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Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 11 de March de 2004 18:49

Obrigado, Luís! :o)

Tenho comentários a fazer ao que disseste. Vi o filme ontem na UCP mas agora vou só dirigir-me às tuas críticas. Devo dizer que fiquei bastante desiludido quanto ao debate que se seguiu, com os Profs. João César das Never e Joaquim Carreira das Neves, por ter sido composto apenas das suas ideias feitas, com afirmações peremptórias, absolutas, até presunçosas (porque falsas) na forma como apontaram os supostos "erros" do filme. Fiquei impressionado com esta falta de sensatez por parte de ambos!

Este filme serve como experiência de meditação e oração dos Mistérios Dolorosos e da Via Sacra. Os cristãos têm experimentado profundamente esta espiritualidade ao longo dos séculos (recomendo a leitura deste artigo). Uma espiritualidade centrada na devoção à Santa Cruz, em que o crente medita em cada acontecimento particular da Paixão do Senhor e em cada ferida do seu corpo. Permite viver a redenção que Jesus nos traz: "pelas suas feridas fomos curados". Devo dizer que a experiência de o ver assim, no cinema, é totalmente diferente do que ao meditar em frente a um ícone ou quadro ou crucifixo! Aliás, mesmo com todos os trailers que vi repetidas vezes no PC, devo dizer que não são nada quando vi um outro numa sala de cinema antes de outro filme, quanto mais vê-lo por inteiro, do princípio ao fim. A magnitude e envolvência de uma boa sala de cinema dá-nos certamente uma melhor oportunidade de viver qualquer filme mais intensamente, e este parece ao mesmo tempo ser "só um filme", mas no entanto, é algo mais... E se, como já disse, se não encararmos este filme na sua evidente dimensão religiosa, não entendemos NADA!

Pelo contrário, é um filme histórico, mas não é documentário! Pelo seu impacto e pela sua fidelidade aos Evangelhos, é de louvar! Claro que tem boas interpretações artísticas, teologicamente sãs! Se considerarmos, honestamente, que o histórico só o teríamos se houvesse alguém a filmar a Paixão há quase 2000 anos atrás, isto é algo de bastante próximo. De facto, certamente Jesus sofreu mais do que o filme retrata ou consegue transmitir. A Paixão durou umas 12 horas, o filme tem 2 (e retrata ainda a Ressurreição em poucos segundos).

Mel Gibson diz o seguinte sobre o filme no prefácio do livro The Passion (com imagens do filme e citações bíblicas): "is not meant as a historical documentary. … I think of it as contemplative in the sense that one is compelled to remember … in a spiritual way, which cannot be articulated, only experienced." Acho que isto diz tudo.

Porque digo então, "histórico"? Porque há a intenção de rigor na caracterização das personagens, dos cenários, da própria língua que falam, etc. Se nos ficássemos somente pelos relatos bíblicos, ficaria ainda "menos histórico". Esta versão é real, viva, tem autenticidade! Principalmente, tem um valor teológico e artístico extraordinário!

O livro da Ven. Anne Emmerich não foi A principal fonte, como é óbvio, mas dela retirou inspiração devido ao relato profundo da Paixão que apresenta (em nada contradiz o Evangelho, mas leva-o ao detalhe). Gibson deve ter compreendido essa profunidade e daí não ter fugido da demonstração da violência, devido ao seu sentido redentor. Recorreu a diversas fontes da arte cristã e da Tradição para compôr o filme. Foram tomadas opções artísticas para o filme, como tem de ser, afinal, caso contrário ficaria no vazio ou "demasiado" longo... Acho o filme muito bem conseguido, dou-lhe pontuação máxima!

Os romanos fizeram Jesus Cristo sofrer tanto quanto Ele conseguiu aguentar. Aliás, quem perceber Latim, ouve-os a dizer que Ele tem uma resistência incrível quando lhe começam a bater. É certo que há uma força divina que sustenta e fortalece a sua humanidade, ou esquecemo-nos de que é Ele mesmo Quem é a Encarnação de Deus e que veio a ressuscitar? A forma como falas parece suscitar a ideia de que Cristo morreu mesmo à mão dos romanos! Como viste, obviamente que tal não acontece no filme, pois Jesus ainda carrega a Cruz e é nela crucificado, é mesmo nela que morre. Sim, a violência inflingida sobre Jesus, neste filme, talvez matasse um homem qualquer 3, 4 ou 5 vezes (um homem qualquer não teria sobrevivido), mas é preciso compreender que Jesus Cristo, na realidade, ainda deverá ter sofrido mais do que o filme apresenta. Afinal, os primeiros cristãos, crucificados, comidos por leões, entre outros tipos de torturas e mortes, do qual temos documentação com bastante pormenor, dão testemunho fiel d'Aquele a Quem não renegaram e por Quem deram a vida, e não o fariam se o mesmo Jesus Cristo houvesse passado por menos! Daí que não haja "exagero" na flagelação. O próprio Mel Gibson não só cortou cenas ainda mais violentas, mas disse que propositadamente não o levou mais além do que o que achava que aconteceu realmente, com as investigações rigorosas que fez com a sua equipa. Aconselho vivamente este artigo, que fala sobre os supostos "erros" do filme, deixando claro a presunção de apontar "erros" ao filme, não porque não seja histórico (porque o é, embora não sendo um documentário) mas sim porque há espaço para expôr fielmente esses acontecimentos de várias formas, especialmente em cinema.

