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Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: johnjoao (IP registado)
Data: 15 de March de 2004 02:46

É interessante ler seus comentários na paixão de Cristo e aprendê-los do perspectiva portuguesa diversa. O ponto que eu penso que sendo faltado por aqueles condendiendose a violência no filme é que a violência do Crucifixion reflete a gravidade do pecado do ser humano e do conflicto enterno do Jesu Cristo em suas últimas horas na terra. Nós somos conectados a sua dor e a angustia de seus mãe e amigos pelo mero fato que Jesu é humano, como Deus. Sua dor é algo nós se todos pensarem aproximadamente de quando nós tentado ao pecar. Os Iberiaos (e Lusitanos) abençõado com algumas imagens gráficadiciamas do Cristo crucificado. Mas aqui nos Americas, particularmente os países do norte, muitas denominações de Cristianos proíbem toda a imagem de Cristo no cruz junto. (Os catholics são mais afortunados.) A cruz é apenas duas partes de madeira envernizada unida junto. Sobre o tempo a mensagem foi perdida. Como uma bomba explodindo, a paixão de Cristo traz a mensagem para trás na luz pública. Era um ato da coragem para mel Gibson arriscar uma fortuna pessoal e produzir tal filme. Felizmente, o filme fêz um impacto grande aqui nesta sociedade pluralistica onde a maioria dos cidadãos é "pouco morno" ou religiosa indiferente. E isso traz um outro ponto acima. Está interessando também para anotar a conexão na violência que está sendo feita com o Crucifixion e o Inquisicion. Tão deplorable como ambo o evento é, o assunto do Inquisicion era um tópico favorito de catalicofobos em discussões pluralisticas nos anos sessentas. Agradeça o Deus, nossos vizinhos estão começando a compreender que nós e nosso relacionamento são muito mais melhor. Agora, nosso esforço não deve tornar-se indiferencia a nossa religião. Assim a roda gira um círculo cheio e talvez você compreende a importância do filme e porque originou aqi. Justo quis compartilhar de minhas idéias. Agradecimentos para trazer acima do assunto.

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: TZM (IP registado)
Data: 15 de March de 2004 16:13

Emilio Mondavarius é justo!

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 16 de March de 2004 00:45


António Monteiro, voltas a não responder ao que te é colocado, fazes avaliações que não têm sentido, levantas suspeitas sem nenhum fundamento e fazes acusações pessoais e aparentemente, porque desnecessárias e figurar a modo de resposta, como forma de te defenderes.

"Nada que tenha a ver com sofrimento e violência pode aproximar o homem de Deus" -- esta é uma afirmação completamente alienada do pensamento cristão. A Boa Nova, o Evangelho, é a própria Encarnação Deus que redime a humanidade com a sua Paixão, Morte e Redenção. E estamos todos avisados contra anúncios de outros "Evangelhos", como o que pareces propôr.

Ainda não justificaste nada do que disseste, lanças mais acusações e afirmações que confirmam que quem é estranho ao Catolicismo, verdadeira revelação de Deus, és tu e não eu. Espero que entendas isso e respondas de modo conveniente.

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 16 de March de 2004 00:59


Ana Almeida, que acusações ridículas!

"Pornográfico" é o que este filme não tem nada, está deprovido de qualquer conteúdo sexualmente explícito! E onde está a mesma acusação a outros filmes e conteúdos televisivos, esses sim claramente despudorados e sexuais??

"Prazer à exposição de violência" não é definição de "pornográfico". E no caso de haver quem tenha prazer propriamente dito ao ver o filme (Gibson sentiu realização pessoal do que Deus lhe pedia ao fazê-lo, não "prazer pela violência"), não passa de um pecador, sádico, provavelmente afectado pelos conteúdos gratuitos de violência e sexo espalhados na sociedade contemporânea. E é esse mesmo tipo de pessoa que não consegue ou não quer ver na Paixão a Redenção!!

