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Pedido de ajuda
Escrito por: M. Martins (IP registado)
Data: 02 de March de 2010 15:52

Viva.

Peço que alguém me oriente, se puder ou souber.

Um casal meu amigo, está já à alguns anos a tentar ter um filho. Separadamente nenhum deles apresenta qualquer problema. No entanto a esposa não engravida.

Há cerca de meio ano partiram para uma solução na base da inseminação artificial. No entanto, após várias e dispendiosas tentativas nada resultou.

Sou amigo do marido desde a altura em que andávamos no grupo de jovens. São um casal que já tem mais de 40 anos, e sentem que estão a ficar sem tempo.

O que me leva a pedir orientação, é que ele, hoje, desabafou mais uma vez comigo, e disse-me que mais uma tentativa para a esposa engravidar tinha falhado. Sem querer ele começou a chorar, e disse-me que decidiu hoje deixar a igreja, pois tantos anos como cristão exemplar (que é), e após tantos anos a pedir a Deus a graça de ter filhos, sente-se ignorado por Deus.

Tentei consolá-lo, mas confesso que é difícil. Fiquei com um nó na garganta. E apesar de eu ser agente de pastoral e ter alguma preparação e formação, é muito difícil lidar com um desencanto e com um vazio tão grande. Ele sente-se bastante infeliz.

Ele argumenta que não se zangou com Deus, mas sente que foi Deus que se zangou com ele. Que não o ouviu. E que não vai voltar à igreja, pois sente-se rejeitado por Ele.

Disse-lhe para ir procurar orientação junto do padre, mas além de toda a tristeza sinto que também há alguma revolta.

O que posso eu dizer-lhe?

Grato

M. Martins

Re: Pedido de ajuda
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 02 de March de 2010 22:19

Caro M. Martins:

Cada caso é diferente e será a prudência e o conhecimento que temos da outra pessoa a ditar o que é mais conveniente dizer-lhe.

Em todo o caso, devemos começar pelo mais óbvio, mas que poderá ser muitas vezes esquecido: mais importante que «dizer» é ouvir. Às vezes poderemos não ter muito a dizer, senão a nossa presença e «simpatia» (no sentido etimológico de «syn+pathos», «sofrer com»). Queimar esta etapa e avançar para soluções «pré-fabricadas» (as que nós poderemos ter no «arsenal» argumentativo) pode ser fraca ajuda, por não dar suficiente espaço ao acolhimento do «desafogo» do nosso interlocutor. Antes de dizer, ouvir.

Depois, naquilo que dissermos, teremos que ter em conta que de alguma forma sempre nos projectamos... Especialmente quando pelo meio se mete o tema «Deus», a que fizeste referência. Nessa altura entram em acção as imagens de Deus com que funcionamos, nem sempre muito purificadas, nem sempre muito cristãs. E nisto temos de ter sempre muito cuidado, quer quando expomos aquilo que pensamos, quer quando damos o nosso «feedback» ao que o outro nos diz sobre Deus. Os amigos de Job «sabiam» muita teologia, mas saíram-se bastante mal...

Ânimo, e que possas animar!

Alef

Re: Pedido de ajuda
Escrito por: sol (IP registado)
Data: 03 de March de 2010 00:12

que adoptem. se não podem ter filhos naturais, que os tenham não pela barriga mas pelo coração. ser pai é muito mais do que dar a carne e o sangue, é dar a alma. e é por isso que deus é o nosso pai, ou não?

Re: Pedido de ajuda
Escrito por: Anori (IP registado)
Data: 03 de March de 2010 15:45

A revolta, a mágoa, a sensação de rejeição é natural...surge como uma espécie de confronto a Deus, de desafio... O que mais custa compreender é que a fé não é esquema nem tem base naquilo que queremos, mas sim na tranquilidade de que aquilo que é melhor para nós nos será dado..."Deus escreve direito por linhas tortas!"...

Visto que
Citação:
M.Martins
"...Separadamente nenhum deles apresenta qualquer problema."

Eu aconselharia, e com toda a seriedade que tem o assunto experimentarem a Hipnose Clínica...se não o fizeram já.

