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Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 27 de February de 2007 18:07

Estou convencida que gostarão de ver um excerto da homilia de Bento XVI na 4ª F de cinzas.Não sei se já leram...

Aqui vai:

"Amados irmãos e irmãs, temos quarenta dias para aprofundar esta extraordinária experiência ascética e espiritual. No Evangelho que foi proclamado, Jesus indica quais são os instrumentos úteis para realizar a autêntica renovação interior e comunitária: as obras de caridade (a esmola), a oração e a penitência (o jejum). São as três práticas fundamentais queridas também à tradição hebraica, porque contribuem para purificar o homem aos olhos de Deus (cf. Mt 6, 1-6.16-18).

Estes gestos exteriores, que devem ser realizados para agradar a Deus e não para obter a aprovação e o consenso dos homens, são por Ele aceites se expressam a determinação do coração a servi-l'O, com simplicidade e generosidade. Recorda-nos isto também um dos Prefácios quaresmais onde, em relação ao jejum, lemos esta singular expressão: "ieiunio... mentem elevas: com o jejum elevas o espírito" (Prefácio IV).

O jejum, ao qual a Igreja nos convida neste tempo forte, certamente não nasce de motivações de ordem física ou estética, mas brota da exigência que o homem tem de uma purificação interior que o desintoxique da poluição do pecado e do mal; que o eduque para aquelas renúncias saudáveis que libertam o crente da escravidão do próprio eu; que o torne mais atento e disponível à escuta de Deus e ao serviço dos irmãos. Por esta razão o jejum e as outras práticas quaresmais são consideradas pela tradição cristã "armas" espirituais para combater o mal, as paixões negativas e os vícios. A este propósito, apraz-me ouvir de novo convosco um breve comentário de São João Crisóstomo. "Como no findar do Inverno escreve ele volta a estação do Verão e o navegante arrasta para o mar a nave, o soldado limpa as armas e treina o cavalo para a luta, o agricultor lima a foice, o viandante revigorado prepara-se para a longa viagem e o atleta depõe as vestes e prepara-se para as competições; assim também nós, no início deste jejum, quase no regresso de uma Primavera espiritual forjamos as armas como os soldados, limamos a foice como os agricultores, e como timoneiros reorganizamos a nave do nosso espírito para enfrentar as ondas das paixões. Como viandantes retomamos a viagem rumo ao céu e como atletas preparamo-nos para a luta com o despojamento de tudo" (Homilias ao povo antioqueno, 3)."

Ver em
[www.vatican.va]

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 27 de February de 2007 18:16

O tempo de Quaresma é um de voltar ao essencial, de abrandar o ritmo até que paramos totalmente durante o Tridium Pascal.

Por isso no início da Quaresma se chama os Fiéis a voltarem ao Senhor, se voltarem a centrar em Deus.

Mal estamos nós se só durante a Quaresma fazemos alguma mortificação ou poupamos um bocadinho durante. Como diz um padre que eu conheço:

"Durante a Quaresma todos deixam de fumar ou de beber! Só o coração não muda e vem o Domingo de Páscoa e volta tudo ao mesmo!"

Pergunto eu, onde está o Homem Novo nisto? Se se fizer que jejum que seja por amor a Deus, para nos lembrarmos mais dEle. Mas que venham frutos daí.

Há um Cardeal alemão que propos que a renuncia quaresmal fosse não andar de carro. Acho uma boa ideia... Faz bem à saude da pessoa e dos outros. Para além disso se enquanto caminha, encontrar um pouco de silencio para rezar a Deus, melhor ainda!

Quem sou eu para julgar uma pessoa que jejua? Mas quem me diz que a pessoa ao lado não o faz na carne, nos cigarros ou nos chocolates, não está a jejuar, a voltar a Deus de uma forma muito mais concreta e permanente.

Em comunhão

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 27 de February de 2007 19:28

Tileul
No que escreveste agora concordo contigo.