Claro que é possível fazer uma versão mais "limpinha" da Paixão, podes vê-lo praticamente em qualquer filme anterior sobre Cristo! Mas seria mais real, mais aproximada a uma flagelação e crucificação romanas, particularmente aquelas que aconteceram com Jesus Cristo? Não! E o filme legitimamente não pretende esconder isso, até para que saibamos melhor o quanto devemos estar em tudo agradecidos a Deus em vez de nos queixarmos com "os nossos sofrimentos". Não há sadismo nenhum do filme, essa é uma acusação grave e absurda que tem que ver com a ignorância e cegueira de quem não quer ou não consegue ver a dimensão redentora de Jesus Cristo! E não houve nenhuma intenção sádica na apresentação dos sofrimentos, mas sim uma devoção profunda. Ainda há quem diga que a violência no filme é "pornográfica"! Que idiotice e malvadez!

Será demais do que algumas pessoas conseguirão suportar, mas demonstra a suprema humanidade de Jesus Cristo que, diante de Pilatos, feito numa "bola" de carne viva, continua a afirmar-lhe cara a cara que ele não tem poder nenhum sobre ele! Incrível!! E foi mesmo verdade!! Pilatos atemorizou-se com razão, Jesus é um homem diferente de todos os outros!

Não conseguem acreditar que Jesus tenha sofrido tanto? Ou não conseguem acreditar que Deus nos ame tanto, sofrendo assim pelos nossos pecados?

Quantos aos "erros" que citas...

1. Sobre Maria Madalena, não é nada certo que não tenha sido a tal prostituta! Permanece a dúvida e o sentido teológico permanece eminentemente válido. Quanto à questão histórica de que seja a mesma, não está de todo colocada de parte como afirmas! Claro que um teólogo/historiador puxa por um lado, outros puxam por outro...

2. Se fores a ler atentamente a Escritura, parece que muito fica por saber, se projectares tudo o que se relata mentalmente, como se estivesses a ver o que está a acontecer. Assim, a Escritura nem confirma nem desmente essa passagem! Mas, admito, talvez seja demasiada a forma como batem a Jesus quando o conduzem de Getsémani ao Sinédrio. E daí, também não sabemos, mas a Escritura deixa claro que o maltrataram, portanto acho muito justa a interpretação dos autores!

3. As legendas foram meticulosamente revistas (espero que façam o mesmo com as legendas em todos os países!!) e pelo que dizes, não me parece que seja nada fora do que se possa esperar! Mas começas a revelar a tua mentalidade "sola Scriptura" nesse aspecto também, infelizmente! Acho perfeitamente natural que os Apóstolos chamassem Mãe a Maria, imitando Jesus.

Fora o aspecto da violência -- que está lá porque assim foi! --, resta-te como aspectos negativos apreciações que nada têm a ver com o filme em si, que é sobre a Paixão! Isto é um filme sobre a Paixão! Já ouvi a ideia de que se puderia fazer uma trilogia, o primeiro com a vida de Cristo e o último com a Igreja nascente. Seria interessante, dado que em relação a este nada semelhante jamais foi feito, muito menos uma trilogia assim, com qualidade semelhante à deste filme!

A intenção de Gibson era a de ir ao essencial, de redescobrir a dimensão do amor de Deus naquele momento culminante da história de toda a humanidade. Acho que conseguiu, como nunca ninguém o fez, ao retratá-lo na arte do teatro e cinema.

O propósito deste filme, conjugando a visão mística com a arte cristã, é preciso entendê-lo como está num dos artigos que citei anteriormente, «Since God's purpose is not to improve upon Scripture but to inflame the will with love, the source of the details are ultimately irrelevant to that purpose. In the end, the Church judges the authenticity of such writings not by these details but whether anything is contrary to faith and morals. It does not, therefore, guarantee that every detail is true, only that it is theologically safe.» Parece-me que o mesmo se aplica a este filme, dadas as recomendações já feitas por diversos bispos e arcebispos (como um "nada obsta" e "veja-se" -- em vez de "imprima-se", imprimatur -- oral).

Posto isto, espero que os próximos cristãos a colocarem aqui a sua crítica ao filme, se tenham dado tempo para meditar sobre o filme, para rezarem (conforme consigam) e só então, acolhidos os sofrimentos de Jesus e se ter dado uma certa aceitação dos mesmos na própria vida, o comentem.

João Oliveira

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: Nmmm (IP registado)
Data: 12 de March de 2004 22:12

Ah, a "Santa" Inquisição nunca torturou nenhum inocente? Quer dizer que ao torturarem para ele confessar, muitas das vezes aquilo que nunca fez, já tinham a certeza da culpa? Mesmo culpado, será que alguém tem o direito de torturar? Se o que interessa é a salvação da alma e não a do corpo então atire-se de um décimo andar...


Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: Emilio Mondavarius (IP registado)
Data: 12 de March de 2004 22:44

Tendeis calma!

O unico fito desta gente é vender bilhetes de cinema!

É intolerável que se comam pipocas enquanto Cristo é crucificado!!!

Falta seriedade e valor em levar no cinema nos dias de hoje um tema tão sério!

Um sacrilégio!!!

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 13 de March de 2004 22:32



Nmmm, para quê esse descabimento e ignorância?

Espero que este filme possa trazer para o debate público a revelação absoluta sobre a verdade e o amor que Jesus Cristo manifestou, e a plenitude da Fé que permanece na comunhão da Igreja Católica.

Ideias feitas como as que tem sobre a Inquisição (pelo que diz, demonstra parcialidade ou ignorância) devem ser afastadas pela razão do que realmente se tratou. E com isso, nada diz sobre o filme. Completamente desapropriado e mal informado.


Emilio Mondavarius, não está a ser justo.

A intenção de Mel Gibson ao fazer o filme foi honestamente cristã, e isso vê-se no resultado do filme. Vender bilhetes não é de modo nenhum o seu "único fito", muito menos esteve isso como prioridade. É claro que o filme será visto por muita gente, que naturalmente comprará bilhetes! Ainda bem!

Certamente que alguns entrarão para este filme de pipocas na mão -- também achei isso estranho! Da segunda vez já não o farão, parece-me. O cinema está aberto a todos, será uma forma daqueles que pouco ou nada percebem de Jesus Cristo, embora se achem cristãos ou sejam mesmo baptizados, passarem a questionar-se, a buscar respostas. É preciso ir ao encontro deles e dar-lhes então a entender o sentido sagrado da representação que viram.

Não podemos é dizer que o filme não deva estar nos cinemas, de todo. Estejamos nós de olhos e ouvidos abertos, acolhendo as reacções, recebendo as pessoas e dando-lhes o verdadeiro sentido às interrogações que colocam ou que, sem saber, se sentem impelidos a colocar.

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: CARLOS SANTOS (IP registado)
Data: 13 de March de 2004 23:05

Olá a todos.

Ainda não vi o filme.
Espero vê-lo em breve.

Há contudo e desde já, na mente de muito bom filho de Deus, ideias demasiado rígidas e a roçar o intolerante que eu não gosto. Deus não faz acepção de pessoas e eu também não o desejo fazer, porém, nestas coisas da arte há que ter calma e deixar o artista (Mel Gibson) mostrar o seu talento.
Não à condenação sumária dos Judeus, povo que merece todo o respeito, sim ao diálogo ecuménico. As Religiões todas elas (disse Religiões, não seitas...) são credoras de todo o respeito.
Desapaixonadamente vejamos mais um filme... é só mais um e depois cada um, no silêncio interior tire as suas conclusões com respeito pelas ideias e reflexões feitas pelos outros, nossos irmãos... em Cristo, que deu a Vida por todos, repito todos...
De um católico - Ministro da Comunhão da Igreja Católica.
Um abraço fraterno para todos.
Logo que tenha visto o filme partilharei com todos as minhas conclusões, até lá - serenidade e todo o respeito pelas ideias de uns e outros.


Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 00:12


Carlos Santos, espero que possa mesmo ver o filme. Como já o vi mais que uma vez, posso dar-lhe o conselho de que se prepare meditando nos Mistérios Dolorosos e na Via Sacra como preparação! Acredite que é eficaz e permite que atravessemos os brutais sofrimentos de Nosso Senhor com o sentido posto na nossa conversão e acção de graças.

O seu manifesto respeito pelas outras "religiões e não seitas" inclui o respeito pela Verdade que transcende todas as outras, a absoluta revelação de Deus em Jesus Cristo?

Eu digo: vejamos o filme apaixonadamente! Vivamos a Paixão! :o) Por favor, não vá "ver um filme"! Viva em oração, na pele esta admirável representação da Paixão!

E quando o vir, aconselho a que não "tire conclusões" precipitadamente, ou seja, sem se basear na sua experiência de conversão. É isso que o filme testemunha e é para isso que serve. Suponha que também tenha essa intenção quando fala em "silêncio interior".

Um abraço fraterno para si também!

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: VMTH (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 00:30

Caro Joao Oliveira,

Em primeiro lugar quero-te apresentar as minhas desculpas por ter criado um topico de forum com o nome igual ao um teu anterior! Confesso que nao tinha reparado! Assim, em sinal de boa vontade, aqui deixo (no teu forum!) a minha analise final desta transcendente obra de arte que tanta polemica tem suscitado!. Um abraço para ti Joao!


REFLEXÃO SOBRE O FILME

THE PASSION OF THE CHRIST


por VICTOR M T HENRIQUES


Carissimos,


Quero começar por esclarecer que esta minha reflexão não é uma “crítica de cinema”, pois a obra de Mel Gibson não é um simples “filme”, é antes sim, uma grandiosa obra de arte católica e um ponto de viragem na História da Humanidade.

