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Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 03 de October de 2010 17:24

Adaptar às situações. Quais?
Jesus como pessoa igual ao pai e ao Espírito Santo. Deus uno e trino-Séc IV
Infalibilidade papal-séc. XIX(senão me falha a memória durante o concílio vaticano I, que penso ter sido no séc. XIX)
Dogma de Maria elevada ao céu- Séc XX

Isto são apenas situações que necessitam de ser adaptadas à realidade?
O magistério da Igreja de quem alguém aqui tanto confia concedeu-me uma cédula cristã e em que diz que eu fiz o crisma com 32 anos. Sabia bem o que queria, não fui lá para ser padrinho de ninguém nem nada que se pareça embora não tenha que condenar quem o faça, pois até se dão grandes conversões dessa forma. Um bispo confirmou-me. Por isso essa conversa de que não são católicos e são católicos é pura chachada. O magistério da Igreja diz que eu sou católico. O resto são bolas de berlinde.



Editado 1 vezes. Última edição em 03/10/2010 17:29 por vitor*.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: David_ (IP registado)
Data: 28 de February de 2011 17:53

Olá amigos, Paz do Senhor Jesus esteja convosco




Fui convidado para dar uma palavra numa igrejinha, ontem, domingo 27.02. Era num dos bairros mais humildes de minha cidade. Ao chegar lá, encontrei pessoas alegres, e o louvor ali entoado estava muito bonito.

Ao ser convidado, um dia antes, para dar a palavra, fiquei a meditar sobre o que deveria falar. E senti o forte desejo de falar sobre o amor de Jesus Cristo.

É incrível, amigos, mas muita gente, cristã, não sabe o significado da vinda de Jesus, e tampouco porque Ele morreu.

Sobre isso, católicos e evangélicos parecem crer igualmente, pois em seus dógmas, a IGreja católica declara:


Citação:
DOGMAS SOBRE O SER HUMANO

18- O pecado de Adão se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação

"O pecado se propaga de Adão a todos seus descendentes por geração e não por imitação, e é inerente a cada indivíduo"

19- O homem caído não pode redimir-se a si próprio

"Somente um ato livre por parte do amor divino poderia restaurar a ordem sobrenatural, destruída pelo pecado"


Assim, respondendo a pergunta do tópico "como converter ao cristianismo?", afirmo que o verdadeiro cristão deve proclamar sobre este amor. Deve tornar conhecido de todos, que todos os homens estão na condição de destituídos de comunhão com Deus, e que Jesus veio para reatar essa counhão! E que, como o "dógma 19" diz acima, ninguém conseguira redimir-se a si próprio, através de suas boas obras, mas são todos CARENTES da graça de Deus, são todos, indistintamente, carentes do Sacrifício do Calvário!

Ainda sobre esse assunto a Igreja católica afirma:


Citação:
11- Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do sacrifício de sua morte na cruz
"Jesus Cristo quis oferecer-se a si mesmo a Deus Pai, como sacrifício apresentado sobre a ara da cruz em sua morte, para conseguir para eles o eterno perdão"


Assim, é através do conhecimento da Obra feita por Ele na cruz do Calvário, que alguém pode vir a tornar-se cristão! Resta aos discípulos do Mestre divulgarem a Boa Nova, resta aos discípulos do Mestre proclamarem que existe um meio, de o homem voltar a ser filho de Deus, aceitando a Jesus Cristo, como Único e suficiente Salvador de sua vida!


Que o Senhor nos abençoe


David

_________________________________________________________________________________
"Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo." Salmo 9:2



Editado 9 vezes. Última edição em 28/02/2011 18:07 por David_.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 02 de March de 2011 12:39

[quote David_]Olá amigos, Paz do Senhor Jesus esteja convosco




Fui convidado para dar uma palavra numa igrejinha, ontem, domingo 27.02. Era num dos bairros mais humildes de minha cidade. Ao chegar lá, encontrei pessoas alegres, e o louvor ali entoado estava muito bonito.