Mais uma achega,para o debate, que vem na Ecclesia de 27/2:

" Igreja apela à generosidade
O início da Quaresma significou, para as várias Dioceses de Portugal, um tempo de renovado compromisso em favor dos mais necessitados, estejam eles longe ou perto.
As Mensagens e Notas Pastorais da Quaresma dos Bispos diocesanos apresentam uma série de Obras e Instituições a serem apoiadas pela generosidade dos seus fiéis.
Uma atenção especial é dedicada ao apoio para grávidas em dificuldade e à maternidade. Aveiro, Beja, Guarda, Setúbal e Viseu destinam parte das renúncias quaresmais a este fim, particularmente significativo após a realização de um referendo ao aborto no nosso país.
Como em anos anteriores, são também muitos os apelos que chegam desde países lusófonos. Para a Guiné-Bissau seguem contributos de Aveiro, Portalegre-Castelo Branco e Santarém; Para Angola, unem-se os esforços de Leiria-Fátima, Santarém e Viana do Castelo.
Os dramas da população moçambicana motivaram apelos dos Bispos do Funchal, Setúbal e das Forças Armadas e de Segurança. Genericamente, a Diocese da Guarda destina uma parcela da renúncia quaresmal "às Igrejas Irmãs dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa".
Não sendo um país lusófono, mas com fortes ligações a Portugal, a Índia recebe a atenção das Diocese de Beja, Braga, Porto e Vila Real. As Dioceses de Meliapor e Malaca foram, de facto, da responsabilidade do nosso país, ao longo de muitos séculos, e esses vínculos são reforçados através deste esforço de solidariedade.
As iniciativas da Santa Sé também merecem o apoio das Dioceses portuguesas: de Évora sai um apelo em favor da "Ajuda às Crianças do Mundo" e, do Porto, seguem donativos para a Fundação "Bom Samaritano", que trata dos infec-tados pela SIDA/HIV.
Em Lisboa, os resultados desta recolha quaresmal destinam-se ao "Fundo Dioce-sano de Ajuda Inter-Eclesial", que procura responder aos pedidos de ajuda que chegam de todo o mundo.
A solidariedade também tem lugar dentro de portas: a Diocese de Angra decidiu destinar a Renúncia Quaresmal deste ano à Diocese de Bragança-Miranda, sendo que os fiéis de Beja também irão contribuir para um projecto que se realiza em Portalegre.
Para além dos casos em que a renúncia de destina a projectos de âmbito diocesano, parte de todos os contributos segue para o Fundo de Solidariedade Eclesial da Conferência Episcopal Portuguesa, com o qual o organismo episcopal atende as solicitações que lhe chegam de outras Igrejas, particularmente dos países lusófonos.
Para ler as Mensagen e Notas Pastorais já disponíveis, consultar www.agencia.ecclesia.pt/quaresma2007.html "

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Sebastião (IP registado)
Data: 27 de February de 2007 22:40

Gloria Deus para sempre e a Maria eternamente!

Que alegria me deram em dizer que mais parecia vir da idade média, idade do Teocentrismo, em que Deus era o centro da Vida, até da quotidiana!

Mas aqui deixo uns tópicos mais modernos sobre o jejum, mostrando que é actual:

Impelido pelo Espírito, Jesus, antes de começar a sua missão pública, jejuou durante quarenta dias como expressão de confiante abandono ao desígnio salvífico do Pai (cf. Mt 4,1-4); deu indicações concretas para que a prática do jejum, entre os seus discípulos, não se prestasse a formas adulteradas de ostentação e de hipocrisia (cf. Mt 6,16-18).

A forma de jejum a adoptar será sugerida pela tradição local: ou uma única refeição, ou um dia «a pão e água», ou então esperar até ao pôr-do-sol para tomar alimento.

[www.vatican.va]

Um pescador humilde, daqueles que pescam num barco bem pequeno, e vivem numa barraca junto ao mar, se comerem peixinho apanhado do mar pelo seu próprio artifício, segundo os senhores, esse pescador humilde não jejua, pelo contrário ostenta-se porque come peixe e do bom que é mais caro do que a carne.

Cristo quando fez o milagre da multiplicação dos pães tambem fez a dos peixes:

Mandou, então, a multidão assentar-se na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, elevando os olhos ao céu, abençoou-os. Partindo em seguida os pães, deu-os aos seus discípulos, que os distribuíram ao povo. Todos comeram e ficaram fartos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram doze cestos cheios. Ora, os convivas foram aproximadamente cinco mil homens, sem contar as mulheres e crianças. (Mt. 14: 19-21)

Vêm, senhores, o povo humilde, trazia para merendar 5 pães e 2 peixes. Estaria a carne na gaveta?

Se a Igreja aconselha que se faça abstinencia em carne, porque não segem esse conselho? Porque se escondem por detrás do "peixe é caro"?

