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Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: João Francisco (IP registado)
Data: 21 de September de 2010 13:13

Caros irmãos em nosso Senhor Jesus Cristo, acho que já existe neste Fórum um tópico sobre o ateísmo mas gostaria de reabrir este tema mas em vez de focar o ateísmo gostaria de focar a evangelização destes uma vez é um tema bastante actual. Eu ando na escola e tenho uma turma de 19 alunos, destes 19 há cerca de 15 ateus/agnósticos. E porventura gostaria de saber se há algum modo de converter pessoas assim porque é dificil e por vezes até incomodativo estar com amigos que não acreditam em Deus e chegam mesmo a negar a existência de Jesus Cristo, o que sinceramente me faz uma grande confusão. Enfim espero que me possam ajudar porque gostaria muito de levar a Palavra de Deus aos meus amigos e colegas para que eles possam sentir também a alegria que é caractistica dos cristãos. Afinal de contas: «Evangelizar não é para mim um título de glória, mas uma necessidade que se me impõe. Ai de mim se não evangelizar!» (1 Cor 9,16).



Editado 2 vezes. Última edição em 21/09/2010 13:15 por João Francisco.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 21 de September de 2010 13:22

Olá.

Se eles negam Deus, devem ter "razões" de natureza filosófica para tal.
Seria uma boa forma de começar o diálogo, justamente mostrando a insuficiência de tais razões.

Sugiro o Livro "Ateismo e Fé", de António Vaz Pinto, S.J.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: Anori (IP registado)
Data: 21 de September de 2010 13:55

(...algum modo de converter pessoas assim porque é dificil e por vezes até incomodativo estar com amigos que não acreditam em Deus e chegam mesmo a negar a existência de Jesus Cristo, o que sinceramente me faz uma grande confusão.)


Olá João Francisco!

Só Deus converte!
O Rui refere a insuficiência de razões para não acreditar...bom, também são insuficientes para acreditar!

Na minha opinião conhecer Deus, decidir conhecer Deus é e terá de ser uma escolha livre...na minha opinião a única forma saudável de evangelizar é dar exemplo com a vida...não em tentativas de conversão "forçada"! Ninguém tem de acreditar em Deus à força para eu deixar de me incomodar...

Está um ceguinho junto à passadeira aparentando querer atravessar a rua, vou eu pego-lhe no braço, e já no outro lado diz-me "Mas eu não queria atravessar a rua!".

Ajudar?! sim...claro, mas é importante saber se o outro quer, se necessita, se é o momento!
Converter não...ser exemplo sim.

Boa Sorte!

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 21 de September de 2010 17:22

Presumo que sejas aluno.

A melhor maneira de nos fazermos ouvir é primeiro começar por respeitar o direito do outro de não nos querer ouvir.
Cresce primeiro na tua fé e deixa que o tempo os traga a ti, ou não.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 22 de September de 2010 11:45

Não conheço receitas mágicas para isso, aliás os caminhos para Deus são mais que as pessoas, mais porque para cada pessoa Deus abre muitos caminhos para Ele.
Mas deixo aqui algumas coisas que penso sobre isso.

Começo com uma anedota.
um pastor teve um AVC. No hospital já parecia estar bastante recuperado e o médico resolve fazer-lhe uma pergunta para ver até que ponto ele estava bem:
- Se o senhor tiver 20 ovelhas e uma fugir para o terreno do seu vizinho com quantas fica?
- Com nenhuma, senhor doutor! - responde o pastor.
O médico, fica preocupado, querem ver que o homem ainda não está bom:
- Ora, pense bem, tinha 20, fugiu uma, então não fica com 19?
- Oh, senhor doutor - responde o pastar - de matemática percebe o senhor, de ovelhas percebo eu, se me fugir uma fico sem nenhuma porque as outra vão todas atrás.

Esta anedota é para ilustrar o quê? É que os homens são bastante parecidos com as ovelhas e os jovens mais que os adultos. Não admira por isso que se criem maioria muito alargadas, frequentes unanimidades nalgum assunto. Para contrariar o espírito de rebanho é necessária bastante assertividade. Por isso não me admira que numa turma existam 15 em 19 alunos não crentes, assim como não me admira que noutro meio existam 22 em 25 alunos crentes. Na maioria dos casos são crentes ou não crentes levados ao sabor da corrente dominante. E para inverter o sentido da corrente de um rio ou de uma maré não é tarefa fácil, raramente é tarefa para uma só pessoa.

E muitas vezes, um é o que colhe e outro o que semeia. Quantas vezes quem semeia nem chega a ver o fruto do que semeou, mas que outro colhe. No entanto se quem deve semear não o fizer, não haverá fruto.
E nem todas as terras são boas... lembremo-nos da parábola do semeador.

Dito isto que podemos fazer?

Duas coisas me parecem importantes.

1 - Crescer na fé, aprender bem a nossa fé, as razões da nossa fé.

2 - Testemunhar. Esta parte é a mais importante. As pessoas acreditarão em nós se o nosso testemunho de vida for bom, acreditamos em quem simpatizamos.
Isto implica muita coisa, desde aplicação no trabalho e no estudo, a ser sinceramente amável para com os que connosco vivem, até com aqueles com quem cruzamos ocasionalmente.
Nas palavras de Jesus:
Jo 13, 35 Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.»