Ao ser convidado, um dia antes, para dar a palavra, fiquei a meditar sobre o que deveria falar. E senti o forte desejo de falar sobre o amor de Jesus Cristo.

É incrível, amigos, mas muita gente, cristã, não sabe o significado da vinda de Jesus, e tampouco porque Ele morreu.

Sobre isso, católicos e evangélicos parecem crer igualmente, pois em seus dógmas, a IGreja católica declara:


[quote]
DOGMAS SOBRE O SER HUMANO

18- O pecado de Adão se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação

"O pecado se propaga de Adão a todos seus descendentes por geração e não por imitação, e é inerente a cada indivíduo"

19- O homem caído não pode redimir-se a si próprio

"Somente um ato livre por parte do amor divino poderia restaurar a ordem sobrenatural, destruída pelo pecado"
[/quote]


Assim, respondendo a pergunta do tópico "como converter ao cristianismo?", afirmo que o verdadeiro cristão deve proclamar sobre este amor. Deve tornar conhecido de todos, que todos os homens estão na condição de destituídos de comunhão com Deus, e que Jesus veio para reatar essa counhão! E que, como o "dógma 19" diz acima, ninguém conseguira redimir-se a si próprio, através de suas boas obras, mas são todos CARENTES da graça de Deus, são todos, indistintamente, carentes do Sacrifício do Calvário!

Ainda sobre esse assunto a Igreja católica afirma:


[quote] 11- Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do sacrifício de sua morte na cruz

"Jesus Cristo quis oferecer-se a si mesmo a Deus Pai, como sacrifício apresentado sobre a ara da cruz em sua morte, para conseguir para eles o eterno perdão"
[/quote]


Assim, é através do conhecimento da Obra feita por Ele na cruz do Calvário, que alguém pode vir a tornar-se cristão! Resta aos discípulos do Mestre divulgarem a Boa Nova, resta aos discípulos do Mestre proclamarem que existe um meio, de o homem voltar a ser filho de Deus, aceitando a Jesus Cristo, como Único e suficiente Salvador de sua vida!


Que o Senhor nos abençoe

David, possivelmente isto para si não é propriamente um elogio, mas para mim o David é muito mais católico - ainda que nominalmente fora do Corpo da Igreja e que portanto em consequência disso não aceite a doutrina católica - do que muitos pseudocatólicos que não sabem uma vírgula dos ensinamentos de Jesus Cristo, fingem fazer teologia, distorcem as Escrituras e ainda escarnecem subtilmente do Magistério.

É verdade o que diz... o amor de Cristo... este amor que nos acolhe, nos envolve, nos abraça... é o mais importante e deve ser anunciado a todo o mundo. Que sempre prossigamos os nossos apostolados/ministérios completamente apaixonados por Jesus Cristo, centro e prioridade absoluta das nossas vidas.

Apesar das nossas diferenças de denominação, sempre leio com grande interesse os seus posts - geralmente repletos de espiritualidade e caridade cristã. Tendo a concordar consigo em questões bíblicas normalmente tão deturpadas nos meios "católicos".

Não estou assim tão longe dos irmãos evangélicos - tenho um blog de música cristã - em que já fui inúmeras vezes criticada por católicos, dado o enorme destaque que dou à música proveniente dos meios evangélicos, incrivelmente superior à católica a vários níveis.

Se quiser visitar... sinta-se em casa!
[musicacrista-eleva-a-alma-a-deus.blogspot.com]

Unidos na oração e no amor de Cristo.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: David_ (IP registado)
Data: 02 de March de 2011 14:09


David, possivelmente isto para si não é propriamente um elogio, mas para mim o David é muito mais católico - ainda que nominalmente fora do Corpo da Igreja e que portanto em consequência disso não aceite a doutrina católica - do que muitos pseudocatólicos que não sabem uma vírgula dos ensinamentos de Jesus Cristo, fingem fazer teologia, distorcem as Escrituras e ainda escarnecem subtilmente do Magistério.