Espero não receber comentários ofensivos com base nesta sugestão, pois são muitos os testemunhos de pessoas que conseguiram resultados...
Houve um programa na RTP1 à pouco tempo dedicado a este tema, em que uma psicóloga diz ter sido surpreendida pela eficácia da técnica e do conhecimento de si mesma que obteve, depois de ter decidido experimentar com base na má relação com a mãe, com quem não conseguia ter uma aproximação, no vazio interior e numa doença (cancro) que a levou a concluir que alguma coisa estava mal com ela, no fundo...na alma.
Lembro-me do especialista convidado, era o psicólogo clínico Vasco Oliveira.

Deus não pode resolver assuntos que temos de ser nós a resolver...se um pai decidir fazer sempre as contas de dividir ao seu filho, ele um dia quando o pai não estiver por perto não vai conseguir resolver as contas sozinho...pode parecer simplista, mas é exactamente a mesma coisa.


”Há muito mais entre o céu e a terra do que o Homem imagina”. Pascal



Editado 1 vezes. Última edição em 03/03/2010 15:55 por Anori.

Re: Pedido de ajuda
Escrito por: M. Martins (IP registado)
Data: 03 de March de 2010 17:26

Viva amigos.

Obrigado pelos vossos contributos.

Ainda não tornei a falar com esse meu amigo.

Anori, quanto à hipnose clínica, sei que não a fizeram. Será uma uma hipótese? não sei. Quanto à adopção, eles querem muito um filho biológico Será uma opção que eles vão reconsiderar? também não sei.

O Alef deu uma boa sugestão. Acompanhá-los neste momento de maior instabilidade, e lentamente ir sugerindo outras hipóteses como alternativas. Não como soluções. A decisão terá que ser deles.

A par de tudo isto, há outras situações paralelas de que eu tenho conhecimento já há muito tempo, como o caso de um primo dele, que por acaso é ateu, ou melhor dizendo, é completamente anti-religioso.

Eles já trabalharam juntos, e esse primo fez-lhe a vida negra em termos profissionais, usando da mentira e desonestidade. A firma em que trabalhavam faliu, e foram os dois para o desemprego. Esse meu amigo recomeçou a vida profissional novamente num escritório com o ordenado mínimo. Já o primo, teve a sorte de arranjar "um tacho" numa empresa a ganhar significativamente mais.

Esse meu amigo tem estudos superiores.

O primo tem o antigo nono ano. (penso que incompleto),

O meu amigo está ligado de forma activa à igreja e a actividades caritativas.

O primo só interessa por futebóis e farras.

Além disso tem três filhos.

Sendo ou não lícito estabelecer comparações, a minha mulher bem diz que realmente ao meu amigo não há Deus que lhe valha.

Eu venho-lhe dizendo que esse tipo de comparações não se deve fazer. Mas será mesmo que não?

É por essas e por outras que a minha mulher diz que não se mete em religiões. Como ela diz em tom de brincadeira:

- Não te proíbo de ir à Missa, mas não me venhas evangelizar.

Agora fora de brincadeiras, quando esse meu amigo estabelece comparações dessas não será lícito que se sinta abandonado por Deus?

M. Martins

Re: Pedido de ajuda
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 03 de March de 2010 18:25

Olá M.

É complicado dar-te conselhos sobre como agir num caso desses. Quando nos sentimos abandonados por Deus, é muito difícil conseguirmos sentir os argumentos que nos apresentam.
Pode ser muito errado mas é humano e inevitável fazer essas comparações. Como conseguir que o teu amigo se sinta melhor? O conselho do Alef parece-me bom. Mais do que isso dificilmente terá resultado, enquanto o coração dele estiver amargurado.

Quanto à questão dos filhos, suponho que eles, melhor do que eu, saberão os tratamentos que poderão fazer. O que posso adiantar é que sei de alguns casais que andaram vários anos e se sujeitaram a vários tratamentos para ter filhos e acabaram por conseguir.

Despeço-me com um poema de Camões sobre a injustiça do mundo, que sempre me disse muito:

Ao desconcerto do Mundo

Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado.

Luís de Camões


Um abraço

Cassima

Re: Pedido de ajuda
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 03 de March de 2010 19:11

Olá Martins,

Eu poderia dizer para dizeres ao teu amigo para ter esperança, que ainda iria conseguir ter filhos e embora essa hipótese seja verdadeiramente válida, pode ter prazo, até ao ponto em que biologicamente por condições de idade e de biologia, isso não é possível (a não ser por uma intervenção muito especial de Deus, que acontece não porque é nossa vontade que aconteça, mas porque é Sua vontade que aconteça).

A partir desse dia nada mais poderíamos argumentar.