E amar não é fácil, há que saber perdoar, saber ajudar, tambem saber alegrar, enfim, para bem saber amar o melhor é ir ao ponto 1 - aprender bem a nossa fé.
Não apenas na teoria, mas praticando-a.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: Rui B (IP registado)
Data: 22 de September de 2010 13:40

Nâo me vou alongar, mas gostaria apenas de dizer que não acredito que se consiga converter alguém apenas com argumentos.

Eu converti-me há alguns anos atrás. Antes era o que se chama um "católico não praticante" (e escrevo entre aspas porque hoje compreendo que este conceito não faz sentido). A minha conversão aconteceu a pouco e pouco. Entrei para a preparação do Crisma porque este sacramento era exigido para se ser padrinho. O pároco levou-nos a todos a participar activamente na paróquia. Comecei a colaborar e, a pouco a pouco, fui-me comprementendo mais com a Igreja. E foi toda a vivência que tive nestas actividades, em particular em actividades do grupo de jovens, que me fez converter.

Hoje também lido com muitas pessoas que não são crentes, mas não me atrevo a tentar convertê-las "à força". Aliás, decidi simplesmente não discutir o assunto com aqueles que não acreditam nem respeitam. Dá para falar com quem respeita, mas há aquelas pessoas que, por mais que argumentemos, não nos ouvem.

Portanto, tal como já aqui foi dito, nada melhor que dar um bom testemunho de vida. Não apenas na participação de celebrações ou actividades dentro da Igreja, mas sobretudo na nossa vida particular (família, amigos, trabalho, escola, etc...).

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 24 de September de 2010 20:16

Pessoalmente não tento converter ninguém com argumentos. Discuto religião com ateus, mas numa base filosófica, tentando responder à 1ª questão de Deus :"Existe Deus", mas nunca discuto a 2ª parte da questão de Deus: "O que é Deus". Para quem não crê, não adianta apelar para a Bíblia, ou dizer "tens que acreditar" para saber. Numa discussão religiosa temos que nos fazer respeitar e mostrar a razoabilidade da nossa crença. Podemos estar enganados, mas existe razão na nossa crença. Não andamos a afirmar que a fada dos dentes é a criadora do Universo, mas sim Deus. Se acharem que a crença não tem razão de ser mandem-nos discutir com os inúmeros filosófos, que demonstraram a razoabilidade desta crença, como Tomás de Aquino e muitos outros.
Se já fui chingado, já. Mas mantive-me na minha impávido e sereno, porque tenho muita confiança naquilo que creio. È essa confiança que devem passar, mas sem ficar obcecados em converter ninguém. Nunca o fazemos, sozinhos, ou pelos próprios meios nunca o conseguimos fazer. É o espirito de Deus que se doa a si mesmo(vide evangelhos quando Cristo diz que "quanto mais o Pai do Céu não vos dará o Espirito de Deus"), para que convertamos.

Depois deixar que o testemunho das nossas vidas faça o resto e o mais importante.



Editado 1 vezes. Última edição em 24/09/2010 20:17 por vitor*.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 24 de September de 2010 22:09

Citação:
João Francisco
Caros irmãos em nosso Senhor Jesus Cristo, acho que já existe neste Fórum um tópico sobre o ateísmo mas gostaria de reabrir este tema mas em vez de focar o ateísmo gostaria de focar a evangelização destes uma vez é um tema bastante actual. Eu ando na escola e tenho uma turma de 19 alunos, destes 19 há cerca de 15 ateus/agnósticos. E porventura gostaria de saber se há algum modo de converter pessoas assim porque é dificil e por vezes até incomodativo estar com amigos que não acreditam em Deus e chegam mesmo a negar a existência de Jesus Cristo, o que sinceramente me faz uma grande confusão. Enfim espero que me possam ajudar porque gostaria muito de levar a Palavra de Deus aos meus amigos e colegas para que eles possam sentir também a alegria que é caractistica dos cristãos. Afinal de contas: «Evangelizar não é para mim um título de glória, mas uma necessidade que se me impõe. Ai de mim se não evangelizar!» (1 Cor 9,16).

Também vivo numa situação idêntica. Digo-te que não é fácil e como te compreendo. A solução passa por consentires a ti mesmo que não estás ali para salvar, mas para seres instrumento de salvação. Já existe um salvador e não és tu nem eu, é Jesus Cristo. Que nas discussões não podes querer converter, pela batalha de ideias, na batalha de ideias com ateus, defende-se unicamente a razoabilidade da crença, no domínio filosófico. Como disse a Lena algumas pessoas podem não querer-te ouvir e tu não as podes obrigar. Não faças disso missão antes converte-te cada vez mais a ti próprio e deixa que o Salvador faça o seu trabalho. Se te converteres cada vez mais vais dar muito fruto e os outros verão a centelha de Deus em ti e talvez acreditem.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: David_ (IP registado)
Data: 28 de September de 2010 13:42

Graça e Paz




O pastor Adauto Lourenço é doutor em física e fala muito bem sobre a questão do ateismo. Como nesta questão, católicos e eevangélicos tem um mesmo entendimento, ou seja, que existe um Deus Criador, creio que esses vídeos abaixo darão bastante argumentos aqueles que crêem na visão criacionista! Os vídeos são muito bons!

