade na adolescência começa a ser construída como homossexual.

E como é que se faz essa construção?
Se na sociedade existem ideias de promiscuidade associadas à homossexualidade, por exemplo, a pessoa pode interiorizar esses estereótipos. E se esta homofobia é internalizada, constrói uma auto-imagem negativa, que traz associada uma má auto-estima. Daí a depressão, as ideias de suicídio, a pergunta receosa: «Como é que os outros vão reagir à minha identidade?»

Os homossexuais são também jovens mais problemáticos?
Não, necessariamente. Havia essa ideia mas um estudo dos anos 50 concluiu que não apresentam factores de risco maiores em termos de saúde mental. As dificuldades têm mais a ver com a reacção dos outros, com a estigmatização a que as pessoas estão sujeitas, e não ao facto de serem mais vulneráveis. E a sociedade é muito cruel, sobretudo na adolescência...

Qual é a reacção da família quando o filho faz o coming out?
A família passa por um processo de adaptação. Quando há um coming out, a família normalmente entra nele, faz um coming in, entra no armário, porque tem de negociar a ideia «Somos uma família com um homossexual». As famílias têm idealizado um percurso heterossexual para os filhos. E acham – erradamente - que há um estilo de vida de promiscuidade, que a cultura (que eles não conhecem) é promíscua, que não podem ter filhos (e eles, pais, não vão poder ter netos).

Reagem mal por serem apanhadas de surpresa?
Muitas vezes havia uma suspeita, mas era um segredo familiar. Normalmente, o jovem começa por contar à mãe, ou aos irmãos, e só no fim ao pai. As reacções negativas dos pais baseiam-se em medos: que os filhos os excluam da sua vida ao entrarem no mundo gay; que sejam rejeitados pelos pares; que sejam excluídos das congregações religiosas (isto é mais nos EUA); que se envolvam em actividades promíscuas; que apanhem sida; e que não possam encontrar um parceiro estável. As próprias famílias também interiorizam ideias negativas em relação à homossexualidade.

E é por isso que se escudam frequentemente na ideia de que tudo não passará de uma fase?
Isso tem a ver com o processo de luto das expectativas que tinham para aquele filho. É um processo semelhante ao de alguém que é confrontado com uma doença crónica: choque, negação, raiva, tristeza e aceitação. Embora seja verdade que existem contextos de experimentação. Mas o mais importante é lembrar aos pais que a homossexualidade não é uma doença. E que, apesar de não haver nenhuma teoria explicativa e definitiva, sabe-se que não é uma escolha, que é multideterminada. Eu vejo-a num contínuo na sexualidade humana.

Pode explicar melhor essa noção?
Não há preto e branco. Temos de olhar para a sexualidade como um contínuo que vai desde o homossexual ao heterossexual exclusivo. E que pelo meio existem matizes.

Uma rapariga que entrevistei disse-me: «Eu neste momento sou homossexual mas hoje sei que não é uma coisa estanque. Depende de quem for encontrando na vida»...
Hoje há muitos jovens a recusar rótulos, a falar apenas em atracção. Agarram-se menos a categorias fixas, definitivas. A sexualidade das mulheres, por exemplo, é muito mais fluida. Podem ser heterossexuais até aos 40 anos e depois encontram uma mulher por quem se apaixonam. As mulheres variam mais a sua orientação. Nos homens fica muito mais definitiva à partida. A sexualidade das mulheres é mais complexa.

E há uma idade em que uma pessoa pode dizer: «Ok, eu sou gay»?
Existem pessoas que se sentem diferentes desde muito cedo, desde a infância. E isso explode na adolescência. Há outras pessoas que só mais tardiamente são confrontadas com as suas atracções.

Tem a percepção de que o coming out está a acontecer cada vez mais cedo em Portugal?
A pesquisa em Portugal não é grande. Mas, nos EUA, enquanto nos anos 80 a revelação era feita pelos vinte e tal anos, quando já estavam na universidade ou a trabalhar, hoje fazem-no por volta dos 16 ou mesmo antes. E isto não tem só a ver com a idade da primeira relação sexual. Tem também a ver com a mudança social que, apesar de tudo, vai havendo em relação à homossexualidade.