Oi Mirian, Paz do Senhor Jesus Cristo esteja contigo



O distorcer da Escritura também vem ocorrendo, mais e mais, no meio evangélico. Muitas igrejas evangelicas tem proclamado unicamente um evangelho de prosperidade, algumas chegam a ensinar que é "inadimissível" que um discípulo de Jesus seja pobre, que adoeça, que passe por maus momentos em sua vida... E assim como voce tem feito, defendendo as doutrinas da Bíblia no meio católico, eu também tenho procurado exortar as pessoas no meio evangélico que proclamam esse "Outro evangelho", dizendo que o Evangelho de Jesus não é nada disso! Somos bem parecidos, quanto a exortação, pois a VERDADE é o que importa, e não aquilo que está na "moda", hoje em dia.

Ora, os apóstolos saíram pelo mundo a proclamar a BOA NOVA. Paulo foi a Grécia e a alguns outros países da Ásia menor, em sua época, para falar de Jesus!

Há alguns dias, eu lia o relato de um homem que havia congelado sua esposa, que havia falecido. E anos depois, estava a fazer o mesmo com o seu filho, que havia morrido em um acidente automobilístico. E um repórter o perguntou porque ele fazia aquilo. Ele disse que tinha esperança de que um dia, o ser humano descobrisse o "segredo" da morte, e que assim, pudesse trazer a vida aqueles que morreram. Dizia ainda que queria que o mesmo fosse feito com ele, que ao morrer, ele fosse ali congelado com os seus, pois imaginava um dia poder voltar, junto com seu filho e esposa!

Isso acontece, Mirian, porque as pessoas não sabem que a RESSURREIÇÃO, prometida por JESUS CRISTO aos que crerem, É REAL! JEsus Cristo nos prometeu isso, mas as pessoas não sabem ou não acreditam! E é essa, basicamente o resumo da BOA NOVA: Existe jeito para a morte! Este homem do artigo ou não conhecia a JEsus, ou não CRIA na promessa de vida eterna feita pelo Mestre! Nós que cremos, devemos proclamar: Sim, É REAL, a ressurreição, a vida eterna é de VERDADE, pois Ele prometeu e não MENTE!!!!

Assim, continue EXORTANDO os seus, continue exortando aqueles a quem amas. Diga-os que o pecado existe, e que por mais "bonzinho" que o homem possa ser, ele precisa de Jesus para ter comunhão com o Pai novamente. É certo que nem sempre serás bem compreendida, mas isso faz parte! É sobre isso que JEsus disse certa vez:

Mat 10:16
Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.


Alguns, no início da igreja, imaginavam que deveriam viver em contínua santificação, para agradar a Deus, e muitos viraram eremitas. Imaginavam que assim, iriam fugir da tentação do pecado e da carne. Foi assim, com essa idéia, que grupos de cirstãos passaram a isolar-se, e os mosteiros surgiram.

Mas a idéia é levar Jesus aqueles que não conhecem, e não ficarmos com a verdade apenas para nós mesmos. Devemos falar a Boa Nova, e isso nos trará, algumas vezes certos contratempos, que podem nos entristecer... Mas devemos ter em mente que esse amor, o amor de Jesus Cristo, deve ser proclamado sempre que tivermos a oportunidade de fazê-lo.


Não estou assim tão longe dos irmãos evangélicos - tenho um blog de música cristã - em que já fui inúmeras vezes criticada por católicos, dado o enorme destaque que dou à música proveniente dos meios evangélicos, incrivelmente superior à católica a vários níveis.

Se quiser visitar... sinta-se em casa!
[musicacrista-eleva-a-alma-a-deus.blogspot.com]

Unidos na oração e no amor de Cristo.



Vou visitar sim. E já coloquei no favorito...