Videos sobre criacionismo científico.

Parte 1 - [www.youtube.com]

Parte 2 - [www.youtube.com]

Parte 3 - [www.youtube.com]

Parte 4 - [www.youtube.com]



Videos sobre "DESIGNE INTELIGENTE"

Parte 1 - [www.youtube.com]

Parte 2 - [www.youtube.com]

Parte 3 - [www.youtube.com]

Parte 4 - [www.youtube.com]

Parte 5 - [www.youtube.com]



Em Cristo


David

_________________________________________________________________________________
"Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo." Salmo 9:2

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 28 de September de 2010 17:15

Citação:
Como nesta questão, católicos e eevangélicos tem um mesmo entendimento, ou seja, que existe um Deus Criador, creio que esses vídeos abaixo darão bastante argumentos aqueles que crêem na visão criacionista!

É evidente que, entre os cristãos, a ideia de Deus como Criador é óbvia.
O problema é que uns entendem "criacionismo" segundo a literacia fundamentalista de Gn 1-2, tomando em termos de historicidade rigorosa, factual, o relato, e outros entendem que a ideia de "criacionismo" nada pretende dizer sobre a explicação dos processos, que se podem admitir perfeitamente como naturais, sem comprometer a Fé, remetendo-se apenas para o que da Fé se exige: a Fé em Deus como Causa Necessária dos entes que compõem o universo

A qualidade do discurso do pastor não é boa; é infeliz.

E a sua infelicidade começa no ridiculo da afirmação de que aceitar que xiste um, criador é uma afirmação ciêntifica (será que ele é mesmo doutor em física?).
Não é cientificamente passivel de ser afirmada! E não é porque a ciência trata de factos comensuráveis, verificáveis, e Deus é tudo menos comensurável, verificável, evidente, por definição e Natureza.

O pastor fala em duas visões: naturalismo e criacionismo, imaginando que ambas se opõem!!
Não se opõem, nem podem opor, porque o que ele denomina de naturalismo é a visão cientifica, dotada de isenção filosófico/teológica, e o que ele denomina de criacionismo, pode muito bem ser uma visão perfeitamente naturalista/cientifica; e pode porque o problema de Deus não é da competencia da ciência, tal como as questões de ciência não são competencia da teologia!

Sobre o "naturalismo", ele vem falar numa geração expontânea da vida e do Universo. E sobre o "Criacionismo" vem falar em criação sobrenatural.
Ora, ele mete desde aqui os pés pelas mãos, porque, quando fala em "geração expontânea" ele refere-se à origem da vida, não do Universo. Mas quando fala em "criação sobrenatural", ele já tem em mente a Causa Primeira, Eficiente, Incausada.

Ora, na primeira visão, ele faz a afirmação suprpeendente de que a visão "naturalista" trata da geração expontanea do Universo!
Isto é simplesmente ridiculo. A ciência nunca afirmou que o Universo surgiu do nada, expontaneamente; o Nada absoluto, nada gera.
Quando a ciência conseguir comensurar a geração expontãnea do universo, esse "efeito geracional" será sempre também ele objeto de estudo quanto à origem, processos físicos, etc!
A questão de Deus, por natureza, não interessa à ciência, porque nem sequer pode interessar. Quando se quisesse fazer ciência sobre deus, simplesmente não seria Deus, porque Deus não é, não pode ser ciêntificamente verificável.
Se o fosse, era comensurável; ao ser comensurável, era qualitativamente limitado, dotado de perfeição limitada. Ao ser dotado de perfeição limitada, era efeito de uma qualquer causa! Não era Deus!
A visão naturalista trata do estudo dos fenómenos até onde eles se podem estudar, nada dizendo sobre a questão filosófica do Ser Necessário.
Isto é tanto mais verdade que ele, quando explica a visão naturalista, foge da questão da origem do Universo, da origem do "ser qualquer coisa".

Não existe NENHUMA incompatibilidade entre as duas visões, porque as duas visões tratam de questões diferentes, são disciplinas diferentes do conhecimento: uma trata de factos, e estuda-oes segundo métodos próprios, e a outra trata de algo que supera, está além, transcende o objecto estudado na primeira cosmovisão.
Engano, enrolamento, comnfusão perigosa, e motivo de discussões inúteis.

A teologia e o Magistério católico não partilham da visão criacionista/fixista, fruto da leitura fundamentalista de Gn 1-2.
Diz o C.I.C.

"I. A catequese sobre a criação

282. A catequese sobre a criação reveste-se duma importância capital. Diz respeito aos próprios fundamentos da vida humana e cristã, porque torna explícita a resposta da fé cristã à questão elementar que os homens de todos os tempos têm vindo a pôr-se: «De onde vimos?» «Para onde vamos?» «Qual a nossa origem?» «Qual o nosso fim?» «Donde vem e para onde vai tudo quanto existe?» As duas questões, da origem e, do fim, são inseparáveis. E são decisivas para o sentido e para a orientação da nossa vida e do nosso proceder.

