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Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 16 de November de 2011 18:35

Boa tarde a todos.

Eu mal me pronunciei acerca desta questão do estado intermédio, pois já o fiz noutro tópico. Como sabem, não me repito.

Permitam-me, no entanto, recordar aluns aspectos.
- Em Deus não há tempo, nem sucessão de estados, e Cristo é Deus verdadeiro.
- O facto de a ressurreição se ter dado historicamente ao fim de um tempo, cerca de 1 ou dois dias e pouco, de modo nenhum significa uma espera em Deus, pois de Deus não se pode predicar tempo, uma vez que o tempo respeita e se predica do contingente.
- Do mesmo modo que, em Sua eternidade, O Logos É Homem, em virtude da encarnação, não se admite que haja mudança em Sua essencia, tal como se se dissesse que O Logos não tinha um Corpo, e depois passou a ter. Em Deus não há mudança, pois o porvir é próprio das criaturas.

Finalmente, queria matar esta questão inutil do estado intermédio de Cristo (inutil, porque não a considero importante), com um argumento contra. Vejamos então.

Imaginemos, na linha do que diz o David, que nós, bem como Cristo, passamos por esse estado intermédio.
Temos que perguntar porque passamos desse estado intermédio à ressureição, não é?

Ora, se isso acontece, é porque, no estado intermédio não somos plenamente Homens, plenamente pessoas, plenamente felizes. Se o fossemos, a ressurreição após o estado intermédio nem se justificava. Era inútil.
E tal é evidente - o homem pleno é corpo e alma, não duas partes, mas dois principios.

Assim, dizer que Cristo padeceu o estado intermédio significa que, num certo momento, a humanidade do Verbo sofreu uma deficitação.
Tal não se pode afirmar, pois a humanidade do Verbo é eterna, plena e e imutável.

Disse.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: David_ (IP registado)
Data: 16 de November de 2011 19:35

Citação:
M. Martins
David, tudo bem?

Grande Martins... Paz do Senhor esteja contigo


Citação:
A expressão "as coisas que brevemente devem acontecer" significam três coisas:
1ª Vai acontecer
2ª Vai acontecer DE CERTEZA
3ª Não se sabe o dia nem a hora.

Uma coisa é "as coisas que brevemente vão acontecer", e outra coisa é "assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.". Se para si, uma e outra expressão traduzem um período de tempo INDETERMINADO, é bom que reavalie seu método de interpretação.


Citação:
Na Bíblia QUASE nada é literal.

Espero que os milagres de Jesus, descritos nas Escrituras, sejam para si, literais... Espero que a compreensão de que existe pecado, seja para si literal... Espero que JESUS CRISTO, seja para si, literal...

Na fé

David

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"Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo." Salmo 9:2



Editado 1 vezes. Última edição em 16/11/2011 19:36 por David_.

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 16 de November de 2011 19:49

Talvez seja útil recordar que Cristo não esteve morto, em principio, 3 dias e 3 noites...., se se admitir que morreu na parasceve.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 17 de November de 2011 12:11

Olá a todos

Estive a fazer umas pesquisas a propósito deste estado intermédio.

Compreendi mesmo mal a expressão do Rui. Quando ele falou em "a fé no estado intermédio" em vez de a ler como a crença num estado intermédio li-a como sendo um nível de evolução da fé, uma caracterização da evolução da fé (fé no estado inicial, intermédio, final, ...).

Contribuiu para isso o facto de não ter acompanhado o(s) tópico(s) onde ele falou nisso.

Assim, queria lançar umas perguntas:

- É esse estado intermédio o que permite a crença das pessoas que citei no início na Ressurreição mesmo na presença dos ossos de Jesus?

- É esse estado intermédio o Purgatório?

- Se for o Purgatório, como se pode aceitar que Jesus tenha estado num estado intermédio?

Cassima

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: David_ (IP registado)
Data: 17 de November de 2011 13:54

Citação:
Rui Vieira
Talvez seja útil recordar que Cristo não esteve morto, em principio, 3 dias e 3 noites...., se se admitir que morreu na parasceve.

Olá RUi, Paz do Senhor JEsus



Essa é uma passagem que tras uma certa dificuldade, principalmente, se for lida em conjunto com outras que falam sobre a questão. Quanto aos dias, para que Ele ressuscitasse, não há dúvida! Os judeus computavam o tempo pelo sistema inclusivo. Assim, o dia inicial, a sexta feira, era o ‘primeiro’ dia, mesmo que dela só restassem algumas horas; o dia imediato era o ‘segundo dia’; e as primeiras horas do dia que vinha em seguida já eram consideradas ‘terceiro dia.

Alguns, entretanto, ensinam que Jesus morrera na quarta feira. Para eles, a morte deu-se na quarta, e a ressurreição ao sábado. PAra afirmarem isso eles baseiam-se exclusivamente nesse versículo acima, que fala de "três dias e "três noites". Mas o mais curioso é que, se por um lado há apenas um único texto que informa “três dias e três noites”, por outro existem sete passagens que, tratando do mesmo acontecimento, cristalinamente consignam três dias. Ei-los:

Mateus 26:61 – E disseram: Este disse: Eu posso derrubar o templo de Deus, e reedificá-lo em três dias.

Mateus 27:40 – E dizendo: Tu, que destróis o templo, e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo. Se és Filho de Deus, desce da cruz.

Mateus 27:63 – Dizendo: Senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei.

Marcos 8:31 – E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos e príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que depois de três dias ressuscitaria.

Marcos 14:58 – Nós ouvimos-lhe dizer: Eu derrubarei este templo, construído por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, não feito por mãos de homens.

Marcos 15:29 – E os que passavam blasfemavam dele, meneando as suas cabeças, e dizendo: Ah! tu que derrubas o templo, e em três dias o edificas,

João 2:19 – Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei.


Soma-se a isso tudo, a informação de que o dia de sua morte foi uma sexta feira:

Marcos 15: 42-43
E, chegada a tarde, porquanto era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, 43 Chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também esperava o reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus.



Assim, o tempo para que Ele ressuscitasse não era um quantia INDETERMINADA de dias, mas TRES DIAS, após a sua morte. Isso é claro, e todos estavam conscientes disso.