Quem podia dizer que após 2.000 anos, em que dois longos milénios se passaram, a grande discussão intelectual e cultural se centrasse numa obra cinematográfica que narra de forma minuciosa e detalhada a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo? Num mundo secularizado e repleto de mentiras, dominado por um ódio demoníaco à Verdade, especialmente à Verdade de Deus; num mundo mergulhado no pecado e orientado pelos egoístas desejos humanos; num mundo desfigurado pela fealdade, onde o que é belo é atacado, principalmente a beleza da criação Divina; num mundo assim, quem poderia imaginar o mega-exito de bilheteira e a resposta genuinamente vinda do coração a uma verdadeira obra-de-arte, que exige tanto do espectador?

As emoções extremas provocadas pelo filme, obrigam-nos a fornecer uma resposta íntegra e sincera numa espécie de teste à nossa Fé. «Irás tu ver o filme ou não?»; «Acreditas ou não no filme?»; «Obedecerás aos Seus Mandamentos ou não?». Existiu alguma vez uma peça de arte tão miraculosamente concebida a separar os “lobos em pele de cordeiro” dos “cordeiros”? Ou verificar se os “cordeiros” seguem o seu Pastor ou preferem ficar afastados? O filme, de facto, só pode ser de inspiração Divina.

O Mel Gibson disse numa das suas entrevistas que o verdadeiro realizador da obra era o Espírito Santo. Por isso, foi duramente criticado na imprensa norte-americana. Num plano histórico, o que ele disse nada tem de invulgar. Todos os artistas, poetas e músicos, desde o início dos tempos, experimentaram a sua dependência de uma força exterior que opera através deles, e que os leva a produzir o produto final. No entanto alguns artistas arrogantes presumem que está neles próprios a fonte do seu génio. A maioria dos grandes artistas, apelaram para “musas” ou pela “inspiração divina” ou pelo próprio Deus que os assistisse. Nessa perspectiva, agradeciam à fonte inspiradora o seu trabalho criativo, como por exemplo Bach que escrevia “S.D.G.” (“Soli Deo Gloria” – Glória só para Deus) no final de suas composições. O realizador de The Passion Of The Christ merece por inteiro figurar entre esses grandes artistas.

As vozes rancorosas da imprensa negam a Mel Gibson o estatuto de artista. Um “verdadeiro artista”, de acordo com o seu julgamento perverso, é aquele que ridiculariza Jesus Cristo, como muitos personagens no filme Lhe fazem durante a Sua passagem pela Via Crucis. Arte para esses pseudo-juízes, é por exemplo um crucifixo dentro de um boião repleto de urina, ou um “retrato” da Bem-Aventurada Virgem Maria em cima do esterco de animais, ou ainda sugerir que o Nosso Senhor Jesus Cristo mantinha relações amorosas com Maria Madalena ou mesmo relações – contra a natureza humana – com os seus discípulos. Esta é a verdadeira arte que revela profundos sentimentos de espiritualidade, dizem os esquerdistas, os liberais, os “intelectuais” e outros opinion-makers da nossa praça. Mostrar a Verdade da Paixão, do sofrimento do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, leva-os a violentos e agressivos ataques, tal como um demónio confrontado com um crucifixo.

As mesmas vozes que cantam hosanas e louvam aos céus os excessos sanguinários de filmes de F. Ford Coppola, S. Spielberg, Q. Tarantino, agora se po~em em bicos dos pés, escandalizados – quais virgens pudicas – e horrorizados perante a “violência excessiva” da obra prima de Mel Gibson. É a prova mais evidente da sua hipocrisia caluniosa.

O nosso tempo assemelha-se bastante com o dos Romanos. Como os Romanos, vivemos numa sociedade sedenta por sangue. Durante décadas o cinema norte-americano se encontra bem repleto de sangue. Nunca se questionou seriamente a violência simulada dos milhares e milhares de crimes da mais diversa ordem, que as nossas crianças assimilam via cinema, televisão ou jogos electrónicos. Chama-se a isso liberdade artística. Tal liberdade acaba no entanto quando esta se reporta ao Nosso Senhor Jesus Cristo. A Sua Paixão não pode ser mostrada ao público. Porque não?

É claro que o simples facto prende-se – embora essa vozes rancorosas cheias de ódio nunca o admitam, mas bem o sabem! – com o que o Seu Sangue representa, em oposição flagrante a todo esse sangue derramado durante anos e anos nesses mesmo écrans. E o realizador tem o cuidado de focar bem este ponto e deixa-lo expresso de forma muito clara. Essa tão criticada “violência” é o Seu Precioso Sangue oferecido em Sacrifício ao Pai em reparação dos pecados do mundo. O Seu Precioso Sangue tinha de ser derramado, e por entre milhares de outras causas , porque os pais do nosso tempo, amam tão pouco os seus próprios filhos, que desejam que se possa permitir serem assassinados no útero da mãe; ou se sobreviveram, que possam observar sem freios os horrores sanguinários e várias outras obscenidades que lhes causarão feridas na alma para a eternidade. A preciosidade do Sangue de Cristo é sublinhada na magnífica cena quando a mulher de Pilatos – Cláudia Prócula - oferece as toalhas brancas às duas Marias. Impossibilitadas de cuidar das feridas de Jesus, pois Ele já tinha sido arrastado dali, elas ajoelham-se no pátio e secam-no do Sangue, deixando-O ser absorvido pelas toalhas. Elas, ao contrário do que alguns pensam, não estão a limpar o chão!!!
Elas estão a resguardar o Seu Preciosíssimo Sangue, esse Sangue tão atacado na imprensa, e pela auto-denominada “intelligentsia”. Eles sabem bem isto, e é isso que os enfurece.