283. A questão das origens do mundo e do homem tem sido objecto de numerosas investigações científicas, que enriqueceram magnificamente os nossos conhecimentos sobre a idade e a dimensão do cosmos, a evolução dos seres vivos, o aparecimento do homem. Tais descobertas convidam-nos, cada vez mais, a admirar a grandeza do Criador e a dar-Lhe graças por todas as suas obras, e pela inteligência e saber que dá aos sábios e investigadores. Estes podem dizer com Salomão: «Foi Ele quem me deu a verdadeira ciência de todas as coisas, a fim de conhecer a constituição do Universo e a força dos elementos [...], porque a Sabedoria, que tudo criou, mo ensinou» (Sb 7, 17-21).

284. O grande interesse atribuído a estas pesquisas é fortemente estimulado por uma questão de outra ordem, que ultrapassa o domínio próprio das ciências naturais. Porque não se trata apenas de saber quando e como surgiu materialmente o cosmos, nem quando é que apareceu o homem; mas, sobretudo, de descobrir qual o sentido de tal origem: se foi determinada pelo acaso, por um destino cego ou uma fatalidade anónima, ou, antes, por um Ser transcendente, inteligente e bom, chamado Deus. E se o mundo provém da sabedoria e da bondade de Deus, qual a razão do mal? De onde vem ele? Quem é por ele responsável? E será que existe uma libertação do mesmo?

285. Desde os princípios que a fé cristã teve de defrontar-se com respostas, diferentes da sua, sobre a questão das origens. De facto, nas religiões e nas culturas antigas encontram-se muitos mitos relativos às origens. Certos filósofos disseram que tudo é Deus, que o mundo é Deus, ou que a evolução do mundo é a evolução de Deus (panteísmo): outros disseram que o mundo é uma emanação necessária de Deus, brotando de Deus como duma fonte e a Ele voltando; outros, ainda, afirmaram a existência de dois princípios eternos, o bem e o mal, a luz e as trevas, em luta permanente (dualismo, maniqueísmo). Segundo algumas destas concepções, o mundo (pelo menos o mundo material) seria mau, produto duma decadência e, portanto, objecto de repúdio ou de superação (gnose); outras admitem que o mundo tenha sido feito por Deus, mas à maneira dum relojoeiro que, depois de o ter feito, o abandonou a si mesmo (deísmo); outras, finalmente, rejeitam qualquer origem transcendente do mundo e vêem nele o puro jogo duma matéria que teria existido sempre (materialismo). Todas estas tentativas dão testemunho da permanência e universalidade do problema das origens. É uma busca própria do homem.

286. Não há dúvida de que a inteligência humana é capaz de encontrar uma resposta para a questão das origens. Com efeito, a existência de Deus Criador pode ser conhecida com certeza pelas suas obras, graças à luz da razão humana (106), mesmo que tal conhecimento muitas vezes seja obscurecido e desfigurado pelo erro. E é por isso que a fé vem confirmar e esclarecer a razão na compreensão exacta desta verdade: «Pela fé, sabemos que o mundo foi organizado pela palavra de Deus, de modo que o que se vê provém de coisas invisíveis» (Heb 11, 3).

287. A verdade da criação é tão importante para toda a vida humana que Deus, na sua bondade, quis revelar ao seu povo tudo quanto é salutar conhecer-se a esse propósito. Para além do conhecimento natural, que todo o homem pode ter do Criador (107), Deus revelou progressivamente a Israel o mistério da criação. Deus, que escolheu os patriarcas, que fez sair Israel do Egipto e que, escolhendo Israel, o criou e formou (108) revela-Se como Aquele a quem pertencem todos os povos da terra e toda a terra, como sendo o único que «fez o céu e a terra» (Sl 115, 15; 124, 8; 134, 3).

288. Assim, a revelação da criação é inseparável da revelação e da realização da Aliança de Deus, o Deus Único, com o seu povo. A criação é revelada como o primeiro passo para esta Aliança, como o primeiro e universal testemunho do amor omnipotente de Deus (109). Por isso, a verdade da criação é expressa com vigor crescente na mensagem dos profetas (110), na oração dos salmos (111) e da liturgia, na reflexão da sabedoria (112) do Povo eleito.

289. Entre tudo quanto a Sagrada Escritura nos diz sobre a criação, os três primeiros capítulos do Génesis ocupam um lugar único. Do ponto de vista literário, estes textos podem ter diversas fontes. Os autores inspirados puseram-nos no princípio da Escritura, de maneira a exprimirem, na sua linguagem solene, as verdades da criação, da sua origem e do seu fim em Deus, da sua ordem e da sua bondade, da vocação do homem, e enfim, do drama do pecado e da esperança da salvação. Lidas à luz de Cristo, na unidade da Sagrada Escritura e na Tradição viva da Igreja, estas palavras continuam a ser a fonte principal para a catequese dos mistérios do «princípio»: criação, queda, promessa da salvação.

II. A criação – obra da Santíssima Trindade

290. «No princípio, Deus criou o céu e a terra». Três coisas são afirmadas nestas primeiras palavras da Escritura: Deus eterno deu um princípio a tudo quanto existe fora d'Ele. Só Ele é criador (o verbo «criar» – em hebraico «bara» – tem sempre Deus por sujeito). E tudo quanto existe (expresso pela fórmula «o céu e a terra») depende d' Aquele que lhe deu o ser.

