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Déjà vu?!
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 09 de September de 2013 15:07

Esta situação toda trouxe-me à lembrança uma certa personagem argentina...

Será que o comentário se mantém actual? Ou será que as coisas mudam?!!

Cassima

Re: Déjà vu?!
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 10 de September de 2013 02:44

Just follow the money...

Hipotéticos interesses económicos por detrás do conflito sírio (fonte: JN).

Sempre que os EUA se preparam para invadir um país, com o pretexto de armas de destruição massiva, ou, agora, uso de armas químicas, o que está por detrás é sempre, sempre a mesma coisa: interesses económicos.

Luis

Re: Déjà vu?!
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 10 de September de 2013 13:53

Ando muito a leste disto, mas não foi o Obama nobel da Paz?

Re: Déjà vu?!
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 10 de September de 2013 20:45

Citação:
Luis Gonzaga
Just follow the money...
Hipotéticos interesses económicos por detrás do conflito sírio (fonte: JN).

Sempre que os EUA se preparam para invadir um país, com o pretexto de armas de destruição massiva, ou, agora, uso de armas químicas, o que está por detrás é sempre, sempre a mesma coisa: interesses económicos.

Luis

Provavelmente seria ingenuidade dizer que não existem interesses econômicos em praticamente todas as pautas internacionais. E da mesma forma, justamente por isso mesmo, também é uma tremenda ingenuidade não perceber que a maior parte das notícias vinculadas pela imprensa de muitos países (incluindo Brasil e Portugal) são pesadamente marcadas pela agenda antiamericana, propaganda patrocinada por grupos engajados, conscientemente ou não, numa estratégia socialista/comununista/gramsciana.

Esses vão sempre tentar reduzir tudo somente ao interesse econômico americano, como se não existessem muitos outros interesses em jogo de todas as partes. De passagem, as fontes dessas "notícias neutras" já se esqueceram que armas químicas foram utilizadas de fato na Síria -- as vítimas são reais! Por outro lado, é claro que se os EUA ficassem quietos e não propusessem ação nenhuma, esses mesmos que hoje estão criticando os interesses econômicos americanos, estariam então reclamando que os EUA "não se preocupam com as vítimas" e só visam interesses econômicos. Façam eles qualquer coisa, esses agentes da "imprensa neutra" sempre vão culpar os americanos.

Parece que guerras são sempre baratas e não custam nada. Por outro lado, qdo os EUA entraram na II guerra, movidos por interesses econômicos evidentemente, não foram poucos que deram graças a Deus. No Iraque tb, o Sadam não matou curdo nenhum e aquele genocídio não foi tão grande assim (sic). A Sómalia é um lugar riquíssimo. Ninguém derrubou as torres gêmeas. Resumindo: existem interesses econômicos envolvidos sempre, mas nem tudo se resume nisso. O mundo está muito longe de ser tão cartesiano assim. Diga-se de passagem, não gosto nada desse Obama, mas esse é outro assunto.

Att.



Editado 1 vezes. Última edição em 10/09/2013 20:49 por firefox.

Re: Déjà vu?!
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 11 de September de 2013 00:11

Olá Firefox,

Eu compreendo o que dizes, mas então, onde estiveram os EUA nos outros conflitos em África, por exemplo, Ruanda ou Sudão?

Ah, pois... não têm petróleo!

Li há pouco isto no Reddit que vale a pena ler para se perceber o conflito:

Citação:
I've been reading through these comments, and I don't think any of them strike at the truth of the matter. I apologize if this seems blunt. Hereafter I will provide a detailed examination of US interest in Syria.

Realpolitik refers to politics or diplomacy based primarily on power and on practical and material factors and considerations, rather than ideological notions or moral or ethical premises. In this respect, it shares aspects of its philosophical approach with those of realism and pragmatism.

Chemical weapons aren't why the president is interested in Syria. The US has actually been interested in helping the Syrian rebels for a long time. That last link is from the past few days, but they're all connected, which I'll get to.
The US has brought several motions to the UN. Things involving military force, military aid, or war in general are brought to the UN Security Council, a 12 member group consisting of 5 permanent members: US, UK, France, China, and Russia. The permanent members of the council have a special privilege: if any one of them vetoes a motion, it fails automatically. As I said, the US has brought several motions to the UN, which I linked above. All of them have failed, and all of them have failed because Russia (and China) have vetoed them using their veto powers.

So the US has long been interested in helping the Syrian rebels-- why is Russia concerned with vetoing efforts to help them? This is what it's all about: the politics of power. Realpolitik.

Syria, ruled by Bashar al-Assad (who functions basically as a dictator) is Russia's only ally in the Middle East region. The Russians sell a lot of arms to the Syrian government, and importantly the Russian's only naval base in the Mediterranean is based in Tartus, Syria. So, for geostrategic reasons alone, we can see that Russia is interested in keeping the friendly Syrian government in power. Though this isn't the Cold War, Russia is a competitor, so to some extent the US is interested in seeing the Syrian government fall because it would reduce the influence of a competitor in the region.

Another ally of Syria is Iran. You see, al-Assad is an Alawite-- a sect of Shiite Islam. Iran is majority Shiite Islam. The history is too long to recount here, but basically: Islam is divided into two major branches, Sunni and Shiite, which are not friends with each other. Iran and Syria are the only countries in the Middle East with Shiites in power, and Iran is the only country that actually has a majority of its citizens Shiites. It's in Iran's interest to keep the Syrian government in power, as they are the only other Shiite buddy in the region. This, too, is a reason why the US wants the Syrian government to fall; one of our longstanding goals is to remove the Iranian theocracy and prevent Iran from developing nuclear weapons. Removing a friend of Iran reduces their power and influence. Recently to this end of stopping Iran, the US has spent several years encouraging international adoption of economic sanctions against Iran.