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"Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo." Salmo 9:2



Editado 1 vezes. Última edição em 17/11/2011 13:57 por David_.

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 17 de November de 2011 14:03

Boa tarde.

Citação:
É esse estado intermédio o que permite a crença das pessoas que citei no início na Ressurreição mesmo na presença dos ossos de Jesus?

Não. Se assim fosse, à luz do estado intermédio, Cristo ainda não teria ressuscitado.
A ideia de ressurreição de Cristo diante dos seus ossos é filosofia grega, que via no corpo uma prisão, algo que não era essencial à pessoa.
Para a Biblia, o corpo é essencial à pessoa.

Citação:
É esse estado intermédio o Purgatório?

O estado intermédio pode incluir o purgatório, ou não. Mas mesmo sem estado intermédio, o purgatorio se mantém como doutrina. O purgatório é a dor sofrida diante da minha miséria colocada diante do 3 vezes Santo.

Citação:
Se for o Purgatório, como se pode aceitar que Jesus tenha estado num estado intermédio?


Não se aceita.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: David_ (IP registado)
Data: 17 de November de 2011 14:05

Citação:
Cassima
Olá a todos
Estive a fazer umas pesquisas a propósito deste estado intermédio.

O "estado intermediário" é a condição em que se encontra o ser humano, no tempo compreendido entre a sua morte e a sua ressurreição!

Citação:
Assim, queria lançar umas perguntas:
- É esse estado intermédio o que permite a crença das pessoas que citei no início na Ressurreição mesmo na presença dos ossos de Jesus?

Biblicamente falando, é IMPOSSIVEL que alguém encontre os "ossos de JEsus". Se isso acontecer, as Escrituras é a maior fralde de todos os tempos, e os cristãos vivem sua vida, na esperança de algo que não existe. Os budistas ensinam sobre a existencia de um homem judeu, que foi lá enterrado. Usam isso para ensinar a fralde do cristianismo!


Citação:
- É esse estado intermédio o Purgatório?

O purgatório seria um lugar para "purificar" o indivíduo que ali se encontra. Isso vai totalmente de encontro as Escrituras que assegura que é "o sangue de Jesus Cristo, nos purifica de todo o pecado.", e não purgatório.

Um dos dilemas para se admitir que os seres humanos tem espírito, e que estão esperando a volta de Jesus, para só assim, terem seus corpos, é que quem admite essa verdade, admite também que quem pede algo a uma pessoa que morreu, INVOCA MORTO. Assim existe uma urgencia em se ensinar uma suposta "ressurreição", não bíblica, para o exato momento em que o individuo morre. Esse processo não pode nunca, ser chamado de "ressurreiçaõ bíblica", mas de qualquer outro nome.

Citação:
- Se for o Purgatório, como se pode aceitar que Jesus tenha estado num estado intermédio?

Purgatório não existe. QUem aceita a Jesus, tem seus pecados perdoados, e não precisa mais pagar por eles.

Heb 8:12 - Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais .

Heb 10:17 - E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades .



Na fé

David

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Editado 2 vezes. Última edição em 17/11/2011 14:13 por David_.

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 17 de November de 2011 14:08

Olá

Citação:
Assim, o tempo para que Ele ressuscitasse não era um quantia INDETERMINADA de dias, mas TRES DIAS, após a sua morte. Isso é claro, e todos estavam conscientes disso.

Quer dizer que Cristo ressuscitou na segunda-feira, não é?
De sexta a sabado - 1 dia.
De sabado a Domingo - 1 dia
De Doomingo a segunda - 1 dia

Talvez fosse melhor entendermos bem o que quer dizer o numero 3, ou o periodo de 3 dias, aliás, muito presente na Biblia.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: David_ (IP registado)
Data: 17 de November de 2011 14:11

Citação:
Rui Vieira
Olá
Citação:
Assim, o tempo para que Ele ressuscitasse não era um quantia INDETERMINADA de dias, mas TRES DIAS, após a sua morte. Isso é claro, e todos estavam conscientes disso.

Quer dizer que Cristo ressuscitou na segunda-feira, não é?
De sexta a sabado - 1 dia.
De sabado a Domingo - 1 dia
De Doomingo a segunda - 1 dia

Talvez fosse melhor entendermos bem o que quer dizer o numero 3, ou o periodo de 3 dias, aliás, muito presente na Biblia.

Tenho certeza que o amigo se faz de DESENTENDIDO, para "bagunçar o coreto". Então vamos explicar novamente:

Os judeus computavam o tempo pelo sistema inclusivo. Assim, o dia inicial, a sexta feira, era o ‘primeiro’ dia, mesmo que dela só restassem algumas horas; o dia imediato era o ‘segundo dia’; e as primeiras horas do dia que vinha em seguida, o domingo ou primeiro dia da semana, já eram consideradas ‘terceiro dia.

EM Cristo

David

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Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 17 de November de 2011 14:14

Realmente me fiz mesmo de desentendido. Mas, devo ser muito burro, pois ainda não entend onde estão as 3 noites...

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: David_ (IP registado)
Data: 17 de November de 2011 14:27

Citação:
Rui Vieira
Realmente me fiz mesmo de desentendido. Mas, devo ser muito burro, pois ainda não entend onde estão as 3 noites...

Não o chamei de asno, são palavras suas a si próprio... Mostrei diversas passagens que mostram TRES DIAS. Tambem é sabido que a contagem de dias dos judeus, é um sistema incluso do dias, prova disso é a questão da morte de Lázaro, e outros tantos exemplos... Entretanto, se o colega quiser negar até isso, que o Senhor não ressuscitou após tres dias de sua morte, além de negar os escritos, chama vários personagens bíblicos de mentirosos, ou na melhor das hipóteses, de "tolinhos".

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Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 17 de November de 2011 15:28

Citação:
Não o chamei de asno, são palavras suas a si próprio...

eu não disse que voce me chamou de asno.
Onde tirou essa ideia?
Acho que foi a sua vontade de insultar, essa sua malicia pretensamente carregada de sabedoria, que o levou a dizer o que eu nunca disse.

