Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Geral

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
Ir para a página: Anterior12345
Página actual: 5 de 5
Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 13 de May de 2010 10:59

Resolvi ler obras do Papa.

Alguém me recomenda algum(ns) livro(s) em particular?

Cassima

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 13 de May de 2010 12:00

- Introdução ao espirito da liturgia, J Ratzinguer
- Jesus de Nazaré, Bento XVI
- Introdução ao cristianismo, J Ratzinguer

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 13 de May de 2010 14:44

Obrigada, Rui.

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: Ovelha Tresmalhada (IP registado)
Data: 13 de May de 2010 16:45

Citação:
Bento XVI no CCB
(...) Fazei coisas belas, mas sobretudo tornai as vossas vidas lugares de beleza. Interceda por vós Santa Maria de Belém, venerada há séculos pelos navegadores do oceano e hoje pelos navegantes do Bem, da Verdade e da Beleza.

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 14 de May de 2010 15:25

fui ver, acenei, mas ao contrário da cassima deu-me uma tristeza quando acenei. Deve ser por eu nunca vir a gostar de ser figura pública. De repente cumpre-se as palavras de Cristo, quando fala a Pedro: "Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo atavas o cinto e ias para onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te há-de atar o cinto e levar para onde não queres>> Jo 21,18". Acho que o papa cumpre aquela missão com muito sacrifício. Rezemos por ele.

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 14 de May de 2010 16:14

Mas quero salientar o grande regozijo pelo grande sucesso desta visita. Mesmo com os problemas do aumento de impostos ainda se fala do Papa. Isso é uma demonstração de vitalidade e de reconforto para todos os Cristãos. Viva Bento XVI.

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: luísa (IP registado)
Data: 14 de May de 2010 22:20

Vítor:

Tive precisamente a mesma impressão.Dei por mim a sentira Uma imensa pena do pobre velho, submetido a uma agenda que faria mossa a quelquer um. quanto mais a um idoso de oitenta e tal anos com dois pacemakers....

Depois, aquela completa falta de à vontade perante a multidão, o esforço pra sorrir, o desconforto...
( Outra coisa que achei piada foi as pessoas que iam "rezar ao papa" ou "pedir milagres" ao papa, como se fosse deus.

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 14 de May de 2010 23:27

Uma das coisas que mais detesto na vida é concordar com a Luísa.... mas.... lá terá de ser, só desta vez.

Que palhaçada foi aquela de ir rezar ao Papa? Também vi isso...

Hoje, no Porto, dizia uma assim: "A minha filha estava doente e pedi a Bento XVI e agora já está boa..."

Pediu a João Paulo II, talvez? E ele terá intercedido junto de Deus?

Mas a Bento XVI?!

O povo de Deus precisa de formação, mas os pastores estão mais empenhados noutras ovelhas...

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 14 de May de 2010 23:32

Ainda se a pessoa pudesse de facto falar com o Papa e pedir-he que reze por alguém, sendo o Papa o representante máximo de Cristo na terra, é bem possível que, muitas das vezes, tais orações fossem atendidas. Não todas, naturalmente.

Mas o modo de falar do povo era que rezavam ao Papa... que o Papa fazia milagres...

Fiquei impressionadíssima com esta falta de formação, com tanta ignorância.

Mas, lá está: é ignorância não culpável, é gente que na sua maior boa fé ama a Igreja, não são hereges pertinazes inimigos da Igreja como outros...

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 15 de May de 2010 14:55

Será que amam mesmo a Igreja? Ou não será antes aquela religiosidade pseudo-supersticiosa, á procura de milagrinhos e sinalinhos, sem qualquer compromisso com a vida (divórcio vida/fé), conforme se vê muito em Fátima?

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 15 de May de 2010 18:23

Jo 14, 12 * Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas, porque Eu vou para o Pai.

*=?.0

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 16 de May de 2010 04:22

Ando com vontade de escrever algo sobre a Visita do Papa, mas o tempo escasseia... Assentada a poeira mediática, talvez o mais proveitoso seja, no âmbito católico, para lá de outras considerações válidas, um «respigar» espiritual do seu significado.