Que o Senhor a Abençoe a cada dia


David

_________________________________________________________________________________
"Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo." Salmo 9:2



Editado 2 vezes. Última edição em 02/03/2011 14:20 por David_.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: M. Martins (IP registado)
Data: 02 de March de 2011 21:46

[quote Miriam]



tenho um blog de música cristã - em que já fui inúmeras vezes criticada por católicos, dado o enorme destaque que dou à música proveniente dos meios evangélicos, incrivelmente superior à católica a vários níveis.

quote]



Boa Noite Mirian, gostaria que desenvolvesse um pouco a idéia anterior sobre a suposta "incrível superioridade" da música evangélica em relação à música católica.

Suponho que falamos da chamada música sacra ou litúrgica. Certo?

De que forma(s) é que a música evangélica é superior à católica?

Quais os critérios objectivos / subjectivos atendendo à sua função / adequação litúrgica?

Quais os pressupostos históricos da afirmação que faz?

Quais os pressupostos artísticos, (tendo em conta toda a plaiade de compositores medievais, renascentistas, clássicos, românticos e modernos), que fazem com que a Miriam se abespinhe contra a música sacra católica?

O que pensa da polifonia e do contraponto versus a música luterana (coral)?

Quais os compositores que a Miriam conhece de música sacra católica?

Quais os compositores que a Miriam conhece sobre a música sacra luterana?

É que essa área toca-me de forma especial, pois sou músico litúrgico.

Ainda no domingo passado estive com um dos maiores compositores portugueses de sempre, o Doutor Cândido Lima, (um dos meus antigos professores de composição), que na Casa da Música do Porto proferiu uma palestra sobre a música sacra do compositor espanhol Tomás Luis de Victória, do sec. XVI, em contraposição com a música profana do genial compositor grego Iannis Xenakis, establecendo pontos de contacto entre ambos. Tudo istp pontuado por abordagem à mitologia grega e à cultura judaico-cristâ, seguindo-se um concerto fabuloso com obras dos dois compositores.

Por isso, este tema vem mesmo a propósito ;-)



M. Martins



Editado 1 vezes. Última edição em 02/03/2011 21:47 por M. Martins.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 03 de March de 2011 16:03

Não, falava da música católica/evangélica contemporânea. Desculpem se não me fiz compreender correctamente.

Eu amo música sacra e litúrgica... a música sacra é superior a tudo para mim!

Mas, no apostolado - sobretudo no apostolado com os jovens - este tipo de música geralmente não funciona a 100%, ou pelo menos não funciona como eu gostaria... é preciso educar as massas para o belo... para a arte, para o bom gosto musical. É preciso criar uma elite musical... Lol

Enquanto isso, o meu apostolado no blog é apresentar conteúdo musical cristão muito diversificado - muitíssimas vezes músicas que eu não aprecio particularmente -, para dar a oportunidade de escolha ao leitor. Aquilo que me aproxima mais de Deus pode não ser o mesmo que aproxima os outros leitores...

Falava da música católica contemporânea - popular - feita actualmente. Pop, rap, rock cristão... católico.

Tudo isso está agora a começar a dar os primeiros passos, e, pelo que tenho visto, salvo raríssimas e honrosas excepções, anda muito mal...

Além de que, com a minha grande paranóia pelos erros contra a fé, oiço e aprecio mais facilmente música feita em meios cristãos não católicos - que não têm qualquer obrigação de fazer música para católicos (e no entanto fazem, e com nível e excelência, sobretudo música baseada na Escritura - salmos por exemplo -), do que música supostamente católica cheia de erros... Lol

Obviamente tendo a apreciar a nossa música genuinamente católica, se for bem feita, se tiver qualidade.

A minha opinião baseia-se na constatação, ao longo destes anos em que estou em contacto com vários músicos cristãos da actualidade, que os evangélicos levam a coisa bem mais a sério, fazem o trabalho de casa e não nos dão qualquer porcaria feita às três pancadas. Via de regra, eles elaboram bem o que vai ser posto no mercado discográfico cristão...

Evidentemente há o bom e o mau, tanto neles como em nós. A música católica contemporânea está a progredir; só acho que podia progredir um pouquinho mais rapidamente na qualidade.