291. «No princípio era o Verbo [...] e o Verbo era Deus [...] Tudo se fez por meio d'Ele e, sem Ele, nada se fez» (Jo 1, 1-3). O Novo Testamento revela que Deus tudo criou por meio do Verbo eterno, seu Filho muito-amado. Foi n'Ele «que foram criados todos os seres que há nos céus e na terra [...]. Tudo foi criado por seu intermédio e para Ele. Ele é anterior a todas as coisas, e todas se mantêm por Ele» (Cl 1, 16-17). A fé da Igreja afirma igualmente a acção criadora do Espírito Santo: Ele é Aquele «que dá a vida» (113), «o Espírito Criador» (Veni, Creator Spiritus), a «Fonte de todo o bem» (114).

292. Insinuada no Antigo Testamento (115) revelada na Nova Aliança, a acção criadora do Filho e do Espírito Santo, inseparavelmente unida à do Pai, é claramente afirmada pela regra de fé da Igreja: «Existe um só Deus. Ele é o Pai, é Deus, é o Criador, o Autor, o Ordenador. Fez todas as coisas por Si mesmo, quer dizer, pelo Seu Verbo e pela sua Sabedoria» (116) «pelo Filho e pelo Espírito» que são como «as suas mãos» (117). A criação é obra comum da Santíssima Trindade.

III. «O mundo foi criado para glória de Deus»

293. É uma verdade fundamental, que a Escritura e a Tradição não cessam de ensinar e de celebrar: «O mundo foi criado para glória de Deus» (118). Deus criou todas as coisas, explica São Boaventura, «non propter gloriam augendam, sed propter gloriam manifestandam et propter gloriam suam communicandam – Não para aumentar a Sua glória, mas para a manifestar e para a comunicar » (119). Para criar, Deus não tem outra razão senão o seu amor e a sua bondade: «Aperta manu clave amoris creaturae prodierunt – As criaturas saíram da mão (de Deus) aberta pela chave do amor» (120). E o I Concílio do Vaticano explica:

«Na sua bondade e pela sua força omnipotente, não para aumentar a sua felicidade nem para adquirir a sua perfeição, mas para a manifestar pelos bens que concede às suas criaturas, Deus, no seu libérrimo desígnio, criou do nada simultaneamente e desde o princípio do tempo uma e outra criatura — a espiritual e a corporal» (121).

294. A glória de Deus está em que se realize esta manifestação e esta comunicação da sua bondade, em ordem às quais o mundo foi criado. Fazer de nós «filhos adoptivos por Jesus Cristo. Assim aprouve à sua vontade, para que fosse enaltecida a glória da sua graça» (Ef 1, 5-6): «Porque a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus: se a revelação de Deus pela criação já proporcionou a vida a todos os seres que vivem na terra, quanto mais a manifestação do Pai pelo Verbo proporciona a vida aos que vêem a Deus!» (122). O fim último da criação é que Deus Pai, «criador de todos os seres, venha finalmente a ser 'tudo em todos' (1 Cor 15, 28), provendo, ao mesmo tempo, à sua glória e à nossa felicidade» (123).

IV. O mistério da criação

DEUS CRIA COM SABEDORIA E POR AMOR

295 Acreditamos que Deus criou o mundo segundo a sua sabedoria (124). O mundo não é fruto duma qualquer necessidade, dum destino cego ou do acaso. Acreditamos que ele procede da vontade livre de Deus, que quis fazer as criaturas participantes do seu Ser, da sua sabedoria e da sua bondade: «porque Vós criastes todas as coisas e, pela vossa vontade, elas receberam a existência e foram criadas» (Ap 4, 11). «Como são grandes, Senhor, as vossas obras! Tudo fizestes com sabedoria» (Sl 104, 24). «O Senhor é bom para com todos e a sua misericórdia estende-se a todas as criaturas» (Sl 145, 9).

DEUS CRIA «DO NADA»

296. Acreditamos que Deus não precisa de nada preexistente, nem de qualquer ajuda, para criar (124). A criação tão pouco é uma emanação necessária da substância divina (126). Deus cria livremente «do nada» (127):

«Que haveria de extraordinário, se Deus tivesse tirado o mundo duma matéria preexistente? Um artista humano, quando se lhe dá um material, faz dele o que quer. O poder de Deus, porém, mostra-se precisamente quando parte do nada para fazer tudo o que quer» (128).

297. A fé na criação a partir «do nada» é testemunhada na Escritura como uma verdade cheia de promessa e de esperança. É assim que a mãe dos sete filhos os anima ao martírio:

«Não sei como aparecestes no meu seio; não fui eu que vos dei a respiração e a vida, nem fui eu que dispus os membros que compõem cada um de vós. Por isso, o Criador do mundo, que formou o homem à nascença e concebeu todas as coisas na sua origem, vos dará novamente, na sua misericórdia, a respiração e a vida, uma vez que vos desprezais agora a vós próprios, por amor às suas leis [...] Peço-te, meu filho, que olhes para o céu e para a terra. Vê todas as coisas que neles se encontram, para saberes que Deus não as fez do que já existia, e que o mesmo sucede com o género humano» (2 Mac 7, 22-23.28).