Algumas ideias telegráficas:

- As respostas do Papa, no avião, às perguntas dos jornalistas marcaram muito positivamente a visita do Papa, com grande eco em todo o mundo. De tal maneira que pude ver como mesmo na imprensa internacional houve mudanças de atitude de alguns colunistas em relação a Bento XVI. Chamou-me muito a atenção para o caso de Miguel Mora («El País»), até agora excessivamente crítico em relação a Bento XVI e que com o artigo «El gladiador solitario» muda de atitude e de «alvo».

- Depois do «furacão» que foi João Paulo II e da má imagem que se foi passando nos Meios de Comunicação Social sobre Bento XVI como um homem sisudo, tímido e rígido, as expectativas gerais das pessoas eram «modestas». E, contudo, vimos um acolhimento muito generoso em número de pessoas, organização e manifestações de afecto e uma empatia com um Papa que «revelou» que é algo diferente daquilo que dele pintaram: tímido, sim, mas afável, sorridente, inspirador. Além de uma nada desprezível forma física. Pelo conjunto, é natural que os bispos se tenham mostrado muito contentes por ver superadas as expectativas. «Viagem poderá ficar como aquela que melhor define pontificado».

- Daquilo que o Papa disse, fez, não disse e não fez, haverá mil aproveitamentos possíveis, de esquerda, de direita, de centro, etc. Certamente, na medida em que isso lhe convier, cada um quer ter o «seu» Papa, com as «suas» frases, as «suas» referências implícitas... Talvez seja prudente não absolutizar «leituras» particulares e deixar-se desafiar por uma hermenêutica mais aberta, qualquer que seja a minha hermenêutica particular...

- Naturalmente, terá havido alguns «deslizes» mais ou menos particulares para o «culto da personalidade», como se de uma figura «pop» se tratasse. Algumas vozes críticas e com má digestão pegaram nisto e noutros aspectos, mas também isto deveria ser reinterpretado de outra forma, numa linha espiritual: o Papa «congrega» e atrai, não simplesmente porque é uma figura muito importante e influente no mundo, ou porque é o chefe de uma grande religião ou porque é o Papa A ou B, mas porque de alguma forma nele nos encontramos todos, encontramos aquele que recebeu a missão de nos confirmar na fé. Precisamos desta «confirmação», de alguém que nos «devolva» a própria imagem. Não se pode esquecer a dimensão mística da nossa relação com a Igreja, que no Papa encontra um momento estrutural de enorme importância. E isto não nos afasta de Jesus Cristo, muito pelo contrário: isto tira-nos de um vago misticismo, de um mero subjetivismo mais ou menos solipsista, de uma religião «a la carte»: aponta-me para Cristo, confirma-me na fé apostólica, leva-me a encontrar-me com os meus irmãos na fé, abre-me ao mundo.

- Espero que esta visita tenha repercussão positiva na vida espiritual de paróquias, movimentos e, claro, pessoas. É algo dificilmente «mensurável», que também dependerá da sensibilidade dos «líderes» paroquiais e de movimentos. Seria muito pouco se nos ficássemos pelo «Foi bonita a festa, pá!». «Ite missa est»: acabou a missa, começa a missão.

Há um «livrinho 'ad hoc'», em PDF, com todos os discursos / homilias / alocuções do Papa em Portugal, aqui. Também se pode ver tudo num espaço do site do Vaticano, bem como no site oficial da visita do Papa.

Alef

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 16 de May de 2010 18:02

O pensamento do Papa é sempre o mesmo e resume-se com poucas palavras: verdade na caridade e caridade na verdade. Quando ele fala na Igreja inserida no mundo, ele diz sempre que o maior serviço que a Igreja pode prestar ao mundo é anunciar a verdade e que essa missão é para a Igreja irrenunciável. Ser fiel à humanidade, à fraternidade, à universalidade – humanismo cristão – é antes de mais ser fiel à verdade. Dá muito valor à Tradição e à sabedoria que dela advém, fala no confronto entre o passado e o presente por parte da sociedade.

Este Papa é grande e nada à esquerda. O que ele defende de justiça e humanismo eu defenderia também, subscrevo na íntegra.

Nunca separa a fraternidade do dever de procurar e abraçar a verdade.

Fidelidade ao ser humano=fidelidade à verdade e, somente com esta dinâmica, se obtém a liberdade verdadeira, que é a liberdade dos filhos de Deus. O homem é tanto mais livre quanto mais conforma a vida à verdade e só isto é compatível com a sua dignidade e vocação. A verdade da Igreja é Cristo.