Há sempre aquelas pessoas cheias de escrúpulos - não é o meu caso - e que não gostariam de ouvir música proveniente de meios não católicos; este tipo de pessoas devia ter uma alternativa credível dentro da Igreja - já que abraçamos todas as sensibilidades, porque não a musical? -, e a verdade é que a meu ver não têm alternativas. Já vão tendo; mas poucas.

Mas isto é como tudo... é só uma opinião; bastante subjectiva por sinal! Muitos há que discordam veementemente disto... eu vejo as coisas assim.

Eles têm boa música, que me agrada bastante e que me é de extremo proveito espiritual e enriquecimento no apostolado com outros.

Quanto à música litúrgica (canto gregoriano e polifonias)... a música sacra... é o Céu na terra! Nisto, nós estamos muito à frente!!! Sem dúvida. Para mim, a música sacra é que é incrivelmente superior a todo o tipo de música cristã; fez bem em colocar essa pertinente observação.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: M. Martins (IP registado)
Data: 03 de March de 2011 20:15

A Miriam disse:
<<< Não, falava da música católica/evangélica contemporânea. Desculpem se não me fiz compreender correctamente. >>>

A música dita “católica”, que eu defino como música sacra, não se divide em “antiga” ou “contemporânea”. Também aqui funciona a Tradição. Ou seja, é perfeitamente exequível cantar-se hoje em dia uma Missa em gregoriano, ou em polifonia renascentista ou barroca a um ou dois coros. Isso só não se faz devido às dificuldades logísticas, à falta de preparação técnica e mesmo à falta de pessoas para os coros.

A Igreja Católica tem um espólio vocal e instrumental em termos de música litúrgica que é um tesouro inigualável. E está à disposição de quem o queira usar, pois tal como a Doutrina, também a arte sacra, (neste caso a música), é para ser usada AGORA por quem o queira e possa fazer. Não pertence à história. Pertence à Igreja de ontem de hoje e de sempre. Daí que não entendo que se possa afirmar que a música evangélica seja superior à católica.

Qual “troppo ou “sequência” do canto Gregoriano, “arrasa” (no melhor sentido, claro), em termos de sobriedade, solenidade, espiritualidade e beleza, todas as bandinhas evangélicas que pululam por aí, (sobretudo no Brasil), e que ganham a vida a fazer tournés e a vender cds com o estatuto de “verdadeiros artistas” da banha da cobra. Eu prefiro de longe o coro anónimo com o qual trabalho do que essa parafernália de baterias, batuques, guitarras eléctricas e supostas “estrelas”.

Isso é espiritualidade?

Para mim não. Mas respeito quem gosta. Afinal há gostos para tudo.

Com certeza que a Miriam sabe que temos o Livro dos Salmos, musicado e harmonizado. Poder-se ia fazer melhor? Talvez. Eu, por exemplo, quase nunca toco os Salmos com a harmonia que se apresenta escrita, pois por vezes acho-a pobre. Assim, respeitando a melodia, dou-lhe uma roupagem harmónica diferente no órgão. Mas prefiro de longe os Salmos com as melodias que têm, do que se fossem feitos com melodias dissonantes, e arranjos “avant-garde”. (Atenção que eu gosto muito de bandas avant -garde).

A música que se costuma tocar e cantar nas Liturgias Católicas até nem é má. Temos alguns bons compositores. O livro “Cantemos todos” actual, foi expurgado de algumas melodias de mau gosto, como sejam umas valsinhas etc, que por sinal nem eram de origem católica. Também há uns anos, eu cheguei a tocar com o grupo de jovens do meu lugar, músicas do Bob Dylan entre outros, com uma “mensagem cristã”. Isso sim, era abominável. A partir do memento em que fiquei a dirigir os destinos musicais da minha comunidade, passei a seleccionar apenas os cânticos com alguma influência contrapontística e gregoriana.