Só não entendes o sofrimento da Paixão de Cristo porque tu, supostamente fiel à verdadeira Igreja, não deves ver sentido em rezar o Terço do Rosário (Mistérios Dolorosos) e a Via Sacra, porque não aceitas a Paixão de Cristo como tal, consoante o ensino da Igreja. Caso fosse, entenderias que as suas feridas realmente curam as nossas.

Uma pergunta: já viste o filme na íntegra?

Quanto a não financiares "gostos mórbidos", é mais eficaz que explicasses às pessoas o sentido da Paixão de Cristo, como eu tenho procurado fazer. Muitos mais irão ver o filme ainda que, permanecendo no teu engano e ignorância, tu não lhes saibas responder na sua condenação do Cristianismo (quando criticam o sentido de todo o sofrimento e da morte do próprio Filho de Deus, que realmente aconteceu).

E no "dahhhh" com que pareces não acreditar que este filme venha a revelar os "lobos em pele de cordeiro", assim o fazes porque ele o faz contigo. E se o dizes quanto à inspiração divina, eu acho que existe realmente, nada tendo que ver com fundamentalismo, mas com a comunicação verdadeira da essência da Paixão de Cristo.

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 16 de March de 2004 01:17


Emilio Mondavarius, volto a dizer que não esteja a ser justo, e foco para isso os comentários também de Carlos Santos. Bem diz ele que não podemos tomar a parte pelo todo. (e em relação a boas pessoas da América do Norte, posso citar ainda Thomas Merton, dando apenas um exemplo muito recomendável)

Claro que entendo a sua preocupação sobre se se pode confiar a Cruz de Nosso Senhor a Hollywood. Imagino que, pelo modo que fala, todo o tipo de filmes e DVDs sejam "em si mesmos" uma indústria diabólica. Caso contrário, colocaria a hipótese de existirem, nos nossos tempos, filmes bons e aceitáveis. Por exemplo, considerei positivo o recente filme "O Último Samurai", na transmissão da fortaleza de carácter que um homem deve ter (apesar de conter a violência da guerra, injusta). Outros há. "A Paixão de Cristo" é de uma diferença radical de tudo o resto. Gibson chegou a afirmar, que decidiu tomar o filme por inteiro nas suas mãos por "estar farto de Hollywood". Isso diz-lhe alguma coisa?

Não há que ser ingénuo, mas levantar esse tipo de suspeitas não tem rigor e é baseado numa recusa pessoal, legítima ou não, de uma indústria, que considero como evidente transmitir realmente muitas mensagens que não trazem nada de bom. Contudo, eu consigo "filtrar" certos conteúdos e apreciar os dramas humanos em boa parte dos filmes que vejo. Alguns são apenas lixo, outros claramente ofensivos. É preciso escolher o que se vai ver.

Eu sou deste mundo e não sou "inocente" (ou ingénuo). E voltou a ser injusto ao não querer apreciar correctamente a verdade dos factos, especialmente no que se refere às intenções próprias de Mel Gibson. Por favor, volte a considerar "com limpeza e seriedade" aquilo que lhe digo.

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 16 de March de 2004 01:54


Joaojohn, thank you so much for your comments! I think you made very interesting remarks! So, since I found you translation to be difficult to read, I offer to translate it in good Portuguese for you. I'm doing this because you're referring to aspects that are not being talked about over here. You can even send your future messages to me and I'll translate them for you! :o) Contact me using the e-mail above (jmao@mail.pt)

-- Tomei a iniciativa de corrigir a tradução da mensagem escrita por joaojohn, por achar que levanta questões muito pertinentes, que ainda não vi terem sido postas assim entre nós.


Joaojohn disse:

«É interessante ler os vossos comentários sobre 'A Paixão de Cristo' e conhecer as diversas perspectivas dos Portugueses. O ponto que acho não ter sido atingido por aqueles que condenam a violência no filme é o de que a violência da Crucificação reflecte a gravidade dos pecados da humanidade e o fardo que Jesus Cristo carregou, também interiormente, nas suas últimas horas. Estamos ligados à sua dor e à angústia da sua mãe e amigos pelo simples facto de Jesus ser humano, bem como Deus. A sua dor é algo sobre o qual todos nós devemos pensar quando somos tentados a pecar.