Não vejo outra hermenêutica para as palavras e pensamento do Papa. Ele é muito humano – achei um absurdo dizerem que ele se humanizou em Portugal – mas humano na defesa da verdade. Afirma muito explicitamente que a missão da Igreja no mundo é o anúncio da verdade. E não abdica desta sua linha de pensamento que está sempre presente nos seus discursos. A civilização do amor só se pode construir no encontro com a verdade e a verdadeira liberdade só se alcança quando se conhece e abraça essa verdade.

Logo, sempre o mesmo Ratzinger. Bom, humano, respeitador e fraterno, mas que não transige naquilo que são os seus princípios, os princípios da Igreja, os princípios da verdade.

Mesmo quando fala em diálogo, fala em diálogo sem ambiguidades.

Convida a todos a procurar Deus tal como se nos revelou em Jesus Cristo, logo a verdade, e a abraçá-la.

Já li em blogs progres colocarem o Papa alinhado a eles. Que absurdo, é realmente preciso ter-se muito descaramento...

Não sei que tresleituras e ginásticas é necessário fazer, que malabarismos, para colocar o Papa Ratzinger alinhado ao relativismo e progressismo, mas há gostos para tudo. Já li autênticas pérolas, isto sem contar o que se ouve na televisão, que disso então nem se diga nada...

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 16 de May de 2010 18:32

(...) «com o vosso empenho na oração, na ascese, no progresso da vida espiritual, na acção apostólica e na missão, tendeis para a Jerusalém Celeste, antecipais a Igreja escatológica, firme na posse e contemplação amorosa de Deus-Amor. Como é grande, hoje, a necessidade deste testemunho! Muitos dos nossos irmãos vivem como se não houvesse um Além, sem se importar com a própria salvação eterna. Os homens são chamados a aderir ao conhecimento e ao amor de Deus, e a Igreja tem a missão de os ajudar nesta vocação. Bem sabemos que Deus é senhor dos seus dons; e a conversão dos homens é graça. Mas somos responsáveis pelo anúncio da fé, _da totalidade da fé,_ e das suas exigências. Queridos amigos, imitemos o Cura d’Ars que assim rezava ao bom Deus: «Concedei-me a conversão da minha paróquia, e eu estou pronto a sofrer o que Vós quiserdes, todo o resto da vida». E tudo fez para arrancar as pessoas à própria tibieza a fim de as reconduzir ao amor.
[Pode substituir-se paróquia por outra coisa qualquer... por almas individualmente consideradas...]

Há uma solidariedade profunda entre todos os membros do Corpo de Cristo: não é possível amá-Lo, sem amar os seus irmãos. Foi para a salvação deles que João Maria Vianney quis ser sacerdote: «Ganhar as almas para o Bom Deus», declarava ele ao anunciar a sua vocação, aos dezoito anos de idade, tal como Paulo dizia: «Ganhar a todos» (1 Cor 9, 19). O Vigário Geral tinha-lhe dito: «Não há muito amor de Deus na paróquia, vós introduzi-lo-eis». E, na sua paixão sacerdotal, o santo pároco era misericordioso como Jesus no encontro com cada pecador. Preferia insistir sobre o lado atraente da virtude, sobre a misericórdia de Deus diante da qual os nossos pecados são «grãos de areia». Mostrava a ternura de Deus ofendido. Temia que os sacerdotes «se insensibilizassem» e habituassem à indiferença dos seus fiéis: «Ai do Pastor – advertia – que fica calado ao ver Deus ultrajado e as almas perderem-se!»

Bento XVI nas vésperas com os sacerdotes e consagrados

Pela maior glória de Deus, salvação do maior número possível de almas, santificação e conversão do povo de Deus e pela exaltação e vitória da Santa Igreja sobre os seus inimigos externos e internos, lutar, sempre!

E quando nada se puder já fazer, reze-se. A oração supera todo e qualquer mérito pessoal que eventualmente alguns julguem que têm.

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: nick (IP registado)
Data: 16 de May de 2010 22:05

Citação:
Lena
Será que neste fórum não há um único católico que esteja em desacordo com as missas de bento XVI fora de Fátima?
As medidas de segurança que estão a ser feitas para ele, a quantidade de policias destacados, a interrupção do transito, a suspensão das actividades económicas, não vão ser pagas pela igreja - só o altar foi - vão ser pagas por todos nós.
Havendo um altar, um santuário em Fátima porque não se fica por lá?