(No "cantemos todos" há bastante). E a assembleia gosta. Uso também outros livros, todos eles aprovados pela Igreja.

Em relação à música protestante, Lutero retirou todas as influências católicas da música, (contraponto e polifonia), de construção mais elaborada e “horizontal”, para privilegiar o coral, com uma estrutura harmónica “vertical”.

O expoente máximo da música protestante atingiu-se com o génio de J. S. Bach. Curiosamente, a escrita musical de Bach é…. Contrapontística e polifónica, herança de compositores católicos, (e não só).

Quanto àquilo que a Miriam chama de “Pop, rap, rock cristão... católico”, para mim não cola. E não cola por motivos que têm a ver com a origem e intenções originais dos compositores de “pop, rock e rap”. Tanto o pop como o rock, têm “grosso modo”, estruturas que são apropriadas para veicular determinados estados de espírito e determinadas mensagens. E geralmente esses estados de espírito e essas mensagens não estão ligados a sentimentos de introspecção, solenidade e espiritualidade. De que nos fala a música pop? Fala-nos de futilidades, do culto do “eu”, De que nos fala a música rock? Fala-nos de revolta, de egocentrismo, de sexo, de violência de drogas etc. De que nos fala a música rap? Fala-nos de ir contra o sistema, contra a religião, fala-nos do culto do corpo e do sexo e incita muitas vezes à desobediência social.

A Miriam não faz ideia das letras que muitas vezes são veiculadas em terreno rock. (Eu gosto de rock, mas sou muito selectivo, e ouço sobretudo as bandas dos 70, o chamado “Rock Sinfónico”.( Aliás, conheço pessoalmente alguns dos maiores nomes destas bandas). A partir daí, o rock decaiu).

Agora, vestir uma mensagem espiritual e cristã com uma roupagem rap…. Isso não funciona. É uma relação contra-natura. Está condenada ao fracasso.

Aliás, as indicações quanto ao género de música a usar nas Liturgias, são bem claras em privilegiar a Tradição e espólio musical gregoriano. As chamadas “Missas de Jovens”, serão, em termos musicais uma excepção e não a regra. Possuo os documentos onde isto é citado, mas de momento não os tenho à mão.

A Miriam disse:

<<<< é preciso educar as massas para o belo... para a arte, para o bom gosto musical. É preciso criar uma elite musical... Lol >>>

Aqui tem razão, e acaba por me dar razão a mim. Há sem dúvida que dar a conhecer e descobrir o belo que há na nossa herança musical e cultural. Pintura, escultura, literatura, teologia e música. Porque é que a Miriam não dá catequese ao som de gregoriano ou de polifonia? Ficaria surpreendida. Agora “rap cristão”? Meu Deus!!!!!

Como é que quer criar uma elite musical com pop, rock e rap?

A Miriam disse:

<<<< e no entanto fazem, e com nível e excelência, sobretudo música baseada na Escritura - salmos por exemplo -),>>>>>

E a música católica não é baseada na Escritura? Por vezes até se usam trechos inteiros da Bíblia!!! E os Salmos? Não serão feitos com os textos dos….Salmos?

A Miriam disse:

<<<< que música supostamente católica cheia de erros... Lol >>>>

Quais?

Repare que eu não estou contra a música evangélica, mas reconheço que a nossa é incomparavelmente superior.

Abraço fraterno

M. Martins

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 04 de March de 2011 06:47

Citação:
M. Martins
A música dita “católica”, que eu defino como música sacra, não se divide em “antiga” ou “contemporânea”. Também aqui funciona a Tradição. Ou seja, é perfeitamente exequível cantar-se hoje em dia uma Missa em gregoriano, ou em polifonia renascentista ou barroca a um ou dois coros. Isso só não se faz devido às dificuldades logísticas, à falta de preparação técnica e mesmo à falta de pessoas para os coros.
A Igreja Católica tem um espólio vocal e instrumental em termos de música litúrgica que é um tesouro inigualável. E está à disposição de quem o queira usar, pois tal como a Doutrina, também a arte sacra, (neste caso a música), é para ser usada AGORA por quem o queira e possa fazer. Não pertence à história. Pertence à Igreja de ontem de hoje e de sempre. Daí que não entendo que se possa afirmar que a música evangélica seja superior à católica.

