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Santos, em que creo?
Escrito por: maroccando (IP registado)
Data: 11 de February de 2010 00:24

Os Santos que veneramos.

Aprendí que quando morremos, nossa alma fica em estado de repouso esperando que Jesús venha ou, o día do Julgamento. Agora bem minha dúvida é respeitante aos Santos que veneramos e pedimos que intercedam por nós, deseaba obter um esclarecimento sobre qual é o estado dos Santos, se resuscitaram, se como nós ficaram em repouso, se passam a ser seres celestiais. De que maneira é que intercedem por nós ante Deus.

Obrigado por uma resposta.

Re: Santos, em que creo?
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 11 de February de 2010 21:27

Ola Maroccando.

A questão que colocas é muito interessante no que concerne à situação dos que morreram na Graça, na amizade de Deus.

Muitas vezes somos tentados a apreciar a vida além-morte com critérios temporais, esquecendo que aquele que morreu saiu da dimensão espacio-temporal, e passa à dimensão da eternidade.

Ora, a eternidade é distinta da perpetuidade. Eterno é diferente de infinito.
E isto a propósito de quê? Na ternidade não se aplica o tempo e o espaço. Eternidade é ausência de tempo e de espaço, com todas as consequências que daqui advém!

De facto, os que já morreram não estão em situação temporal. Para eles, o passado, o presente e o futuro são vividos em eterno Presente.

Para eles, a Ressureição, que para nós é Futura, dá-se na entrada para a Vida Eterna.. Nós é que, vivendo no tempo, a ele estamos sujeitos em absoluto.

Com razão dizemos que cremos na ressureição da carne. Nós cremos, nós, que no tempo e com o tempo vivemos.

Eles já se libertaram deste tempo. Eles já chegaram à ressureição da carne. Eles já estão na Consumação do tempo.
Precederam-nos nesse Futuro que, para eles, começa post-mortem.

Eles são santos. São pessoas que viveram a vida com Deus.
Já ressuscitaram, pois para eles já não se pode aplicar o conceito de "espera", próprio de quem vive no tempo. Eles vivem a ressureição no Eterno e Imutável Presente.

É evidente que Deus não precisa que estes santos Lhe recordem acerca das necessidades dos outros.

Mais: o Unico Intercessor, de quem procede todava intercessão, é Cristo, Filho de Deus, da mesma Substãncia do pasi, que assumiu a natureza humana.
É por Cristo, em união com Ele, que estes santos intercedem, pois que a Cristo estão unidos.

Mas acerca do tema da intercessão dos santos, vou-te transcrever o texto que publiquei noutro tópico, em que se tratava deste assunto:

Ora, não iremos certamente encontrar no texto bíblico nenhuma afirmação do género: "Recorrei e orai aos santos".
O que encontramos é o tema da intercessão, que é um tema profundamente bíblico. Vemos Abraão interceder (Gn 18,23-33;20,7),vemos Moisés interceder (Ex 32,11-14), vemos em Jeremias o tema da intercessão (Jr 5,1; 7,16-20; 14,1-15,4), em Ezequiel (Ez 22,30) e em Amós (Am 7,2.4-6). Ora, o tema da intercessão está bem patente nos escritos do AT, especialmente no sentido do justo que intercede pelos pecadores. Será também este o tema que estará na base dos chamados cânticos do servo sofredor de Isaias. E no novo? Vemos Paulo orar a favor dos seus fiéis (Rm 1,9-10; I Ts 1,2; II Tm 1,3)), vemos fiéis a orar em favor de Paulo (Rm 15,30), vemos fiéis a orar por outros fiéis (Cl 4,12). Muitos outros exemplos poderiam ser citados, mas não quero ser muito exaustivo, e nem julgo necessário, porque certamente conheceis a Bíblia.

A dilação a tirar é a de que é obra boa, salutar, nobre, orar pelos outros. Dentro deste contexto bíblico, é o que nos aparece na Sagrada Escritura. O tema da intercessão dos santos foge um pouco ao ambito da exegese, se bem que se possa falar dele em termos bíblicos. Esta intercessão dos santos é um daqueles aspectos doutrinais que se pode encontrar de forma incoativa, intencional, e não de forma clara, apodictica, directa.