O obra The Passion Of The Christ também deve enfurecer a Igreja Católica pós concilio Vaticano II. Deus, na Sua Infinita Sabedoria, permitiu que esta grandiosa obra-prima de arte católica dos nossos tempos, fosse criada por um católico tradicionalista. Numa Igreja pós-Vaticano II, que desviou o olhar da Paixão de Nosso Senhor, Mel Gibson oferece esta dura realidade aos olhos do mundo. Ele fez mais trabalho apostólico em 15 dias de exibição do filme, que toda a hierarquia católica nos últimos 40 anos. Nesta igreja pós-conciliar, com seus discursos modernistas onde deixou de haver Inferno; na construção de novas igrejas desprovidas de espiritualidade e simbolismo religioso; com liturgias de dançarinos e com a adopção de “acólitas” no altar; com o folclore de padres tipo Marcelos Rossi’s, onde é que há lugar para o Preciosíssimo Sangue de Cristo?
Não certamente nas “mesas de refeições” (esses “altares” da Igreja Católica pós-conciliar), certamente também devido às arrogantes posições dos teólogos reformistas que permitiram que se alterasse no momento da Consagração as palavras que tornam o vinho no Seu Precioso Sangue. O maior dos sacrifícios está de volta, infelizmente não nas igrejas do pós-concílio; está no ecram, colocado com fé, devoção e amor por um grande artista, para ser testemunhado por milhões de espectadores que já se tinham esquecido dessa grande e infinita oferta, ou por aqueles que nunca disso se tinham apercebido.

E disso Mel Gibson, correctamente coloca na legendagem (inglesa) a tradução da expressão de Nosso Senhor Jesus Cristo, “pro multis”, como “for many” (“por muitos”) o que é revelador do trabalho de precisão que o filme oferece. Aliás não é necessário ser linguista ou génio para perceber a tradução correcta dessa expressão latina. A falsa tradução “por todos” durante a Consagração na Missa pós-conciliar, mostra como a amor da Igreja Católica pós-Concílio ao ecumenismo é maior que o seu amor às palavras de Cristo.

Aliás esta magnífica obra-de-arte católica do III milénio, encontra-se intimamente ligada à própria celebração da Santa Missa Tridentina. Para Mel Gibson – amante da Tradição, e conhecido católico seguidor do concílio de Trento – a Missa é sobretudo o Sacrifício de Jesus, renovação incruenta da Paixão. Reparem por exemplo no uso do latim. Conhecem o argumento já exausto dos católicos pós-conciliares contra o uso do latim na Missa? “Oohhh!... As pessoas não entenderiam nada! Ninguém iria às Missas!” Quando Mel Gibson anunciou que o seu filme era falado em latim e aramaico, logo inúmeras vozes apareceram dizendo que seria um “flop”. Quanto a esse argumento, a realidade encontra-se presentemente a dar-lhe a resposta, o que em analogia, revela a mentira deliberada e a desinformação vinda da Igreja após o Vaticano II. Aproveito agora a propósito desta questão, para citar o conhecido jornalista católico italiano Vittorio Messori que num artigo publicado em 18.02.2004 escrevia: “Gibson, católico tradicionalista, conhecido pela sua fidelidade à Missa Tridentina – que aliás assistia todos os dias durante as filmagens – sabe que o que importa não é «compreender com as palavras», como querem os novos liturgistas, de cuja superficialidade se lamenta Mel, porque lhe parece blasfema. O valor redentor dos actos e dos gestos que têm o seu cume no Calvário não necessita de expressões que todos possam compreender. Esta película, para o seu autor, é uma Missa: faça-se portanto, em uma língua obscura, como o foi durante tantos séculos. Se a mente não compreende, melhor! O que importa é que o coração entenda que tudo o que sucedeu nos redime do pecado e nos abre as portas da Salvação (...) O prodígio, portanto, parece-me que se tenha realizado: Passado uns instantes, abandona-se a leitura das legendas para entrar, sem distracções, nas cenas terríveis e maravilhosas que se bastam por si mesmas.”

