Costumava achar esta forma de começar uma intervenção acerca da coisa pública como demasiado ingénua. Mais eloquente seria começar com um arraial de críticas aos intervenientes em destaque. Hoje percebo que se trata da mais popular forma de começar uma lista de argumentos ad causam, algo que muitos têm dificuldade em fazer, talvez porque temam que o adversário aproveite as ideias que são lançadas na corrente.
Há no entanto um problema com o "se eu fosse"; em geral não se pensa: se eu fosse lenhador, ou carpinteiro. Há contudo uma universalidade no "se eu fosse", da qual não devemos desistir. E um dia talvez a opinião e circunstância de cada pessoa seja sentidamente decisiva.
Se eu fosse...
"If I were a rich man"...("se eu fosse rico"...)
Assisti a uma conversa entre dois passageiros do autocarro em que seguia na qual um dizia ao outro conhecer alguém tão rico, que tinha mais dinheiro que Deus.
Na altura fiquei a pensar se se trataria de afirmação leviana. Pouco depois conclui que o autor de tal aforismo tinha razão.´Deus faz por graça e de graça. Pensando melhor vi que afinal o dinheiro é um instrumento que deve ser produzido para creditar as mais significativas iniciativas humanas, não fazendo sentido que falte naquilo que é essencial para que haja desenvolvimento e progresso. Não sendo assim continuará a haver desemprego e discussões intermináveis àcerca de paraísos fiscais e corrupções de todo o tipo, numa perda preciosa de tempo. E o tempo urge...
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Editado 1 vezes. Última edição em 25/05/2016 11:04 por Geode.
Não tem que ver com o assunto, mas ao lê-la, a frase em inglês remeteu-me para a canção fabulosa de um filme fabuloso: Um Violino no Telhado (Fiddler on the Roof).
A quem não conhece recomendo.
Faz definitivamente parte da minha lista de filmes favoritos e em boa posição.
Se eu fosse rico, "agitava as massas", mas acho que não me ia esquecer do que diz S. Pedro, texto que com alguma adaptação está musicado por A Ferreira dos Santos:
1 Pedro 1:18 Porquanto, estais cientes de que não foi mediante valores perecíveis como a prata e o ouro que fostes resgatados do vosso modo de vida vazio e sem sentido, legado por vossos antepassados.
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