Eu penso que na vida criamos expectativas, sobre aquilo que queremos alcançar e que nos é legítimo tentar alcançar, mas vamos conseguir alcançar apenas alguma coisa daquilo que pretendemos. Outras vezes surgirá a frustração e o desânimo. Vem-me à cabeça a vida de Paulo, ele sabia que iria passar por muitas tribulações e preocupações, mas sabia que iria sair de todas elas, porque tinha um aliado fraterno e amigo, que era Deus, que nunca o abandonava embora não o livrasse das tribulações. Acredito que Paulo tenha sentido algumas vezes o peso da derrota, pois certamente não conseguiu tudo aquilo que planeou , mas nunca perdeu a palavra certa para este caso: confiança.
Muitas vezes não sabemos por onde vamos embora queiramos ir por algum lado. Algumas portas se fecham, mas outras se abrem.
Parece-me que esse seu amigo tem legitimas aspirações e deve mantê-las, mas com filhos que tempo lhe sobraria, para servir na Igreja, para se dedicar á comunidade? Nascemos todos com qualidades especiais e penso que Deus pode ter visto nessa pessoa qualidades especiais para se dedicar á comunidade, às pessoas, mais até do que a vocação para a paternidade.
Não estou a dizer para o seu amigo desistir das suas pretensões, pelo contrário deve mantê-las, mas deve tentar olhar as coisas com mais confiança. Eu sei isso é um pedido muito dificil, mas talvez eu tenha ajudado.
Vítor.

Re: Pedido de ajuda
Escrito por: anibla (IP registado)
Data: 04 de March de 2010 18:00

Não o posso ajudar...

Apenas vi este post e decidi referir o meu caso.
Tenho 42 anos, tal como o meu marido, e também estou a tentar ter o meu 1º filho. Casei quase com 40 anos, com o meu 1º e único namorado. Um problema raro (e desconhecido dos médicos portugueses... teve de ser um médico espanhol a dar o nome do problema) de pele fez-me afastar de qualquer intenção de casamento. Até que conheci o meu marido, tinha eu 38 anos. Casámos 14 meses depois. Começamos a pensar num filho. Áo fim de 8 meses de tentativas, engravidei. Fiz uma ecografia, às 7 semanas e poucos dias, e, segundo o médico, o coração batia e o embrião era grande. Mas suspeitei, porque me disse que eu estaria de 6 semanas e 4 dias. No dia em que completava 9 semanas, fui fazer nova ecografia (estava a ser seguida pela médica de família e por um obstetra particular, daí as 2 ecografias tão próximas, mandadas fazer sem um médico saber da existência do outro). O meu bebé já não estava vivo... Fui internada e fiz curetagem... no dia em que completava 41 anos. 9 meses depois, novamente descobri que estava grávida. Felicidade e medo... que tudo voltasse a acontecer. E voltou. A felicidade durou apenas 1 semana. Isto aconteceu a 5 de Julho de 2009.

Aguardo que Deus não me abandone nesta minha caminhada... Tenho 42 anos... Com esta idade já não serei mãe, pois faço anos em Setembro. Mas gostaria que fosse possível ser mãe aos 43. Eu tenho esperança.

Quanto à solução apontada acima, a adopção, só mesmo quem está a passar por elas sabe que esse conselho, neste momento, não é o melhor. É o conselho de alguém que, certamente, tem filhos. Por isso, não é capaz de medir o sofrimento que alguém passa quando tenta, tenta... e não consegue... Quer um conselho de quem sabe o que o seu amigo está a passar? Não lhe fale em adopção. Isso seria o mesmo que dizer-lhe abertamente que nunca conseguirá ter o seu próprio filho. O seu amigo vai conseguir. Apenas está numa fase em que "foi abaixo". Acontece-me tantas vezes. Deixe-o chorar. Ouça-o. Não lhe dê conselhos como se o desejo de ter filhos biológicos não fosse importante... Como se aceitar um filho de outros (através da adopção) compensasse o facto de não estar a conseguir ter os seus. Isso, a acontecer, terá de vir "de dentro", nunca como conselho de alguém que não está a viver a situação. É óbvio que concordo que se ama de igual forma um filho adoptado. Mas, sinceramente, se alguém agora me aconselhasse a adoptar um filho, nem lhe quero dizer as palavras rudes que teria de conter para não o insultar.

Já escrevi muito... desculpe.