Mas existem mais alguns maravilhosos momentos durante o filme, que captam o olhar e o coração, para não falar nas próprias almas, dos católicos tradicionalistas. O uso do latim e a correcta tradução de “pro multis” é apenas o principio. Que dizer daquele momento glorioso, quando a cruz é finalmente erguida no solo com Nosso Senhor nela crucificado, em que Maria Madalena, percebendo que está diante do Sacrifício do seu Senhor, cobre a cabeça com um véu? E o que dizer daqueles que amam Jesus e se ajoelham diante da sua crucificação, do seu Sacrifício? E ainda, o que dizer da Santíssima Virgem Maria, que nessa primeira Sexta-feira Santa, se aproxima da cruz para beijar os pés ao Seu Filho, num gesto tão bonito e repetido por milhões de católicos ao longo dos séculos? Não tenho dúvidas que existem inúmeros outros momentos sublimes, nesta belíssima obra prima deste homem devoto da Fé Católica Tradicional. E como uma qualquer obra de arte, exige certamente diversos olhares de múltiplos ângulos, para a apreciarmos no seu pleno.

Para os não-católicos que viram este filme ou que o criticaram negativamente, temos para com eles a obrigação da caridade. É a perfeita ocasião de falar aos pobres dos protestantes a ligação entre a crucificação e a Real Presença do senhor na Pão consagrado. Através deste brilhante “piece-of-art”, Mel Gibson já nos forneceu todo o material para os levarmos à conversão. Também lhes deveremos explicar o papel central da Virgem Maria na História da Salvação. Temos ainda a obrigação de explicar que este filme não é anti-semita. Devemos sim, compreender o papel fundamental que o povo judeu teve nos planos providenciais de Deus. Assim como à 2000 anos desempenharam involuntariamente um papel crucial nos planos de Deus, actualmente, com as suas críticas carregadas de ódio, raiva e sede de vingança, tornaram este filme num fenómeno global que será visto por milhões de pessoas. Deus continua a usar essas pessoas e esse povo; do seu ódio, Ele transforma-o num bem em prol de toda a Humanidade. É nosso dever, ajuda-los na conversão à Verdade, a finalmente aceitarem o Messias que morreu por eles.

Quase ao início do filme, o realizador mostra Pedro a negar por três vezes o Nosso senhor Jesus Cristo. Numa das cenas, o olhar de Cristo cruza-se com o de Pedro e este reconhece de imediato a sua culpa e arrependimento. A sua quase imediata resposta a Maria , que caindo aos seus pés, diz chorando “Mãe, eu neguei-O!”. Que um dia um outro seu sucessor, possa vir a ter um semelhante momento de revelação e que a exemplo das pegadas do primeiro Sumo-Pontífice possa dirigir-se aos pés da Virgem. Será o triunfo do seu Imaculado Coração, oferecendo ao mundo um período de paz, e a completa restauração da Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.

Em nome de todos os católicos tradicionalistas, quero-te agradecer Mel Gibson! Agradeço-te por teres ajudado a mostrar a possibilidade dessa restauração e dar às almas a esperança neste tempo de sofrimento e dor. Tu lembraste-nos o que podemos esperar deste mundo. “Se eles me odeiam” diz Nosso Senhor aos seus discípulos no filme, “Eles também vos odiarão”. Obrigado por fazeres mais rica a nossa Quaresma, e por nos ajudares a carregar a nossa cruz.

Um abraço a todos do,

VMTH


EXTRA ECCLESIAM NULLA SALUS!

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: Observador Passionista (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 01:30


Caríssimo VHTH,

Por mim, e acho também que pelo João Avlis - perdão, João Oliveira! -, podes continuar a manter/usar o tópico "The Passion of the Christ" (sem aspas), pois ninguém, a não ser o L. G., censurar-te-á por isso...

Assim como ninguém tem o direito - segundo o livre-arbítrio/boa-fé -, a censurar-te/condenar-te (inquisitorialmente!) só por teres ideias de Fé / tendências religiosas (levemente) diferentes, eventualmente mais conservadoras/tradicionalistas, quando tais "católicos" fecham o olhos, farisaica/cobardemente, a "autênticas heresias" (que bradam aos Céus!)...
Era o que faltava!...

Um abraço cem por cento Cristão, conservador, "tradicionalista" - ou não respeitássemos também a Tradição a 100/99/90% (ao contrário dos "modernistas")...

- Nós Vos adoramos e bendizemos, Jesus,
- Que pela Vossa Paixão remistes o Mundo!

O. P.


Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: António J. Monteiro (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 03:01

Já vi o filme... relamente é mais uma americanada gratuitamente violenta.
Parece que o Gibson está farto de facturar, depois do Mad Max e da Arma mortífera1, 2 3 e 4 , vai ganhar mais uns milhões.

Sugiro que o João Oliveira, que tem tempo para isso, esteja atento aos ecos públicos do uso que tão crande cristão vai dar ao dinheiro ...

Prefiro o relato dos evangelhos... o sangue a salpicar a Câmara não traz nada de novo. Quanto a análises da paixão fico-me pelo cardeal Martini

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 10:23


VMTH, obrigado pela atenção, não tens que pedir desculpa! :o) Eu mesmo também deixei este tópico sem actualizações durante alguns dias, de modo que outros se lhe sobrepuseram e o remeteram para os tópicos mais antigos.