Alem disso, diz um ditado popular:

Peixe não puxa carroça

Mostrando que o consumo de peixe é mais frugal do que a carne ( que ao contrário é mais substânciosa) mas obviamente é necessário que não seja ostentativo.

A respeito desses documentos papais que me foram apresentados:

Diz-nos a Constituição Dogmática Lumen Gentium, capítulo III:

Este sagrado Concílio propõe de novo, para ser firmemente acreditada por todos os fiéis, esta doutrina sobre a instituição perpétua, alcance e natureza do sagrado primado do Pontífice romano e do seu magistério infalível...
[www.vatican.va]

Ora há documentos que não são infalíveis, que são aqueles que não tratam de Doutrina, Fé e Moral.
Portanto o tratado de tordesilhas não tem qualquer doutrina, nem fé, mas apenas política.
Mas não deixam de ser interessantíssimos esses decretos que enumeraste, pois não os conhecia e são de elevado valor conhece-los para que nós, católicos, nos possamos defender de quem quer usar deles para minar a nossa Fé.

O Papa Urbano VIII, no ano de 1639, no breve “Comissum Vobis” afirmava que ficava automaticamente expulso da Igreja quem escravizasse alguém. Mostra mais uma vez que a Bula Dum Diversas não fora infalível. Sobre as outras terei que aprender melhor sobre elas.

Agradeço a vossas respostas, e principalmente essa lista de bulas.

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 28 de February de 2007 04:47

Citação:
Sebastião
Que alegria me deram em dizer que mais parecia vir da idade média, idade do Teocentrismo, em que Deus era o centro da Vida, até da quotidiana!

Não idealize a idade média, estava muito longe de ser boa assim.

Citação:
Sebastião
Porque se escondem por detrás do "peixe é caro"?

A preocupação com o sofrimento do pobre diz muito mais sobre a conversão e a preparação pedida na quaresma do que um massagear do ego inchado de orgulho espiritual. Esqueça um pouco a poeira e ouça o que o Espírito está dizendo a igreja hoje. Deixar de comer carne por si só é algo que não tem valor nenhum diante de Deus, e tanto pior se fizessem da proibição de comer carne mais um jugo sobre o pobre! Nenhuma forma de ascese terá sentido cristão se não conduzir à compaixão pelo próximo.

O olhar atento para observar o que faz o outro ao lado, se jejua ou se não jejua, como jejua, se come carne ou peixe e o que faz. Isso sinaliza algum fruto de conversão na quaresma?

Isaías 58:5-9 Seria esse o jejum que eu escolhi? o dia em que o homem aflija a sua alma? Consiste porventura, em inclinar o homem a cabeça como junco e em estender debaixo de si saco e cinza? chamarias tu a isso jejum e dia aceitável ao Senhor? Acaso não é este o jejum que escolhi? que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que deixes ir livres os oprimidos, e despedaces todo jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desamparados? que vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará. e a tua justiça irá adiante de ti; e a glória do Senhor será a tua retaguarda. Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui.

Ainda em tempo: parabéns à Maria José por ter-nos presenteado com a passagem de São João Crisóstomo. São palavras que valem ouro, daquelas que animam e aquecem o coração. Paz e Bem.



Editado 1 vezes. Última edição em 28/02/2007 04:55 por firefox.

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 28 de February de 2007 06:34

Uma tentativa de responder a questão do tópico, inspirada na leitura dos santos e dos mestres espirituais da nossa igreja.

Que sentido tem a proposta de jejum e abstinência que a igreja propõe ainda nos dias de hoje e, em especial, no período da Quaresma? Entendo todas as propostas de ascese cristã como um tipo de "exercício espiritual". Daí segue a breve meditação abaixo.

Para Sto Inácio de Loyola era "exercício espiritual" toda prática que procurava vencer a si mesmo nas paixões desordenadas, buscando e encontrando a vontade de Deus para reordenar a vida segundo a vontade divina.

E que sentido teria o jejum neste quadro proposto?