E os adolescentes estão muito sozinhos. Tirando a redeexaequo e a Não Te Prives, não têm mais apoio nenhum...
A ajuda interpares é preciosa porque corrói o isolamento, sobretudo quando sabemos que as taxas de rejeição da família face à revelação variam entre os 20 e os 50 por cento. E sabemos que a rejeição se torna ainda mais complicada na adolescência porque os jovens estão emocionalmente e financeiramente dependentes dos pais.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 12:45

Da mesma fonte, chamo principalmente atenção para a parte em bold:

Margarida Gaspar de Matos, 50 anos, é psicóloga e professora na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, onde coordena o Projecto Aventura Social, que desenvolve diversas investigações no domínio da promoção da saúde e comportamento social. É ainda a coordenadora nacional do projecto Health Behaviour in School-age Children, da Organização Mundial de Saúde. E faz parte do Grupo de Trabalho de Educação Sexual-Saúde, criado em 2005.

VISÃO: Segundo o Relatório sobre Homofobia e Transfobia nas Escolas, da redeexaequo, existe discriminação nas escolas portuguesas. A escola ainda não é um espaço «seguro» para muitos jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros) ou percepcionados como tal. É também essa a sua percepção?
MARGARIDA GASPAR DE MATOS: Não tenho dados das escolas secundárias. Há, por vezes, alguns episódios mas a orientação sexual é, em geral, mais saliente no fim da adolescência. No ensino superior, a orientação sexual homo e bi traduz-se numa das grandes dificuldades de adaptação ao dia-a-dia, quer pela percepção de exclusão social, quer pela dificuldade de contar aos pais, isto é, de lidar com a exclusão familiar ou no mínimo com a perspectiva da exclusão familiar.
Alguns jovens vêm ao consultório porque não sabem como contar aos pais, outros porque «não têm amigos» ou porque se sentem discriminados por não se sentirem identificados com a comunidade homossexual e bissexual, mas referem uma orientação sexual homo ou bi. Alguns ainda vêm saber se são doentes, outros têm que se confrontar com uma educação religiosa e com todo o mecanismo da culpabilidade e temor.

O Estado devia fazer algo para combater a discriminação da orientação sexual nas escolas?
Para mim, a discriminação da orientação sexual segue a regra geral da igualdade de direitos de deveres e de oportunidades do cidadão. As diferenças inter-individuais, longe de nos assustar e nos levar à exclusão, deviam ser capazes de contribuir para o nosso crescimento pessoal, para a nossa reflexão sobre a diferença e a equidade. Acredito que a diversidade, desde que respeite os direitos de cada um, só pode ser fonte de desenvolvimento. Tenho alguma dificuldade em ver como o Estado poderá ter a ousadia de legislar ou se intrometer na sexualidade do cidadão. Mas poderemos ver a questão como um tema de cidadania de respeito pela diferença e pelas opções individuais.

A Educação Sexual na escola pode (ou deve) ser o espaço ideal para fazer esse combate?
Vejo a educação sexual como uma parte da educação para a saúde, o bem estar e o afecto. A experiência de uma sexualidade homo e bi durante a adolescência corresponde, por vezes, a uma fase de experiência, outras vezes de desafio... Como se costuma dizer: «A valorizar somente conforme o contexto global».
Muitas vezes a discriminação vem do desconhecimento e da distância - os «outros» são os «estranhos», a fonte de todos os males. Aqui, a educação tem o papel de desconstruir esta visão a preto e branco, e analisar o absurdo destas generalizações e das crenças estigmatizantes sobre «os outros», os «diferentes». Esta análise dará uma visão mais complexa e estruturada da realidade.