Volto a agradecer os teus comentários ao filme, e de novo com as ressalvas que indiquei na minha resposta, no outro tópico.

João Oliveira

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 10:27


A minha ideia ao sugerir que se clarificasse o título do tópico era de o adequar mais ao seu conteúdo, deixando livre apenas um tópico com o título do filme, para comentários concretos sobre ele. Tanto quanto fosse possível fazer essa correcção segundo a apreciação do seu criador e dos moderadores, acho que seria bastante útil para os utilizadores. Não tive nenhum tipo de "crítica" ou "censura" presente quando propus essa alteração.

João Oliveira

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 10:36


Pois, António Monteiro, poderia dizer-se dos teus comentários que são uma "portuguesada gratuita" também... com o propósito de agredir, insinuar suspeitas e más-intenções, e sem quereres experimentar a mensagem do filme pelo que vale em si mesma. Além de não pareceres acreditar que foi a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo que te possibilitam a salvação, te tornam justo perante Deus, mediante a aceitação dos méritos de Cristo, te oferecem a própria relação com Deus, que não existiria verdadeiramente de outro modo. Claro, não percebendo isso, não se percebe nada sobre a genuína mensagem e intenção do filme.

Eu não sei bem o que te falta perceber, ou porque achas que não se ganha nada, em relação à Paixão de Cristo numa representação cinematográfica, muito bem feita, por sinal. Era preciso inventares que o sangue "salpica" a câmara e que o filme "não traz nada de novo", quando de facto é único, inovador e fiel como nunca foi um filme, ao mais profundo sentido evangélico (e do ponto de vista artístico, com uma fotografia simplesmente extraordinária, mais todos os pormenores especificamente históricos e culturais, de adereços, cenários, etc.)?

Espero que possas descobrir o sentido religioso do filme, ao invés de, como me parece -- diz-me se me tiver enganado --, te manteres encerrado nas polémicas semi-políticas, semi-comerciais em que se pretende "discutir" o filme.

Quanto ao uso que Mel Gibson ("grande cristão"?) faça dos lucros, isso não me diz muito, mas também admito que seja, de certa forma, uma questão de consciência pessoal que deve ser procurada viver segundo a vontade de Deus e, como católico, deve ser "responsabilizado" por todos nós. Certamente que Gibson está ciente de que irão "estar de olho" nele. Além disso, sempre me pareceu um homem muito prático e simples na forma como vive (à escala própria da sua riqueza, entenda-se).

Quanto a "análises" (?) da Paixão, não sei se já leste e rezaste bem "A Ciência da Cruz" de Edith Stein (Sta. Teresa Benedita da Cruz), mas fica-se com um outro horizonte que apenas o do Cardeal Martini (para citar apenas um bom exemplo). É o tipo de profundidade mística que, tanto quanto conheço, não é sua graça. Mas talvez isso não te interesse, infelizmente. Contudo, recomendo-o vivamente!

P.S.: Vou tendo tempo para o que acontece de importante e me é dado comentar. Graças a Deus por ir tendo capacidade de o reconhecer e abordar os assuntos conforme a sua verdade. Não tenho razões para me arrepender do que tenho descoberto sobre a humanidade no que se refere à reacção à mensagem de Cristo, com este filme.

João Oliveira

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 10:54


A única coisa verdadeiramente gratuita no mundo encontra-se na própria Paixão de Cristo e não é a violência, mas sim o Amor de Deus. Mesmo esta violência, profetizada, tem sentido e não equivale à de explorações cinematográficas despudoradas.

Este filme impressiona, imprime em nós a extensão do Amor de Deus, que pode cobrir todo o nosso sofrimento e todo o nosso pecado, se apenas nos convertermos e aceitarmos a sua Misericórdia. A maior violência é, de facto, para nós mesmos e todos os que nos rodeiam, não vivermos a vida em santidade. A Paixão de Cristo é um testemunho vivo, em carne viva mesmo, de tudo isso, no momento da recapitulação do género humano.

João Oliveira

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: António J. Monteiro (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 12:46

Realmente para o J.O. surgiu um novo santo...S. Mel Gibson! ´

Viste o filme dele que deu ontem na na tv? o arma mortífera 4?

Vocês são mesmo inocentes.... não percebem que é tudo cinema e dolares?

Se dizes q

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: António J. Monteiro (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 12:50

ue ele te inspira, vê-se pela evolução do teu pensamento em que sentido. O que vale é que és um puto e vais ainda viver muita coisa.

Nada que tenha a ver com sofrimento e violência pode aproximar o homem de Deus... só o pode afastar dos outros homens. Resumindo este filme é desnecessário ao anuncio da boa-nova! E mais não digo!

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: ana almeida (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 13:07

As explorações cinematográficas despudoradas de violência grauita estão muito em voga. Alguns críticos chegam classificar este filme como pornográfico, porque a exposição á violência e á tortura dá prazer a muita gente - se não não haveria um comércio mundial de snuff movies, que move milhões...
Nesse sentido, este é um filme pornográfico.