Os Ibéricos (e Lusitanos) são abençoados por terem algumas imagens muito explícitas com o Cristo Crucificado. Mas aqui nas Américas, particularmente nos países do norte, muitas denominações Cristãs baniram completamente a imagem de Cristo no crucifixo. A Cruz são apenas dois pedaços juntos de madeira envernizada. Com o passar do tempo, perdeu-se a mensagem. Como a explosão de uma bomba, 'A Paixão de Cristo' trouxe-se de volta a mensagem à atenção do público. Foi um acto de coragem, o de Mel Gibson arriscar uma fortuna pessoal e produzir um filme destes. Felizmente, o filme teve um grande impacto aqui nesta sociedade pluralística, onde a maioria dos cidadãos são "mornos" ou indiferentes à religião.

E isso levanta outro ponto. Também é interessante notar a ligação da violência feita na Crucificação com a Inquisição. Tão deploráveis quanto sejam ambos os acontecimentos, o assunto da Inquisição era um tópico favorito dos que atacavam o Catolicismo (catolicofobos) nas discussões pluralísticas dos anos 70 (60?).

Graças a Deus, os nossos vizinhos estão começando a compreender-nos e o nosso relacionamento é muito melhor. Agora, o nosso esforço não deve tornar-se em indiferença à nossa religião (?). Assim, traça-se um círculo completo e talvez compreendam a importância do filme e porque foi feito aqui, e o que provocou.

Queria apenas partilhar as minhas ideias. Agradeço que tenham levantado o assunto.»

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 16 de March de 2004 03:51


Joaojohn:

(a mesma mensagem, primeiro em Inglês, depois em Português)

I have been trying to tell everyone that that is what 'The Passion' is all about, the religious dimension of it! It's something to be experienced and that naturally affects us in a personal way. But as it seems, people just have prejudice against the authentic faith (in what concerns the meaning of the Passion of Christ) and the movie itself. All that I've been trying to do here is to try to guide people to what the movie truly intents and conveys. It seems that you're the first one here to really understand and see the importance of it, and since you write from the country (?) where it all is happening, you speak from a perspective that can iluminate us all! :o)

It wasn't unknown to me the notion that North-Americans have almost the opposite of the general European idea of Christ, on Him being the Saviour, Glorious and Resurrected, instead of our perspective of seeing crucifixes in many places churches, buildings, iconography, and having an ideal of an almost completely suffering Christ. And I was really interested in knowing if the general acceptance of the movie over there was because of the freshness of the experience of Christ's suffering, while over here people weren't as affected by it or completely put it aside as just "another" violent movie, since they are "bored" with the notion of a suffering Christ! Yes, to have both notions together, the Cross and the loving Jesus, would be what's right and that's Catholic teaching!

Over here, people have their mouths full about "how commercial and evil" Hollywood is, so they are suspicious of that, but in the country where the movie is coming from and where Hollywood is best known, people go for it because of the religious aspects or of the important person that is Jesus Christ -- if they wanted to see a bloodbath, they'd watch some other movie -- and they are leaving the theaters moved by it, in a positive, introspective way.

We have had a comment in this topic from someone who was apparently making that connection to the suffering of innocents in the Inquistion (Autor: Nmmm / Data: 12/03/04 22:12), common among Catholic bashers even today. What can you say about that?

I sincerely hope that Protestants (as well as unbelievers) come to a fuller, experiential understanding of Catholic doctrine and spiritually by watching this movie. And it is of course renewing the faithful's zeal and devotion, which is an evident fruit that supports the movie's quality and purpose.