Citação:
Mostrei diversas passagens que mostram TRES DIAS. Tambem é sabido que a contagem de dias dos judeus, é um sistema incluso do dias, prova disso é a questão da morte de Lázaro, e outros tantos exemplos... Entretanto, se o colega quiser negar até isso, que o Senhor não ressuscitou após tres dias de sua morte, além de negar os escritos, chama vários personagens bíblicos de mentirosos, ou na melhor das hipóteses, de "tolinhos".

Eu lancei a questão das 3 noites....

Mas permita-me dizer que "tolice" é querer fazer da ideia de 3 dias, uma leitura meramente literal, quando é sabido que este conceito respeita à eminencia de uma nova Revelação de Deus.

Portanto, só se faz do readator biblico mentiroso quando se esquece, ou se ignora, a força teologica de certas expressões, reduzindo-as a mero literalismo.

Além disso, e já que tratamos da questão da data da morte de Cristo, vale a pena lhe recordar que, em linha literalista, das duas uma - ou mentem os sinóticos, ou mente João.

Em relação à sua aportação sobre o purgatório, e porque esta questão já foi tratada, e refutada contra si, só me resta afirmar que a negação do purgatório não passa de uma invenção protestante.
Na verdade, os seus argumentos tradicionais já foram comentados e refutados.
Acerca da questão biblica desta doutrina, a mesma coisa.

Se voce não consegue dar razões do canon - aquela questão que voce nunca foi capaz de resolver - muito menos consegue enxergar o caracter biblico do mesmo.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 17 de November de 2011 17:11

2 coisas.

1 - as ossadas de Jesus não serão nunca encontradas porque Jesus ressuscitou e ressuscitou de uma forma tal que o seu corpo mortal, aquele com que andou no mundo voltou à vida, não sendo igual ao que era antes da sua ressurreição, mas transformado. São Paulo numa das suas epistolas falou disso. Antes corpo corruptível, depois incorruptível, não estava a falar de Cristo, mas vale também para a ressurreição de Jesus.

2 - Essa a forma de ressurreição que Jesus escolheu. Podia no entanto ter escolhido outra. Os anjos não são iguais aos homens. Jesus falou disso, nem os homens escolherão mulheres nem as mulheres homens, mas serão iguais aos anjos...
O corpo formado por carbono, água, etc, não seria indispensável à ressurreição, para se viver como os anjos no Céu.
No entanto Jesus não escolher uma ressurreição em que o corpo natural (carbono, água, etc) permanecesse por aí, morto, mas uma ressurreição em que esse corpo natural também ressuscitou e transformou.

É um pouco diferente daquilo que dizem que eu disse.

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 17 de November de 2011 17:34

Camilo

Eu não acredito na hipótese das ossadas. Creio que transmiti isso nas minhas mensagens iniciais. Mas far-me-ia diferença se essa hipótese se provasse real.

No tópico do link que apresentei no início pareceu-me claro que acreditarias na Ressurreição mesmo que encontrassem os ossos de Jesus.

Mas se por acaso não li bem as tuas palavras, as minhas desculpas. A intenção não era má. É mesmo vontade de saber.

Cassima

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: Epafras (IP registado)
Data: 19 de November de 2011 17:03

Há teses perfilhadas neste fórum, que são muito mais perniciosas e escandalosas para a fé cristã do que o livro do José Rodriques dos Santos.

Alguns exemplos:

Já se disse por aqui que o autor dos evangelhos relata acontecimentos que na realidade nunca aconteceram sem qualquer esclarecimento ou indício do que o que está a contar não seja histórico, que pôs palavras na boca de Jesus que este nunca disse. Ora isto a ser verdade, mesmo que o tenha feito com boas intenções, é objectivamente uma fraude. O José Rodriques dos Santos fala em fraude mas não vai tão longe, a fraude para ele tem a ver com o acréscimo posterior de textos espúrios ao original. Aqui mina-se a própria credebilidade do original.

Que a Bíblia em geral, e os evangelhos em particular, estão cheios de contradições, portanto postas assim as coisas que credebilidade podem ter?

Alguns olham para os evangelhos canónicos como se fossem um tipo de evangelhos gnósticos ou cabalisticos em que muito do sentido literal das palavras tem por trás uma intenção de transmitir uma ideia ou um conhecimento mais "profundo" e oculto só acessivel a alguns iniciados.

A tese da ressurreição de Jesus ser compatível com a presença do seu cadáver ou achado das suas ossadas, descredibiliza os relatos consistentes da morte e ressurreição física de Jesus dos Evangelhos, e a própria noção de ressurreição bíblica, acontecimento central do cristianismo.

Estas teses romanciadas dava um prato cheio, talvez seja o próximo best-seller do JRS, e não faltaria quem aparecesse a se insurgir contra o livro, entendendo que era mais um ataque ao cristianismo.

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 19 de November de 2011 21:38

Boa noite.

Citação:
a fraude para ele tem a ver com o acréscimo posterior de textos espúrios ao original. Aqui mina-se a própria credebilidade do original.

O senhor Rodrigues dos Santos limita-se a repetir, de um modo incorreto e apressado, aquilo que a generalidade dos exegetas vêm dizendo acerca do processo de redação dos textos - a chamada "história da redação".

Quando os biblistas falam de originais, tratam dos textos mais antigos, conforme os temos hoje. Mas isso não quer dizer que, até ao seu estádio final, não tenham sido textos objeto de um processo de redação.
E isto não é nenhuma fantasia, nem nenhuma descredibilização dos Evangelhos conforme os temos hoje.

A título de exemplo, apologistas como Justino (cerca de ano 150), citam os Ev de Mt e Lc sob uma forma um pouco diferente daquela que a conhecemos hoje.
O mesmo se passa em relação a outros autores, no que concerne a Mc.

Mas não são apenas estes testemunhos que nos pdem levar a estas abordagens. UM análise literária critica sobre os textos, permite igualmente assinalar uma série de anomalias literárias que nos levam a afirmar que a sua redação foi lenta, com retoques e adições, até à sua formas atual.

A título de exemplo, veja-se o que sucede em Jo.
É impossivel conciliar textos como 13,36 e 16,5.
A sequencia normal de 14,31 lê-se em 18,1.
O pedido dos irmãos de Jesus em 7,3-4, supõem que ainda não foi realizado nenhum sinal em Jerusalém.
Fragmentos como 3,31-36 e 12,44-50 estão claramente fora do contexto.
O fragmento de 7,19-24, deveria seguir imediatamente depois de 5,1-16.