Then, there is Israel to consider. Syria borders Israel to its north, and the two have had quite a lot of tension before; during the Six-Day War, Israel occupied the Golan Heights and effectively annexed it, in contravention of international law. The two have not been on good.

Obrigado, Luís

Re: Déjà vu?!
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 11 de September de 2013 06:50

Citação:
Luis Gonzaga
Eu compreendo o que dizes, mas então, onde estiveram os EUA nos outros conflitos em África, por exemplo, Ruanda ou Sudão?
Ah, pois... não têm petróleo!

E a opinião pública americana sempre apoia tão docilmente a participação de soldados americanos em guerras fora do país... é tudo são simples no mundo cartesiano.
Lembro-me de uma foto que circulou na imprensa mundial que mostrava prisioneiros americanos estripados como que por canibais na Somália. A foto foi divulgada pelos somali para fazer pressão e jogar a opinião pública americana contra a participação no conflito. Ou talvez alguém imagine que se a opinião pública visse tripas banhadas em petróleo ela apoiaria a presença americana na guerra. Acha mesmo que tudo se resume nisso? E por outro lado já vão também agora reclamar da não intervenção em Ruanda ou Sudão? Vale tudo na agenda antiamericana.

Att.

Re: Déjà vu?!
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 11 de September de 2013 13:18

Independentemente das agendas anti ou pro americanas e das "escolhas" de quais cenários onde intervir, sobre a Síria colocam-se-me duas questões:

- Há uma ditadura no poder e a alternativa (rebeldes) é a Alcaida. Entre duas coisas más, a última parece-me nitidamente pior!

- Morreram 1500 pessoas na Síria com o ataque com gás. O total de mortos na Síria perfaz 100 000. O gás é uma arma indigna mas há alguma forma digna de matar civis indefesos?!

Cassima

Re: Déjà vu?!
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 11 de September de 2013 14:36

Firefox, não se trata de agenda anti-americana. Apenas não gosto de ser tratado como ignorante.

Quando o Iraque invadiu o Kuwait na década de 90, invadiu-o porque lhe apeteceu. Se foi correcto? Claro que não. Mas não andou a dizer que o estava a fazer por um bem superior.

É apenas isso que condeno na atitude norte-americana. Quererem passar a imagem que são os bonzinhos, e que vão salvar os sírios das mãos de um ditador que os mata com armas químicas.

O objectivo dos EUA é mudar o governo na Síria para alguém que lhes seja favorável. Nada tem a ver com o número de mortos. Se o objectivo fosse preservar as vidas humanas, os EUA não teriam fornecido armamento aos rebeldes ao longo dos últimos anos. Tentariam sim, por via diplomática, influenciar o governo sírio.

Não é isso que está em causa. Em causa está o domínio daquela região por governos "amigos". Vê o caso do Afeganistão. Bombardearam, morreram cerca de 120.000 pessoas, a maioria civis, e a vida hoje no Afeganistão é tão má ou pior que no tempo dos talibans. Apenas hoje, o governo é mais amigo dos EUA. Falava-se dos direitos das mulheres e das famosas burqas. Hoje as mulheres continuam a ser maltratadas, mas o governo é amigo dos EUA, e pouco mais importa.

Iraque, Afeganistão, agora Síria, e por fim o Irão. Este é o plano dos EUA. Agora é só preciso arranjar as desculpas certas para os bombardear.

No ataque de 11 de Setembro que hoje se celebra o aniversário, morreram cerca de 3.000 pessoas. Nas guerras que se seguiram no Iraque e Afeganistão, só americanos morreram mais de 9.000. Mais uma vez, se a prioridade dos EUA fosse o bem-estar das pessoas, nunca entrariam nestas guerras.

Como o objectivo é comprar petróleo e controlar quem vende, ter forte influencia em quem governa e vender armas para os conflitos que surgem, os EUA serão sempre um país em constante guerra, até que um dia, a mentalidade mude. Talvez daqui a umas valentes gerações.

Curioso é que são eles próprios a alimentar este ciclo vicioso. Sadam Hussein foi durante muito tempo aliado e cliente dos EUA do fornecimento de armamento. A Al-Qaeda também na guerra do Afeganistão com a URSS, bem com Osama Bin-Laden. Agora estão a fortalecer armamento aos rebeldes na Síria. Talvez daqui a uns anos estarão em guerra com eles.

Obrigado, Luís

Re: Déjà vu?!
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 12 de September de 2013 04:05

Citação:
Luis Gonzaga
É apenas isso que condeno na atitude norte-americana. Quererem passar a imagem que são os bonzinhos, e que vão salvar os sírios das mãos de um ditador que os mata com armas químicas.
O objectivo dos EUA é mudar o governo na Síria para alguém que lhes seja favorável. Nada tem a ver com o número de mortos. Se o objectivo fosse preservar as vidas humanas, os EUA não teriam fornecido armamento aos rebeldes ao longo dos últimos anos. Tentariam sim, por via diplomática, influenciar o governo sírio.

Luis, quanto a isso não tenho nada a objetar. Tb acho evidente que os EUA estão bem longe de serem bonzinhos assim. Acontece, entretanto, que aqui no Brasil as que tentam vender imagens de boazinhas são as ditatudas socialistas, notadamente Venezuela e Cuba. O Lula é fundador do Foro de São Paulo e por aqui a paranóia de culpar os EUA por tudo já está para além da conta. Até qdo acontece um furacão a culpa é dos americanos. A propaganda do governo daqui aproveita de tudo para tentar desviar a atenção dos escaldalos de corrupção, então haja paciência.

Att.



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