Thanks for writing! :o)


--


Eu tenho tentado dizer a todos que é mesmo sobre isso que trata 'A Paixão', a sua dimensão religiosa! É algo a ser experimentado e que naturalmente nos afecta de forma pessoal. Mas parece que as pessoas apenas têm preconceitos contra a fé autêntica (no que diz respeito ao significado da Paixão de Cristo) e ao filme em si. Tudo o que tenho procurado fazer é tentar conduzir as pessoas ao que o filme realmente intenciona e transmite. Parece que é o primeiro aqui a realmente compreendê-lo e a ver a sua importância, e já que escreve do país (?) onde tudo está a acontecer, fala com uma perspectiva que nos pode iluminar a todos! :o)

Não me era estranha a noção de que os Norte-Americanos têm uma ideia geral sobre Cristo quase oposta à dos Europeus, que Ele é o Salvador, Glorioso e Ressuscitado, ao invés da nossa perspectiva, de vermos crucifixos em muitos lugares, igrejas, edifícios, iconografia, tendo a ideia de um Cristo completamente sofredor. E estava realmente interessado em saber se a aceitação geral do filme por aí se devia à frescura da experiência do sofrimento de Cristo, ao passo que por aqui as pessoas não se deixam afectar tanto ou o colocam completamente de lado como sendo apenas "outro" filme violento, dado que estão "aborrecidos" com a noção de um Cristo sofredor! Sim, ter as duas noções em conjunto, a Cruz e o Jesus amoroso, é o que está certo e é ensino da Igreja!

Aqui, as pessoas falam muito de "quão comercial e maldosa" é Hollywood, por isso suspeitam, mas no país donde o filme vem e onde Hollywood é melhor conhecida, as pessoas vão vê-lo por causa dos aspectos religiosos ou devido à importante pessoa que é Jesus Cristo -- se queriam ver um banho de sangue, assistiriam a um outro filme qualquer -- e saiem dos cinemas tocados, de uma forma positiva, introspectiva.

Tivemos um comentário neste tópico de alguém que estava a aparentemente a fazer essa ligação com os sofrimentos de inocentes na Inquisição (Autor: Nmmm / Data: 12/03/04 22:12), comum entre os que atacam o Catolicismo mesmo hoje em dia. O que é que pode dizer sobre isso?

Espero sinceramente que os Protestantes (como não-crentes) venham a ter um conhecimento mais completo, experimental, da doutrina Católica e espiritualidade, ao verem este filme. E é claro que está a renovar o zelo e devoção dos fiéis, o que é um fruto evidente que apoia a qualidade e propósito do filme.

Obrigado por escrever! :o)

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: Ana Beatriz (IP registado)
Data: 16 de March de 2004 11:25


Eu vi esse filme incrível, totalmente fiel aos escritos e estudos feitos relacionados com os sofrimentos vividos por Jesus, não deixem de ver é realmente chocante, os tais q dizem q Mel Gibson queria ofender os judeus ou seja lá quem for, não é verdade, a verdade é q a ousadia de Mel seja louvada, eu já era super fã dele, agora mais ainda, amei o filme não pelo aspecto violento com trataram o Filho de Deus mas os detalhes, as falas, todas as injúrias representadas por um elenco bárbaro de atores não muito conhecidos, mas q deram um show ao representar algo tão melindroso q é a história de Cristo, vejam e tirem suas próprias conclusões.

NÃO DEIXEM SER MANIPULADOS PELO SISTEMA QUE DIZ O QUE VC PODE E NÃO PODE VER, PESSOAS HIPÓCRITAS QUE QUEREM VIVER APARECENDO E POSANDO DE BONS, PORQUE NÃO SE LEVANTAM CONTRA OS CORRUPTOS QUE HABITAM NESTE PAÍS QUE FAZEM DO POVO BONEQUINHOS QUE PODEM SER MANIPULADOS PARA O SEU BEL PRAZER.

VEJAM VEJAM VEJAM VEJAM VEJAM VEJAM

CHEGA DE ACHAR QUE JESUS SÓ SOFREU UM ARRANHÃOZINHO E DISSE QUE PERDOAVA AQUELES MONSTROS QUE O CRUCIFICARAM...ELE FOI MALTRATADO NO PIOR TEOR DA PALAVRA!!!!!