298. Uma vez que Deus pode criar «do nada», também pode, pelo Espírito Santo, dar a vida da alma aos pecadores, criando neles um coração puro e a vida do corpo aos defuntos, pela ressurreição. Ele que «dá a vida aos mortos e chama o que não existe como se já existisse» (Rm 4, 17). E como, pela sua palavra, pôde fazer que das trevas brilhasse a luz (130), pode também dar a luz da fé aos que a ignoram (131).

DEUS CRIA UM MUNDO ORDENADO E BOM

299. Uma vez que Deus cria com sabedoria, a criação possui ordem. «Dispusestes tudo com medida, número e peso» (Sb 11, 20). Criada no Verbo e pelo Verbo eterno, «que é a imagem do Deus invisível» (Cl 1, 15), a criação destina-se e orienta-se para o homem, imagem de Deus (132), chamado ele próprio a uma relação pessoal com Deus. A nossa inteligência, participante da luz do intelecto divino, pode entender o que Deus nos diz pela sua criação (133), sem dúvida com grande esforço e num espírito de humildade e de respeito perante o Criador e a sua obra (134). Saída da bondade divina, a criação partilha dessa bondade («E Deus viu que isto era bom [...] muito bom»: Gn 1, 4. 10. 12. 18. 21. 31). Porque a criação é querida por Deus como um dom orientado para o homem, como herança que lhe é destinada e confiada. A Igreja, em diversas ocasiões, viu-se na necessidade de defender a bondade da criação, mesmo a do mundo material (135).

DEUS TRANSCENDE A CRIAÇÃO E ESTÁ PRESENTE NELA

300. Deus é infinitamente maior do que todas as suas obras (136): «A vossa majestade está acima dos céus» (Sl 8, 2), «insondável é a sua grandeza» (Sl 145, 3). Mas, porque Ele é o Criador soberano e livre, causa primeira de tudo quanto existe, está presente no mais íntimo das suas criaturas: «É n'Ele que vivemos, nos movemos e existimos» (Act 17, 28). Segundo as palavras de Santo Agostinho, Ele é «superior summo meo et interior intimo meo — Deus está acima do que em mim há de mais elevado e é mais interior do que aquilo que eu tenho de mais íntimo» (137).

DEUS SUSTENTA E CONDUZ A CRIAÇÃO

301. Depois da criação, Deus não abandona a criatura a si mesma. Não só lhe dá o ser e o existir, mas a cada instante a mantém no ser, lhe dá o agir e a conduz ao seu termo. Reconhecer esta dependência total do Criador é fonte de sabedoria e de liberdade, de alegria e de confiança:

«Vós amais tudo quanto existe e não tendes aversão a coisa alguma que fizestes: se tivésseis detestado alguma criatura, não a teríeis formado. Como poderia manter-se qualquer coisa, se Vós não quisésseis? Como é que ela poderia durar, se não a tivésseis chamado à existência? Poupais tudo, porque tudo é vosso, ó Senhor, que amais a vida» (Sb 11, 24-26)." ( [www.vatican.va]ÁGRAFO_4_ )

Não se vê, do Magistério católico, qualquer oposição de visões, uma vez que o que o pastor chama de "naturalismo", é a abordagem ciêntifica de um Universo que pode ter a sua origem em Deus (o problema de Deus não interessa à ciência).
O magistério católico não afirma a visão fixista, e a teologia católica recusa-a formalmente.

Vale a pena ver esse video, e perceber o quanto cientista é este pastor: [www.youtube.com]

Detesto comparações, ou afirmações de que este deprimente espectáculo seja ensinado pela Igreja católica.
Você devia ser processado por difamação!

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)



Editado 1 vezes. Última edição em 28/09/2010 17:19 por Rui Vieira.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: David_ (IP registado)
Data: 28 de September de 2010 18:03

Graça e Paz a todos



Imagino que para o amigo, "cientifico" deve ser apenas aquilo relativo ao evolucionismo. Que acreditar no criacionismo é questão de fé, talvez até, questão de tolos! Talvez imagine mesmo, qUe acreditar nas EVIDÊNCIAS de que há um Ser Criador responsável pela criação de tudo, não é científico. Mas, no fim de tudo, talvez o amigo esteja apenas pré disposto a aceitar apenas um dos lados.

Para aquele que acredita que o acaso é o responsável pela criação, um bom comentário:

[www.youtube.com]


EM Cristo


David

_________________________________________________________________________________
"Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo." Salmo 9:2

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 28 de September de 2010 18:27

Você é perito em distorcer o que os outros dizem, mas isso comigo não pega.

Primeiro: eu nunca disse que o Universo não é criado por Deus; pelo inverso.

Segundo: obviamente nunca disse que o Universo é fruto do acaso.

Terceiro: o evolucionismo, tal como qualquer outra tese ciêntifica que não questione a questão de Deus, enquanto existente, é absolutamente compativel com a Fé.

Quarto: a sua afirmação de que Deus é "evidente", é absurda; das duas uma: ou você não sabe o que significa a palavra "evidência", ou então é visionário.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: David_ (IP registado)
Data: 28 de September de 2010 18:52

Citação:
Rui Vieira
Você é perito em distorcer o que os outros dizem, mas isso comigo não pega.