Como é que os adultos lidam com o facto de os jovens estarem a fazer o seu coming out cada vez mais cedo?
Os adultos, muitas vezes, sentem-se lesados e perturbados na sua própria vivência da sexualidade quando confrontados com a sexualidade adulta e algo explícita por parte dos adolescentes, aliás seja ela homo, hetero ou bi. Um adulto em pouca harmonia com a sua sexualidade tenderá, sem dúvida, a expressar sentimentos e reacções disfuncionais, por defeito ou por excesso, face a esses jovens e às manifestaçoes da sua sexualidade.
Por vezes, aparecem-me jovens homo e bi dilacerados entre a sua sexualidade e o temor pelo confronto com os seus pais... E tristes, muito tristes, por a sexualidade ser uma tema fracturante que os obriga a decidir entre eles e os pais, entre prescindir da família ou deles próprios. E fico a pensar, como cidadã e como mãe, se alguma vez me atreveria (ou se acharia adequado) pressionar uma pessoa (um filho) a ser pouco feliz e a viver coartado na sua sexualidade, apenas para me agradar ou para me poupar ao que eu imaginava ser a «censura social». Penso que ninguém tem esse direito sobre outrem.

A discriminação será, mesmo assim, menor do que há uns anos?
Menor do que há uns anos, maior do que há muitos (veja-se, por exemplo, na Grécia Antiga...), a discriminação e a integração social são temas recorrentes. Falemos de inequidade de género, riqueza, cultura, localização geográfica, orientação sexual, estado de saúde, aparência fisica, existência de uma deficiência física ou sensorial, todos diferentes, todos iguais... A palavra-chave a abolir é mesmo «discriminação». Os pretextos, esses são vários.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 13:58



excelentes textos. Obrigada.

Por mais que tentem justificar a oposição ao casamento homossexual, todos os argumentos são meras desculpas para manter uma situação claramente injusta.
Retirem o termo homossexual e o que temos são pessoas que amam e querem ver reconhecida pela Lei a sua relação. Devia ser suficiente mas...

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 14:23

Citação:
camilo
Compreendo que seja desagradavel ler estas picardas mas faço notar que não quis deixar que o firefox se arvorasse em especialista à custa de pesquisas apressadas no google e aproveitasse isso para confundir e divulgar erros factuais.

Camilo, vou tentar ser breve e não me deixar levar pelos seus ataques. Vc não me conhece nada mas mesmo assim se acha no direito de me lançar uma série de acusações baseadas em suspeitas e sem nenhum tipo de prova.

Primeiro, por acaso, em mais de um assunto eu poderia me dizer especialista já que tenho formação em filosofia e teologia, mas é algo que não gosto de fazer por achar deselegante. Considero isso apelo à autoridade apesar de em uma discussão anterior alguém ter dito que um título na área me daria essa autoridade. Evito sempre recorrer ao canudo para vencer discussões! Das poucas vezes que disse ter formação foi pq alguém vinha tentar me desqualificar por eu não ter nenhuma formação, como agora.

Citação:
camilo
Vejamos o exemplo dos samurais. Eu nada sabia sobre o tema mas se formos ao google e pesquisarmos por samurais e homossexuailidade a primeira pagina que aparece foi aquela que o firefox usou para "demonstrar" que a homossexualidade era bem aceite no japão em seculos passados:
[www.adrianebonek.kit.net]

Curioso! Vc mesmo reconhece que não sabia nada sobre o tema, mas andava a discutir comigo dizendo que eu estava errado, inclusive me chamando de ignorante. Eu citei um texto na internet sim, aliás, não vejo nenhum problema nisso, já que deixei lá no meu post o link. Não tinha nada a esconder.

Citação:
camilo
Segundo a sua tese foi a influencia americana pos-guerra que tornou o japão muito conservador. E com a sua pesquisa apressada julgava ter demonstrado a sua tese. Com isto conseguiu confundir a chris (e provavelmente mais alguns leitores). E é esta confusão que eu dificilmente aceito.