Mateus 16:24 Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me

Acredito que existe uma dificuldade nessa passagem que dificulta o entendimento para algumas pessoas. Não se pode negar ou renunciar a si mesmo. Pode-se renunciar a um objeto diferente do sujeito mas não ao próprio sujeito. Pode-se renunciar ao ter, mas não ao que si é por essência - não a "si mesmo". Entendo então a necessidade de interpretar o sentido da passagem. Parece-me que Jesus estava propondo aos seus discípulos que negassem em si mesmos aquilo que NÃO eram, para que si tornassem cada vez mais aquilo que eram chamados a ser, aquilo para o qual foram criados, ou seja, tornarem-se verdadeiramente, cada um, si mesmo.

Acredito que o núcleo de toda a renúncia cristã esteja na negação mais elementar que constitui a essência da abnegação e a essência de toda a adoração: só Deus é Deus!. A grande verdade é que não há adoração de Deus sem abnegação de si e não há abnegação de si sem adoração de Deus. Não se trata, portanto, de nenhum dolorismo, nem de nenhum sofrimento. Que sofrimento poderia existir em aceitar intelectualmente uma verdade tão evidente: eu não sou Deus?

Entretando, em sentido bíblico, conhecer Deus é reconhecê-lo como Deus e tratá-lo como Deus. Negar-me a mim mesmo então será negar que eu seja Deus, reconhecer que sou criatura de Deus e me comportar como tal. E essa abnegação-adoração encarnada na vida é que se tornará renúncia e mortificação, que será festa na ressurreição.

Lucas 14:33 Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo.

Note-se que o mandamento de renunciar a tudo o que possui não se dirige somente a monges, mas a todos os cristãos! Também essa passagem traz uma dificuldade, ao estilo da anterior. Também precisa ser interpretada, para não ficar parecendo que Jesus colocava mandamentos hipotéticos ou figurados que são impossíveis de serem vividos na prática. Para entendê-lo podemos considerar duas passagens: (1) em Mateus 5:29 está "se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti" - somente aqueles que são escandalizados é que precisam cortar aquilo que os escandaliza; (2) em Mateus 19:21 está "se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me" - aqui não parecer se tratar de mandamento, mas de um convite. Dos dois exemplos fica a idéia de que a obrigação geral de "renunciar" é para todos, mas que "deixar tudo" é facultativo. Por isso entendo que renunciar a tudo é uma questão de coração, de desprendimento interior, de pobreza espiritual. E a renúncia consiste, portanto, em relativizar tudo em face do absoluto de Deus.

Colossenses 3:1-17 Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; porque morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória.

Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; nas quais também em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas; mas agora despojai-vos também de tudo isto: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca; não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos, e vos vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; onde não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo ou livre, mas Cristo é tudo em todos.

Revestí-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revestí-vos do amor, que é o vínculo da perfeição. E a paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações. E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.


A renúncia inclui a renuncia aos afetos "desordenados", e são desordenados se afastam de Deus, e afastam de Deus se são contrários ao Amor. Nosso Deus é Deus da Vida, então, quando no evangelho se falar de morte, a morte do homem velho para o nascimento do homem novo, trata-se de um processo parecido ao de desintoxicação, o desaparecimento do que é comparado com uma doença para o retorno da vida com a cura. Só tem sentido falar em mortificação, dentro de uma religião da vida, em vista de um processo de cura para viver superabundantemente. Os autores do evangelho não temiam falar de "morte" porque não lhes passava pela cabeça que houvessem leitores tão confusos que não entenderiam logo que se tratava de uma metáfora.

O Senhor teve piedade dos corpos e os curou. A encarnação dignificou a carne humana. A igreja incensa o corpo dos fiéis defuntos da mesma forma que incensa o Santíssimo. São Paulo escreveu que "ninguém odeia a sua própria carne, antes a nutre e preza" (Efésios 5:29), e com mais motivos ainda o cristão: que Nosso Senhor veio em carne!

Por fim: o sentido no jejum não está em passar fome! Deus não se satisfaz vendo a fome de seus filhos. Se o jejum conduz, pois, à tristeza, não se trata mais de uma ascese cristã. A ascese não busca a tristeza, essa só pode ser momentânea, mas busca a libertação, e com a libertação vem sempre a alegria! O "exercício espiritual" do jejum busca agir contra algo que nos escraviza, que nos priva de liberdade. É um exercício , um combate, um "agir contra" o que nos prende, limita-nos. Bem entendido e praticado, resultará sempre ao final em alegria! Alegria que vem da libertação, e libertação conquistada não como um troféu do soberbo egoísta que luta e conquista sozinho. Um autêntico jejum cristão terá sido sempre uma luta de dois, porque foi vivido todo o tempo como uma caminhada com o Senhor.