Olá Rui, Paz do Senhor Jesus



Não, eu não distorço o que escreves, talvez o amigo tenha dificuldade de leitura ou algum complexo, imaginando que alguém sempre diz algo ruim de si.

Citação:
Primeiro: eu nunca disse que o Universo não é criado por Deus; pelo inverso.

Na sua postagem anterior, o amigo fez uma crítica, ao usar o termo "O problema é que uns entendem "criacionismo" segundo a literacia fundamentalista de Gn 1-2". Quem lê, percebe que o colega SE EXCLUI destes que tem a "visão fundamentalista de GN1-2".

Sendo assim, só nos resta crer que o colega seja um TEÌSTA EVOLUCIONISTA, já que diz acreditar em Deus. Assim, provavelmente acredita na TEORIA DA EVOLUÇÃO, e foi desta que fiz alusão em meu último texto, ao dizer que para você, só "é científico aquilo que vem da teoria evolucionista".

Citação:
Segundo: obviamente nunca disse que o Universo é fruto do acaso.

Esta frase não foi referida ao amigo, mas uma referência ao assunto do tópico, pois foi nesta questão que se abriu este tópico. FOi endereçada aquele que abriu o tópico pedindo argumentos para combater o ateísmo. Ora, eu sei que não és ateu, Rui.

Citação:
Terceiro: o evolucionismo, tal como qualquer outra tese ciêntifica que não questione a questão de Deus, enquanto existente, é absolutamente compativel com a Fé.


O evolucionismo é realmente questão de fé, e concordamos nisso. Que bom.

No entanto o colega parece defender essa questão com tanto afinco, que parece crer que realmente é aí que está a verdade.

Citação:
Quarto: a sua afirmação de que Deus é "evidente", é absurda; das duas uma: ou você não sabe o que significa a palavra "evidência", ou então é visionário.

É que para mim, o homem, o pássaro, a baleia, são EVIDÊNCIAS, sao "marcas" que provam, que existe UM SER Criador! Que esses não surgiram do acaso, mas que são provas de que existe um Ser Inteligente Criador de todas as coisas!

Veja mais um videozinho que nos faz refletir sobre a teoria evolucionista.

[www.youtube.com]


Em Cristo


David

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"Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo." Salmo 9:2

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 28 de September de 2010 20:00

Citação:
Sendo assim, só nos resta crer que o colega seja um TEÌSTA EVOLUCIONISTA, já que diz acreditar em Deus. Assim, provavelmente acredita na TEORIA DA EVOLUÇÃO, e foi desta que fiz alusão em meu último texto, ao dizer que para você, só "é científico aquilo que vem da teoria evolucionista".

Eu diria que sou partidário do cracionismo evolucionista, não fixista.
Que para mim só seja cientifico aquilo que vem da teoria da evolução, é uma dedução sua, sem fundamento. Para mim, é cientifico aquilo que se coaduna com o método cientifico; e nunca me constou que a ciência empírica fizesse teologia ou filosofia.

Citação:
Na sua postagem anterior, o amigo fez uma crítica, ao usar o termo "O problema é que uns entendem "criacionismo" segundo a literacia fundamentalista de Gn 1-2". Quem lê, percebe que o colega SE EXCLUI destes que tem a "visão fundamentalista de GN1-2".

Absolutamente.

Citação:
Não, eu não distorço o que escreves, talvez o amigo tenha dificuldade de leitura ou algum complexo, imaginando que alguém sempre diz algo ruim de si.

Não será antes uma dificuldade sua em formular frases ambiguas de sentido, nas quais não se percebe muito bem quando está a comentar a posição de alguém, e quando a deixa de comentar?
Se não quer ser mal entendido, seja claro.

Citação:
O evolucionismo é realmente questão de fé, e concordamos nisso. Que bom.

(e depois quem não sabe ler sou eu...)
Não, não é questão de Fé: é questão de tese da ciência, totalmente compativel com a Fé.
Vou repetir o que disse:

Citação:
Rui
o evolucionismo, tal como qualquer outra tese ciêntifica que não questione a questão de Deus, enquanto existente, é absolutamente compativel com a Fé.

Citação:
No entanto o colega parece defender essa questão com tanto afinco, que parece crer que realmente é aí que está a verdade.

A ciência empírica e a teologia buscam ambas a verdade, que é uma, porque Deus
Criador é Um!
A teologia, a religião, com a sua verdade, são uma verdade não-cientifica.
Porém, as verdades cientificas são-no realmente como verdades, mas no ambito que lhes é proprio: o ambito cientifico.
A ciência não pode formular teses de teologia, e a teologia não pode formular teses de ciência. Simples, e sem confusões desnecessárias.

Citação:
É que para mim, o homem, o pássaro, a baleia, são EVIDÊNCIAS, sao "marcas" que provam, que existe UM SER Criador! Que esses não surgiram do acaso, mas que são provas de que existe um Ser Inteligente Criador de todas as coisas!

O homem, o pássaro, a baleia, O uNIVERSO, são MEIOS que lhe permite poder concluir, de forma racional, sobre a possibilidade de Deus. Mas Deus, em Si mesmo, é não-evidente.
Além de que, estes meios respeitam à reflexão filosofica, e não á ciencia. A ciência nada tem a dizer sobre a existência de Deus, porque é questão que não lhe diz respeito algum. A ciência trata de factos na ordem da "contingência", do "comensurável", e não do Necessário, não-contingente, nem do incomensurável.