Vemos, pois, que na Escritura, o justo (expressão cara ao At), e os santos (nome que recebiam os cristãos na Igreja primitiva), devem orar pelos outros, pedir em seu favor a Deus. Fazem-no porque pertencem ao Povo de Deus, e porque fazem a experiência da Fé, da vida de comunhão com Deus. Fazem enquanto caminham connosco, no meio de nós. E quando morrem? Deixaram de ser membros de Cristo, membros da Igreja? Certamente que não. É, pois, absolutamente correcto do ponto de vista bíblico, entender que estes justos e santos que já estão na visão plena de Deus, intercedam junto do Senhor a nosso favor. Quando vemos no NT o tema da intercessão, certamente que o autor dos textos sabia que Jesus é o único Mediador e intercessor junto do Pai. Mesmo assim, conforme vimos, o tema da intercessão de uns por outros é frequênte. Mas jesus é o único Mediador.

Parece uma contradição? Mas não é! O que se passa é que, pelo batismo, o cristão é incorporado em Cristo, e participa, a seu modo próprio, da sua Missão e Função Sacerdotal. É por Cristo, com Cristo e em Cristo que esta intercessão é feita. Não há terceiros mediadores. Simplesmente o justo, o santo, o fiel, está incorporado em Jesus pelo batismo.
Ora, tudo isto relaciona-se com a chamada "Comunhão dos santos". Se a Igreja é Corpo de Cristo, de certo modo o pecado ou santidade dos seus fieis atinge este corpo em certa medida. Unidos a nós e a Cristo pela radical fraternidade trazida pela adopção filial do batismo, esta situação é permanente. A Igreja militante (todos nós que ainda caminhamos para a casa do Pai) está em união com a Igreja Triunfante (aquela que já contempla Deus).

Espero ter ajudado.
Abraço fraterno

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: Santos, em que creo?
Escrito por: maroccando (IP registado)
Data: 19 de February de 2010 23:51

Ola Rui,

de volta com o mesmo tema (espero não te amassar muito), passa-se que estou numa fase de afirmar minha fé, e para isso devo saber e estar seguro do que é verdadeiro para mim.
Li atentamente o teu e-mail onde está o texto que publicas-te, o qual me interessou muitíssimo por a forma de ver as coisas. Gostava de saber todo o texto está baseado na doctrina ou si é tua vissão própia deste tema.
Ficou-me claro que os Santos são parte de Cristo, também entendí a explicação do tempo e do espaço, mas sinceramente e espero não te ofendas por discordar um pouco contigo, não estou convencido que os Santos tenham passado directamente á uma vida intemporal e sem espaço. Mas vou te dizer porque: para mim se Cristo cumpriou a sua missão na terra ressucitando para depois subir ao céu e fez-lho por nós e para nossa salvação, foi para mostrar-nos o caminho, quer dizer, o que nos ia a acontecer se o seguíssemos. Ademais as vezes que a Biblia relata uma intercessão é com pessoas físicamente vivas.

"Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem vem a ressurreição dos mortos. E, como todos morrem por Adão, assim em Cristo todos voltarão a receber a vida.Mas cada um na sua própia ordem: primeiro, Cristo; depois, aqueles que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda." (1 cor 15:20-23)

"Vou revelar-vos um mistério: nem todos morreremos, mas todos seremos transformados; num instante, num abrir e fechar de olhos, ao som da trombeta final -pois a trombeta soará - os mortos ressucitarão incorruptíveis e nós seremos transformados".(1 Cor 15: 50-52)

Agora bem, isto que transcribo é para mim palpável, e é no que acredito, desculpa desconhecer a doctrina, mas sou um pouco como S. Tomas, há coisas que me chegam ao espírito facilmente há outras que me fazem confusão e tenho descobrir a verdade através de diferentes maneiras.

Se desejas aclarar-me mais este tema fico muito agradecido e peço imensa desculpa por os horrores na minha ortografia.

Obrigado, um abrazo.

Re: Santos, em que creo?
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 20 de February de 2010 17:26

Olá Maroccando.