Editado 1 vezes. Última edição em 28/02/2007 06:35 por firefox.

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 28 de February de 2007 11:15

Antes demais, gostei muito do texto do Firefox. Destaco esta frase e já escrevi no meu bloco de notas:

Um autêntico jejum cristão terá sido sempre uma luta de dois, porque foi vivido todo o tempo como uma caminhada com o Senhor.

Agora caro Sebastião,

Antes demais explico-lhe que o Sr. Orlando Fideli está errado ao afirmar que a Idade Média é idade do Teocentrismo. Repare que começa pelo simples facto pelo país onde ele vive não haver cristãos. O Teocentrismo de que fala era totalmente aparente. A missa celebrada em Latim era compreendida por uma minoria e a esmagadora maioria do clero dizia a missa de cor. As conversões eram em massa porque o que contava para os registos eram as conversões dos senhores da terra. As supertições, os cultos paralelos e pagãos eram frequentes e de dificil erosão. Em muitos países considerados católicos, só com a entrada do Modernismo se começa a mesclar o direito canónico com o civil, apesar de desde cedo se tentar fazer a divisão enre o estado civil e a religião.

Sim haviam as cruzadas, em que pelo caminho se pilhava, matava, violava e depois chegava-se a Jerusalém e tudo ficava esquecido.

Houve grandes Santos mas o engraçado é que denunciavam ou podridão do clero reinante ou combatiam as frequentes heresias.

Por isso é um erro dizer que a Idade Média foi a Idade da Luz do catolicismo. Se quiser depois da Quaresma posso debruçar-me sobre este assunto com mais detalhe.

Depois sobre o jejum diz o mesmo documento que cita:

O jejum, inseparável da oração e da justiça, visa sobretudo a conversão do coração, sem a qual, como denunciavam já os profetas (cf. Is 58,2-11; Jr 14,12; Zc 7,5-14), ele não tem sentido.

E repara que ninguém disse que não se deve dazer jejum ou abstinência mas antes cada um adaptar-se àquilo que realmente o ajuda a:

a olhar o passado e levar a reconhecer as culpas contra Deus e contra os irmãos com que cada um se manchou; com o presente, aprendendo a abrir os olhos para os outros e para a realidade que nos rodeia; com o futuro, acolhendo no coração as realidades divinas e renovando, a partir do dom da misericórdia de Deus, a comunhão com todos os homens e com a criação inteira, assumindo responsavelmente a missão que cada um de nós tem na história.

Eu já vi alguns argumentos estranhos a justificar a abstinência de carne agora este... Vêm, senhores, o povo humilde, trazia para merendar 5 pães e 2 peixes. Estaria a carne na gaveta? Então o senhor acha que eles comeram até se fartarem e estavam a fazer jejum? Depois ainda mais lógico, já neste tempo se fazia a seca e a salga do peixe. A carne, principalmente em viagem apodrecia e era de dificl armazenagem.

Para além disso, principalmente em terras do interior o peixe é sempre mais caro que a carne. E também se comer bacalhau, sardinhas em quantidades normais, dou-lhe a certeza que não terá fome.

Quanto à infabilidade do Papa... primeiro não existe nenhuma lista onde se saiba exactamente onde o Papa fala em ex-cathedra ou não. Assim todos os documentos podem estar ou não à Infabilidade do Papa, dependendo convenientemente das inclinações e gostos do crente.

Por isso eu pergunto a instituição da Inquisição e as Cruzadas foram decisões infalíveis da Igreja?

Gostava de saber a sua opinião sobre a Bula que se pode pagar para ficar insento da abstinência de carne.

Em comunhão

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 28 de February de 2007 14:14

Maria José se apenas os teologos dessem opiniões no forum acredito que tornaria
um curso de teologia e não um forum aberto a todos.
Acho ótimo escreverem sem se informar primeiro, faço muito isto e depois posso amadurecer com alguma leitura um assunto , ás vezes sugeridas por alguns daqui mesmo. Se tivermos " vergonha de expressar nossas opinões e "achismos" isto aqui se tornaria um debate filosófico para poucos ... -)

Camilo já ouviu falar de imperil ???

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 28 de February de 2007 21:07

não

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 28 de February de 2007 22:31

Olá Chris

Se fosse algo de teológos eu não estaria aqui. Não o podia estar, porque não o sou, como se vê pelas minhas intervenções.