Não ia me meter no assunto, mas quero notar que concordo com o que escreveu o Martins. Também para mim não faz sentido essa divisão entre música católica "antiga" e "contemporânea". A mim parece uma divisão "forçada" que não dá conta do recado. E que critério para essa "divisão"? Cronologia? Estilo? Mas a música boa e ruim sempre existiu em todas as épocas e não é privilégio de nenhum estilo. Claro que hoje há músicas católicas de qualidade ruim, mas também há muitas da melhor qualidade. Aliás, acontece o mesmo com as músicas evangélicas, há as boas e as ruins. Foi assim em todas as épocas. Tanto para música sacra quanto para música profana sempre foi assim.

Um detalhe que penso algumas pessoas às vezes deixam escapar é que o que recordamos hoje do passado, referindo-se agora à música, é o que a qualidade fez perdurar. A boa música tem algo de "eterno", digamos assim; por isso as músicas ruins, e existiram sim, se perderam no esquecimento. As boas é que ficam gravadas na história. Então é favor não idealizar um passado perfeito e pintar uma atualidade onde tudo é ruim. As coisas não funcionam assim.

Citação:
M. Martins
Qual “troppo ou “sequência” do canto Gregoriano, “arrasa” (no melhor sentido, claro), em termos de sobriedade, solenidade, espiritualidade e beleza, todas as bandinhas evangélicas que pululam por aí, (sobretudo no Brasil), e que ganham a vida a fazer tournés e a vender cds com o estatuto de “verdadeiros artistas” da banha da cobra. Eu prefiro de longe o coro anónimo com o qual trabalho do que essa parafernália de baterias, batuques, guitarras eléctricas e supostas “estrelas”.
Isso é espiritualidade? Para mim não. Mas respeito quem gosta. Afinal há gostos para tudo.

A formação litúrgica de grande parte é fraca, então se entregam aos modismos. Isso vale não só para a música. Aqui no Brasil, estamos iniciando aquela fase horrorosa da "campanha da fraternidade"... Digo horrorosa porque serve para instrumentalizar a liturgia das missas para passar "mensagens". A missa em si fica para segundo plano. Na minha opinião é um completo desastre litúrgico que serve para eclipsar a riquíssima liturgia quaresmal, substituindo as orações e os cantos belíssimos dessa época, verdadeiras pérolas da liturgia católica, por marchinhas horríveis com letras feias musicadas para falar sobre algum tema estranho. Para esse ano o tema escolhido foi a ecologia, então pode-se esperar nas missas desse mês uma sequência de músicas muito ruins com letras forçadas e melodias sem qualidade. Se aparecer alguma música boa, será a exceção da regra. A imagem que isso me traz é alimentar o povo com bolota litúrgica.

Citação:
M. Martins
A música que se costuma tocar e cantar nas Liturgias Católicas até nem é má. Temos alguns bons compositores. O livro “Cantemos todos” actual, foi expurgado de algumas melodias de mau gosto, como sejam umas valsinhas etc, que por sinal nem eram de origem católica. Também há uns anos, eu cheguei a tocar com o grupo de jovens do meu lugar, músicas do Bob Dylan entre outros, com uma “mensagem cristã”. Isso sim, era abominável. A partir do memento em que fiquei a dirigir os destinos musicais da minha comunidade, passei a seleccionar apenas os cânticos com alguma influência contrapontística e gregoriana.

O bom gosto também pode ser "ensinado". Ofereçam boa música e a assembléia vai se acostumar com a boa música. Atirar-lhes bolotas é um pecado. (Aqui parece que concordamos.)