Isto tudo para lhe dizer apenas que ouça o seu amigo, mas não lhe dê conselhos... principalmente os que ele não quer ouvir. Está zangado com Deus... mas não é com Deus que ele tem esta zanga. É com ele mesmo... e ele sabe disso. Ouça-o e não mostre que você não acredita que ele vai conseguir... Se não conseguir dar esperança (por não acreditar já na possibilidade), não diga nada... ouça... mostre que está ao lado dele. Esta é a melhor forma de ser amigo. E Deus, ele irá acabar por saber que nunca o abandonou.

Força para o seu amigo

Re: Pedido de ajuda
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 04 de March de 2010 18:31

Olá anibla

Lendo a tua luta e desejo por ter um filho lembrei-me de um artigo que li há relativamente pouco tempo, sobre uma mulher que conseguiu engravidar após muitos anos de tentativas e 18 abortos espontâneos.

Coragem.

Abraços

Cassima

Re: Pedido de ajuda
Escrito por: sol (IP registado)
Data: 05 de March de 2010 02:23

anibla (e outros)

eu não tenho filhos, nem nunca tive, embora gostasse de os vir a ter. sou mulher e como tal entendo a alegria e sensação que será estar a gerar uma vida nas nossas próprias entranhas (nós, simples humanas, tão frágeis, tão cheias de dúvidas, a tomar conta de um serzinho tão pequeno!? que coisa linda!).

não sei se o meu corpo o deixará. nem se o corpo do meu futuro marido o deixará. nem sei sequer se os nossos corpos juntos nos permitirão ter filhos, ou se os filhos que gerássemos seriam saudáveis.

mas acima de tudo quero ser mãe. eu e o meu futuro marido queremos ser pais. e para sê-lo, antes do filho ser gerado, é preciso amá-lo. nós, que nem casámos, já amamos os nossos filhos que nem existem sequer. e é desse amor que se faz a paternidade, não da carne que os nossos filhos terão.

assim, que importa se os nossos filhos partilham ou não os nossos genes? se nós temos tanta vontade de partilhar (e multiplicar) o nosso amor, porque não entregá-lo a quem verdadeiramente precisa, em vez de tentar violar o nosso corpo em função de uma pessoa que nem sequer existe?

sei que posso parecer fria, e já tive bastantes discussões com quem anda anos a fio a tentar engravidar. não consigo compreender o que pode levar alguém a ir contra o seu corpo (tratamentos hormonais, inseminações artificiais com implantação de 4 ou 5 embriões, são o quê?) quando no fundo o que deveria importar é o amor a uma criança e SER PAI.

o que sinto perante isso é um profundo desprezo por quem compreende que a paternidade é mais do que o sangue, por quem adopta uma criança que já existe, que já precisa mesmo de pais. como se esse filho não o fosse verdadeiramente, como se essa paternidade fosse menor. S. José não foi pai de Jesus, e no entanto foi-o verdadeiramente.

peço desculpa se pareço dura nas palavras, mas isso dói-me - a mim, que ainda não sou mãe e não sou adoptada. dói-me porque no fundo muitos de nós/vós criticam o aborto em função da adopção que afinal não é mais do que um parente pobre da paternidade...

tenho (aliás, sempre tive) uma postura muito crítica em relação à procriação medicamente assistida. como Cristã, como pessoa que reza a Deus pedindo-Lhe nada mais do que "a Sua Vontade", acho que seria mais importante começarmos por aceitar aquilo que Ele nos coloca como desafio do que violarmos o nosso corpo por uma vontade que se torna numa obsessão, e de obsessão em capricho. para se fazer uma criança em laboratório, quanta saúde, energia, bem estar e dinheiro não se gasta! e quantas crianças ficam em instituições, quantas que apenas uma migalha dessa energia não faria felizes!

desculpem se me excedi, realmente sinto que o fiz; mas é o que a minha alma sente e este assunto comove-me.

quanto aos filhos (ou dinheiro... ou saúde... ou sorte... ) como recompensa de Deus, não me consigo deixar de lembrar da imagem de Deus no Antigo testamento -aliás, todo este mostra estas coisas terrenas como manifestações do amor de Deus pelos seus fieis. para ver Deus assim é ir a uma dessas igrejas que pregam o Deus mercantilista do "dou para que me dês", com essa teologia da abundância que nada tem de cristão!

o amor de Deus não se vê nos "presentes" mas sim na maravilha perante as pequenas coisas da vida.

ps. editei para deixar este link...