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 16 de March de 2004 11:58

Mas ELE DISSE MESMO QUE PERDOAVA ÁQUELES MONSTROS QUE O CRUCIFICARAM...
E a n´so todos, tu inclusive que os crucificamos todos os dias, sempre que crucificamos algum dos nosso irmãos.

se o Inferno existe está vazio.

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 16 de March de 2004 12:19

Aqui está um exemplo de como este filem pode atiçar ódios em pessoas vulneráveis.
Este, de fcato é um cristo do nosso tempo, um Cristo pós-11 de setembro e pós 11 de março. Não é um cristo do pasolini ou um cristo de um Scorcesse, é um cristo de um tempo de sangue, tortura e morte, onde o sangue ( a mística do sangue de cristo) e o sofrimento e a violência aparecem exaltados em si mesmos como se tudo explicassem e tudo justificassem...


Por isso os construtores da Paz devem acordar.

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: ines melo (IP registado)
Data: 16 de March de 2004 17:16

Sr. João Oliveira
Adorei ver o filme, pois em nada me surpreendeu, conheço as escrituras, e sou muito devota de MARIA E JESUS , e tambem tenho em fotocópias os livros da mistica Anna Catherine Ammerich, os quais li e os acho maravilhosos, por isso já estava á espera de ver um "grande filme".
Só tenho uma dúvida que não me lembro de ter lido, o que significa quando NOSSA SENHORA enche as mão cheias de pedras e as deixa cair em seguida?
Há quem diga que o filme é violento, em nada o acho, pois foi o que fizeram na realidade a JESUS, e agora querem esconder essa realidade com palavras e imagens bonitas! o próprio JESUS o diz que perdeu todo o seu sangue pela salvação dos homens.
Não é mais violento os notíciarios que diáriamente nos massacram com notícias terriveis uma e várias vezes ao dia? fazendo até debates sobre elas para mais massacrarem os teleespectadores, e escondem por assim dizer as boas notícias?
Bem haja, quem leva o nome de JESUS a várias partes do mundo como o fez Mel Gibson .
Um abraço

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 16 de March de 2004 18:15


Aparece aqui uma pessoa a criticar o sistema, por outra perspectiva: uns dizem que Hollywood e a violência na cultura oprimem o sentido do filme, temos agora alguém que afirma que quem oprime a realidade da Cruz de Cristo é que é o manipulador. Não tenho como não concordar com a segunda perspectiva, mais realista.

Contudo, não sei o que leva a Ana Marques a dizer que Cristo não os perdoou!! Fico pasmado, quando vemos Jesus a dizer isso mesmo, a gritar isso mesmo, ao ser crucificado! Não se admite que Ele é que é o Senhor, Ele é que sabe como e a quem deve perdoar, restando-nos fazer tudo por imitá-Lo?

Ana, então agora "este" Cristo é do nosso tempo? Cristo ontem, Cristo hoje, Cristo sempre!

A experiência mística do sangue de Cristo já tem séculos de profunda e clara meditação -- os diários da Ven. Anne Emmerich são mesmo do séc. XVI... "Este" Cristo vem daí, uma experiência que tem que ver com a realidade da vida de Cristo e a comunhão pessoal com o seu sofrimento, a caminho da sua Ressurreição.

Não vejo que no nosso tempo haja com sentido algum "sofrimento e violência aparecendo exaltados em si mesmos como se tudo explicassem e tudo justificassem", a não ser no caso único da Paixão de Cristo.

Se há "ódios atiçados", é porque estão a ser infiéis à vontade de Deus, porque não encontraram verdadeira Paz, em suma, porque não se encontraram verdadeiramente com a Cruz de Cristo e não foram crucificados com Ele. E quem não experimenta e se humilha assim perante a Cruz, não pode falar bem dela nem muito menos dar bom testemunho. Logo, surjam essas situações onde surgirem, o culpado não é o filme, mas sim o pecado do qual as pessoas se começaram a libertar.