Há mais exemplos, vários até.

Citação:
Que a Bíblia em geral, e os evangelhos em particular, estão cheios de contradições, portanto postas assim as coisas que credebilidade podem ter?

A credibilidade de um texto que não foi escrito para ser uma biografia moderna, mas que testemunha um mergulho teológico na figura de Cristo.

Citação:
Alguns olham para os evangelhos canónicos como se fossem um tipo de evangelhos gnósticos ou cabalisticos em que muito do sentido literal das palavras tem por trás uma intenção de transmitir uma ideia ou um conhecimento mais "profundo" e oculto só acessivel a alguns iniciados.

Essa frase estaria totalmente correta, se se substituisse "literal", por "literalista".
Mesmo no seu sentido literal, não é forçoso construir leituras alegóricas sobre o texto, para se perceber que, mesmo ao nivel literal, há uma ideia-chave teológica adjacente, que o texto mesmo, ou a imediatez da letra, não permite supor.

A título de exemplo, veja-se quando, em Mt, vemos Cristo subir ao monte para ensinar o chamado "sermão da montanha". É evidente, embora o texto não o afirme nessa literalidade explicita, que se pretende apresentar Cristo como o novo e definitico Moisés, que sobe ao monte para nos dar a Sua Torá.
A subida a um monte não está ali dita por mera casualidade. Há sempre uma intenção teológica, cristológica, mesmo em pormenores, que o literalismo não permite sequer insinuar.
Neste caso concreto, está sem duvida presente a montanha e toda a sua carga simbólica.

Mas será que subiu mesmo a um monte? Lucas diz que não.
Mas será que essa questão interessa? Interessará segundo uma pesquisa pelo Jesus despido da Sua condição de Filho. No nosso caso, não deverá interessar saber se subiu ou não a um monte, mas interessará muito mais descortinar a mensaegm teológica por detrás da versão mateana e lucana.

Outro exemplo, aliás muito documentado, é a questão da data da morte de Cristo. Aqui há uma notória contradição entre os sinoticos e Jo.
Será que isto descredibiliza o seu conteúdo? Não creio. Aepnas se sucede que, na interpretação da morte de Cristo, os sinoticos colocam o acento de leitura sobre a morte como Pascoa, exodo, ao passo que Jo acentua a realidade do cordeiro, ao colocar a Sua morte no dia da Parasceve, em que se imolavam os cordeiros.
Ora, é impossivel conciliar, neste caso, e noutros, os 4 Evangelhos.

Mas permita-me retroceder um pouco, e comentar a obra de Rodrigues dos Santos.
Ele, no fundo, tirando algumas afirmações mais romancescas, conforme diz, acaba não dizendo nada que seja novo, pelo menos para que lê e reflete estas questões.

O problema é que explica mal, e quando explica, é de forma muito tendenciosa. Para ele, pelos vistos, as contradições literalistas dos Evangelhos minam a sua credibilidade. Mas isso se deve ao facto de ele ser literalista, e querer ver nesses textos santos, não uma leitura cristológica, mas um mero romance factual, frio e despido de Deus, do qual o ator principal diz ser Filho.

Mas há, creio eu, outro aspecto. Dizia eu que, para quem lê sobre estes assuntos, ele, das duas uma: ou não diz nada de novo, ou atinge conclusões insustentáveis.
Até aqui nada de novo.
Mas, por utro lado, já houve muitos exegetas que disseram e dizem o mesmo, e outros que disseram o que ele, erradamente diz, e até coisas piores, e nunca foram best-sellers.

Isto só me diz que o povinho gosta de ser mal intruido.
Mas também denuncia uma fatal e perigosa desconfiança sobre toda a literatura teológica e biblica, vinda das igrejas.

Vale a pena pensar nisto.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: Epafras (IP registado)
Data: 20 de November de 2011 03:00

Como é óbvio não vou discutir crítica textual aqui consigo.

O que posso dizer sobre esta matéria é que segundo os especialistas em crítica textual não há obra da antiguidade mais bem documentada textualmente do que o Novo Testamento, podendo-se afirmar, pela reconstrução do texto,comparação de manuscritos, pela comparação de citações de escritores cristãos primitivos, em grego original e traduções diferentes, que tirando um ou outro versículo em que há dúvidas sobre algumas variantes e os últimos versículos do Evangelho de Marcos (desde vv. 9-20) que é duvidoso que sejam autênticos visto não aparecerem nos manuscritos mais antigos, 99% do texto que possuímos é confiadamente idêntico ao texto da versão original.

A propósito do Evangelho de João, o manuscrito mais antigo do NT é precisamente um fragmento do evangelho de João que data de princípios do século II que demonstra que este evangelho já circulava pelas igrejas naquela época e dificilmente podia ser alterado sem que alguém notasse.

A questão é que se for verdadeira a teoria de que os textos têm partes acrescentadas em períodos muito posteriores à escrita da primeira versão original, sabe-se lá por quem, e baseando-se sabe-se lá em que fontes e com que critérios, então o texto não tem qualquer garantia de confiabilidade, e o José Rodrigues dos Santos não me parece que tire conclusões insustentáveis, parece-me até que tem toda a razão. Uma coisa é eu escrever um texto e depois poder aperfeiçoá-lo com novos elementos ou corrigir algo que verifique que está incorrecto, outra coisa é vir outros indivíduos e acrescentar trechos ao texto muito tempo depois, sem o meu conhecimento e autorização. Ou seja, interpolar textos é uma fraude sem dúvida.

E relatar acontecimentos que na realidade nunca aconteceram sem qualquer esclarecimento de que o que se está a contar não é histórico, e pôr palavras na boca de Jesus que este nunca disse também é uma fraude.

Que o texto “testemunha um mergulho teológico na figura de Cristo” é um pressuposto metodológico e filosófico, de que parte o método histórico-crítico, um entre vários, que é filho do Iluminismo e do racionalismo, em que passou-se a negar a autoria apostólica e a inspiração divina dos Evangelhos canónicos. Os mesmos passaram a ser vistos como produção da fé da Igreja, sem valor real para a reconstrução do Jesus histórico. Nesta perspectiva, os evangelhos apócrifos são considerados como literatura tão válida como os canónicos para nos dar informações sobre o Cristianismo nascente, embora não sobre o Jesus histórico.