Acho que não se deve dizer , com certeza, que a Igreja diz isto ou aquilo, quando não se sabe...

Discordo de que se fale dum assunto sem ter o minímo conhecimento e se façam dissertações sobre isso...

Outra coisa, bem diferente, é perguntar como é, tentar esclarecer-se...

Mas dizer que algo é, sem mais... por falar, eu não gosto.
Não me passa pela cabeça falar da teoria da relatividade...pouco sei sobre ela.

Obrigada por te teres dirigido a mim.
Penso que foi a 1ª vez que falamos, não foi?

Adeus
Mª José

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 28 de February de 2007 22:48

Não sei , pois há outras Marias cá e me confundo, sei que uma é catequista ...
-) ... hum...acho que já te respondi sim...vou procurar-).
bjs
chris

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 10 de March de 2007 23:21

Estamos na Quaresma

Ouvimos falar que é um tempo de conversão. De certo temo-lo presente. Mas surgem-nos dúvidas, esquecemo-nos na azáfama do dia-a-dia.

A 21/2/07 na Audiência Geral Bento xvI falou-nos da conversão.

Gostei de ler o texto, hoje, e de me dar conta da sua profundidade e das consequências práticas que dele podemos tirar.

Apresento apenas um excerto:

"Ressoa então oportuna como nunca a exortação de Jesus, escrita pelo evangelista Marcos: "Convertei-vos e acreditai no Evangelho" (cf. Mc 1, 15). O desejo sincero de Deus leva-nos a rejeitar o mal e a realizar o bem. Esta conversão do coração é antes de tudo dom gratuito de Deus, que nos criou para si e em Jesus Cristo nos redimiu: a nossa verdadeira felicidade consiste em permanecer n'Ele (cf. Jo 15, 3). Por esta razão Ele mesmo previne com a sua graça o nosso desejo e acompanha os nossos esforços de conversão. O que é converter-se, na realidade? Converter-se significa procurar Deus, estar com Deus, seguir docilmente os ensinamentos do seu Filho, de Jesus Cristo; converter-se não é um esforço para se auto-realizar a si mesmo, porque o ser humano não é o arquitecto do próprio destino eterno. Não fomos nós que nos fizemos. Por isso a auto-realização é uma contradição e é também demasiado pouco para nós. Temos um destino mais nobre. Poderíamos dizer que a conversão consiste precisamente em não se considerar "criadores" de si mesmos e assim descobrir a verdade, porque não somos autores de nós próprios. A conversão consiste em aceitar livremente e com amor de depender em tudo de Deus, o nosso verdadeiro Criador, de depender do amor. Esta não é uma dependência mas liberdade.

Converter-se significa então não perseguir o nosso sucesso pessoal que é passageiro mas, abandonando qualquer segurança humana, pôr-se com simplicidade e confiança no seguimento do Senhor para que Jesus se torne para todos, como gostava de repetir a beata Teresa de Calcutá, "o meu tudo em tudo". Quem se deixar conquistar por Ele não teme perder a própria vida, porque na Cruz Ele amou-nos e entregou-se a si mesmo por nós. E precisamente perdendo por amor a nossa vida reencontramo-la. "

Que consequências tiramos? Há algo a alterar na nossa vida?

Acho que ficarmos pelo jejum e abstinência é muito pouco...

[www.vatican.va]

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 14 de March de 2007 04:13

Dia 30 de março, oração e jejum pela paz no mundo - 13/03/2007 - 10:41


Foi lançado um chamado geral a religiosos e religiosas a participarem de um dia de oração e jejum pela paz, no próximo dia 30 de março.

É uma iniciativa da Comissão de Justiça, Paz e Integridade da Criação, da USG/UISG (União de Superiores Gerais e União internacional de Superiores Gerais).

O convite à oração e ao jejum se orienta, especificamente, a rogar pelo fim da violência e da guerra em Darfur (Sudão), Iraque; Afeganistão, Sri Lanka, norte de Uganda, Nepal, Colômbia, Israel, Palestina, Líbano e em todo ponto do planeta onde há discórdia e divisão.

A convocação da USG/UISG às Congregações propõe palavras da Mensagem de João Paulo II para a Jornada Mundial da Paz em 2002.

