Da Agência Ecclesia:


O feminino no concílio

Através de uma investigação inédita e apaixonante, Adriana Valerio oferece ao leitor «As 23 mulheres do Concílio - A presença feminina no Vaticano II». Editado pelas «Paulinas», este livro apresenta os rostos e as histórias das primeiras mulheres que participaram num Concílio da Igreja (dez religiosas e treze leigas). Estas «madres conciliares» que, pela primeira vez, tomaram parte em algumas sessões conciliares,

Embora respeitando a ordem de permanecerem em silêncio nas assembleias gerais, souberam, contudo, encontrar as ocasiões certas para pronunciarem palavras de grande eficácia. [Nota: Sublinhado meu!]


!!!

espero ansiosamente pelo volume seguinte: Os canhotos no concilio.

devem ser defeito meu, acho que o sexo da pessoa é um aspecto secundário no que se refere às ideias que tem. Deve ser de eu ser formado na area das ciencias exactas.

Tens toda a razão. O sexo não importa quando das ideias se fala.

Deve ser por isso que as mulheres participaram maciçamente e se puderam exprimir livremente no concílio.


- dez religiosas e treze leigas

- A primeira sessão se deu entre 11/10/1962 até 08/12/1962, e estiveram presentes 2448 padres conciliares. A segunda sessão foi celebrada de 29/09/1963 até 04/12/1963 com a presença de 2488 padres. A terceira sessão transcorreu de 14/9/1964 até 21/11/1964 com a presença de 2468 padres. A quarta sessão e última ocorreu de 14/09/1965 até 08/12/1965, com a presença de 2625 padres (Fonte Zenit.org)

Citação:

Cassima
Tens toda a razão. O sexo não importa quando das ideias se fala.
Deve ser por isso que as mulheres participaram maciçamente e se puderam exprimir livremente no concílio.

Cassima, nesse ponto concordo com o Camilo. Elas foram convidadas a participar como observadoras e solicitadas a permanecer em silêncio durante as sessões, mas isso não foi por elas serem mulheres e sim pq elas não estavam lá para votar! Recordo que tb foram convidados homens leigos como observadores, até observadores não-católicos também estavam lá como convidados, e todas essas pessoas tiveram que permanecer em silêncio apesar de serem homens. Acho isso tudo completamente natural e sugerir que as mulheres foram silenciadas apenas por serem mulheres é como procurar pêlo em casca de ovo. Ainda, qual a surpresa dos quase 2500 padres conciliares serem homens? Vc sabe que a ordenação sacerdotal de mulheres não existe na igreja católica ^^

Dito isso, acho que o livro pode até ser uma leitura interessante sim, se conseguir retratar fielmente o concílio numa perspectiva feminina movida pelo Espírito.

Fica com Deus.

Paz e Bem.



Editado 1 vezes. Última edição em 21/11/2013 18:55 por firefox.

Olá firefox

Não tenho como surpresa o facto dos +/- 2500 padres (e logo sexo masculino) conciliares serem homens. Não foi essa a minha questão.

Eu sabia que tinha havido observadores não católicos no concílio mas não sabia que tinha havido mulheres. Tanto quanto sabia todos os participantes do concílio tinham sido homens. E não me espantava outra coisa tendo em conta o facto de que só os homens são ordenados e a época em que o concílio decorreu.

Porém encontrei aquele artigo na Ecclesia e achei interessante e curioso. Mas o que me saltou aos olhos não foi a dimensão da presença feminina foi mesmo aquela questão do silêncio. Pareceu-me que lá vinha a velha escola do S. Paulo. E foi isso que eu salientei na minha mensagem original!

Fiz questão de salientar as proporcionalidades das mulheres no concílio por comparação com o número de participantes homens porque o camilo trouxe ao barulho o facto do sexo da pessoa não interessar.

Como se o facto de só haver homens no concílio e de lá terem saído boas ideias validasse a não participação das mulheres! Já estava mesmo a ver! Num hipotético concílio do Vaticano III que interessaria a participação das mulheres se as boas ideias dos homens bastam?!

E esse argumento vale para qualquer dos lados. Afinal o que interessa são as boas ideias e não o sexo de que as propõe, por isso não deveria haver necessidade de impedir o acesso das mulheres à discussão.

Um abraço

Cassima

Na impossibilidade de editar a mensagem para tornar mais clara uma expressão fica aqui a errata:

Onde se lê "E não me espantava outra coisa" leia-se "E não esperava outra coisa".

Cassima

Olá de novo ^^

Citação:

Cassima
Eu sabia que tinha havido observadores não católicos no concílio mas não sabia que tinha havido mulheres. Tanto quanto sabia todos os participantes do concílio tinham sido homens.

Fica tranquila, acho que entendi seu ponto de vista. A bem da verdade, se o livro foi bem escrito - não apenas do ponto de vista literário, digo, mas especialmente do ponto de vista espiritual - teria curiosidade para lê-lo sim. Considero a perspectiva feminina na igreja muito importante, ainda mais qdo sabemos que em muitas paróquias são as mulheres que fazem a maior parte do trabalho na igreja, seja como Marta ou como Maria.

Deve se lembrar que já fui excessivamente crítico sobre essa temática no passado e acho que passei bastante da conta na época, então não estranhe agora eu estar muito mais prudente ^^.

Grande abraço e fica com Deus.