O fato da informação que eu passei estar no google não invalida o que disse. Se estou errado, pesquise, estude, e prove que errei. Já te disse que recorro ao google por comodidade, mas poderia escrever com base em alguns autores que já estudei. Não fiz nenhum disciplina acadêmica específica voltada para o tema da homossexualidade, mas já fiz sobre ecumenismo, antropologia cultural e filosofia oriental, então não me acho tão incapaz qto vc apregoa. As suposiçoes que faço não são tão infundadas qto vc pensa. A propósito, a influência americana no Japão é muito maior do que vc imagina, eu tenho amigos que nasceram no Japão e que se queixavam disso. Aliás, eu não disse que a única influência ocidental sobre o Japão era a americana, mas vc é português e pensei que conhecesse sobre a influência portuguesa lá. Além disso, fiz referência tb à influência budista, que na China e no Japão é enorme, ao contrário do que vc disse em outro post.

Citação:
camilo
A pagina, que ele não referiu não é de nenhum especialista. É de um transsexual com interesses em astrologia e assuntos esotericos, sem nenhumas classificações sobre o assunto.
Seria realmente a homossexualidade bem tolerada no japão de seculos passados apesar de eu saber que o japão era já então muito consevador?

Acima vc disse que não sabia nada sobre o tema.

Citação:
camilo
Pesquisando na net, na 2ª pagina do google aparece um dado factualmente mais relevante:
[www.geocities.com]

Mais ou menos na mesma epoca do escritor citado pelo firefox foi proibida a pratica da homossexualidade:

Interditou também a homossexualidade, prática comum entre os daimyos e seus vassalos e que também contribuía para o junshi.

Sem querer vc reforçou o que eu disse antes. Essa mesma página fala sobre a grande influência dos cristãos e dos budistas na cultura japonesa. Caso não saiba, foi por causa dessa influência que os Shoguns decretaram o Sakoku (isolamento), cortando todo tipo de relação com o ocidente. Aliás... "prática comum entre os daimyos e seus vassalos", não reparou?

Citação:
camilo
Não me chateia que alguem faça afirmações claramente erradas. Chateia-me é que o façam e depois se "armem" em conhecedores e se comportem como tal induzindo em erro quem os lê e não tem os conhecimentos necessarios para perceber a falsidade.

É triste eu ter que repetir isso, mas vc faria bem em estudar mais e ser mais humilde.

Paz e Bem.



Editado 2 vezes. Última edição em 09/03/2007 14:37 por firefox.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 15:16

eu não conhecia a expansão da pratica da homossexualidade entre os samurais. Sobre a cultura japonesa, asiatica em geral, religiões orientais sei algumas coisinhas. O suficiente para notar que neste assunto vc não está bem informado.
Sei por exemplo que a influencia budista no japão é profunda, na china é bastante menos profunda.

Quanto à sua formação em teologia e filosofia garante-lhe erudição sobre alguns assuntos. Mas mesmo que fosse doutorado em filosofia oriental isso não seria muito significativo. Há na india e na china uma forte clivagem entre a vivencia religiosa popular e a cultura erudita das elites religiosas.



Editado 1 vezes. Última edição em 09/03/2007 15:17 por camilo.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 15:32

Zé, mesmo entre os candidatos ao casamento homo a grande maioria nunca terá filhos. Biologicamente não podem ter. Por adopção até para um casal hetero é dificil adoptar (são uns 10 ou 20 candidatos por criança). E um casal hetero normalmente será preferido a um casal homo na adopção quando mais não seja porque é saudavel para a criança ter referencias maternais e paternais.

Deve a lei ser indiferente às estatisticas? Isso não implica alienação da realidade, desadaptação da lei à realidade? Alienação?

Seguidamente copias uns artigos sobre a rejeição e a homofobia.
Parece-me que mais que os direitos do casamento os homossexuais, alguns, querem o casamento como um simbolo de igualdade, que diminua essa rejeição social.