«A oração pela paz não é um elemento que ‘vem depois’ do compromisso pela paz. Ao contrário, está no próprio coração do esforço pela edificação de uma paz na ordem, na justiça e na liberdade.»

«Orar pela paz significa abrir o coração humano à irrupção do poder renovador de Deus. Com a força vivificante de sua graça, Deus pode abrir caminhos à paz lá onde parece que só há obstáculos e obstruções; pode reforçar e ampliar a solidariedade da família humana, apesar de prolongadas histórias de divisões e de lutas.»

«Orar pela paz significa orar pela justiça, por um adequado ordenamento das Nações e nas relações entre elas. Quer dizer também rogar pela liberdade, especialmente pela liberdade religiosa, que é um direito fundamental humano e civil de todo indivíduo.»

«Orar pela paz significa rogar para alcançar o perdão de Deus e para crescer, ao mesmo tempo, na valentia que é necessária em quem quer, por sua vez, perdoar as ofensas recebidas».

Para os convocados, reservar um dia durante a Quaresma para rezar simultaneamente, como membros das congregações religiosas, pela paz na Terra, poderia ter um efeito profundo em nosso mundo.

De antemão agradecem a adesão a esta convocatória e ao convite a outros que queiram se unir.

A USG é a associação dos superiores gerais de Institutos masculinos. Assegura formação aos superiores gerais e por sua vez oferece aos membros numerosas ocasiões de diálogo, colaboração e apoio mútuo.

De forma similar, a União Internacional de Superiores Gerais (www.uisg.org) busca construir pontes, encurtar distâncias e criar mecanismos para que seus membros possam comunicar-se em comunidade e em comunhão. É um organismo internacional aprovado canonicamente. Promove igualmente o conhecimento da vida religiosa.



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Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 15 de March de 2007 23:11

Bom... após jejum e a oração que tal ir para as ruas e mídias condenar a guerra ...Põe o pé na água Moisés...

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 16 de March de 2007 22:04

Segundo as palavras de Jesus o jejum tem sentido mesmo para os que embora sendo a noiva de Cristo, o esposo está ausente.

Ora vejam:


Citação:
Mateus 9,14-15 Discussão sobre o jejum (Mc 2,18-20; Lc 5,33-35)
- 14Depois, foram ter com Ele os discípulos de João, dizendo: «Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?»
15*Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo e, então, hão-de jejuar

Agora, pratica-se e recomenda-se o jejum. Isso significa que o esposo está ausente.

Mas o esposo há-de voltar um dia e as bodas das núpcias se realizarão.

A partir desse dia, em que o esposo passará a ficar sempre permanentemente presente com a noiva, nunca mais será necessário jejuar, pois o jejum vai deixar de ter significado.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.




Editado 1 vezes. Última edição em 16/03/2007 22:09 por Manuel Pires.

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 05 de April de 2007 14:58

Já estamos na Semana Santa...será que a vivemos de modo igual a todas as outras?
Ou que consideramos uns dias de repouso... e de umas fériazinhas a partir da 5ª F à tarde...

Aqui vai da Agência Ecclesia de 4/4/ 07

> Bento XVI explica sentido do Tríduo Pascal
Bento XVI dedicou a catequese da audiência geral desta manhã ao ciclo de celebrações do Tríduo Pascal, que considerou como "a comemoração do combate supremo entre a Luz e as Trevas, entre a Vida e a Morte", frisando que "o triunfo final é de Cristo".

"Concientes das nossas faltas, é neste contexto que nos devemos situar, se quisermos reviver com proveito este Mistério, que está no coração da nossa fé", disse aos milhares de peregrinos reunidos no Vaticano.

O Papa colocou em evidência alguns aspectos dos ritos deste Tríduo, que se inicia amanhã, Quinta-Feira Santa, com a Missa Vespertina da Ceia do Senhor. "A Igreja, recordando a Última Ceia, contempla e celebra a instituição do sacerdócio ministerial e da Eucaristia, bem como o mandamento novo do Amor".

"Com a Eucaristia, Cristo antecipa o sacrifício da sua vida, dom definitivo de si mesmo a toda a humanidade. Com o lava-pés, o Mestre deixou aos seus discípulos, como marca distintiva, o amor que vai até à morte", acrescentou.