Usar mal as coisas boas é talvez a maior artimanha e mesmo escravidão à qual o diabo nos seduz. E o inferno existe sim, como um estado, porque há quem se tenha afastado de Deus, renegando-O, começando por esse caído em desgraça que nos quer levar consigo, muito subtilmente (isto é mesmo verdadeira doutrina católica). Deus perdoa, mas há mesmo quem não queira ser perdoado, cegos, enganados, egoístas, um grande drama do pecado original. Não vale a pena falar mais aqui, já que há tópico sobre isto. Só disse isto para contrariar a afirmação insensata sobre o assunto, aqui colocada.

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 16 de March de 2004 18:56


Cara ines melo, apraz-me ver que está bem informada.

A questão da Santa Virgem Maria "encher as mão cheias de pedras e as deixar cair em seguida" (não é bem em seguida, fica a segurá-las até a cruz começar ou acabar de ser levantada -- não me lembro assim tão precisamente), é um dos aspectos interessantes com que Maia Morgenstern, a actriz judia que representa Maria a Mãe de Nosso Senhor, enriqueceu o filme.

É uma tradição judaica, que ainda hoje se vê, de as mães atirarem areia, pedras e pó (consoante o "piso") por cima das suas cabeças, quando morrem os seus filhos. Ora, Maia Morgenstern lembrou-se desse pormenor e optou-se não atirar por cima da cabeça, mas por o deixar cair. Não sei qual o sentido teológico que tentaram exprimir, se Maria viu que Jesus ainda não tinha morrido (pouco provável), se Maria não queria impôr cinzas sobre si por acreditar que Jesus venceria a morte, que aquela não era uma morte como as outras...

Outro aspecto com que Maia Morgenstern contribuiu para o filme é a sua primeira deixa, ao recitar a liturgia de Páscoa judaica, ao acordar. Muito perspicaz e com um sentido particularmente cristológico, como é pascal!

Morgenstern significa "Estrela da Manhã", um título atribuído a Nossa Senhora pelos Padres da Igreja. E a actriz estava grávida durante as gravações... :o)

Um abraço para si,
João Oliveira

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 16 de March de 2004 20:15

João:
Claro que há muitso cristos ao longo da história e provavelmente nenhum deles esgota ou se aproxima da realidade que foi o hoemem históricamente situado chamadao jesus de nazaré.


A imagem do cristo loiro, de olhos azius, alto e traços finos, nariz de linhas direitas, que a iconografia nos apresenta, é apenas uma contrução imaginada da realidade histórica.

O cristo inventado em muitos belos textos medievais, o cristo dos delírios místicos, o cristo da arte barroca, o cristo das produções cinematográficas em avários estilos, são VISÕES DATADAS QUE NOS DIZEM MUITO, NÃO SOBRE O jESUS HISTÓRICO MAS SOBRE AS SOCIEDADES QUE PRODUZEM ESSES CONCENTOS DE JEUSU, EM CADA TEMPO QUE PASSA.


ESte filme de sangue éum filme dos tempos de hoje - um Cristo pós-11 de setembro e representa toda uma vivência de seitas funademntalistas cristãs nos EUA.

è-nos vendido, a preço de bilhte, um cristo de um tempo de sangue, tortura e morte, onde o sangue ( a mística do sangue de cristo) e o sofrimento e a violência aparecem exaltados em si mesmos como se tudo explicassem e tudo justificassem....

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 16 de March de 2004 20:24


Tu voltas a dizer o que disseste, eu volto a chamar-te à atenção para a experiência espiritual da Paixão, que é o que está em causa, que é uma vivência rica da Igreja desde o seu início (basta ler o resto do Novo Testamento, onde se fala em termos claros sobre o sentido da Cruz e lado perfurado de Cristo).

É perfeitamente obtuso que se classifique o filme apenas como representativo de "um tempo de sangue, tortura e morte", com base em "toda uma vivência de seitas fundamentalistas cristãs nos EUA". Está na altura de descobrires que tudo isto é experiência de séculos na Igreja pelo mundo, até muito antes da América ser descoberta, desde o início...