Reparem que não estou contra a vinda dele, nem com o facto de ele fazer um cortejo lá no papamovel com pessoal a acenar e tal. Embora ele seja um chefe de estado, é também um líder religioso e, como tal, é natural que haja manifestações de júbilo que "atrapalhem" a vida de uma cidade. Mas o que se vai passar é um exagero.

O engraçado é saber que muitos do que lá vão é por pura saloiice, vão ver o papa só pq é o papa, nem o admiram e certamente não fazem nada do que ele defende. Mas como quem está, está, vai ser mais uma magnifica manifestação de fé católica.

Gosto muito de vcs, mas há coisas que não se engolem, por nada.


também acho que deviam proibir as maratonas contra o cancro da mama que perturbam o transito e os festejos do benfica pela conquista do campeonato.
Acho até que deviam ser proibidas todas os agrupamentos com mais de 5 pessoas.
De qualquer forma o que acho mesmo mal é que seja o estado o principal benficiario do turismo religioso, por via dos impostos que cobra.

[publico.pt]

Fátima recebe seis milhões de peregrinos e turistas por ano, mas daí a ser um destino para os grandes mercados turísticos como o da Europa Central e do Leste, Brasil e EUA, ainda falta muito. O sector do turismo espera que a visita de Bento XVI dê mais visibilidade à cidade que nasceu e cresce à volta da devoção a Maria, mas acredita que o passo fundamental será dado este ano, quando o turismo religioso passar a ser classificado produto estratégico, no âmbito do Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT).

A medida, reclamada pelas entidades ligadas ao turismo, foi confirmada há pouco menos de uma semana pelo secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, segundo o qual o "touring cultural e paisagístico", responsável por 700 milhões de euros de receitas anuais, passa a designar-se "turismo cultural e religioso" e a integrar a lista dos dez produtos estratégicos para o país. A alteração será feita no âmbito da revisão do PENT, prevista para este ano.

O efeito prático desta medida passa sobretudo pelo fôlego financeiro e institucional que o turismo religioso terá para a sua promoção e visibilidade externas. Numa recente feira internacional de turismo religioso em Roma, Fátima não tinha uma única imagem, lembra o presidente da região de turismo Leiria-Fátima, David Catarino, a quem o episódio foi contado pelo embaixador de Portugal na capital italiana.

O secretário-geral da Confederação do Turismo Português, Jorge Catarino, explica que, em vez de um esforço isolado da iniciativa privada, o regime da contratualização externa com as autoridades do turismo, possível a partir do momento em que o turismo religioso for classificado como produto estratégico, dá prioridade a este segmento e permite multiplicar o investimento na promoção turística de um para cinco. Por cada euro da iniciativa privada, o Estado aplicará quatro, desde que o público e o privado estejam de acordo quanto aos mercados a atingir.

Dez produtos estratégicos

"Se os mercados emissores forem objecto de consenso com as autoridades públicas, [estas] não só se comprometem a fazer acções que dêem visibilidade como torna possíveis os esforços dos privados", acrescenta o responsável da CTP.

Jorge Catarino reconhece que o turismo religioso "não é uma panaceia para o turismo português, mas provavelmente já tem uma dimensão suficiente e um potencial de crescimento que justifica que entre no grupo dos dez produtos estratégicos".

Desde 2006, o turismo religioso recebeu 5,2 milhões de euros de incentivos para um investimento total de 24,6 milhões de euros, de fundos do QREN e do programa de intervenção do turismo, segundo números do Ministério da Economia.

A estratégia de captação de mercados que parece traçar-se para o turismo religioso aponta em duas direcções: reforço nos mercados tradicionais da Europa e centro da Europa, nomeadamente Polónia e República Checa, e entrada em novos mercados como o Brasil, tirando partido de ser também um grande destino da TAP, para além dos EUA e Canadá.

Quanto à oferta, o sector quer associar o turismo religioso - sobretudo com destino a Fátima e Braga - ao património, à natureza e à gastronomia. No caso de Fátima, aponta-se a sua proximidade aos mosteiros de Alcobaça e Batalha, às serras de Mira d"Aire, Candeeiros e Sicó, para além da tradição gastronómica.