Citação:
Maroccando
Gostava de saber todo o texto está baseado na doctrina ou si é tua vissão própia deste tema

Está baseado na doutrina e no Magistério católico.
Como sabes, existem temas da doutrina que, sem serem recusados pelos teólogos, deles se fazem diferentes leituras, dando origem a posições teológicas distintas, embora não opostas, sobre alguns assuntos!
Mas neste aspecto, não existe qualquer assunto que seja, entre os teólogos dogmáticos católicos, objecto de controvérsia!

Citação:
Maroccando
não estou convencido que os Santos tenham passado directamente á uma vida intemporal e sem espaço. Mas vou te dizer porque: para mim se Cristo cumpriou a sua missão na terra ressucitando para depois subir ao céu e fez-lho por nós e para nossa salvação, foi para mostrar-nos o caminho, quer dizer, o que nos ia a acontecer se o seguíssemos

Afirmar, como afirmam algumas seitas de origem protestante, que a pessoa desaparece integralmente com a morte física, esbarra com a Escritura, que em vários passos supõe essa realidade post-mortem:

1 - Sabes que, no tempo de Jesus, Moisés e Elias há muito tempo que tinham morrido! Mas, realmente, no episódio da transfiguração, Cristo dialoga com eles: "Nisto, apareceram Moisés e Elias a conversar com Ele (Jesus)" (Mt 17,3; Mc 9,4; Lc 9,30-31. O evangelho joanino não nos relata este episódio, naturalmente porque o autor talvez não conhecesse a tradição, ou a fonte onde constava esta narração).

2 - Polemizando com os saduceus, que negavam a ressurreição, em Lucas declara expressamente que Deus é Deus de vivos e não de mortos, uma vez que, para Deus todos estão vivos (Lc 20,38; Mt 22,32; Mc 12,27).

3 - A parábola do rico e do pobre lazaro, exclusiva de Lucas, coloca a felicidade e a condenação eterna como sucedendo após a morte fisica, e antes da parusia de Cristo (Lc 16,19,31).

4 - Na cruz, promete ao ladrão com ele cruxificado a felicidade eterna: "Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraiso" (Lc 23,43).

5 - Jesus não morre e ressuscita para ser um "exemplo" a seguir, para termos, num certo futuro, um caminho igual. Com Ele, nEle, começamos já, agora, no hoje da nossa vida, essa ressureição, essa participação na morte de Cristo, e portanto, participação na sua vida de ressuscitado: "Ou ignorais que todos nós, que fomos batizados em cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Pelo batismo fomos, pois, sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova" (Rm 6,3-4).

6 - Abordando a escatologia individual, e já não a escatologia colectiva,Paulo dá claramente a entender que a morte física é a libertação do corpo físico, para se passar à vida e felicidade com Deus: "sabemos, com efeito, que, quando a nossa morada terrestre, a nossa tenda, for destruida, temos uma habitação no Céu (...) E por isso gememos nesta tenda, ansiando por revestir-nos daquela habitação celeste (...) Portanto, estamos sempre confiantes e conscientes de que, permanecendo neste corpo, vivemos exilados, longe do senhor, pois caminhamos pela fé e não pela visão. Cheios de confiança, preferimos exilar-nos do corpo, para irmos morar junto do senhor" (II Cor 5,1-8).

7 - Novamente Paulo coloca a realidade na nossa ressureição não como um acontecimento futuro, mas algo que é, em Cristo, já uma realidade. Escatologia é isto mesmo, o futuro em realização antecipada na nossa história. Por isso, querer estabelecer tempos, em sentido proprio, para a ressureição, é uma visão redutora do sentido da ressureição. Ressureição que começa na nossa adesão aCristop, pelo batismo e que, com a morte, atinge a sua plenitude (Cl 2,12).

8 - O próprio Apocalipse, na sua lingagem fantástica e imagética, coloca todos aqueles que morreram, como estando vivos, clamando justiça, e recendo a veste branca, simbolo da vida celeste (Ap 6,9-11). Repare-se que a renovação final só acontece no cap 21.