Citação:
M. Martins
O expoente máximo da música protestante atingiu-se com o génio de J. S. Bach. Curiosamente, a escrita musical de Bach é…. Contrapontística e polifónica, herança de compositores católicos, (e não só).

Lembrar que Bach também compunha para igrejas católicas :) Inclusive há umas lindas missas no currículo dele, rs.

PS: No campo da música sacra, penso como o Martins, é difícil superar a boa qualidade da música católica.

Paz e Bem.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 04 de March de 2011 16:30

Hey, pessoal!

Tenho a minha irmã em casa este fim-de-semana, pelo que não disponho de tempo nenhum para isto. Volto na Segunda e comento mais calmamente os vossos posts.

Mas digo-vos somente que, jamais em tempo algum, me referi à música protestante no sentido de ser usada na Missa!!! Tal aberração nunca me passou pela cabeça - Deus me livre!

De carismatices na missa estou eu farta...

Se lerem a introdução do blog que coloquei, verão que o que digo é precisamente isso: que esse tipo de músicas podem ajudar, mas sempre fora do Santo Sacrifício da Missa e fora da Igreja.

O que disse e insisto (M. Martins, eu não gosto de rap e muito menos de rock - pop sim - adoro Aline Barros por exemplo, a minha cantora favorita de música cristã) é que, esse tipo de música pode ajudar numerosas pessoas a aproximar-se de Deus. Diferentes métodos, diferentes linguagens, ao serviço da mesma evangelização.

Imagine-se um toxicodependente ou uma pessoa de rua... Com este tipo de pessoa, talvez funcione melhor um rap cristão do que o canto gregoriano, numa primeira fase, na fase de aproximação, penso eu....

Na Basílica da minha Virgem de Guadalupe no México, cada 12 de Dezembro diferentes cantores - de música católica ou de música profana - vão oferecer as suas homenagens musicais a Nossa Senhora. Muitas vezes o rap é uma constante... vindo de pessoal saído das ruas... e da droga.

Aqui em Portugal conheço muitos miúdos de rua - ex, para dizer a verdade - que já foram malta da pesada... mesmo! Muitas vezes a música é o primeiro passo de evangelização, porque se retém mais facilmente a mensagem passada numa música do que num retiro ou meditação, ou homilia por exemplo...

Não podemos ser mundanos, mas temos de viver no mundo. E no mundo de hoje, com os problemas de hoje e as dificuldades que surgem no quotidiano de muitas pessoas... Eu pessoalmente faço muito bom uso de muitas dessas músicas (outras eu detesto, só coloco porque o que a mim me agrada pode não ser o que agrada a outros - e eu não sou intolerante nessa matéria).

Mas obviamente fora da Igreja e fora da Missa. Seria de muito mau gosto - algumas até têm boa melodia e letras paupérrimas - usar esse tipo de música - e ainda por cima proveniente de meios não católicos - na Eucaristia católica.

Mas fora da Igreja, eu digo sim; cada um escolhe o tipo de música que mais lhe agrada. Eu não posso obrigar ninguém a gostar de canto gregoriano... e, muito francamente, há tempo para tudo; há dias em que me apetece ouvir canto gregoriano e outros não... tem que haver alternativas.

(Música cristã - ou católica - contemporânea, em terminologia estritamente musical, é a música popular cristã ou católica. Não inventei nada)

Na minha opinião, a música popular evangélica contemporânea é muito superior à música popular católica contemporânea, não raras vezes cheia de erros contra a fé.

Comparar a protestante Aline Barros - com músicas de elevadíssima espiritualidade - com o "católico" padre Fábio de Melo.... Lol

Era nestes termos que dizia que a música deles é superior à nossa. Este tipo de música.

Nunca me passou pela cabeça incluir aqui a nossa belíssima música litúrgica, pura e simplesmente porque não me passa pela cabeça comparar este tipo de música - que eu só admito fora da Missa e fora da Igreja - com a música própria para a Liturgia e o culto católico.

Bom fim-de-semana!

Rezem por mim, que bem vou precisar estes dias... por favor.

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