Depois de ter explicado uma das razões porque não me parece justo igualar os direitos de quem tem e terá menos deveres procurarei, quando tiver tempo, analisar se mesmo com direitos reduzidos é ou não aceitavel instituir o casamento de homossexuais. E já agora o casamento poligamico.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 15:47

A lei não deve ser indiferente às estatísticas, mas ainda menos deve ser indiferente aos indivíduos. E se a questão é de justiça, em termos de direitos e de deveres, não é justo prejudicar um casal homossexual que pretende adoptar uma criança em relação a um heterossexual que não pretende fazê-lo nem pretende ter filhos. Podes falar-me em estatísticas, mas as pessoas não são estatísticas, e ninguém merece ser objectivamente prejudicado por características estatísticas de um qualquer grupo a que estatisticamente pertença. Ou seja, por outras palavras, ninguém deve ser discriminado por ser homossexual, que é o que objectivamente defendes, justificando-o com estatísticas.

Os artigos que coloquei não são propriamente argumentos para o casamento. Sairam na Visão (que abomino, mas pronto...), li, gostei e decidi colocar aqui. são mais para o contexto, e achei que cabiam neste tópico, em sentido lato.

Quanto às motivações porque alguns homossexuais querem que o casamento seja permitido não me parece relevante, a não ser para emitir juizos morais.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 15:53

o raciocinio de prejudicar um casal homo ou hetero que quer ter filhos é desadequado.
É o bem da criança que deve prevalecer e como está razoavelmente provado que o melhor é ter pai e mae...

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 16:11

Citação:
camilo
Sei por exemplo que a influencia budista no japão é profunda, na china é bastante menos profunda.

Vc está enganado, a influência budista na China é enorme, é a religião com maior número de adeptos e marcou muito profundamente a cultura chinesa. A presença do budismo na cultura chinesa é tão grande que influenciou inclusive as outras religiões.

Talvez vc tenha ficado com a impressão de que o budismo não tenha muita força na China por causa da propaganda do governo comunista contra as religiões. O governo comunista chinês tentou varrer todas as religiões da China na maldita revolução cultural de Mao. Foi muito lentamente que os comunistas chineses foram descobrindo que essa era uma tarefa impossível, teriam que torturar e matar não apenas algumas centenas de milhares de chineses (como imaginavam) mas centenas de milhões.

Mesmo vc não confiando na internet, os links abaixo são interessantes:

[www.chinaviva.com]

[www.lagranepoca.com]

[www.lagranepoca.com]



Editado 2 vezes. Última edição em 09/03/2007 16:29 por firefox.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 16:13

Pensava que os estudos mostravam que não havia diferenças significativas em crianças criadas por casais hetero ou homossexuais...

Mas eu posso substituir o que disse por: dos casais que não querem ou podem ter filhos, não é justo tratar de forma distinta os homossexuais e os heterossexuais. E nota que falamos dos que não querem ou não podem ter filhos...

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 18:19

"Parece-me que mais que os direitos do casamento os homossexuais, alguns, querem o casamento como um simbolo de igualdade, que diminua essa rejeição social".

E acho bem. Que mal pode ter? Só por razões religiosas ou de preconceito se pode negar. Julgo que é próprio da democracia promover a igualdade.

E também acho que o que o camilo aqui defende não me parece ter grande razão de ser: proíbam-se então os casamentos entre pessoas que já não podem ter filhos e que por isso não podem contribuir para a sociedade com filhos. Ou, pelo menos, deem-se direitos semelhantes a estes casais: um casamento com direitos ligeiramente diferentes. Assi, talvez o camilo já estivesse a favor.


Também não concordo em absoluto com o Luís. isto é: acho que é verdade que um homossexual pode fazer testamento a favor do outro. Mas, se um casal hetero não tem, por que razão deve ter de o fazer umcasal homo?

Abraço fraterno,

Miguel



Editado 1 vezes. Última edição em 09/03/2007 18:20 por rmcf.

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