9 - A doutrina da descida de Cristo aos infernos (I Pe 3,18-20) mostra que, após a morte de Cristo, até à sua ressurreição, Ele está vivo, embora materialmente essa Vida só se verifique com a ressureição do seu corpo mortal, que já não é mais esse corpo mortal, mas realmente corpo glorioso.
É evidente que esta afirmação tem que ser entendida no seu sentido de plenitude, de escatologia. O alcance salvifico da morte e ressureição de Cristo supera o tempo, tem carácter cósmico.
Avaliar e medir a ressureição e toda a sua problemática acaba por ser uma maneira redutora de apreciar o Mistério de Deus.
Uma coisa é o "tempo de Deus", que supera todo o nosso tempo; outra coisa é a nossa percepção humana dessas realidades, percepção essa sempre sujeita aos critérios de tempo.

Que concluiremos?
Que os textos que tratam da ressureição final falam-nos de escatologia, mas em termos colectivos. é um tema tipico da literatura apocaliptica.
Mas a escatologia individual, o nosso Futuro absoluto começa, para nós, no batismo, e atinge a sua plenitude após a morte.

Citação:
Maroccando
Ademais as vezes que a Biblia relata uma intercessão é com pessoas físicamente vivas

Já abordámos esse assunto.
Tem que ser compreendido na chamada "Comunhão dos santos". Justamente por isso, referi na mensagem anterior que: " Quando vemos no NT o tema da intercessão, certamente que o autor dos textos sabia que Jesus é o único Mediador e intercessor junto do Pai. Mesmo assim, conforme vimos, o tema da intercessão de uns por outros é frequênte. Mas jesus é o único Mediador.
Parece uma contradição? Mas não é! O que se passa é que, pelo batismo, o cristão é incorporado em Cristo, e participa, a seu modo próprio, da sua Missão e Função Sacerdotal. É por Cristo, com Cristo e em Cristo que esta intercessão é feita. Não há terceiros mediadores. Simplesmente o justo, o santo, o fiel, está incorporado em Jesus pelo batismo.
Ora, tudo isto relaciona-se com a chamada "Comunhão dos santos". Se a Igreja é Corpo de Cristo, de certo modo o pecado ou santidade dos seus fieis atinge este corpo em certa medida. Unidos a nós e a Cristo pela radical fraternidade trazida pela adopção filial do batismo, esta situação é permanente. A Igreja militante (todos nós que ainda caminhamos para a casa do Pai) está em união com a Igreja Triunfante (aquela que já contempla Deus).

conclusão?
Toda a intercessão, toda a mediação, tem em Cristo a sua origem e o seu fim, uma vez que, pelo batismo, fomos inseridos em Cristo e, assim, participamos dEle mesmo, como Sumo sacerdote, Mediador, Intercessor.
Esta doutriona da intercessão dos santos só se entende se se entender esta radical união entre Cristo e os seus fieis.
Trata-se, portanto, de uma questão que é bíblica.
Há verdades que só se podem subentender do texto bíblico de forma indirecta, incoativa, intencional, e há verdade expressas de forma apodictica, clara, directa.

Citação:
Maroccando
Vou revelar-vos um mistério: nem todos morreremos, mas todos seremos transformados; num instante, num abrir e fechar de olhos, ao som da trombeta final -pois a trombeta soará - os mortos ressucitarão incorruptíveis e nós seremos transformados".(1 Cor 15: 50-52)

Quando lemos a Escritura, temos que ter sempre presente que ela é, verdadeiramente, um escrito humano, com todas as condicionantes que daí derivam.
Paulo estava convicto de que se daria a parusia, a vinda de Cristo, antes dele morrer, ou pelo menos assim desejava ele.
Mas o texto afirma aquilo que é dogma de Fé: no fim dos tempos dar-se-há a ressurreição dos mortos. Nós podemos falar assim porque vivemos e pensamos as coisas numa dimensão temporal. Mas para os que já morreram, esta 2espera" pelo fim dos tempos não é sequer sentida, nem faz sentido, pois que eles já não estão sujeitos à cronologia.
aquilo que, para nós, vivos fisicamente, só se verificará no fim dos tempos, para eles é já realidade Definitiva, Presente.

Já agora, convém esclarecer que a filosofia grega que pretende uma suposta separação alma/corpo, não é antropologia bíblica. A pessoa só é alma, com um corpo.
A ideia de uma alma que vive "sem corpo", não é bíblica, é nem sequer se percebe muito bem.
Se a alma vive após a morte, tem de ser detentora de corpo, que será, pois, o glorioso.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)



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