Porém, este é um pressuposto bastante questionável e metodologicamente incorreto pois os Evangelhos, não são meramente uma reflexão teológica, mas indicam que pretendem relatar a obra e os ensinamentos de Jesus Cristo . É claro que têm um cariz e uma temática religiosa, mas também têm toda uma historicidade que não se pode negar, neles encontramos referências a pessoas concretas (Herodes, Arquelau, Tibério, Pilatos, Caifás, etc), lugares (Nazaré, Belém, Jerusalém, Cafarnaum, etc) e a acontecimentos historicamente comprováveis.

Não é por classificar um texto de “teológico” que resolve o problema das contradições e lhe dá credibilidade. Um texto cheio de contradições seja ele uma biografia moderna, ou um “mergulho teológico”, não me parece credor de muita credibilidade. A ser “um mergulho teológico na figura de Cristo” seria um mau e pouco fiável mergulho teológico.

O cristianismo é uma religião baseada numa revelação que se deu na história, contendo factos históricos objectivos, não é baseado em reflexões teológicas subjectivas sabe-se lá de quem.

Quem diz que a bíblia está cheia de contradições é quem faz uma leitura literalista da Bíblia. E para supostamente resolver o problema salta para o oposto, abusando de leituras alegóricas arbitrárias e de interpretações subjectivas.

Acontece que a maioria das supostas contradições não o são realmente, podendo harmonizar-se sem fugir da literalidade do texto.

Que há uma identificação entre Moisés e Cristo é ensinado no NT em outros textos de forma explicita. Basta pensar que Moisés institui o Antigo Pacto e Jesus o Novo Pacto para relacioná-los. Não é preciso recorrer a um simbolismo imaginativo do texto do “sermão da montanha” que não sugere implicitamente nem explicitamente esse simbolismo. Pode muito bem ser que o autor nos diz simplesmente que nessa ocasião Jesus subiu a um monte para pregar sem mais pretensões. Se calhar Lucas e Mateus nem estão a falar do mesmo “sermão” nem da mesma ocasião. Por isso um não fala do monte.

Por fim, a notória contradição entre os sinóticos e João resulta de uma leitura superficial e literalista dos Evangelhos. Ofereço-lhe uma explicação que concilia a questão da data da morte de Cristo entre os 4 Evangelhos.



Editado 1 vezes. Última edição em 20/11/2011 03:15 por Epafras.

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: Epafras (IP registado)
Data: 20 de November de 2011 03:05

O dia da crucificação: foi uma sexta-feira?

O problema


Há quem diga que a noção tradicional de que Jesus foi julgado e crucificado numa sexta-feira se baseia na declaração de Marcos 15:42, "Quando a noite chegou, porque era a preparação, isto é, a véspera do sábado, José de Arimateia … pediu o corpo de Jesus". Consideram esta noção errada, e arraigada na ignorância de que o primeiro dia depois da Páscoa é um dia festivo, ou Sábado solene, porque nele começa a festa dos ázimos ou pães sem fermento, que era um Sábado sem importar em que dia da semana caísse (David R. Reagan, Daniel's 70 Weeks Of Years. Lamb and Lion Ministries, [www.lamblion.com]).


Um problema relacionado, que no entanto não tratarei em detalhe, é o tempo que Jesus passou no túmulo. Segundo a noção tradicional, Jesus teria permanecido no túmulo uma parte de sexta-feira, todo o sábado e parte do domingo, isto é, menos de três dias completos. Segundo a noção revista, Jesus teria estado sepultado desde quinta-feira até domingo, ou seja três dias completos. Mateus 12: 39-40 diz: "Ele respondeu, e lhes disse: - A geração má e adúltera pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas. Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra". À primeira vista esta profecia de Jesus parece exigir três dias completos ou 72 horas. No entanto, a expressão "dias e noites" é uma forma hebraica de referir um dia, que pode compreender apenas parte dele. Assim, por exemplo, em Ester 4:16, é dito que os hebreus jejuaram três dias e três noites antes que Ester comparecesse diante de Assuero, e no entanto em 5:1 se relata que ela se apresentou "ao terceiro dia". Além disso, os próprios dados dos Evangelhos são consistentes com a noção de que a expressão "três dias e três noites" pode significar menos de 72 horas. De facto, os anúncios de Jesus sobre a Sua ressurreição "ao terceiro dia" na realidade exigem entender assim a expressão (Mateus 16:21; 17: 23; 20:19; ver 27:64; Marcos 9:31; 10:34; Lucas 9:22; 18: 33; 24:33, cf. 24:7,21). Portanto, os anúncios da ressurreição não estão em contradição entre si, nem permitem decidir pela cronologia tradicional ou pela revista da última semana.


O ano civil e o ano religioso


Nos tempos de Jesus, os judeus usavam dois calendários: o civil que era solar e começava em Outubro ou Novembro, com a festa de Rosh Ha-shana, e o religioso, que era lunar e começava com o mês de Nissan (março ou abril). Um mês lunar é um pouco mais de 29 dias, de modo que no calendário lunar havia meses de 29 e de 30 dias. Se se dava conta que a Páscoa haveria de cair antes do equinócio da Primavera (21 de Março segundo o calendário actual), se acrescentava entre o último mês do ano religioso e o mês de Nissan um mês intercalado ou embolísmico, que se chamava Ve-Adar. Segundo Números 28, a Páscoa celebrava-se em 14 de Nissan, e era imediatamente seguida pela festa dos ázimos (15 a 21 de Nissan). Como os dias da semana se determinavam de acordo com o ano solar civil, a Páscoa podia cair em qualquer dia da semana, já que a sua ocorrência se determinava segundo o calendário religioso (lunar), que estava desfasado do solar.


Existe evidência de que algumas seitas judaicas usavam um calendário perpétuo, segundo o qual as festas sempre caíam no mesmo dia da semana, mas não está absolutamente claro se Jesus ou os primeiros cristãos seguiriam esta disposição sectária. Esta hipótese carece, portanto, de fundamento firme; veja-se a discussão a respeito, na International Standard Bible Encyclopedia 3: 953-954, artigo "Preparation, Day of".