[www.paroquias.org]



Editado 1 vezes. Última edição em 05/03/2010 02:32 por sol.

Re: Pedido de ajuda
Escrito por: M. Martins (IP registado)
Data: 05 de March de 2010 10:41

Cassima, Victor, Anibla, Sol, obrigado pelos vossos testemunhos.

Tocou-me de uma forma especial o da Anibla e o da Sol.

Inclusivamente, um dia, vou mostrá-los a esse meu amigo.

Realmente, Sol, tens toda a razão.

Digo que um dia os vou mostrar ao meu amigo, porque nos tempos mais próximos decidi não lhe emitir qualquer opinião sobre o caso. Ele está demasiado revoltado para conseguir o discernimento necessário.

Vou deixar que o tempo o faça "digerir" tudo isto.

Não vou insistir para que volte à Missa. Talvez um afastamento temporário lhe faça mais bem do que mal.

No entanto vou acompanhá-los.

Como que "casualmente" vou-me encontrando com eles, até para ver como está a relação entre os dois. Estas situações podem deixar mazelas num casal.

Mais não posso fazer. Também eu tenho andado um pouco em baixo com tudo isto, pois coloco-me a situação dele.

Apenas posso orar a Deus por eles.

São as "penas" pelas quais temos que passar na vida. Uns de uma forma, outros de outra. Temos que as saber aceitar e seguir em frente.

M.

Re: Pedido de ajuda
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 05 de March de 2010 22:18

Não penso que devemos minorar o apelo biológico, para termos filhos biológicos. Há cerca de um mês assistia a uma tertúlia aqui em Aveiro com o professor Daniel Serrão e ele dizia que biologicamente a função mais importante do homem e todo o ser vivo sexuado é reproduzir-se. Morremos porque nos reproduzimos, disse ele. É através dos filhos biológicos que parte de nós fica neste Mundo, que nos eternizamos de certa forma. Acontece em algumas espécies animais o sujeito transmitir o seu material genético e morrer por causa disso.

Reproduzir, transmitir o nosso material genético não é coisa pouco importante.
Abrir mão dessa finalidade biológica acontece algumas vezes, por amor a terceiros(por exemplo um adoptado), por um motivo de força maior, por um serviço à comunidade. Foi nessa perspectiva, espero agora melhor entendida, que falei no serviço à comunidade, a terceiros por parte desse amigo. Essa pessoa pode ter um dom muito grande para o serviço a terceiros, um coração tão grande que não se sustenta "apenas" com o amor pelos filhos, mas pelo mundo inteiro, como Jesus.

Concordo mais com a opinião da anibla, que não se deve dizer a esse futuro pai(será-o temos confiança) que deve adoptar, pelo menos, não por enquanto. Não vou abrir debate aqui sobre técnicas de reprodução medicamente assistidas.



Editado 1 vezes. Última edição em 05/03/2010 22:20 por vitor*.

Re: Pedido de ajuda
Escrito por: AnaRita (IP registado)
Data: 07 de March de 2010 01:43

Muitas fazem abortos, outras querem ter filhos e não os têm! Quem entende este mundo?

Re: Pedido de ajuda
Escrito por: AnaRita (IP registado)
Data: 07 de March de 2010 01:54

M. Martins


Diga ao seu amigo que vá ao médico dele e peça por:

(Aquasol A 50.000 I.U.)


Ao fim de 3 meses diga-me alguma coisa!

Rita

Re: Pedido de ajuda
Escrito por: Anori (IP registado)
Data: 08 de March de 2010 20:16

E porque faz sentido...

Dr. Mário Simões

[camaraclara.rtp.pt]

Re: Pedido de ajuda
Escrito por: sol (IP registado)
Data: 13 de March de 2010 20:58

m. martins,

antes não tivesse razão e todas as crianças pudessem ser acolhidas num lar, feitas com amor e recebidas com o mesmo! peço a Deus força para aceitar o que Ele me puser à frente: quanto maior o desafio, mais felizes ficamos a ultrapassá-lo.

mas para desanuviar, lembrei-me desta música no que toca a pensar que os problemas alheios são sempre mais fáceis de resolver, ou que só nós é que temos problemas a sério (mesmo que os dos outros não estejam à vista...)

muita força para o seu amigo e que depois da revolta venha a confiança!

[www.youtube.com]



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