Sobre a Sexta-Feira Santa, Bento XVI disse tratar-se de "um dia de penitência, jejum e oração" em que se assinala a Paixão de Jesus. "Para viver mais de perto este mistério de Salvação, em muitos lugares celebra-se o exercício da Via Sacra, a que somos convidados a participar", referiu.

"No Sábado Santo, dia de recolhimento e oração, acompanhemos a Virgem Maria na sua firme esperança na ressurreição do seu Filho", prosseguiu.

Da Vigília Pascal, o Papa destacou "o grito de vitoria: Crito ressuscitou e venceu para sempre a morte". "Experimentamos assim que a Igreja está sempre vive, é formosa e santa, porque está fundada em Cristo ressuscitado", precisou.

Na saudação em português, o Papa dirigiu-se aos visitantes provenientes do Brasil e de Portugal, mormente os peregrinos do Instituto Cultural António Ferreira Gomes do Porto, desejando "que a vinda a Roma vos fortaleça na fé e avive no vosso ânimo a coragem para testemunhar a grandeza do amor de Jesus Cristo, vencedor do mal, pelo seu sofrimento, e ressuscitado para ser a nossa esperança e a nossa paz".

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 13 de March de 2008 19:51

Igreja Católica adapta Quaresma aos tempos modernos e propõe abstinência de computador - 13/03/2008 - 13:10




Nos tempos em que a evolução da tecnologia dita costumes, uma das mais importantes preparações da Igreja Católica, a Quaresma, também se adapta ao mundo moderno. A abstinência do século XXI não é mais parar de comer carne, mas deixar de usar o computador.

O padre Edemar Eringer explicou que a mudança de costumes, adotada pelos cristãos nos 40 dias que antecedem à Páscoa, já se adequam aos dias atuais. “Hoje se pede um outro tipo de abstinência. Há uma evolução e uma adaptação que a gente chama, na Igreja, de 'inculturação' da liturgia dos costumes e da vida do homem moderno. Uma diferença que a gente vê é que agora pedimos aos jovens a abstinência de computador, de internet, para que ele pense naqueles que nunca tiveram computador. É uma maneira de você adaptar um sacrifício espiritual aos tempos modernos”.

O teólogo Vitor Rosa, acha que a penitência nesse período litúrgico deveria ir além de somente deixar de fazer algo. “Alguns católicos acabam fazendo o jejum do ponto de vista legalista: 'Não posso comer carne, não posso comer chocolate'. A Igreja já propôs que, durante a Quaresma, o dinheiro que a pessoa gastaria com o consumo de carne na sexta-feira, por exemplo, fosse utilizado para comprar uma cesta básica para uma família carente”.

Para a dona de casa, Suzana Soares, a Quaresma também serve para intensificar a religiosidade. “No momento a gente procura freqüentar as missas, eu procuro escutar missa em casa e também na semana da Quaresma evitamos comer carne e fazer o jejum. Eu acredito que fortifica mais a nossa fé e a gente acaba procurando seguir os ensinamentos de Jesus”.

Neste ano, o domingo de Páscoa acontece no dia 23 de março e, para os católicos capixabas, as festividades cristãs serão estendidas com a maior festa católica do Estado, a Festa da Penha que acontece na seqüência da principal data do calendário católico.



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Fonte: Gazeta online
Local:Brasil

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 14 de March de 2008 21:33

Isto tem sentido?

Sim, é importante que cada um seja mais generoso para com os outros. Claro que deveria ser sempre mas...um treinozinho especial: 40 dias por ano dão um empurrão para que vivamos mais desprendidos dos bens materiais e até de nós próprios...

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 15 de March de 2008 15:13

Uma vez mais, o discurso ao contrário: abstenham-se disto ou daquilo.

Aproveitem a Quaresma para pensar no Bem e para o praticar.

E depois da Quaresma continuem a praticar o bem.

36«Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?»
37Jesus disse-lhe:
Amarás ao Senhor, teu Deus,com todo o teu coração,com toda a tua alma e com toda a tua mente.
38Este é o maior e o primeiro mandamento. 39*O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. 40*Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.»

Em vez de mortificações, leiam a Bíblia.

João (JMA)

Re: Jejum, abstinência, Quaresma... Isto tem sentido?
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 16 de March de 2008 22:51

Hoje o padre na missa disse; que em vez de comerem uma posta de bacalhau grande, que comessem uma pequena, que havia muita gente no mundo que passa fome!
Ou que fumassem menos...tudo isso é abstinência.

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