O "dia da preparação"


Em relação à expressão grega "hëmera paraskeuës" ou "dia da preparação", o erudito bíblico Gleason L. Archer (1982, p. 375-376) assinala: "Primeiro, a palavra paraskeuës já se havia tornado, no primeiro século da Era Cristã, num termo técnico para designar a sexta-feira, já que sexta-feira era o dia da preparação para o Sábado. Em grego moderno, paraskeuës significa "sexta-feira". Segundo, a expressão grega tou pascha (literalmente "da Páscoa") é considerado como equivalente da semana da Páscoa". De modo que, em primeira instância, parece que o julgamento e a crucificação do Senhor ocorreram numa sexta-feira. Os que sustentam que há um erro na interpretação tradicional assinalam como evidência que Marcos 16:1 diz que um grupo de mulheres compraram perfumes para ungir o corpo de Jesus depois de ter terminado o Sábado, mas que Lucas 23:56 diz que compraram os perfumes antes do Sábado e, em seguida, descansaram durante este antes de ir ao túmulo.


Os textos bíblicos


O argumento recém-mencionado requer alguma elaboração. Mas antes disso, transcreverei os textos relevantes:


Mateus 26: 1-2. "Quando Jesus acabou todas estas palavras, disse aos seus discípulos: «Sabeis que dentro de dois dias se celebra a Páscoa, e que o Filho do homem será entregue para ser crucificado»"


Mateus 26:17. "No primeiro dia dos pães ázimos, vieram os discípulos a Jesus, e perguntaram: Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?"


Mateus 27: 62-64. "No dia seguinte, que é depois da preparação, se reuniram os principais sacerdotes e os fariseus perante Pilatos e lhe disseram: - Senhor, lembramo-nos que aquele mentiroso, quando ainda vivo, afirmou: «Depois de três dias ressuscitarei». Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até o terceiro dia; para não suceder que, vindo os seus discípulos de noite, o furtem e digam ao povo: «Ressuscitou dentre os mortos». E o último engano será pior do que o primeiro."


Marcos 14:1-2. "Dois dias depois era a Páscoa e a festa dos Pães ázimos. Os principais sacerdotes e os escribas buscavam como prendê-lo com engano e matá-lo. E diziam: «Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo»."


Marcos 14:12 "No primeiro dia dos Pães ázimos, quando sacrificavam o cordeiro da Páscoa, disseram-lhe os seus discípulos: Aonde queres que vamos fazer os preparativos para comeres a Páscoa?" (ver também v.14,16)


Marcos 15:42 – 43 "Quando chegou a noite, porque era a preparação, isto é, a véspera do sábado, chegou José de Arimateia, … e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus."


Lucas 22: 1,7-8. "Aproximava-se a festa dos Pães ázimos, que se chama a Páscoa... Chegou o dia dos Pães ázimos, em que era necessário sacrificar o cordeiro da Páscoa. Então Jesus enviou Pedro e João, dizendo: Ide, preparai-nos a Páscoa, para que a comamos."


Lucas 23:53-54 "Tirando-o da cruz, envolveu-o num lençol, e pô-lo num sepulcro escavado numa penha, onde ninguém ainda havia sido posto. Era o dia da preparação, e amanhecia o sábado."


João 13:1-2 "Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim. E quando ceavam…"


João 18:28 "Levaram Jesus da casa de Caifás para o pretório. Era de manhã cedo, e eles não entraram no pretório para não se contaminarem e assim poderem comer a Páscoa."


João 19:14 "Era a preparação da Páscoa, e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso Rei!"


João 19:31 "Então os judeus, porquanto era a preparação da Páscoa, para que no sábado os corpos não ficassem na cruz (pois aquele sábado era de grande solenidade), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados dali"


João 19:42 "Ali, pois, por causa da preparação da Páscoa dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro, puseram a Jesus."


Costumes e nomenclatura na época de Jesus


Na realidade, segundo o Antigo Testamento, os cordeiros deviam sacrificar-se no dia anterior ao primeiro dia da festa dos Pães ázimos, veja-se o livro de Roland de Vaux (p. 610-620) para a história antiga destas celebrações. No entanto, como já assinalei, no tempo de Jesus, no 14 de Nissan se costumava tirar pela manhã o fermento das casas para ser queimado, e de tarde se sacrificavam os cordeiros pascais que cada família reservava no 10 de Nissan. Este costume é referido por Marcos 14:12 e Lucas 22:07 (ver acima). A ceia pascal celebrava-se depois do pôr-do-sol, o que na prática significava logo após o aparecimento das primeiras três estrelas no céu.


Entre os judeus tornou-se prática comum designar tanto esta celebração pascal como a festa dos Pães ázimos que a seguia sob o termo comum de "pães ázimos" ou indistintamente "Páscoa" como se fossem uma só celebração contínua. Isto é atestado pelo historiador judeu Flávio Josefo (Antiguidades dos Judeus, 14, 2:1 e 17,9:3). Mateus, que provavelmente se dirigia primariamente a cristãos judeus, parece dar por adquirido que os seus leitores conheciam esta prática ao chamá-la o primeiro dia dos pães ázimos, o que seria um sem-sentido se não fosse pelo costume assinalado, pois em tal caso já teria passado o tempo da Páscoa (Mateus 26: 2,17).