Citação:
Veja mais um videozinho que nos faz refletir sobre a teoria evolucionista.
[www.youtube.com]

O "videozinho" começou logo malzinho, dizendo asneirinha: que Deus como criador seja anti-cientifico. Deus é A-CIENTIFICO.
Já lhe disse que a ciência não se pronuncia sobre Deus; pronuncia-se sobre a análise dos fenómenos....
Como começou mal, e como já conheço a musiquinha, não vi tudo... nem quero, desculpe.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)



Editado 1 vezes. Última edição em 28/09/2010 20:03 por Rui Vieira.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 28 de September de 2010 20:09

Também tenho aqui um "videozinho" muito bom, e útil...

[www.youtube.com]

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: David_ (IP registado)
Data: 28 de September de 2010 20:18

Olha a conversa da avó, evolucionista, com sua neta...

[www.youtube.com]


O mais engraçado, desse video apresentado pelo Rui, é a forma como o cidadão diz ter certeza da evolução! Ele realmente tem muita fé!

Um video que fala sobre MICROEVOLUÇÂO e MACROEVOLUÇÂO!

[www.youtube.com]

Em Cristo


David

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"Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo." Salmo 9:2



Editado 1 vezes. Última edição em 28/09/2010 20:42 por David_.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 28 de September de 2010 21:37

Repare: você é livre de aceitar como legitima outra qualquer tese... independentemente do seu grau de probabilidade!

Citação:
Olha a conversa da avó, evolucionista, com sua neta...
[www.youtube.com]

Video feito na má-fé.
Fora nada dizer de concreto, apenas pretende colocar a ridiculo, e sem qualquer base, uma tese da ciência.
De si já esperava!

Citação:
O mais engraçado, desse video apresentado pelo Rui, é a forma como o cidadão diz ter certeza da evolução! Ele realmente tem muita fé!

Rs...
Entre a "certeza" da evolução", e a certeza das afirmações exóticas do pastor que citou, que teve a "cara podre" de afirmar que o Universo tinha cerca de 3000 anos....
Eu não discuto ciência aqui. Discuto a sua tese que diz que a evolução é incompativel com a Fé.


Citação:
Um video que fala sobre MICROEVOLUÇÂO e MACROEVOLUÇÂO!
[www.youtube.com]

Pura diarreia mental, que só é consumida por quem não pensa.
Fora que se trata de uma falácia.
Quando esse "físico" diz que, segundo o evolucionismo, o primeiro da espécie é o mais apto, em detrimento dos seguintes, usando o exemplo da formação progressiva da pata, ele esqueceu que:
1 - ao mesmo tempo que se desenvolve a pata, desenvolvem-se os meios para superar, ou não, o que ele vê como perca de eficiência;
2 - por outro lado, se os primeiros da espécie estavam mais aptos perante os predadores, os seguintes também estarão, pois os predadores, também eles, sofrem macroevolução.
3 - Por outro lado, pela macrevolução, as espécies eminentementes presas podem passar a predadoras, e tudo isto no longo processo de biliões de anos de lenta ~e imperceptivel evolução.
4 - O simplismo doentio do doutor parece querer reduzir a macroevolução a um periodo de mêses....

Desta sorte, tanto presas, como predadores poderiam estar, ou não, em vantagem. Sem razão de ser, simplista, impróprio de um doutor.

Por mais que me esforce, não consigo perceber o que tem a Fé em Deus a ver com a tese científica da evolução.

Quer me explicar?
Tenho uma deficiencia ao nivel do QI, por isso... explique aqui ao Rui qual é a relação de antagonismo que quer estabelecer entre Fé/evolução!!

É que, conforme já lhe disse, não vejo nenhuma.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 28 de September de 2010 21:48

Ops, ainda me esuqci de comentar uma outra ideia do pastor: ele diz que a micrevolução se entende numa linha orizontal, e a macorevolução numa linha vertical.

Ora, eu prefiro perceber este processo de macro e micro evolução como uma linha espiral!

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 28 de September de 2010 23:12

Não sei para quê gastar mais bytes com essa discussão evolucionismo/criacionismo.

Isso já foi mais que discutido num outro tópico onde infelizmente o David não arredou pé desse absurdo.

Re: Como converter ao Cristianismo?
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 29 de September de 2010 08:46

Deixa a discussão rolar vitor*, rs.

A gente sai ganhando porque o Rui está postando vídeos ótimos. É só não perder tempo vendo os vídeos toscos que o David colocou que vc sairá ganhando. Uma coisa temos que reconhecer, é impressionante a paciência do Rui, acho que não se incomodaria de mostrar para o David que a Terra não é chata. Talvez o David pense que a Terra ser redonda seja uma questão de fé, dada a ideia que ele tem do que seja ciência. Infelizmente tenho menos paciência do que o Rui.

Outra coisa, o David mudou a proposta do tópico, ele está propondo como fazer alguém inteligente desistir de vez do cristianismo, e para esse objetivo apresentou um método: tentar associar o cristianismo com a furada do fixismo biológico. É um trabalho de desevangelização portanto que está sendo proposto pelo David.

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