Mas não há nada de novo neste fascínio pela tortura e pela morte.
Até há bem poucos tempo as pessoas acotovelavam-se para assistir ás agonias dos torturados e condenados á morte. Há sempre qualquer coisa de voyeurismo perverso na alama humana que torna a visão da tortura fascinante.

Como não pretendo cultivar este gosto mórbido, recuso-me a encher os bolssos de mr Gibson e das seitas fundamentalistas cristâs que patrocinam o filrma.

Já não bastam os fundamentalistas muçulmanos e os judeus ortodoxos, agora assite-se á explosão do fundamentalismo cristão...

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: ana almeida (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 13:11

"Existiu alguma vez uma peça de arte tão miraculosamente concebida a separar os “lobos em pele de cordeiro” dos “cordeiros”? Ou verificar se os “cordeiros” seguem o seu Pastor ou preferem ficar afastados? O filme, de facto, só pode ser de inspiração Divina"



dahhhhhhhhhhh

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: joaojohn (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 14:34

It is interesting to read your comments on the Passion of Christ and to learn of the diverse Portuguese perspective. The point I think being missed by those condemning the violence in the movie is that the violence of the Crucifixion reflects gravity of mankind’s sin and it’s burden on Jesus Christ in His last hours. We are connected to the His pain and the anguish of His mother and friends by the mere fact that Jesus is human, as well as God. His pain is something we should all think about when we are tempted to sin.

Iberians (and Lusitanians) are blessed with some very graphic images of the Crucified Christ. But here in the Americas, particularly the northern countries, many Christain denominations ban the image of Christ on the crucifix all together. The Cross is just two piece of varnished wood attached together. Over time the message has been lost. Like an exploding bomb, the Passion of Christ brings the message back into public light. It was an act of courage for Mel Gibson to risk a personal fortune and produce such a movie. Fortunately, the movie has made a big impact here on this pluralistic society where the majority of the citizens are "luke warm" or religiously indifferent.

And that brings another point up. It is also interesting to note the connection in the violence being made with the Crucifixion and the Inquisition. As deplorable as both event are, the subject of the Inquisition was a favorite topic of Catholic “bashers” in pluralistic discussions in the 70's.

Just wanted to share my ideas. Thanks for bringing up the subject.


Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: CARLOS SANTOS (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 14:43

Caríssimos

Pelo que leio neste fórum dá-me a ideia que há pessoas que para ele escrevem, que, a meu ver, até dizem coisas interessantes, mas deixem-me que vos diga que a única VERDADE é ELE e nós na nossa pequenez deveríamos todos, no respeito pelas ideais dos outros, enyender que ELE é tudo menos FUNDAMENTALISTA. ELE não fez nem faz acepção e pessoas. Para ELE todos somos, independemente dos nossos erros, muito queridos e amados.
Assim para quê algum tipo de agrssão virtual (novel estilo das pessoas se agredirem)... quem não falha atire a primeira pedra... eu cá por mim não mando nenhuma a ninguém, não vá ela ricochetar e vir contra mim...

Quanto aos dólares e à sociedade americana (a da coca-cola), de facto não vive os valores perenes, mas, como em todas as sociedades confinar o povo americano aos da passadeira vermelha é como que tomar a parte pelo todo... também de lá sairam e saem figuras de grande estatura humana a título de exemplo LUTHER KING, mas muitos mais.... os há anonimamente.

Enfim as modernices americanas deixam qualquer um de cabeça à roda mas... lá também, como em qualquer parte do mundo há pessoas de estatura.

SER PESSOA MAIS OU MENOS....

Nós podemos morar numa casa mais ou menos,
numa rua mais ou menos,
numa cidade mais ou menos,
e até ter um governo mais ou menos.

Nós podemos dormir numa casa mais ou menos,
comer um feijão mais ou menos,
e até sermos obrigados a acreditar mais ou menos no futuro.

Nós podemos olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos.
Tudo bem.

O que nós não podemos mesmo, nunca,
de modo algum,
é amar mais ou menos,
é sonhar mais ou menos,
ser amigo mais ou menos,
é namorar mais ou menos,
é ter fé mais ou menos,
é acreditar mais ou menos.

Senão corremos o risco de nos tornarmos pessoas mais ou menos !
Será isso que queremos ???????????????

Abraço a todos.
Já agora bom Domingo (Dies Domini).

Re: "The Passion Of The Christ"
Escrito por: Emilio Mondavarius (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 20:27

Emilio Mondavarius não está a ser justo?

Julgais que o filme foi feito pelos lindos olhos de Jesus?

Estás enganado!Isto é uma máquina infernal e diabólica para comercializar os lugares nas salas de cinema, os dvd e as cassetes que depois aparecem nos supermercados.
Até a polémica é bem-vinda pois assim mais enchem as salas com curiosos que noutra situação nunca lá se deslocariam.
E o tanto sangue destina-se a atrair o publico dos filmes de violência gratuita tipo rambos, para temas sérios e que deviam ser apresentados com outra limpeza de intenções!

Emilio Mondavarius é justo!

Joao Oliveira é inocente ou não é deste mundo!

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