Por outro lado, tanto Marcos como Lucas, que aparentemente se dirigiam a cristãos procedentes da gentilidade (não judeus), estabelecem a distinção entre as duas celebrações (Marcos 14:1,12, Lucas 22:7). Ambos deixam muito claro que a ceia se celebrava no mesmo dia - segundo o modo actual de contá-los, de 0 am a 12 pm - em que se sacrificavam os cordeiros. Mateus também estabelece o 14 de Nissan em 26:17, ou seja, o dia em que se costumava tirar o fermento das casas. Aqui há um defeito de tradução em algumas versões da Bíblia já que dizem "No primeiro dia da festa dos Pães ázimos". No texto grego lê-se: prötei tön azumön, "no primeiro dos ázimos". Aqui a palavra "dia" está subentendida e é correcto acrescentá-la: "no primeiro dia dos ázimos". No entanto, a palavra "festa" é uma adição injustificada que altera o sentido: quando se fala da "festa", como em João 13:1, não se incluía a ceia pascal. Embora João chame ao dia do julgamento de Jesus "a preparação para a Páscoa", isto deve entender-se, como o deixa muito claro a Nova Versão Internacional (em inglês), como "o dia da preparação da semana da Páscoa". Isto não é apenas indicado pelo uso conhecido, nem é um recurso para se fazer encaixar João no esquema dos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas), mas é claramente demonstrado pelo que João diz em 18:28. No dia do julgamento de Jesus os judeus recusaram entrar no pretório ou corte de Pilatos, âmbito gentio, para evitar contaminar-se e assim poder "comer a Páscoa". Ora, a comida a que aqui se faz referência deve ter sido a das ofertas da festa dos Pães ázimos (ver Deuteronómio 16: 2-3). A razão é que, se o dia do julgamento de Jesus tivesse sido o 14 de Nissan, contaminar-se por entrar no pretório não impediria os judeus de comer a ceia pascal, uma vez que esta ceia se celebrava após o pôr-do-sol, quando a contaminação ritual já tinha terminado (Levítico 22:7).


Quando ocorreu a crucificação?


A Páscoa devia teoricamente cair na noite de lua cheia do décimo quarto dia depois do começo da fase crescente. No entanto, isto não era necessariamente preciso do ponto de vista astronómico, já que o começo da fase da lua era determinado por decreto de um tribunal ou Beth Din, com base no testemunho de três pessoas. Isto pode ter causado algumas vezes um atraso de 24 horas (já que os meses lunares não podiam durar menos de 29, nem mais de 30 dias) entre o começo real e o começo declarado do novo mês lunar.


Segundo o esquema proposto por Reagan, no ano 31 a Páscoa caiu numa quarta-feira. Jesus foi crucificado na mesma manhã, agonizava enquanto se estavam sacrificando os cordeiros pascais, e foi sepultado no mesmo dia ao entardecer. No dia seguinte, uma quinta-feira, era um Sábado solene. Na sexta-feira, depois do Sábado solene, as mulheres teriam comprado os perfumes, e depois descansaram durante o sábado normal (semanal) antes de ir ao túmulo na manhã de domingo.


Ora, na realidade desconhece-se o ano preciso da crucificação, embora se saiba que deve ter sido entre o ano 30 e o 34 (aqui deve-se recordar que Jesus nasceu entre o ano 4 e 7 a.C., antes da morte de Herodes; a data tradicional de nascimento se fixou erroneamente na Idade Média). Para as datas envolvidas, os anos 32 e 34 podem descartar-se, ficando como possíveis candidatos os anos 30, 31 e 33. Tendo em conta que a Páscoa devia necessariamente cair depois do equinócio da primavera, e a incerteza na determinação da lua nova, Joachim Jeremias (p. 38-39) mostra que, segundo cálculos astronómicos, os dias correspondentes para os anos 30, 31 e 33 foram como se segue.


30 d.C.: 14 e 15 de Nissan corresponderiam à sexta-feira 7 e ao sábado 8 de abril (menos provavelmente à quinta-feira 6 e à sexta-feira 7 de abril).


31 d.C.; 14 e 15 de Nissan corresponderiam ou à quarta-feira 25 e à quinta-feira 26 de abril, ou alternativamente à quinta-feira 26 e à sexta-feira 27 de abril.


33 d.C.: 14 e 15 de Nissan corresponderiam ou à sexta-feira 3, e ao sábado 4 de abril, ou alternativamente ao sábado 4 e ao domingo 5 de abril.


Os dados anteriores implicam ainda que não é absolutamente seguro que o 14 de Nissan tenha caído numa quarta-feira no ano 31, embora exista a possibilidade. No entanto, se este foi o dia da crucificação, isso significa que a Última Ceia teve lugar no dia anterior ao da ceia pascal ou seja, segundo o reconhecimento hebreu dos dias desde um pôr-do-sol até ao seguinte, no início do 14 de Nissan; mas os Evangelhos (Mateus 26:17 e paralelos) dizem explicitamente o contrário. Esta é uma importante dificuldade desta hipótese já que, como Jeremias e outros demonstraram, a Última Ceia foi realmente uma refeição Pascal.


Um ou dois Sábados na última semana?


Outra importante dificuldade é que a hipótese revista pressupõe dois Sábados, conforme detalhado a seguir:


A Última Ceia na terça-feira à noite (início do 14 de Nissan)


O julgamento, a crucificação e o sepultamento na quarta-feira antes do pôr-do-sol (14 de Nissan)


Um sábado solene na quinta-feira (15 de Nissan)


Um dia de preparação na sexta-feira (16 de Nissan)


Repouso durante o Sábado semanal (17 de Nissan)


A ressurreição no domingo (18 de Nissan)


Tirando a observação de que a Páscoa podia cair em qualquer dia da semana - um facto, seguramente conhecido por estudiosos favoráveis à cronologia tradicional do gabarito de Archer e Jeremias - o principal argumento a favor de dois sábados parece ser este: "Os Evangelhos deixam claro que a semana da crucificação teve dois Sábados. Marcos 16:1 diz que um grupo de mulheres comprou perfumes para ungir o corpo de Jesus depois de terminado o Sábado. Mas em Lucas 23:56 é dito que compraram os perfumes antes do Sábado e depois descansaram no Sábado antes de ir ao túmulo." (Reagan, obra citada).


Ora, estas declarações são inexactas. Primeiro examinemos os textos gregos com uma tradução literal:


Marcos diz, Kai diagenomenou tou sabbatou, Maria he magdalënë kai Maria he tou Iakobou kai Salömë ëgorasan arömata ina elthousai aleipsösin auton. Kai lian proi tes mias sabbatön erchontai epi ton mnëmeion...


"E passando o sábado, Maria a Madalena e Maria a [mãe de] Tiago, e Salomé compraram perfumes [de modo] que vindo pudessem ungi-lo. E muito cedo no primeiro [dia] da semana vieram ao túmulo ... "


Lucas diz, de ëtoimasan arömata kai mura. Kai to men sabbaton ësichasan kata tën entolën. Të de mia tön sabbaton ... ëlthon epi to mnema


"E prepararam perfumes e unguento. E no sábado, descansaram segundo o mandamento. Mas no primeiro [dia] da semana... vieram ao túmulo."