Acho que realmente é essa a única coisa que te falta perceber, já que procuras saber tudo o resto.

Acreditas que os sofrimentos de Cristo redimem os teus pecados ou não? Aceitas que Cristo tenha carregado sobre si todo o fardo dos pecados da humanidade, da tua humanidade (não só sofrendo corporalmente mas também espiritualmente por te amar)?

Já viste o filme?

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 16 de March de 2004 21:17

SIC Online
Joaquim Franco comenta o filme de Mel Gibson
2004-03-10 15:42

O filme "A Paixão de Cristo" estreia esta quinta-feira nas salas de cinema nacionais. A longa metragem, protagonizada pelo actor Jim Caviezel e assinada por Mel Gibson, conta a história das 12 últimas horas de vida de Jesus Cristo. A discussão em torno do filme começou ainda durante as filmagens, quando o Vaticano exigiu uma visualização prévia à estreia. As maiores críticas partem da comunidade judaica mundial ao alegar que a história do filme tem um teor anti-semita.

Paixão de Sangue

A polémica judaico-cristã

O tema não é novo. A discussão teológica entretanto gerada também não. Mas a "Paixão de Cristo" é uma aposta pessoal de Mel Gibson, um católico integrista. E como qualquer aposta pessoal, tem uma interpretação própria, uma leitura parcial, um ângulo definido.

Tendo a narrativa sido construída a partir do Evangelho de São João, o que mais cita os judeus como "culpados" pela condenação e morte de Jesus Cristo, este filme não evita o enquadramento do anti-semitismo.

A narrativa de "A Paixão de Cristo" consagra citações integrais do Evangelho (exemplo de Cristo quando se vira para Pôncio Pilatos e diz: "...a maior culpa é de quem Me entregou a ti"), mas resvala na criativa tendência de aprofundar a "culpa" dos judeus (exemplo de uma cena, que não existe nos Evangelhos, na noite em que Cristo é detido pelos guardas do Templo, em que Maria diz: "Levaram-No para esconder o crime deles").

A teologia moderna já concluiu - e o Concílio Vaticano II deu um passo nesse sentido - que a culpa judaica definida nos Evangelhos não pode ser "lida" à luz dos nossos dias.

Os quatro Evangelhos da Bíblia devem ser interpretados no devido tempo e espaço. Sob o risco de se alterar grosseiramente a história, enviesando o passado e manipulando o presente. Mas Mel Gibson não se preocupa com a exegese bíblica. Relata um Evangelho como implacável verdade histórica - o que nenhum dos Evangelhos é - e aplica as mais modernas tecnologias da imagem e do cinema, criando um filme tecnicamente perfeito.

A violência inédita

Há uma óbvia lógica comercial, própria do meio - o cinema -que determina a linguagem adoptada. Mais que o debate teológico, o que marca este filme é a violência na recriação da Paixão de Cristo.

Nunca as últimas horas de Cristo foram tão "cruéis". Os actores falam em latim e aramaico, a língua de Jesus, e a opção técnica do realizador é de uma eficácia tão atroz e inquietante quanto as imagens. Os pormenores da flagelação, da Via Sacra e da crucifixão são de um realismo perturbador, no limite do sadismo. Ajudado pelo próprio rosto, que corresponde ao imaginário ocidental do personagem histórico e religioso, Jim Caviezel tem um desempenho poderoso no papel de Jesus Cristo.

A mesma indústria que faz a "reconstrução" dos maiores sofrimentos com a facilidade das novas tecnologias, reencontra uma figura que a humanidade sempre relacionou com os limites do sofrimento, mas que nunca "viu" sofrer como agora.

Conhecem-se os estigmas religiosos, as sensibilidades do realizador, mas embora centralize todo o sofrimento numa única pessoa, numa só fé e cultura, o filme de Mel Gibson é uma exaltação do sacrifício, e acaba por ultrapassar os ícones conhecidos da Paixão de Cristo.