Uma grande diferença entre Fátima e destinos como Lourdes estará na forma como ambos são promovidos, com vantagem para o segundo. "Os franceses associam um conjunto de outros recursos turísticos", que não apenas o religioso. Por isso, sublinha Jorge Catarino, os turistas permanecem quatro a cinco dias em Lourdes, o dobro do tempo do que em Fátima, o que se reflecte na despesa feita por eles.

Governo, entidades do turismo e região estão de acordo que o baixo período de estadia dos visitantes e a fraca despesa têm sido dois pontos de debilidade do turismo religioso em Portugal e que devem ser melhorados.

O presidente da região de turismo Leiria-Fátima, que não tem dúvida de que foi João Paulo II quem deu "notoriedade universal" a Fátima, reconhece que a diversidade da oferta turística que complementa a visita à região tem crescido, "sobretudo a partir do momento em que as férias passaram a ser pagas", mas continua pouco desenvolvida.

Para além do património, da natureza e da gastronomia, David Catarino defende que a região deve também apostar no turismo de negócios, considerando que o baixo tempo de permanência só se combate "resolvendo a oferta complementar" e acredita que o projecto de um centro de congressos, da AIP, para Fátima, para um segmento mais barato do que Lisboa, pode trazer mais visitantes e atenuar as quebras dos picos do turismo religioso.

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 26 de May de 2010 11:26

Eu até nem gosto por aí além do Miguel Esteves Cardoso, mas esta crónica está linda.

Do Público

O Papa gosta de nós!
14.05.2010 - 09:46 Por Miguel Esteves Cardoso

O Telegraph de anteontem, falando da visita do Papa, traduziu "Viva o Papa" como Long live the Pope. No entanto, o long live está mais perto do nosso "Que conte muitos" do que do "Viva". O nosso "viva" não é nem isso nem o viva Zapata!, no sentido de "Deus queira que não morra!" O "viva o Papa!" só superficialmente significa que não queremos que ele morra. O nosso "viva" é mais um "Uau, o Papa!" do que o desejo que morra muito velho. O adjectivo long está a mais.
Este Papa já viveu muitos anos. Que conte muitos, já agora. Mas até do Papa anterior, que já morreu, os portugueses podem dizer "Viva o Papa João Paulo II!". O estar morto não interessa. Não se deseja que um morto conte muitos. Mas dão-se vivas a ele. Viva Luís de Camões!

A diferença entre Long live the Pope e "Viva o Papa" é enorme por ser cultural. O inglês é empírico: "Como gostamos (ou temos de fingir que gostamos) desta pessoa, queremos que ela viva muitos anos e que vamos continuar a gostar dela até morrer."

O português é apenas emotivo: "Que sorte! O Papa está aqui ao pé de mim! Eu até nem gostava dele! Mas agora gosto e quero que ele saiba que gosto muito dele! E, sobretudo, quero que ele goste muito de nós! E de Portugal!"

É uma especialidade nossa, isto de sermos mais do que hospitaleiros e teimarmos e tudo fazermos para que os nossos hóspedes gostem de nós, sejam estrelas pop ou pontifícias. Mas, sim, parece que o Papa alemão de quem ninguém gostava gosta de nós.

Re: Visita do Papa Bento XVI
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 26 de September de 2011 16:44

Tentei seguir a visita do Papa à Alemanha mas foi um pouco complicado, já que não percebo alemão e encontrar informação actualizada em inglês foi difícil.

Mas num site alemão com informação em inglês e num outro site alemão actualizado "ao minuto" com a ajuda (má mas enfim, deu para alguma coisa) do tradutor automático do Google deu para ir apanhando alguma coisa.

Creio já aqui ter falado do estilo de escrita do Papa, que admiro. No discurso ao Parlamento Alemão, ele não desmereceu a minha opinião e formulou esta definição feliz :

Citação:
Papa Bento XVI
A cultura da Europa nasceu do encontro entre Jerusalém, Atenas e Roma, do encontro entre a fé no Deus de Israel, a razão filosófica dos Gregos e o pensamento jurídico de Roma.

Cassima

Ir para a página: Anterior12345
Página actual: 5 de 5


Desculpe, apenas utilizadores registados podem escrever mensagens neste fórum.
Por favor, introduza a sua identificação no Fórum aqui.
Se ainda não se registou, visite a página de Registo.

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.