Duas coisas são dignas de atenção aqui. Em primeiro lugar, nem Marcos nem Lucas mencionam dois Sábados. Cada autor refere-se a um único Sábado. Marcos diz que as mulheres compraram perfumes (arömata) mas Lucas não diz tal coisa; simplesmente relata que as mulheres "prepararam" (ëtoimasan) perfumes e unguento. Como observou Walter W. Wessel, o relato de Marcos sugere que elas compraram os perfumes logo que terminou o Sábado, ou seja depois das 6 da tarde. É possível que os tenham comprado para adicioná-los aos já preparados – que menciona Lucas - se lhes pareceu que estes últimos não seriam suficientes (Mark, em Expositor's Bible Commentary; 8:786).


Em segundo lugar, a hipótese de dois Sábados dá por adquirido que o grupo de mulheres que prepararam os perfumes segundo Lucas era exactamente o mesmo que comprou os perfumes segundo Marcos. Esta é uma suposição que carece de fundamento sólido. Deve-se recordar que havia muitas mulheres que seguiam Jesus (Lucas 8:3). Marcos menciona Maria Madalena, Maria a mãe de Tiago e Salomé, enquanto Lucas não nos diz os seus nomes neste texto (Lucas 23:56), que simplesmente fala das "mulheres". Mas mais tarde (24:10) Lucas menciona as mesmas Marias, Joana - muito provavelmente a mulher de Cuza, o mordomo de Herodes Antipas - e "o resto das mulheres [que estavam com] elas" (kai ai loipai sun autais). O plural indica que havia outras para além de Salomé, e Marcos não menciona Joana. De modo que é perfeitamente possível que as "mulheres" anónimas de Lucas preparassem perfumes e unguento na tarde de sexta-feira e que as Marias e Salomé comprassem mais por sua conta depois de terminado o sábado, antes de todas se reunirem para dirigirem-se ao túmulo de Jesus. Portanto, é impossível demonstrar que os Evangelhos referem explícita ou implicitamente dois Sábados. Um argumento que corrobora contra esta hipótese é o facto de que no clima palestino os cadáveres se decompunham rapidamente. Por que é que as mulheres haveriam de esperar desde a tarde de quarta-feira até a manhã de domingo para ungir o corpo de Jesus, quando poderiam ter realizado esta urgente tarefa na sexta-feira, a ser correcta a hipótese dos dois sábados?


Conclusão


Considerando todos os factos e os dados bíblicos, creio que um estudo cuidadoso demonstra que não há contradição entre a cronologia dos Sinópticos e a de João. Por conseguinte, reafirmo a doutrina tradicional segundo a qual Jesus celebrou a Última Ceia como uma refeição pascal na noite de quinta-feira, foi julgado, crucificado e morto durante a sexta-feira, e ressuscitou ao terceiro dia, domingo. Como o expressa Gleason L. Archer Jr., "Desta forma, resulta que houve um simples mal-entendido da frase paraskeuë tou pascha [preparação para a Páscoa] ... As várias explicações engenhosas oferecidas por outros, como a que Cristo celebrou a Sua Páscoa pessoal uma noite antes, sabendo que seria crucificado antes do pôr-do-sol de 14, ou a que Cristo e o Seu movimento aderiam a um calendário diferente, que reconhecia o 14 um dia antes de o calendário do sacerdócio oficial de Jerusalém; ou a que Ele seguia o calendário revisto que observavam os essénios de Qumran - todas estas teorias são bastante improváveis e completamente desnecessárias. Não há contradição alguma entre João e os Sinópticos em relação ao dia em que Jesus morreu - foi uma sexta-feira." (p. 376).

Fernando D. Saraví

Bibliografia


Archer, Gleason L., Jr. Encyclopedia of Biblical Difficulties. Grand Rapids: Zondervan, 1982.


Bromiley, Geoffrey W. (Dir.). International Standard Bible Encyclopedia, 2nd Ed. Grand Rapids: W. B. Eerdmans, 1979-1988 [4 vol.].


Flavio Josefo. Antigüedades de los judíos. Terrassa: CLIE, 1988 [3 vol.].


Gaebelein, Frank E. (Dir.). Expositor's Bible Commentary; Grand Rapids: Zondervan, 1975-1992 [12 vol.].


Geisler, Norman; Howe, Thomas. When critics ask. A popular handbook on Bible difficulties. Wheaton: Victor Books, 1992.


Henry, Matthew. Commentary on the whole Bible. Peabody: Hendrickson, 1991 [edição completa num volume].


Jeremias, Joachim. La última cena: Palabras de Jesús. Madrid: Cristiandad, 1980 (especialmente p. 13- 88).


León-Dufour, Xavier. Los Evangelios y la historia de Jesús. Madrid: Cristiandad, 1982. (especialmente p. 349-358).


Saraví, Fernando D. La profecía de las setenta semanas. Terrassa: CLIE, 1992.


Vaux, Roland de. Instituciones del Antiguo Testamento. Barcelona, Herder, 1985.



Editado 1 vezes. Última edição em 20/11/2011 03:06 por Epafras.

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 20 de November de 2011 12:20

Não sei se isso é uma colagem de textos presumo que sim pois encontrei esse mesmo texto neste blog:"http://conhecereis-a-verdade.blogspot.com/2011/01/o-dia-da-crucificacao-foi-uma-sexta_6235.html". Seria mais fácil incluir um link.

Mas no entanto não vejo qualquer interesse para a fé, discutir se Jesus esteve 3 dias e 3 noites no seio da terra ou não.



Editado 1 vezes. Última edição em 20/11/2011 12:45 por vitor*.

Re: Mais um livro de polémica... e a questão que se me levantou...
Escrito por: Epafras (IP registado)
Data: 20 de November de 2011 14:05

Caro Vitor:

Claro que é um copy paste de um artigo, e não coloquei o link por duas razões.

Primeiro porque é mais fácil as pessoas lerem o texto aqui do que colocar apenas o link (algumas têm preguiça em clicar em links), e segundo porque sou eu o responsável pela tradução do texto e por esse blog onde o encontrou.

De modo que pode ficar tranquilo não há nenhuma violação de direitos autorais ou copyright :)

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