Nesta lógica, pouco importa se faz ou não um relato com solidez teológica. O espectador é confrontado com o lado mais negro do ser humano... a diplomacia da conveniência, a legitimação dos poderes a qualquer custo, o desejo mórbido de sangue, a tortura.

Mel Gibson "ressuscita" o maior entre todos os dilemas da Fé Cristã ou, porque não dize-lo, da humanidade... A vida mais sofrida, tem uma dignidade maior.

A escola da moderna comunicação explica que só se dá importância a um "acontecimento" quando este quebra as amarras da banalidade quotidiana. Ora, a morte elevada ao extremo sofrimento em vida gera sempre uma grande inquietação. Seja Cristo, seja um qualquer outro inocente ou um qualquer outro povo, que encontrou a "cruz" às mãos de um qualquer poder sem escrúpulos, perante o marasmo da indiferença humana.

É esta a grande virtude d' "A Paixão de Cristo", segundo Mel Gibson. Neste filme, sangue a mais significa...Indiferença a menos.

Joaquim Franco
Jornalista


Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 16 de March de 2004 21:50


A forma como este jornalista interpretou a questão não engloba a questão de sermos todos pecadores, e da Paixão tratar da redenção da humanidade, e por isso não avalia correctamente a questão.

Aqueles que blasfemaram e ofendaram a Jesus Cristo durante a sua vida e Paixão são todos criminosos e não o fizeram por serem judeus, mas porque são pecadores, como todos nós. Enquanto os críticos e jornalistas não perceberem isso, continuarão a inventar algo mais para dizer algo sobre o filme de certa forma que ainda não viram publicada.

Que se encerre definitivamente a acusação irresponsável e anti-cristã de "anti-semitismo"!

A intenção do uso da violência não procede de uma "lógica comercial", mas sim de uma realista experiência de fé!

Todos os outros escândalos da humanidade só o são na medida que lhes dá esta maior injustiça e iniquidade provocada ao Santo.

De facto, não é aquela lógica comercial a do filme, mas é a sua dimensão religiosa aquela que se procura evitar com este tipo de comentários condescendentes para com a importância de Jesus Cristo...

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: CARLOS SANTOS (IP registado)
Data: 17 de March de 2004 00:33

Meu caro João

Vi o filme do Mel Gibson duas vezes e acho que a única certeza que me fica é esta : -que Cristão tão pobre que eu sou, não sou sequer digno de pronunciar o Nome d'Aquele que deu a Sua Vida por mim e por toda a humanidade.
Às vezes o homem só lá vai com imagens com todo o realismo. É uma espécie de terapia de choque para um mundo que não é capaz de viver o Mandamento Novo do Senhor - AMAI-VOS COMO EU VOS AMEI, mais AMAI OS INIMIGOS.
Qual sangue a mais, qual anti-semitismo.
Aqueles que crucificaram Cristo fomos e seremos sempre nós, porque pecadores.
Santa Quaresma, tempo de Libertação do Homem Velho.

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: ines melo (IP registado)
Data: 17 de March de 2004 11:55

Sr. João Oliveira

Grandes são os seus conhecimentos e a sua fé, não sei se é padre ou simplesmente leigo, mas admiro-o pelo seu talento.
Eu, como já lhe disse fui vêr o filme, e irei vê-lo novamente com os meus filhos, digo a quem encontro e que me falam no filme para o irem vêr, pois ele marca-nos a alma.
Gostaria de saber qual a nacionalidade dos actores Jim Caviezel e de Maia Morg.
Gostaria de poder dizer ao realizador Mel Gibson que continue a fazer filmes sobre a vida de Cristo, agora a partir do seu nascimento, porque é necessário envagelizar muitos dos nossos jovens,que se dizem cristãos e que nada sabem sobre a vida de Cristo, porque nas suas familias não se convive nem se fala com o Salvador.

Um abraço

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 17 de March de 2004 12:41

Como não gosto de snuff movies nem sou adepta do marquis de sade, recuso-me a gastar os meus euros para ver um filme de tortura.

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